Achei por bem, trazer este também para aqui, para aqueles que não costumam frequentar o fórum dos cães

O Originalfang Escreveu: O núcleo populacional de processionária de verão (cujo ciclo reprodutivo é completamente oposto ao da processionária comum) detectado no final da década de 90 no pinhal de Leiria, expandiu-se em toda a zona do "pinhal litoral", chegando a norte até Vieira de Leiria e a sul, já abaixo da Nazaré.
Ao contrário da processionária comum que nesta época está sob a forma de pupa emergindo como borboleta no verão (e por isso não representar qualquer perigo a partir de Maio), esta população inicia agora o seu ciclo, estando as lagartas activas em pleno verão (época em que a maioria das pessoas leva os seu cães para as zonas litorais).
Fica aqui o aviso para quem mora ou frequenta a zona litoral Centro/Oeste.
Tenham cuidado convosco e com os vossos cães.
in: http://www.rtp.pt/index.php?article=243631&visual=16População de larvas alastra no pinhal de Leiria e pode afectar pessoas
Uma nova população de larvas da "processionária do pinheiro" que se desenvolve no Verão no pinhal de Leiria está a alastrar pelo litoral, pondo em risco o vigor dos pinheiros e a saúde de pessoas e animais.
O alerta parte da professora Maria Rosa Paiva, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, que em declarações hoje à agência Lusa exortou para a necessidade da tomada de medidas de contenção desta praga que poderá eventualmente atravessar as fronteiras do país.
Na opinião desta docente, o pinhal de Leiria apresenta já neste momento sinais de grande decadência devido a esta situação.
Além de provocar a desfolha do pinheiro, afectando o seu crescimento, a larva causa alergias em pessoas, animais domésticos e outros mamíferos devido à acção urticante dos seus pelos ao nível da pele, do globo ocular e dos aparelho respiratório e digestivo.
Segundo a investigadora, que participou num estudo europeu sobre o controlo desta larva, conhecida como "lagarta processionária do pinheiro", existente há milhares de anos nos países da orla mediterrânica, a nova população distingue-se da já conhecida por se desenvolver durante o Verão, e não no Inverno, como aquela.
Foi detectada em 1997 numa pequena mancha do Pinhal de Leiria e, embora a sua investigação esteja ainda "limitada a pequenos estudos não subsidiados", conhece-se já a sua genética e sabe-se que "as duas populações não se cruzam, porque o seu período de reprodução ocorre em diferentes épocas do ano", afirmou.
Com a nova população de larvas, a desfolha passou a ocorrer tanto de Inverno como de Verão, frequentemente nas mesmas árvores, debilitando as árvores e impedindo a sua recuperação, sublinhou.
Segundo Maria Rosa Paiva, a nova população de larvas alastrou para sul, pelo litoral, ultrapassando já a Nazaré, e ultimamente para norte, sendo previsível que se expanda pelo resto país junto à orla costeira, tornando-se economicamente muito prejudicial, se a sua progressão não for contida.
A investigadora recordou situações ocorridas no Verão passado em São Pedro de Moel, em que apareceram várias pessoas com graves reacções alérgicas, tais como bolhas empoladas na pele que persistiram durante mais de uma semana, e referiu o caso de um cão que ficou sem a língua por ter abocanhado um ninho de larvas.
"As suas sedas, que são pelos invisíveis, contêm uma toxina poderosíssima que, além da pele, pode afectar as mucosas e causar conjuntivites e gastrites", acrescentou.
Estas lagartas chamam-se processionárias por abandonarem o pinheiro em fila, como numa procissão, em direcção ao solo, na sequência do seu ciclo de desenvolvimento.
Cada lagarta possui oito receptáculos com cerca de 100.000 pêlos urticantes que se abrem quando se desloca, surgindo então o perigo de entrarem em contacto com pessoas ou animais, picando-os como agulhas e injectando-lhes substâncias tóxicas.
As crianças, por brincadeira, e os cães, ao cheirarem ou morderem as lagartas, são os principais afectados, sendo frequentes as situações de zonas urbanas e turísticas afectadas por este problema.

Bom feriado a todos
