> > > > > carta de um leitor no DN:
> > >
> > > > >
> > > > >
> > > > > "Voltava a ser tudo como dantes...
> > > > >
> > > > >
> > > > > Cortem-lhes a luz, porque a tradição era a candeia.
> > > > > Cortem-lhes a água, porque a tradição eram os poços e as
fontes.
> > > > > Cortem-lhe as estradas, porque a tradição eram as ruelas e
os
> quelhos.
> > >
> > > > > Cortem-lhes a televisão, porque a tradição eram os serões
à lareira.
> > > > > Cortem-lhes os adubos químicos, porque a tradição era o
estrume de
> > > porco
> > > >ou
> > > > > boi.
> > > > > Cortem-lhes os tractores, porque a tradição era a enxada
ou a
> sachola.
> > >
> > > > > Enfim, cortem todo o progresso ao povo de Barrancos,
porque a
> tradição
> > > era
> > > >
> > > > > viver à moda antiga, por exemplo: as raparigas não
vestirem calças e
> > > os
> > > > > homens andarem outra vez de ceroulas.
> > > > > Então sim, sem televisão, sem rádio, sem tractores, sem
adubos
> > > químicos,
> > > >sem
> > > > > luz e outra vez à luz das candeias e com chancas, montados
só em
> > > burros e
> > > > > mulas, nada de automóveis, então o povo de Barrancos teria
o direito
> > > de
> > > > > manter a tradição de matar o touro em circuito fechado,
sem que o
> > > resto do
> > > >
> > > > > País soubesse, porque a tradição era ignorar o que se
passava em
> > > >Barrancos.
> > > > > Não havia televisão, rádio e jornais para relatar o que lá
se passa.
> > > > > Por isso as marradas contra a lei, que é igual para todos,
não eram
> > > > > conhecidas do resto de Portugal.
> > > > > Por tudo o exposto, a solução é simples :
> > > > > - Ou volta tudo a ser como era no tempo da primeira
tourada e
> Portugal
> > >
> > > > > ignora o que se passa em Barrancos, ou então sabemos que
não cumprem
> a
> > > lei
> > > >
> > > >e
> > > > > não há
> > > > > Presidente da República que lhes valha. O que não está
certo é eles
> > > > > alinharem nas modernices do progresso mas, ao mesmo tempo,
quererem
> > > manter
> > > >
> > > > > imagens de um povo atrasado. Em que ficamos? "