Em primeiro lugar parece-me que um ponto crucial é estarmos a falar de um animal doméstico, e não selvagem, que vive em grande proximidade do homem.
Se estivermos a falar de um animal selvagem, é claro que não têm qualquer semelhança os conceitos de obediência e inteligência. Inteligência num animal selvagem tem a ver com a sua capacidade de se adaptar ao meio, de caçar, de sobreviver ... logo não tem nada a ver com obediência, ou capacidade de realizar tarefas que lhe ensinem.
Estando a falar de um animal doméstico parece-me que a situação muda radicalmente de figura.
Um animal doméstico depende do homem para viver, logo não será o animal mais inteligente aquele que compreende
que a melhor forma de satisfazer todos os seus interesses e de perpetuar a sua espécie é ser obediente, realizar tarefas que lhe ensinem e ser dócil. Agindo desta forma os seus donos em princípio vão tratá-lo da melhor forma possível (ainda que existam labradores e goldens abandonados a proporção relativamente a outros cães é extremamente baixa). Basta ver que estas são provavelmente as raças às quais são permitidos os maiores disparates, simplesmente porque: "são tão queridos" 
Ou seja, sendo obediente e satisfazendo ao máximo possível o seu dono, o cão satisfaz da melhor forma os seus interesses e perpetua a sua espécie.
Está a escapar-me alguma coisa ?