Nunca deixe um animal a morrer na berma da estrada! Ajude-o, como você gostaria de ser ajudado, se estivesse com medo, com dor, ou com frio.
Um cão ou um gato aparece-lhes na frente e passam-lhe por cima, como se nada fosse...Morreu ou ficou ferido, quem é que se preocupa?
«Toca mas é a fugir, rápido desta culpa que isto me faz sentir, além do mais estou cheio de pressa, e tenho montes de coisas importantes para fazer...»
Como é que será possível lidar com esta insensibilidade generalizada em relação aos animais, com ou sem dono, que os «humanóides» atropelam sem querer e às vezes até de propósito? Como?
Na semana passada ia, a caminho de casa, já de noite, quando dou com um cachorro, de cerca de seis meses, ali estendido, no meio da estrada, dando os últimos suspiros... um pastor alemão super agitado e bem mais preocupado do que qualquer ser humano, arriscava-se a ter a mesma sorte que o seu companheiro de brincadeiras...
O trânsito impassível e indiferente continuava a circular... Parar para quê? É só um cão!
«Se fosse gente... ainda dava para ver e matar aquela curiosidade mórbida, que anima o «bom português», que pára mais para ver, do que para ajudar; quando dezenas de embasbacados circulam «leeeeentaaaaamente», causando filas intermináveis de trânsito, cuja origem não é o acidente em si, mas a curiosidade doentia dos «orçamentistas» de ver sangue e ferros retorcidos...
Todos os que param, só para ver acidentes deviam ser multados, com coimas pesadas... O Governo bem que podia pensar nisso, seria uma boa fonte de receitas...
E com este «blá-blá» não passa de um desabafo, IMPUNE ficou mais uma morte de um animal, porque a Lei para punir este acto não existe! E não existe, nem para este, nem para outros igualmente cobardes e cruéis em relação aos animais.
E se alguma coisa a lei regista é para definir a responsabilidade do dono, nunca a do infractor. Então pergunto:... Se uma criança for atropelada de quem é a responsabilidade, do pai, da mãe, da criança ou do indivíduo que comete o acto? A resposta já o leitor a deu.
Então se o mesmo indivíduo, nas mesmas circunstâncias atropelar um animal, porquê que não é igualmente responsável? Simplesmente porque os nossos legisladores não partem do princípio de que os animais também têm direito à vida e à integridade física, e porque não a uma personalidade jurídica... É essa atitude mental, baseada na superioridade humana, que tem de mudar!
Nunca deixe um animal a morrer na berma da estrada!
Ajude-o, como você gostaria de ser ajudado, se estivesse com medo, com dor, ou com frio.
Atropelamento, Fuga e Recusa de Auxílio são neste caso três CRIMES contra a Natureza, e crimes contra a natureza são Crimes contra cada um de Nós, que também fazemos parte dela!
Mas que raio? Como é que gente tão «inteligente», não consegue absorver uma coisa tão simples?!
Autor: Graça Afonso
Fonte: Jornal dos Animais
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Conheço uma estrada onde são muitos os animais mortos e atropelados, os gatos são as principais vítimas, e já ocorreu ali muitos acidentes, a estrada situa-se na Quinta Nova (Nazaré), e há lá um sinal para abrandar a velocidade, só que parece que os condutores não vêm o sinal. Foi ali que um dia vi uma gata grávida, morta
