Marina,
Não participo muito em foruns mas quando posso venho cá dar uma olhadela e a história da tua Saty comoveu-me muito até porque muito recentemente tive um grande desgosto com a agonizante morte por cancro da minha querida cadela Rita
No dia 25 de Maio tive que adormecer a minha Rita, o meu 3ª boxer mas a 1ª fémea que tive desta raça que adoro e de que dependo.
Perdi uma grande companheira e uma grande amiga mas ficou-me a lembrança de todos os momentos que partilhamos, de todas as tropelias da sua infância (destrui-me a casa), do seu olhar carinhoso e franco, do toque suave da sua pata na minha pele, dos seus abracinhos, de a ter a dormir no meu colo toda torta só para estar no meu colo, das correrias desenfreadas atrás da bola ou simplesmente duma folha levada pelo vento, da sua alegria da praia a saltar para a água e a tentr apanahr a espuma das ondas, das brincadeiras cheias de saltos acrobáticos, dos "roubos" dos pacotes de fiambre esquecidos em cima da banca da cozinha, daquela expressão alegre e viva que só o boxer tem e muito muito mais que só nós donos que já perdemos amigos sabemos o que eles nos dão.
Ficou-me a memória de tudo o que de bom passamos juntas e também do mau período que tenho atravessado sempre com a sua fiel e carinhosa presença a meu lado (quando me sentia pior nem à rua queria ir).
Resta-me ter a consciência tranquila por lhe ter proporcionado tudo o que estava ao meu alcance para a fazer feliz e tê-la deixado ser cão, embora estivesse muito educada. Dei-lhe todo o amor que sei dar ao ponto de a deixar partir quando a sua qualidade de vida começou a ficar afectada.
Morreu nos meus braços e ainda hoje sinto nas minhas mãos o toque do seu pelo aveludado.
Aproveite o tempo que tem com a sua Saty sem pensar no que poderá acontecer um dia. Depois...depois terá as memórias e as saudades duma companheira que para si é unica como a minha foi para mim.
Cumprimentos
Maria João
PS:Desculpe o desabafo
