Arca de Noé

O Lord é o meu Dogue Alemão com quase com 6 anos. É a alegria das nossa vidas e o melhor companheiro que poderia desejar.
Há duas semanas notei um estranho inchaço fora do comum na perna traseira esquerda, na parte inferior da tíbia mesmo acima da articulação
Depois da ida ao veterinário tudo mudou nas nossas vidas quando quando nos foi apresentada a forte probabilidade de ser um osteosarcoma.
Tiradas as radiografias que não foram conclusivas, decidimos fazer uma biópsia cujos resultados surgiram ontem - o pior dos nossos receios confirmou-se - osteosarcoma osteoprodutivo, a pior e mais maligna forma de cancro.
Apesar do Lord estar bem neste momento, não tem qualquer dor, não coxeia, tem uma actividade e comportamento perfeitamente normal, não apresenta metástazes pulmonares visíveis no raio-x, a realidade que nos foi apresentada é a do pior prognóstico possível - 3 a 4 meses de vida, esperança de vida essa que poderá ser aumentada consoante a opção de "tratamento" que optemos por fazer.
Neste momento estamos na fase que não desejo a ninguém - a de decidir o que fazer com os dados que temos para ajudar o nosso melhor amigo.
Várias possibilidades nos são postas na mesa, desde o mero controlo da dor até à amputação do membro e quimioterapia (sendo este o protocolo recomendado segundo julgo), até à cirurgia de poupança de membro através de prótese.
Será que alguém já passou por isto ou tem experiência ou conhecimentos de casos semelhantes? Será que alguem nos poderá informar sobre as melhores opções e consequências na prática de cada uma?
Alguém me sabe dizer se a amputação é um caminho viável para um cão deste porte, mesmo sabendo que ele tem ancas perfeitas (verificadas em raio-x), uma ótima estrutura muscular e não tem excesso de peso? Alguém conhecerá outras alternativas?
Estamos dispostos a fazer tudo o que seja preciso pelo nosso amigo, mas apenas se for para o bem dele e lhe possa proporcionar qualidade de vida.
Estamos mesmo desesparados e a precisar de ajuda nesta decisão.
Agradeço a todos que possam contribuír para uma decisão acertada.

Paulo, Carla e Lord

Bem vindos ao fórum, se bem que não pelas razões mais felizes.

É uma situação muito grave e não podem perder muito tempo a decidir o que fazer e só vocês podem tomar essa decisão.

Se o cão fosse meu avançava já para a amputação da pata e quimio, isto se o diagnóstico é positivo e não oferece dúvida. Esse tumor é muito agressivo e dissemina-se muito rapidamente, a cada dia a esperança de vida do animal diminui, exige medidas drásticas. Se ele vencer o cancro, vai adaptar-se a viver com 3 patas.

Diga-me que em zona do país está, posso recomendar-lhe um oncologista em Lisboa.

Deixo-lhe uma história real:
http://rhallenbeck.tripod.com/

E um link informativo:
http://www.peteducation.com/article.cfm ... 38&aid=465

Um fórum de discussão:
http://www.dogcancer.net/forum/viewtopic.php?t=837

Tudo de bom para o vosso dane, que ele ultrapasse esta crise.

Obrigado pelas informações e pelo interesse.
Somos do Porto mas agradecemos qualquer recomendação de qualquer lugar.
De facto a biópsia não oferece qualquer dúvida quanto ao diagnóstico e todos os veterinários com que já falámos recomendam a amputação o mais rapidamente possível. Não temos qualquer problema com essa situação se de facto for o melhor para o Lord. A nossa única dúvida é se ele com 3 patas, com o porte que tem, se irá "desnrascar" e ter qualidade de vida... se a outra pata se aguentará...
Por acaso conhece algum caso de Dogue Alemão com amputação da perna traseira? Qual a sua opinião sobre isto, ele pesa cerca de 70kg.
Hoje estivemos com uma cadela, a Matilde, que tem exactamente o mesmo problema que o Lord (na mesma perna e tudo) mas num estado um pouco mais avançado. Já tem muitas dores e não apoia a perna afectada, o que quer dizer que se desloca nas mesmas condições do que se tivesse sido amputada, com dificuldades maiores pois arrasta um "peso morto". Isto fez-nos acreditar ainda mais na amputação, até como forma de eliminar a dor que certamente irá também afectar o Lord brevemente. No entanto, a cadela é bem mais pequena que o Lord e isso faz-nos manter ainda as dúvidas.

Nas nossas buscas sobre este assunto, encontrámos e foi-nos recomendado o tratamento com o medicamento Artemisinin, o qual ainda está numa fase experimental, mas que parece apresentar bons resultados no combate ao osteosarcoma. Tem algum conhecimento sobre isso?

Obrigado mais uma vez. Continuamos no nosso dilema mas teremos de tomar uma resolução muito brevemente. Apenas queremos faze-lo em consciência, o mais seguros e informados possível de todas as consequências e explorando a fundo todas as possibilidades de ajudar o nosso companheiro.

O primeiro link que lhe deixei é de um dogue que perdeu uma pata dianteira para a doença...infelizmente houve uma recaída... veja, tem muitas fotos. Conheço tripés mais pequenos que se adaptaram à perda de um membro traseiro.

Quanto ao tratamento, não sou vet mas ao que sei o combate ao osteosarcoma passa pela quimio, protocolos de carboplatina...

Quanto ao contacto do oncologista, vou enviar-lhe pm com o telefone.

Boa sorte.

Boas!

Sinto muito pelo Lord e por voçês mas não baixem os braços e lutem por ele !
Pouco sei sobre esse tipo de cancro mas fiquei com a sensação de que voçês já estão relativamente bem informados sobre a doença, o prognóstico e os tratamentos a fazer por isso queria apenas transmitir-vos o pouco que sei. No meu caso já tive uma dogue alemã a fazer quimioterapia durante alguns meses e digo-vos que aquele nosso receio dos efeitos secundários é um bocado infundado. Eles reagem à quimio muito melhor do que nós humanos. A minha cadela ficava um pouco abatida no 1º e 2º dia após os tratamentos e teve uma ligeira falta de apetite que fácilmente combati com comida mais apelativa mas nada de náuseas, vómitos ou perca de pêlo. No meu caso apesar de não ter infelizmente conseguido a remissão do cancro acho que valeu a pena porque lhe proporcionei mais uns meses de vida com alguma qualidade e acima de tudo tentei.
Em relação à amputação da perna também é muito menos complicado para eles do que para nós humanos que só nos apoiamos em 2. Há sempre uma perca de qualidade de vida mas conseguem andar perfeitamente após um periodo de adaptação.
O que é fundamental é que tomem uma decisão rápida do que fazer pois estes cancros evoluem rapidamente e uns dias de atraso no tratamento podem significar muito em termos de prognóstico.

Boa sorte!
Margarida

Obrigado pela ajuda.

Não vamos mesmo baixar os braços no momento em que ele mais precisa de nós. Faremos tudo o que for possível fazer. Apenas queremos ter mesmo a certeza do que é melhor para ele - mas tudo indica que a amputação é mesmo a melhor solução dadas as consequências da outra opção. Só temos dúvidas pelo facto de ele ser muito grande e da outra pata não aguentar o esforço.

Obrigado mais uma vez a todos.

Paulo, Carla e Lord