Touros de morte

[corresponde]

Brigitte Bardot pede a Durão que não legalize Barrancos

A ex-actriz francesa Brigitte Bardot, conhecida defensora dos
direitos dos animais, escreveu ao primeiro-ministro português pedindo-lhe que retire a proposta de lei que cria o regime de excepção para os touros de morte em Barrancos.

Brigitte Bardot diz-se «escandalizada» com a proposta do Governo
e classifica as touradas como um «acto bárbaro» onde é feita a
«apologia do sadismo e da cobardia».

«Não tenho palavras para exprimir a minha indignação», escreve
Bardot, que se dirige a Barroso na carta-aberta como presidente da Fundação que criou em 1992 e que tem como um dos principais objectivos a defesa dos direitos dos animais.

Na próxima quinta-feira vai ser debatida na Assembleia da
República uma proposta de lei, apresentada pela coligação governamental PSD/CDS-PP, que pretende criar um regime de excepção para os touros de morte na vila alentejana de Barrancos.

Contudo, além da oposição dos defensores dos direitos dos
animais, esta iniciativa é também contestada, mas no sentido inverso, por
autarcas de outros 32 municípios que querem ver este regime alargado aos seus concelhos.

Na carta dirigida a Durão Barroso, a famosa ex-actriz francesa
apela ao chefe do Governo, enquanto «homem de coração», e não enquanto primeiro-ministro, para que não sujeite a sua proposta ao
Parlamento.

«As lutas com animais são a vergonha de Espanha e França. São
cruéis, arcaicas e são representativas do que há no homem de mais vil e
deplorável», considera Bardot.

Estes espectáculos «jamais devem ser encorajados» e «devem ser
firmemente denunciados e até totalmente interditos» por estar em causa «a dignidade do ser humano».

In www.tsf.pt

[corresponde]

Manifestação pela Protecção Legal dos Animais em Portugal

11 de Julho, das 9h às 15h, em frente ao Parlamento


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As associações de protecção dos animais souberam muito
recentemente que o projecto-lei do CDS/PP que visa legalizar as touradas de morte em Portugal tem implicações ainda mais graves e preocupantes do que esta. Esta proposta de lei deste partido altera a actual lei 92/95 (Lei de Protecção dos Animais), nomeadamente o seu artigo fundamental. Esta alteração, que consistirá sobretudo na inclusão da "justificação legal" (o que é absolutamente vago) como critério para permitir a infliccção de sofrimento e morte a animais, não só permitirá que as touradas de morte se generalizem rapidamente em todo o país, como também permitirá que o tiro aos pombos (que implica a morte de 800.000 a 1.000.000 pombos por ano) seja uma actividade retomada, depois de se ter tornado ilegal desde 1995. Porém, a formulação desta lei levanta ainda outros problemas, nomeadamente criando condições legislativas para apoiar este escândalo moral e político. Neste momento, as
associações de protecção dos animais receiam que estes passos
para a legalização de actividades tão brutais como as lutas de cães e
um dos últimos venha a ser uma realidade, pelo que se apela a todas as
pessoas que conheçam para que se juntem a nós na. Assim, convido-o a estar presente na Manifestação que vamos realizar, dia 11/07 (5.ª feira próxima), entre as 9h e as 15h. É muito importante que todos nós sejamos a voz que os animais não têm...

[corresponde]

Nova Lei dos Animais permite lutas de cães e tiro aos pombos- associações

PSD e CDS-PP preparam-se para legalizar quinta-feira os touros de morte mas também as lutas de cães e o tiro aos pombos, acusaram hoje representantes de mais de 40 associações de defesa dos animais.

Em causa está um projecto de lei conjunto dos dois partidos que suportam o governo, destinado a alterar a Lei de Protecção dos Animais.

Os dois partidos têm dito que o objectivo é permitir a lide de touros de morte em Barrancos. As associações, por seu lado, têm vindo a manifestar-se contra a alteração da lei, mas agora, mais do que nunca, estão claramente contra e dizem-se mesmo escandalizadas.

É que o que os dois partidos vão fazer - disseram hoje representantes das associações em conferência de imprensa - é esvaziar a Lei de Protecção dos Animais e viabilizar "actividades como o tiro a alvos vivos (tiro aos pombos), as lutas de cães, ou quaisquer outras violências sobre animais que se reclamem de tradições ou interesses desportivos e económicos".

De acordo com o responsável de uma das mais de 40 associações que subscrevem o protesto contra a alteração da lei, não seria necessário modificar a legislação para permitir os touros de morte em Barrancos. É nesse sentido que as associações defendem que esta alteração "é intencional e alargada a muitas outras áreas".

Artur Mendes sublinha que com a aprovação da nova lei, ao permitir que se inflija sofrimento aos animais desde que haja uma "justificação legal" está-se a permitir tudo, "porque uma justificação legal pode ser um uso, um costume". Como exemplo, o dirigente da ANIMAL aponta que alguém pode dizer que num bairro há dois anos que se fazem lutas de cães e que por isso é um costume.

Foi igualmente sublinhado que, na semana passada, 32 municípios exigiram a excepção à lei para actividades exercidas nas respectivas autarquias.

Outra das actividades que pode voltar à prática, segundo as associações, é o tiro ao pombo existente até há cinco anos e até aí responsável pela morte de quase um milhão de pombos anualmente, com base em números avançados por Artur Mendes.

Para contestar a alteração à lei, as associações de defesa dos animais vão promover uma manifestação na quinta-feira, dia da discussão do projecto-lei, estando já programada para a próxima semana uma marcha antitouradas entre o Parque Eduardo VII e o Campo Pequeno, em Lisboa.

As associações lembram que a Lei de Protecção dos Animais foi promovida pelo PSD, o mesmo partido que agora, com o CDS-PP, propõe ao país "um magno recuo civilizacional".

Comparando a situação que se vive na Alemanha, que "acaba de introduzir menção à protecção dos animais na Constituição", as associações consideram que com esta lei Portugal passaria "de uma vanguarda humanista" para "um dos mais retrógrados países europeus em termos de protecção animal".

Mais municípios querem recuperar a tradição dos touros de morte

A dias da discussão do projecto-lei que autoriza os touros de morte em Barrancos, autarcas de outros municípios reclamam o alargamento da excepção a localidades onde matar o touro também faz parte da tradição.

As corridas de touros de morte foram proibidas em Portugal em 1928, mas a verdade é que pontualmente essa prática já se repetiu em algumas localidades como Lisboa, Vila Franca de Xira, Moita e Mourão, entre outras.

Para a presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, uma forma de resolver a questão seria atribuir aos municípios a responsabilidade de licenciar os espectáculos taurinos, alargando-se assim a excepção de Barrancos a outros municípios onde existe a tradição dos touros de morte.

Opinião idêntica manifesta Renato Canete, vereador da Câmara Municipal de Mourão, concelho alentejano onde também existe a tradição de matar o touro.

Contudo, segundo o autarca, o que acontecia nas três freguesias do concelho - Mourão, Granja e Luz - não eram corridas de touros de morte, mas "abate clandestino".

Posição contrária aos autarcas de Vila Franca de Xira e Mourão têm os responsáveis dos municípios da Moita e de Salvaterra de Magos.

De acordo com o presidente da Câmara da Moita, João Lobo, o seu município não tem qualquer pretensão de acolher corridas com touros de morte.

Francisco Caneira, vereador da Câmara de Salvaterra de Magos, também não se mostra contrário aos touros de morte, mas não no seu concelho.

Outro dos locais onde já se realizaram corridas de touros de morte foi em Lisboa, na Praça do Campo Pequeno.

A Agência Lusa tentou contactar o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, mas Pedro Santana Lopes estava ausente do país.

Lusa/Fim

[Visitante]

Links internacionais:

http://www.anticorrida.org/

http://www.sharkonline.org/indexbullfighting.mv

[corresponde]

extracto de email que recebi:

Urgente: Participar e Divulgar!
____________________________

Car@s Amig@s,

Apesar de se ter consumado o escândalo moral da legalização das touradas de
morte em Portugal - o que representou um intolerável retrocesso ético,
civilizacional, social, cultural, político, legislativo e jurídico -, é da
maior importância continuar a dirigir uma luta de firmeza e perseverança
contra a tauromaquia em geral, e contra as touradas de morte em particular.

Sendo embora verdade que é à maioria da classe política portuguesa que se
deve imputar a responsabilidade deste tremendo retrocesso, é perante esta
mesma classe que nós, cidadãos/cidadãs, nos devemos afirmar, deixando bem
claro o quanto repudiamos as práticas tauromáquicas e, por consequência,
qualquer medida política que as favoreça.

É neste sentido que se pede a tod@s os portugueses que se continuem a
manifestar em defesa dos animais, e, neste caso mais específico, em defesa
dos touros (animais mais sacrificados nestes espectáculos).

Assim, pede-se a todas as pessoas que, até ao dia 29 do mês corrente
(Agosto) - dia em que os touros morrerão legalmente (mas imoralmente) em
Barrancos - enviem o maior número de cartas, faxes, e-mails e telefonemas
para as seguintes entidades: Presidente da República, Presidente da
Assembleia da República, Primeiro-Ministro e Líderes de todos os Grupos
Parlamentares (os contactos seguem abaixo).

A mensagem em que é muito importante insistir e divulgar é:

"Excelência,

Queremos Portugal no séc. XXI e não num país medieval.
Não à morte macabra de bovinos em Portugal!

A Humanidade agradece."

Confiando que tod@s vós participarão, como sempre, em mais esta iniciativa,
a bem dos animais e a bem de todos nós...

____________________________________

Exm.º Senhor Dr. Jorge Sampaio,
Digníssimo Presidente da República Portuguesa
Palácio de Belém, Praça Afonso de Albuquerque
1300-004 LISBOA
E-mail: [email protected]

Exm.º Senhor Dr. João Bosco Mota Amaral,
Digníssimo Presidente da Assembleia da República
Palácio de S. Bento
1249-068 LISBOA
Tel: 213919000
Fax: 213917440
E-mail: [email protected]; [email protected]

Exm.º Senhor Dr. José Manuel Durão Barroso,
Digníssimo Primeiro-Ministro
Presidência do Conselho de Ministros, Rua da Imprensa à Estrela
1200-684 LISBOA
E-mail: [email protected]

Exm.º Senhor Dr. Guilherme Silva,
Digníssimo Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata
Palácio de S. Bento
1249-068 LISBOA
Tel.: 800205156 (linha verde)
Fax: 213908797
E-mail: [email protected]

Exm.º Senhor Dr. António Costa,
Digníssimo Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista
Palácio de S. Bento
1249-068 LISBOA
Tel.: 800204342 (linha verde)
Fax: 213917444
E-mail: [email protected]

Exm.º Senhor Dr. Telmo Correia,
Digníssimo Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Popular
Palácio de S. Bento
1249-068 LISBOA
Tel.: 800205158 (linha verde)
Fax: 213917433
E-mail: [email protected]

Exm.º Senhor Dr. Bernardino Soares,
Digníssimo Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português
Palácio de S. Bento
1249-068 LISBOA
Tel.: 800200358 (linha verde)
Fax: 213951097
E-mail: [email protected]

Exm.º Senhor Dr. Francisco Louçã,
Digníssimo Presidente do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda
Palácio de S. Bento
1249-068 LISBOA
Tel.: 800204027 (linha verde)
Fax: 213917459
E-mail: [email protected]

Exm.ª Senhora Dr.ª Isabel de Castro,
Digníssima Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Ecologista "Os Verdes"
Palácio de S. Bento
1249-068 LISBOA
Tel.: 800205154 (linha verde)
Fax: 213917424
E-mail: [email protected]

[corresponde]

Touros de excomunhão
03-09-2002 14:51
Carlos R.Lima com Miguel Marujo


Bula Papal excomungava «perpetuamente» católicos aficionados


SOCIEDADE
Da omissão do presente às certezas do passado. Esta bem poderia ser a fórmula para caracterizar a doutrina da Igreja Católica em relação às touradas. Se, hoje, como no caso dos touros de morte, não há uma tomada de posição oficial, no passado houve até uma Bula Papal que excomungava «perpetuamente» os católicos que participassem nas touradas.

O texto data de 1567 e foi assinado pelo Papa Pio V, como uma forma coerciva de aplicar um decreto que saiu do Concílio de Trento do mesmo ano. Apesar de um especialista em Direito Canónico ter afirmado ao PortugalDiário que o documento papal está ultrapassado, há, no entanto, uma condenação muito clara das touradas.

Começando por dizer que «o espectáculo das touradas é indigno de ser visto pelos cristãos», o texto emanado do Concílio de Trento refere que, «com espectáculos desta natureza, mais se ofende a Deus do que se lhe presta culto». Um entendimento secundado pela Bula Papal:«Pelo que, Nós, considerando que estes espectáculos nos quais se correm touros e feras no circo ou na praça pública não têm nada a ver com a piedade e caridade cristãs».

O discurso endurece para com aqueles que prevariquem. Além da «excomunhão perpétua», é dito que se alguma «das pessoas que ousem confrontar-se com touros e outras feras nos citados espectáculos», e «se algum deles aí morrer, não se lhe dê sepultura eclesiástica».

Com o avançar da História, toda esta doutrina acabou mitigada. Como referiu ao PortugalDiário o cónego José Paulo Abreu, docente na Faculdade de Teologia de Braga, «já no século XVII eram os arcebispos que promoviam as touradas». Em relação à revogação do documento, ela não foi expressa - através de outro que o anulasse - mas sim com a «prática através do tempo».

«Houve tempos em que aos clérigos era proibida a prática nos chamados jogos de azar. Isso já não se verifica», exemplifica José Paulo Abreu.

«Sobre as touradas não existe uma posição oficial da Igreja, uma posição dogmática», diz o interlocutor do PortugalDiário quando confrontado com um artigo no jornal oficial do Vaticano, L'Osservatore Romano, de Janeiro de 2001, assinado pela teóloga belga, Marie Hendricky, que integra a poderosa Congregação para a Doutrina e Fé, presidida pelo Cardeal Joseph Ratzinguer.

«São opiniões», diz José Paulo Abreu, reafirmando que não há uma «posição dogmática» sobre esta matéria. No artigo, a teóloga é peremptória: «Não há justificação para que o homem faça sofrer inutilmente os animais». Pois se, por um lado, aceita o uso de animais em experiência médicas, como forma de contribuir para a salvação de vidas humanas - como vem expresso na versão de 1992 do Catecismo da Igreja - por outro é lapidar: «É contrário à dignidade humana fazer sofrer inutilmente os animais e sacrificar, sem necessidade, as suas vidas».

O silêncio do clero

Ao PortugalDiário o presidente do conselho de administração da Rádio Renascença, instituição ligada à Igreja, que organiza anualmente uma corrida de touros, afirmou saber da existência da Bula. Mas, referiu que já confrontou «quem de direito» sobre a mesma e que lhe foi dito que «essa bula é considerada completamente ultrapassada».

Sobre Barrancos, o silêncio foi total. Apenas algumas declarações públicas, mas isoladas, sem força institucional: o bispo emérito de Setúbal, D. Manuel Martins, foi dos primeiros a manifestar-se contra as práticas de Barrancos. «Esta não é a mensagem de paz e harmonia do Evangelho», disse. Por outro lado, algumas figuras mediáticas, como o franciscano - recorde-se que São Francisco de Assis "promoveu" a paz entre o lobo e o homem - Vítor Melícias, são conhecidos aficionados.

O contexto religioso em Portugal não poderá, segundo fontes que requereram o anonimato, dissociar-se de Espanha. Onde há uma tradição de touros de morte, que nunca mereceu uma declaração pública da Igreja. «Há situações que a Igreja prefere não interferir», diz uma dessas fontes.

[corresponde]

«Sampaio promove a morte»
29-08-2002 10:44
Carlos R.Lima


Defensores dos animais não desarmam: Sampaio é o culpado de Barrancos. E dizem-no ao mundo
O Presidente da República, Jorge Sampaio, será o alvo de todas as críticas que, esta quinta-feira, irão ecoar pelo mundo fora contra as touradas de morte em Portugal. «Um presidente que promove a morte? Não, obrigado» é o slogan que será mostrado por todo o mundo (ver fotografias relacionadas). Em Portugal, o protesto decorrerá frente à embaixada de Espanha.

Em declarações ao PortugalDiário, Miguel Moutinho, da Associação ANIMAL, a principal promotora do protesto, justificou a crítica a Sampaio pelo facto de ter sido o «principal responsável» pela aprovação do regime de excepção para Barrancos. Este dirigente da ANIMAL critica ainda a coligação governamental (PSD-CDS/PP) por «ter-se vergado sistematicamente ao lobbie tauromáquico».

Recorrendo de uma notícia do Sunday Times, de 27 Agosto, na qual o jornal afirmava que a «indústria tauromáquica espanhola tenta abrir novos mercados em outros países», a ANIMAL acredita que um desses é Portugal. Por isso, Miguel Moutinho fala também da existência de um «lobbie da indústria tauromáquica espanhola em Portugal».

O jornal britânico é peremptório: «A indústria [espanhola] é poderosa e tem ligações com o governo português. Vão tentar introduzi-los [touros de morte] em Portugal». Daí que a ANIMAL garanta que «a manobra política e legislativa que levou à recente legalização das touradas de morte em Portugal tem por detrás a influênca e pressão directa dos lobbies da tauromaquia espanhola».

«O declínio do espectáculo em Espanha obriga à procura de novos mercados», explica Miguel Moutinho. A manifestação mundial decorrerá em 13 países, abarcando três continentes. Na Ásia, as embaixadas de Portugal na Índia e Filipinas receberão um documento protestando contra as touradas de morte.

Jovens socialistas católicos associam-se à manifestação

Quem estará também presente na manifestação em Lisboa serão os jovens socialistas católicos, cujo coordenador-nacional, Cláudio Anaia, disse ao PortugalDiário que o «valor da vida é sempre soberano». Criticando a actuação do Presidente da Republica: «Jorge Sampaio é o responsável moral por toda esta situação».

Este dirigente lança ainda algumas «farpas» ao líder da Juventude Popular, João Almeida: «É de lamentar que o líder da JP, que trabalhou connosco pelos direitos à vida [na campanha do referendo sobre o aborto] seja o segundo subscritor do projecto de lei que fixa uma excepção para Barrancos».

Cláudio Anaia socorre-se de Gandhi: «A grandeza de uma nação e do seu progresso moral pode ser julgada pela forma como os seus animais são tratados». E, justificando a presença no protesto, continua: «A morte não é solução para nada».

Refira-se que esta manifestação mundial acontece no mesmo dia em que o primeiro touro é morto nas festas de Barrancos

[corresponde]

Barrancos: sete estocadas para matar touro
31-08-2002 20:12



Animal só morre com recurso a uma faca


SOCIEDADE
A terceira e última tourada das festas de Barrancos/2002 voltou hoje a registar praça cheia para assistir a uma lide difícil e de desfecho prolongado.

Manuel Soto, de 20 anos, natural de Sevilha, deparou-se com um touro difícil, que o «tocou» por três vezes, mas realizou uma «faena» corajosa, acompanhada com música e algumas palmas vindas do «tabuado».

No entanto, a lide ficou manchada no seu desfecho. Manuel Soto só conseguiu matar o animal após 17 minutos de «faena», recorrendo a sete estocadas com espada e, finalmente, à «puntilla» (espécie de faca).

A terceira tourada das festas deste ano contou com muita assistência, tendo inclusive muitos dos espectadores ficado na arena, pendurando-se nos troncos do «tabuado» quando o touro passava mais perto.

Nas ruas da vila, antes do espectáculo tauromáquico, também era visível a grande afluência de visitantes, muitas das quais integraram excursões.

Os estacionamentos estavam lotados e alguns dos restaurantes da vila tiveram de reforçar hoje as respectivas dispensas devido à afluência de clientela.

Após a morte do quinto touro das festas, seguiu-se a lide de uma vaca pelos populares mais afoitos, sobretudo jovens, ficando assim encerrada a vertente taurina do programa de Barrancos/2002.

[corresponde]

Em 1997, Barrancos permitiu pela última vez que as touradas fossem filmadas na íntegra. Isto é, incluindo o momento em que são mortos os touros.
Clique no link rtsp://mcmreal.mediacapital.pt/barrancos.rm
Para ver as imagens precisa de ter instalado o RealPlayer. Se não o tiver, pode fazer o download, gratuitamente em http://www.real.com/

Reparei que os media tem sido os mais impulsores de touradas, ora vejamos a tvi tem corrida da tv, a sic agora também tem, a revista caras ja vai na 5ªcorrida e a revista lux na primeira. A este passo tudo que é orgão de comunicação irá ter a sua corrida de touros...

[Madonna]

QUOTE (Corresponde)
"Reparei que os media tem sido os mais impulsores de touradas, ora vejamos a tvi tem corrida da tv, a sic agora também tem, a revista caras ja vai na 5ªcorrida e a revista lux na primeira. A este passo tudo que é orgão de comunicação irá ter a sua corrida de touros..."
$$$$$$$

Quem é que está a financiar as obras na Praça do Campo Pequeno?!!!!
Bancos Espanhóis!!!!! Porque é que Portugal aceita?!!!!
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Touros de Morte para os Turistas!!!! Eles agradecem!!! E Portugal também!
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MONEY MAKES THE WOURLD GO ROUND

[corresponde]

Agora não é $ que se faz é o E
(não consigo fazer o simbolo do Euro)

[Madonna]

Claro , é o hábito! €€€€€€€€€€€ com a tecla <Alt Gr> em simultâneo com a tecla <E>, não consegues?! Paciência, há coisas piores!

[Ladybird]

Transcrição de uma carta de um leitor no DN:

"Voltava a ser tudo como dantes..."

Cortem-lhes a luz, porque a tradição era a candeia.
Cortem-lhes a água, porque a tradição eram os poços e as fontes.
Cortem-lhe as estradas, porque a tradição eram as ruelas e os quelhos.
Cortem-lhes a televisão, porque a tradição eram os serões à lareira.
Cortem-lhes os adubos químicos, porque a tradição era o estrume de porco ou boi.
Cortem-lhes os tractores, porque a tradição era a enxada ou a sachola.

Enfim, cortem todo o progresso ao povo de Barrancos, porque a tradição era viver à moda antiga!

Então sim, sem televisão, sem rádio, sem tractores, sem adubos químicos, sem luz e outra vez à luz das candeias e com chancas, montados só em burros e mulas, nada de automóveis, então o povo de Barrancos teria o direito de manter a tradição de matar o touro em circuito fechado, sem que o resto do País soubesse, porque a tradição era ignorar o que se passava em Barrancos.

Não havia televisão, rádio e jornais para relatar o que lá se passa. Por isso as marradas contra a lei, que é igual para todos, não eram conhecidas do resto de Portugal.

Por tudo o exposto, a solução é simples. Ou volta tudo a ser como era no tempo da primeira tourada e Portugal ignora o que se passa em Barrancos, ou então sabemos que não cumprem a lei e não há Presidente da República que lhes valha.

O que não está certo é eles alinharem nas modernices do progresso mas, ao mesmo tempo, quererem manter imagens de um povo atrasado.

Em que ficamos?

[shelly]

Oi

Quem ganha com tudo isto????

O Homen, é claro! Sempre tão ambicioso tenta sempre colocar algumas "lecas" no seu bolso!

E quem sofre??
Ahhhh pois é!!!!

Existe uma minoria que pensa neles, mas infelizmente os €€€ viram a pobre cabeçinha dessa gentinha.

Eu não concordo com os touros de morte porque simplesmente para mim as touradas não TÊM SENTIDO NENHUM!!!!

È um "espectáculo" que movimenta muitos €€, não compensa! Limitam-se a dizer que: È TRADIÇÃO!!!