As ondas de calor, a protecção solar, os raios UV...

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F_Maia
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segunda jul 17, 2006 10:52 am

Jornal de Noticias Escreveu:Uff... Se o Instituto de Meteorologia não se enganar, amanhã o país pode começar a respirar de alívio, com o termómetro a baixar depois de uma onda de calor que já vai em dez dias. Hoje ainda se esperam máximas acima de 40 graus em quatro distritos, com Santarém a manter a liderança regular dos últimos dias. Não só a cidade tem rivalizado com o calor tórrido de Beja, como globalmente o distrito reúne boa parte das temperaturas mais altas do território.
Ontem, oito estações meteorológicas ultrapassaram os 40 graus e outras tantas andaram lá perto. Lousã foi a estação recordista, com 41.3 graus. O índice ultra-violeta (IUV) atingiu níveis máximos em cerca de metade do país, mas nem os alertas da Direcção-Geral de Saúde e do Instituto de Meteorologia (IM) afastaram milhares de pessoas das praias. Hoje o risco volta a ser máximo no Algarve (apesar das temperaturas mais baixas) e na Beira Interior.
O INEM estima em cerca de 300 as chamadas relacionadas com o calor (10% das recebidas ontem). Contudo, os serviços de urgência contactados pelo JN não registaram níveis de afluência muito acima do normal.
Ao final do dia de ontem, o Instituto de Meteorologia não tinha ainda informação actualizada sobre o total de estações em situação de onda de calor - que implica pelo menos seis dias consecutivos com máximas cinco graus acima da média dos últimos 30 anos -, mas fonte do serviço garantiu que "serão muitas e em quase todo o território".
Quando o calor aperta, a capital de distrito migra. "Se não corrermos à procura de água, fica insuportável", justifica Janaína Ottoni, moradora em Santarém há quatro anos e uma das que já se converteram à praia fluvial de Olhos de Água, nascente do rio Alviela. Com a temperatura sufocante de ontem, as margens do rio encheram-se de famílias que montaram mesas para o almoço e abancaram até final da tarde. Do distrito e não só. Manuel da Silva, que comemorou 82 anos, levou atrás de si 20 pessoas da família. Deixaram Alcobaça para trás para "mudar de ares". E nas praias, não estará mais fresco? Pedro Lopes, também do mesmo concelho, discorda "Onde é que tem assim sombra numa praia? E onde é que pode montar as mesas à vontade?".
Marina Pedro, residente em Santarém, preferiria fugir para a praia, mas a fluvial fica mais à mão. "Às vezes, até venho ao final do dia, quando saio do trabalho. Sempre dá para umas braçadas". A seu lado, a Mariana, de 4 anos, prepara um pequeno bote de borracha. O relógio caminha para as 18 horas, mas o calor não desarma. Bom para Fernando Martins, que não tem mãos a medir na venda de gelados. "Hoje, nem tenho cabeça para nada, tal é o movimento", confessa, com um sorriso. Depois, quase se arrepende da queixa "É óptimo, claro".
Nem todos rumam à maior praia fluvial do distrito. Nos últimos dias, explica Filipa Castro, a opção tem sido "procurar espaços com ar condicionado, como centros comerciais". Ou, parafraseando Janaína Ottoni, a salvação de quem vive no distrito mais castigado pelo sol resume-se em três palavras "Ventoinha, cerveja e shopping".
A cidade do Porto não chegou aos 40.º mas a elevada humidade ajudou a incomodar os portuenses. Mesmo assim, como é hábito nesta época os areais da região estavam repletas e as respectivas esplanadas apinhas de gente pouco preocupada com os perigos do sol.
A praia algarvia de Altura encheu-se, em pleno meio-dia, de banhistas a "trabalhar para o bronze", apesar do alerta da meteorologia sobre o perigo da exposição ao sol que ontem atingiu um nível extremo. Um alerta que preocupou alguns dos banhistas ouvidos pela agência Lusa na praia de Altura, concelho de Castro Marim, mas que não impedia muitos outros de ficar ao sol. Entre as 12 e as 12.30 horas, a maioria disse estar a par da informação de que as radiações iriam chegar ao nível 11, o mais alto da escala, mas muitos preferiram manter-se no areal. Mafalda Rocha, mãe de quatro filhos, de dois, seis, oito e nove anos, afastou a hipótese de deixar a praia, considerando ser suficiente usar o protector solar e colocar as crianças à sombra no horário em que o sol estava mais forte.
Os centros comerciais de Coimbra foram, ontem, refúgio para vários habitantes da cidade, deixando as ruas praticamente desertas. Houve quem aproveitasse para passar as horas de maior calor numa sala de cinema, juntando "o útil ao agradável" e quem optasse simplesmente por passear ou ir às compras. "Na rua é que não se pode estar e em casa também desanimei com o calor. Estão bem os que foram para a praia", afirmava uma moradora, à entrada de um centro comercial.
Houve até quem optasse pelas igrejas para passar o período mais crítico, ao princípio da tarde. Foi o caso de João Martins que escolheu a Igreja do Carmo, na Rua da Sofia. "É o sítio mais fresco que conheço. Em casa está muito quente".
Mas também encontrámos quem não se deixasse intimidar pelas altas temperaturas. O casal João Fernandes e Maria Fernanda Fernandes acabava de estacionar o carro na Baixa. "Tínhamos já coisas marcadas e por isso saímos de casa a esta hora". O mesmo aconteceu a Maria Rodrigues, que aproveitou para trabalhar, contando também com a ajuda do filho Paulo Machado. "No escritório está mais fresco que na rua".
O tórrido calor que ontem assolou o Alentejo remeteu a cidade de Évora à total pacatez, com os habitantes a evitarem sair de casa, o que deixou quase vazios o centro histórico e os hipermercados da periferia. Embora habituados ao calor típico do interior alentejano, os habitantes de Évora só durante a manhã se atreveram a um passeio pelo centro histórico, sobretudo nos cafés e esplanadas.
Quando o calor começou a apertar, a partir da hora do almoço, a maior parte recolheu ao fresco das suas casas, apesar de vários turistas terem continuado a descobrir a cidade Património Mundial, a pé ou de charrete, quase todos munidos de chapéus, calções e da inevitável garrafa de água.
Ao que a agência Lusa verificou, numa ronda ao início da tarde, o panorama pouco divergia nas zonas periféricas, com poucos transeuntes nas ruas e escasso movimento automóvel. Mesmo nos hipermercados periféricos, que habitualmente são o destino de passeios domingueiros, o movimento estava muito reduzido, com apenas alguns automóveis nos parques de estacionamento.
F_Maia
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terça jul 18, 2006 2:04 pm

Golpes de calor podem ser fatais para animais de estimação

O Hospital Veterinário do Porto alertou hoje para o perigo dos golpes de calor nos animais de estimação, apontando os mais jovens e idosos e os que têm focinho achatado e excesso de peso como os mais susceptíveis.
Entre os animais mais predispostos a sofrer golpes de calor o Hospital Veterinário do Porto (HVP) destaca ainda os que sofrem de problemas cardiovasculares e respiratórios e os que possuem já um historial de susceptibilidade às altas temperaturas.
Em comunicado, o Hospital Veterinário aponta a prevenção como a melhor forma de evitar os golpes de calor.
«Nunca deixe o seu animal de estimação fechado num carro estacionado e mantenha sempre disponível água limpa e fresca», aconselha.
Quando o animal é mantido num canil ou num recinto fechado, o HVP recomenda a verificação de que existem ventilação e circulação do ar adequadas, enquanto fora de casa aconselha a preferência por locais com sombra e a não realização de exercício excessivo nas horas de maior calor.
A respiração ofegante e salivação, o olhar arregalado ou ansioso, a ausência de resposta às ordens do dono, a pele muito seca e quente, febre alta, batimento cardíaco acelerado, fadiga e fraqueza muscular ou colapso são os principais sinais de que o animal pode ter sofrido um golpe de calor.
Neste caso, alerta o HVP, o dono deve tentar reduzir a temperatura do animal, «imergindo-o gradualmente em água fria ou usando sacos de gelo na cabeça e no pescoço».
Depois o animal de estimação deve ser levado ao veta.
Além das altas temperaturas, o HVP aponta as praganas existentes na relva e os químicos usados para embelezar os jardins e controlar pestes como os principais perigos do verão para os animais.
«As praganas podem causar infecções dolorosas e os químicos podem envenenar o seu animal», explica o HVP no comunicado.
Também perigosa nesta altura do ano é a leishmaniose, uma doença potencialmente fatal transmitida por um mosquito, assim como as mais frequentes pulgas e carraças e as mordidas e picadas de outros animais.
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