Para quem possa ter ficado confuso devido ao tópico: "Pequinês Chinês ou Japonês", aqui está a lenda e a verdadeira história da origem do Pequinês Chinês, claro! Porque não há mesmo mais nenhum!

Para tal, fiz uma pesquisa e reuni tudo num texto curtinho...

Creio que está correcto, porém parecem existir algumas dúvidas em relação a algumas datas. De qualquer modo, creio que na sua essência está exacto.

Sem mais...
Conta a lenda chinesa que o Pequinês surgiu como o resultado do amor impossível de um leão por uma minúscula macaca.
A história diz que, desesperado de amor e, consciente de que esse amor era contra a natureza, o leão foi pedir conselho ao Deus Hai Ho, o qual, do alto da sua infinita sabedoria, resolveu o assunto com as seguintes palavras:
" Se concordares sacrificar o teu tamanho e a tua força pelo amor que sentes por essa pequena macaca, dou-te o meu consentimento e abençoo a vossa união."
O leão concordou de imediato e, como fruto desse amor surge o Pequinês: com o tamanho, inteligência e doçura da mãe e a coragem e dignidade e porte orgulhoso do pai.
Além da lenda, o que se sabe sobre a origem Pequinês é que a raça teve a sua origem na China, há mais de 4 mil anos. Contudo, foi com a introdução do Budismo, no século II, que a raça ganhou o status de cão sagrado, simbolizando o "leão de Buda".
O leão de Buda era muito venerado e o Pequinês gozou de similares honras. Criados pelo chefe dos eunucos, os pequenos cães frequentavam os templos sagrados. Os Imperadores estavam constantemente acompanhados de seus pequenos cães. Durante as grandes cerimónias, o Imperador fazia-se acompanhar por quatro dos melhores exemplares, escolhidos pessoalmente para formar a guarda de seu corpo. Dois desses cães precediam-no na entrada das cerimónias, com pequenos latidos de intervalos precisos, sendo que os outros o seguiam, sustentando na boca, as bordas do manto real. Além disso, quando um Imperador morria, era sacrificado um Pequinês, para que o acompanhasse e protegesse no outro mundo.
O roubo de um desses cães implicava na morte do ladrão mediante lenta tortura.
Deste modo, o Pequinês vivia em completo isolamento na Cidade Proibida e os registos de nascimentos eram organizados pêlos monges no Livro Imperial dos Cães.
Em 1860, o Palácio Imperial de Pequim na Cidade Proibida na China, foi invadido e saqueado por tropas franco-inglesas, numa acção coordenada de França e Inglaterra para a destituição do poder daquela Dinastia.
Durante a invasão, soldados teriam encontrado centenas de pequenos animais mortos, que seriam, mais tarde, reconhecidos como ancestrais dos pequineses actuais por historiadores. Surge a ideia de que os chineses preferiam ver seus cães, tidos como sagrados, mortos a vê-los em mãos ocidentais, sobretudo naquelas que invadiam o Palácio de Verão.
Encontrariam, ainda durante a invasão, cinco exemplares vivos devidamente posicionados ao redor, como que a guardar o corpo, da princesa que se suicidara. Estes cinco exemplares do "pequeno cão leão" foram levados para Inglaterra. Eles teriam saído do Palácio como presas de guerra, pelas mãos do Lorde John Hay, Tenente Dunne e do Sir George Fitzroy...
O Lorde John Hay ficou com o macho fulvo para si que chamou de Schlorff e, este teria vivido até aos dezoito anos de idade. O Lorde presenteou, ainda, a sua irmã, Duquesa de Wellington com uma fêmea, que recebeu o nome de Hytien.
O tenente Dunne presenteou a Rainha Victória com uma fêmea parti-color, castanho e branco, que recebeu o nome de Looty. Quando Looty morreu, foi entregue a um taxidermista e, actualmente, ainda se encontra exposta no British Museum.
O súbito aparecimento desta raça exótica, e o apreço da rainha pela sua fêmea, aliado às sanções comerciais impostas à China, teriam propiciado novas importações (muitas não documentadas) que fariam o número de exemplares aumentar rapidamente no oeste europeu.
As duas últimas fêmeas foram dadas à Duquesa de Richmond e Gordon que chamou uma delas de Guh e a outra de Meh .
Estas últimas teriam contribuído para estabelecer a raça na Grã-Bretanha, dando origem a linha de sangue Goodwood, que foi a primeira designação dada a uma criação de Pequinêses. A reprodução destes durou até o início do século com a contribuição e dedicação de Lady Algernon Gordon Lennox, cunhada da Duquesa.
Outras importações foram realizadas pelo comandante da marinha mercante, Capitão Loftus Allen, que levou para a Inglaterra, um macho para sua esposa em 1893, a que chamou de Pekin Peter. Em 1896 retornou com um casal preto, Pekin Prince e Pekin Princess (3,6 kg e 2,7 kg respectivamente).
Os animais levados da China naquela época, tinham cerca de 8 polegadas, em média, de altura.
Enquanto, a criação criteriosa europeia obtinha exemplares de rara beleza, decaía a qualidade dos exemplares na China, sendo necessário reimportar reprodutores da Europa e Austrália.
Em 1904 foi criado o Clube do Pequinês e em 1919 foi feito o primeiro registro da raça pelo Kennel Clube da Inglaterra.
Em 1909 foi criado o Clube do Pequinês da América, nos EUA, e em 1911, organizado a primeira exposição especializada com 95 exemplares inscritos.
Fontes (entre várias):
http://pwp.netcabo.pt/drummondville/index.html
http://www.dogtimes.com.br/pequines.htm
http://www.pequines.com.br/texto1.asp
http://www.petclube.com.br/amichetti/pe ... storia.htm
http://www.caesdefato.com.br/numero12.htm#pequi
P.S. Drummondville: Espero que não se importe por também ter recolhido alguma informação no seu site...