FAQ'S SOBRE FURÕES COMO ANIMAL DE COMPANHIA
Enviado: segunda fev 02, 2004 5:42 am
Com o intuito de promover o furão como animal de companhia e simultaneamente ajudar os futuros donos ou interessados neles e aproveitando a ideia da Last_kiss, reuni deste fórum, as informações mais pertinentes e vou sintetizá-las em jeito de perguntas e respostas mais frequentes sobre os furões.
Convinha que só colocassem aqui as considerações importantes que me tenham falhado e, ou, que qualquer sugestão ou correcção me seja enviada por pm para eu melhorar este resumo que servirá para ajudar os que ainda pouco sabem sobre o furão. Assim, assuntos diferentes deverão ser postados noutros tópicos, ficando este a versar só sobre ele e as suas necessidades tornando-o fácil de ser consultado.
Moya, a sua ajuda seria útil.
MHZ
Portanto, os interessados no furão (Mustela Putorius Furo) como animal de companhia, devem:
Consultar e assinar a página afim de ajudar à sua legalização:
http://pwp.netcabo.pt/ferrets/
Consultar páginas em português onde encontra boas dicas sobre eles que ajudam a um melhor conhecimento deste simpático bichinho:
http://www.angelfire.com/art2/bluefairy/
http://www.furoes.bravehost.com/
http://pwp.netcabo.pt/weasel_furao
http://furoes.net/
http://reinodosfuroes.no.sapo.pt/venced ... /index.htm
http://www.jardimdosferrets.com
http://furoespt.no.sapo.pt/
E além de informações pode ver um casal de furões através de uma webcam na casa do dono:
http://reinodosfuroes.no.sapo.pt
Ler o resumo abaixo transcrito.
CARACTERÍSTICAS:
São animais carnívoros e pesam entre 1 a 2 kg. Duram cerca de 8 anos se bem tratados e há mesmo casos de 10 ou mais anos. São inteligentes e aprendem alguns pequenos truques, tais como a serem chamados pelo nome, podendo ser ensinados a não fazer asneiras assim como a não morder, usar a caixa das necessidades, usar a trela etc.
São animais muito irrequietos que adoram buraquinhos. Levá-los à rua sem trela não é conveniente, já que podem ser atropelados, ou serem o pequeno-almoço de algum cão. Dormem cerca de 18 horas por dia e são um bom animal de companhia para quem não tem muito tempo livre, adaptando-se facilmente aos horários do dono. Mas a amizade entre os dois depende da interacção que tiverem. Precisam de atenção, que se brinque com eles e os mime. Se não tiver tempo e se só houver um, então convém terem um companheiro, que eventualmente pode ser um cão ou um gato de preferência criados juntos de pequeninos.
Pode também consultar o tópico “Ferret ou Furão” no Fórum do furão.
ENSINAR A NÃO MORDER:
Eles têm que perceber que a acção de morder, tem uma reacção
desagradável.
De preferência não pegar nele, deixar antes que seja ele a vir até nós, para ir perdendo o medo.
Não o apanhar de surpresa, reparar 1º que ele nos veja, para não se assustar e não querer morder.
Eles não gostam de ser apanhados de surpresa, sentem-se inseguros e mordem. Primeiro temos que deixar que eles nos vejam bem antes de lhes pegarmos.
Um truque muito simples é o alcool... Tira qualquer cheiro das mãos e os furões não gostam. Basta passar nas mãos antes de pegar nas mascotes.
-Passar as mãos por limão ou vinagre, também pode ajudar.
-Pôr pimenta nas mãos.
-Dar um golpe rápido e suave no nariz e dizer-lhes que NÃOOOO!!!!!
-Ter à mão um pulverizador de água e se morderem, deitar-lhes um jorro de água e dizer NÃOOOO!
-Introduzir-lhes um dedo na boca até que lhes dêem náuseas, mas só um instante.
-Apertar-lhe a mandíbula até que soltem a mão.
-Comprar um spray que se chama Bitter Apple e que se aplica nas nossas mãos e pés ou nos locais em que não queremos que eles mordam, por exemplo os vasos de plantas. Dá-lhes mau sabor
-Pegar-lhes pela pele do pescoço (como fazem as mães) e abaná-los um pouco ou arrastá-los pelo chão e dizer-lhes que NÃOOOO!!!!!
-Dar uma palmada nos seu quartos traseiros
-Fazer um ruído forte que os deixe desconcentrados como por exemplo "SSSSSHHHHH¡¡¡¡¡¡"
-Tapar-lhes o nariz para que abram a boca para respirar
-Soprar-lhes na cara. Não gostam mesmo nada.
-Pegar-lhes quando dormem para se irem habituando a nós.
-Premiá-los sempre que nos obedeçam e assim também os habituarmos a que as nossas mãos lhes dão coisas boas.
-Nos primeiros dias não pegar nele ao colo nem tentar tocar-lhe, sentem-se no chão e deixem que ele os cheire e explore para se acostumar ao cheiro do dono. Depois colocar coisas saborosas na mão, para que associasse as mãos como algo que tinha que lamber e não morder.
Nunca devemos sacudi-los das nossas mãos quando mordem, porque não abrirão a boca e podem fazer-nos feridas maiores.
Os castigos devem ser aplicados na hora, porque depois eles não entendem.
PREPARAR A CASA PARA O FURÃO:
Os tampos das sanitas devem ficar sempre fechados. Idem para as máquinas de lavar roupa e louça. Cuidado com a parte detrás do frigorífico. Atenção às janelas e portas abertas. Idem para as gavetas e buraquinhos. A filosofia deles é: se a cabeça passa o resto também passa! Buracos de 5 cm podem ser suficientemente interessantes para eles. Adoram cavar, convém que os sofás sejam de tecido liso para não levantarem o pelo e é preciso cuidado porque se tem buracos, eles vão espreitar e enfiam-se dentro deles, num abrir e fechar de olhos. A casa tem que ser revista para acolher um furão. Há que nos primeiros tempos vigiar os hábitos e manias, para depois ficarmos mais tranquilos. Colocar-lhes um guizo é uma maneira de os podermos localizar, enquanto nos não habituamos aos seus hábitos. Cuidado ao fechar as portas, para não os entalarmos. Cuidado com as plantas, cavar a terra é um gozo para eles. Alguns gostam de morder os fios eléctricos. Tomar cuidado com o que está no chão e eles possam engolir pois pode causar-lhes obstrução intestinal. Quando estão à solta em casa, há que ter também em atenção os pequenos objectos que eles possam pegar e esconder (é também um instinto natural deles, daí o nome de "furo").
É preciso muita atenção onde pisamos, pois como são muito irrequietos e têm um "fetiche" pelos nossos pés, sem querer estamos a pisá-los e é frequente uma pata partida, no mínimo. Além de que também adoram dormir debaixo dos tapetes...
VACINAS:
A esgana é fatal para eles, pelo que devem ser vacinados contra ela.
A primeira vacina é dada por volta das 7 a 8 semanas, o 1º reforço passadas 3 semanas e o 2º e último reforço passadas outras 3 semanas. Depois é anual.
Actualmente, muitos veterinários estão a optar só pelas duas primeiras aplicações, achando desnecessário o terceiro reforço. A revacinação é anual.
O risco das vacinas é que podem causar reacções alérgicas, choques anafilacticos e mesmo a própria doença para qual é a respectiva vacina. Por isso para quanto menos doenças seja a vacina, menos riscos correm de as contrair.
Ou seja, doenças a que eles estão sujeitos, tais como a hepatite, leptoespirose, leishmaniose, o ser-lhes dada a vacina pode implicar que contraiam a doença
A melhor vacina para eles é a Purevax Ferret dos Laboratórios Merial e é uma vacina em que só utilizam parte do vírus e não correm o risco de contrair a doença da esgana, ao contrário das outras. Além de ser uma vacina própria de furões é só para a esgana.
Fervac D é uma vacina aprovada nos EU, para eles mas é uma vacina própria para cães, só para a esgana, quer dizer que os furanitos correm menos riscos de contrair hepatites, etc. provocadas pela vacinação, no entanto, quando há reacção, ela é devastadora, pelo que actualmente não a aconselham.
Galaxy-D também é outra opção razoável.
Mas neste momento em Portugal ainda não existe a vacina própria para eles. Actualmente a mais aconselhada é a da Intervet para cachorrinhos.
Este é o calendário aconselhado pela Intervet:
7/8 semanas-------Nobivac PuppyDP+diluente (0,7 ou dose normal) Esta 1ª é a vacina mais forte.
10/11 semanas----Nobivac DHPPi+diluente que se chama Nobivac Leptospirose
13/14 semanas---- Nobivac DHPPi+ diluente que se chama Nobivac Leptospirose
Um ano depois e seguintes deve dar-se a DHPPI+ diluente.
As iniciais querem dizer o seguinte: D-distemper (esgana) H- hepatite PP-parvovirose i- influenza (gripe)
Há quem aconselhe a vacinar SEMPRE com a que é aplicada às 7/8 semanas, ou seja a Nobivac Puppy DP, por ser a que menos reacções lhes poderá causar devido a vacinar só contra a Distemper e a Parvovirose, enquanto a DHPPi inclui mais a Hepatite e Influenza.
O Dr. Bruce Williams (um "expert" em furões), aconselha uma pequena dose de vitamina E (não mais de 100 IU) uns dias antes da vacina. Pode evitar respostas inflamatórias antes da vacinação.
Outra que pode ser utilisada é Caniffa dos Laboratorios Merial (recomienda Merial que quando se vacinem os furões com esta vacina, se encha o resto da seringa con soro salino para evitar reacções).
A vacina da raiva, enquanto não forem legalizados é facultativa, já que está praticamente erradicada do nosso país.
Não é aconselhada a da Intervet para os furões.
A vacina da raiva só deve ser dada depois dos 8 meses, segundo li neste site http://www.todohurones.com/salud.html
E deve ser de vírus morto (ao contrário da da esgana que deve ser de vírus vivo modificado)
Uma aconselhada é -IMRAB3 e deve ser dada uma vez por ano.
Para prevenir reacções alérgicas às vacinas, também se pode administrar 10 a 30 minutos antes da vacina –“Benadryl” e a dose será 0.2 ml por kg de peso. É um antihistamínico e pode prevenir reacções à vacina.
A vacina da raiva não deve ser dada antes dos 4 meses, de preferência aos 8 meses.
Muitos desses problemas que surgem, são por incorrecta aplicação, pois a vacina deve ser subcutânea, ou seja, dada entre a pele e o músculo e não no músculo.
COMIDA
O ideal é comida própria para eles que seja seca, pois evita futuros problemas dentários além de ser mais difícil de se adulterar. Totally Ferret, Mazuri, são consideradas das melhores, só que para já ainda não existem em Portugal. Dar-lhes alimentação adequada é importante, pois pode ajudar a prevenir doenças futuras tais como o cancro a que eles são muito sujeitos. Comida de gatinhos bebés de alta qualidade, também lhes pode ser dada, tais como Genesis Kitten, Royal Canin Baby Cat 34, Eukanuba Kitten ou Hill's Kitten.
Convém escolher uma marca que como 1º ingrediente tenha carne (frango, vitela, etc.), não uma que contenha subprodutos de carne ou farinhas como primeiro ingrediente. O nível de proteínas deve ser no mínimo de 34% (38% seria o ideal) e deve conter também Taurina, que é um elemento muito importante para o metabolismo deles.
E como segundo ingrediente deve ter uma elevada percentagem de gordura, cerca de 22%.
Deve ter valores baixos de fibra e não deve conter milho, sobretudo nos primeiros ingredientes.
Leite, devido à lactose, costuma fazer-lhes diarreia e portanto não é aconselhável dar-lhes, apesar de eles gostarem. Mas pode dar-se-lhes leite de soja, de gatinhos bébés, ou de amêndoas.
Peixe deixa-os com um cheiro mais acentuado.
Água e comida devem ser colocadas diariamente e ficar sempre à disposição deles.
Não lhes dar NUNCA chocolate, coisas doces ou sal.
Cebola, alho e frutas ácidas, podem causar-lhes úlceras e anemia.
Carne crua ou semi crua não é conveniente porque pode originar parasitas.
SUPLEMENTOS ALIMENTARES:
Ferretone", "Linatone e Ferretvite, ainda não existentes em Portugal, são suplementos vitamínicos com vitamina A . Podem ser dados como “prémio”, assim como os remédios para as bolas de pelo. Mas não devem ser dados em excesso. Com uma boa alimentação também não serão necessários. E a vitamina A em excesso, pode ser nociva, senão mesmo fatal.
O Ferretvite tem uma dosagem de 1/4 de colher de cha por cada 250 gr de peso do animal... e o Ferretone 3/4 de uma colher de chá por dia...
Poderá ser dada 2 a 3 vezes por semana.
SINAIS DE AVISO QUE ACONSELHAM UMA VISITA AO VET. :
Como têm um metabolismo alto, qualquer doença também evolui rápido, pelo que é preciso estarmos atentos. Tomar especial atenção a se não comerem há mais de 24 horas, se os intestinos não funcionarem há 24 horas (vulgarmente defecam 3 ou mais vezes por dia), se têm diarreia há mais de 48 horas ou se as fezes aparecem com coloração muito diferente, esverdeada ou com sangue, se não querem beber, se tossem, se a urina tem cor vermelha, se apresentam os olhos vidrados, se vomitam muito (correm perigo de desidratação, o que neles é deveras perigoso), se estão muito parados, perda excessiva de pêlo, olhos baços e nariz pingão (podem ser infectados, ou infectarem-nos com o vírus da gripe humana). Febre, espirros, lacrimejar, secreção nasal, fotofobia (aversão à luz), conjuntivite, podem ser sinais de gripe neles.
Não esquecer nunca que, perante qualquer modificação ou dúvida, uma consulta a tempo pode salvar a vida dos nossos bichinhos.
CRUZAMENTOS:
Podem ter duas ninhadas por ano e em cada ninhada podem nascer até 14 furões.
O cruzamento entre eles é violento, podendo mesmo a fêmea ficar com feridas profundas. O aconselhável é só cruzar a fêmea, a partir dos 8 meses e o macho depois dos 11.
Se fôr nova demais pode recusar os filhos, comê-los ou não alimentá-los.
Se a fêmea estiver mesmo no auge do cio e receptiva, ela não se opõe. Só começa a recusar os "avanços" do macho depois de estar já coberta, e nessa altura é conveniente separá-los de vez.
Convém ter em conta que quando se cruzam 2 com a mesma cor a ninhada será mais pequena, que não deve haver consanguinidade e não cruzar animais doentes. O melhor momento é ao 10º dia de cio. Se ela resiste ao macho e liberta secreções das glândulas, é porque ainda não está preparada e há que retirar o macho. Se tudo correr bem, devem ficar juntos um par de dias. Se a vulva recupera o seu aspecto normal em 48h, 42 dias depois teremos meninos. Uma semana antes do parto pode ocorrer uma perda de pêlo, a vulva ficará púrpura e as tetas aumentam de volume. Nesta altura devemos proporcionar-lhe um ninho. O parto dura cerca de 2 horas, podendo ser um pouco mais no 1ºcruzamento. Se decorrer mais tempo ou se os olhos ficarem vidrados, ou sem forças, devemos recorrer logo a um vet.
Durante 48 h. não devemos mexer nas crias, nem no ninho, só vigiar se tudo corre bem. O ideal é começarmos a pegar nas crias só depois da 3º semana para as habituarmos ao contacto humano.
CASTRAÇÃO:
Machos - A castração faz com que os machos, que também têm períodos de cio, fiquem mais calmos e deixem de ter o cheiro forte que lhes é característico e que aumenta na altura do cio. Mas a castração não retira o cheiro, só atenua, pelo que fica ao critério de cada dono.
A castração nos machos só deverá ser feita depois dos 6 meses de idade e deve ser efectuada no período de cio, que é quando lhes baixam os testículos e será mais fácil a remoção total deles, pois, por vezes, não se conseguem retirar totalmente. Quando efectuada demasiado cedo pode provocar-lhes cancro. E é desnecessário retirar-lhes as glândulas anais, pois a sua ablação não contribui para a diminuição do cheiro e, além de que servem de lubrificante das fezes, essa ablação pode provocar em 30% dos casos, prolapso do recto.
Fêmeas - Se tiverem alguns cios sucessivos sem que se reproduzam, ficam anémicas e muitas vezes morrem, mesmo com transfusões de sangue. Não há maneira de contornar esse facto a não ser que sejam esterilizadas ou cruzadas.
A fêmea pode ficar em cio até Agosto e os elevados níveis de estrogéneo podem causar anemia e morte, além de que como a vulva está mais aberta, fica sujeita a mais infecções uterinas que podem ser mortais.
Se não se pensa em cruzá-la, é melhor castrá-la, antes de entrar no cio e a castração nas fêmeas não deve ser realizada depois de mais de 21 dias de entrarem em cio, pois correm risco de hemorragtia, devido a que há uma baixa de glóbulos vermelhos e de plaquetas (as plaqueas ajudam a controlar as hemorragias, é uma das análises que se fazem aquando de uma operação).
A anestesia deve ser inalada e sem pré anestésico. As injectadas são imprevisíveis nos furões. O Isoflurane com máscara é o mais seguro.
E devem estar sempre a soro durante a anestesia.
Quando são anestesiados/as, a temperatura do corpo baixa, é portanto aconselhável colocar-lhes por baixo um cobertor eléctrico para ajudar a manter os níveis de temperatura. E em casa colocar-lhes um saco da água quente, perto da cama e dar-lhes soro glucosado.
Não é aconselhada a epidural como anestesia, correm risco de ficar paralíticos, devido a problemas neurológicos.
Se quiserem fazer criação - sejam responsáveis e pensem o que vão fazer com as crias antes de os cruzar, já que eles não conseguem sobreviver sozinhos, se abandonados. Mesmo que num ou outro cio elas não fiquem grávidas, terão que ter uma ninhada de vez em quando para não haver problemas. Se tiverem vários cios sem nunca serem cobertas por um macho, como já disse, criam uma anemia, perdem o pêlo todo e muitas vezes morrem. A melhor opção é mesmo esterilizar.
Se não se quiser esterilizar a fêmea, pode-se lhe dar uma injecção de hormonas que deve ser dada ao 10º dia do começo do cio. Se dada antes, poderá não fazer efeito e muito tempo depois do começo do cio, poderá acontecer que uma só injecção não seja suficiente para fazer efeito. No entanto convém saber que o abuso destas injecções poderá originar-lhes tumores.
Convém fazer um hemograma caso estejam em cio muito tempo seguido e haja sintomas de anemia (perda de pêlo, por exemplo). E NÃO devem ser operadas. neste caso. Convém primeiro fazer tratamento, podendo haver necessidade de levar uma transfusão.
LIMPEZA
Banhos frequentes não são aconselhados já que fazem com que as glândulas trabalhem mais activamente tentando repor a gordura perdida, provocando em consequência o aumento do cheiro deles e também lhes resseca a pele. É suficiente um de 15 em 15 dias. Um amaciador de pêlo, também ajuda a não ressecar.
Convêm usar o shampoo próprio para furões, por exemplo-Ring 5 (ferret shampoo com óleo de coco), Shampoo seco em pó Men for San ou shampoo para gatinhos. Além destes, usar pó de talco para manutenção, e em dias especiais um pouco de colónia para bebé da Mustela, ou colónia específica de furões.
Entre banhos podemos limpá-los com as toalhinhas Dodots. As unhas devem ser cortadas frequentemente, com cuidado para não cortar a veia vermelha que se vê à transparência. Não devemos cortá-las com as patinhas ainda húmidas porque é mais fácil que se infectem ou que fiquem mal cortadas e lasquem.
Deve fazer-se um corte perpendicular (se não ficarem bem podem limar-se com uma lima) e pode-se untar a unha com vaselina antes de cortar para facilitar o corte.
As orelhas devem ser limpas com um cotonette embebido de óleo de amêndoas doces morno para evitar os ácaros, ou com produtos próprios. Não devem ser limpas com líquidos que possam escorrer para dentro dos ouvidos, a fim de evitar infecções, tais como otites.
Os dentes podem ser lavados com os produtos dos gatos.
INTERACÇÃO COM AS CRIANÇAS:
Segundo o Dr. Bruce Williams, (um “expert”em furões) não convém dá-los a crianças com menos de 6 a 8 anos. São animais frágeis que se não forem manipulados com cuidado, podem partir a coluna vertebral, ser pisados facilmente, etc.
Podem morder se magoados, ou arranhar, embora não sejam mais perigosos que um cão ou um gato.
Contudo, também depende do sentido de responsabilidade da criança.
INTERACÇÃO ENTRE ELES:
Costumam dar-se bem, sobretudo se criados de novinhos. Convém agarrá-los e deixar que se cheirem mutuamente. Gradualmente, vamos dando-lhes mais liberdade. Eles brincam mordendo-se e se quando os separamos o perdedor regressar, quer dizer que estavam só a jogar entre eles. Se brincam entre eles mordendo nas orelhas e pescoço, é um sinal de aceitação. Nos primeiros tempos convém vigiá-los já que um deles pode terminar com feridas. No período do cio e se houver uma fêmea pode haver luta territorial. Também se pode untá-los com Ferretone ou algo agradável, para que se lambam mutuamente e assim se habituem um ao outro.
CONVIVÊNCIA ENTRE ELES E OS OUTROS ANIMAIS:
A maioria dos furões não se dão bem com pássaros, peixes, coelhos, roedores, lagartos e outros animais desse estilo, embora possa haver excepções.
Com um cão ou um gato, se criados desde pequeninos, vulgarmente dão-se bem.
Se já adultos devemos introduzi-los lentamente, de preferência em território neutro, como um parque, por exemplo. Na 1ª semana deixar que se cheirem mutuamente, várias vezes ao dia. Nas semanas seguintes vai-se-lhes dando mais liberdade, vigiando-os sempre por precaução, até ter a certeza que se habituaram um ao outro.
GAIOLA:
É conveniente não os deixar à solta em casa se ficarem sós. Se vão ficar muitas horas sozinhos convém tê-los numa gaiola de malha apertada, com 2 a 3 pisos de altura (cerca de 60x100x60cm). Se só a usarem para dormir, poderá ser mais pequena (30x60x30cm). Se forem de vários andares, convém que cada plataforma seja inteira, só com abertura para as escadas. Assim evitam-se quedas, que, embora pequenas, os podem aleijar.
Convinha que só colocassem aqui as considerações importantes que me tenham falhado e, ou, que qualquer sugestão ou correcção me seja enviada por pm para eu melhorar este resumo que servirá para ajudar os que ainda pouco sabem sobre o furão. Assim, assuntos diferentes deverão ser postados noutros tópicos, ficando este a versar só sobre ele e as suas necessidades tornando-o fácil de ser consultado.
Moya, a sua ajuda seria útil.
MHZ
Portanto, os interessados no furão (Mustela Putorius Furo) como animal de companhia, devem:
Consultar e assinar a página afim de ajudar à sua legalização:
http://pwp.netcabo.pt/ferrets/
Consultar páginas em português onde encontra boas dicas sobre eles que ajudam a um melhor conhecimento deste simpático bichinho:
http://www.angelfire.com/art2/bluefairy/
http://www.furoes.bravehost.com/
http://pwp.netcabo.pt/weasel_furao
http://furoes.net/
http://reinodosfuroes.no.sapo.pt/venced ... /index.htm
http://www.jardimdosferrets.com
http://furoespt.no.sapo.pt/
E além de informações pode ver um casal de furões através de uma webcam na casa do dono:
http://reinodosfuroes.no.sapo.pt
Ler o resumo abaixo transcrito.
CARACTERÍSTICAS:
São animais carnívoros e pesam entre 1 a 2 kg. Duram cerca de 8 anos se bem tratados e há mesmo casos de 10 ou mais anos. São inteligentes e aprendem alguns pequenos truques, tais como a serem chamados pelo nome, podendo ser ensinados a não fazer asneiras assim como a não morder, usar a caixa das necessidades, usar a trela etc.
São animais muito irrequietos que adoram buraquinhos. Levá-los à rua sem trela não é conveniente, já que podem ser atropelados, ou serem o pequeno-almoço de algum cão. Dormem cerca de 18 horas por dia e são um bom animal de companhia para quem não tem muito tempo livre, adaptando-se facilmente aos horários do dono. Mas a amizade entre os dois depende da interacção que tiverem. Precisam de atenção, que se brinque com eles e os mime. Se não tiver tempo e se só houver um, então convém terem um companheiro, que eventualmente pode ser um cão ou um gato de preferência criados juntos de pequeninos.
Pode também consultar o tópico “Ferret ou Furão” no Fórum do furão.
ENSINAR A NÃO MORDER:
Eles têm que perceber que a acção de morder, tem uma reacção
desagradável.
De preferência não pegar nele, deixar antes que seja ele a vir até nós, para ir perdendo o medo.
Não o apanhar de surpresa, reparar 1º que ele nos veja, para não se assustar e não querer morder.
Eles não gostam de ser apanhados de surpresa, sentem-se inseguros e mordem. Primeiro temos que deixar que eles nos vejam bem antes de lhes pegarmos.
Um truque muito simples é o alcool... Tira qualquer cheiro das mãos e os furões não gostam. Basta passar nas mãos antes de pegar nas mascotes.
-Passar as mãos por limão ou vinagre, também pode ajudar.
-Pôr pimenta nas mãos.
-Dar um golpe rápido e suave no nariz e dizer-lhes que NÃOOOO!!!!!
-Ter à mão um pulverizador de água e se morderem, deitar-lhes um jorro de água e dizer NÃOOOO!
-Introduzir-lhes um dedo na boca até que lhes dêem náuseas, mas só um instante.
-Apertar-lhe a mandíbula até que soltem a mão.
-Comprar um spray que se chama Bitter Apple e que se aplica nas nossas mãos e pés ou nos locais em que não queremos que eles mordam, por exemplo os vasos de plantas. Dá-lhes mau sabor
-Pegar-lhes pela pele do pescoço (como fazem as mães) e abaná-los um pouco ou arrastá-los pelo chão e dizer-lhes que NÃOOOO!!!!!
-Dar uma palmada nos seu quartos traseiros
-Fazer um ruído forte que os deixe desconcentrados como por exemplo "SSSSSHHHHH¡¡¡¡¡¡"
-Tapar-lhes o nariz para que abram a boca para respirar
-Soprar-lhes na cara. Não gostam mesmo nada.
-Pegar-lhes quando dormem para se irem habituando a nós.
-Premiá-los sempre que nos obedeçam e assim também os habituarmos a que as nossas mãos lhes dão coisas boas.
-Nos primeiros dias não pegar nele ao colo nem tentar tocar-lhe, sentem-se no chão e deixem que ele os cheire e explore para se acostumar ao cheiro do dono. Depois colocar coisas saborosas na mão, para que associasse as mãos como algo que tinha que lamber e não morder.
Nunca devemos sacudi-los das nossas mãos quando mordem, porque não abrirão a boca e podem fazer-nos feridas maiores.
Os castigos devem ser aplicados na hora, porque depois eles não entendem.
PREPARAR A CASA PARA O FURÃO:
Os tampos das sanitas devem ficar sempre fechados. Idem para as máquinas de lavar roupa e louça. Cuidado com a parte detrás do frigorífico. Atenção às janelas e portas abertas. Idem para as gavetas e buraquinhos. A filosofia deles é: se a cabeça passa o resto também passa! Buracos de 5 cm podem ser suficientemente interessantes para eles. Adoram cavar, convém que os sofás sejam de tecido liso para não levantarem o pelo e é preciso cuidado porque se tem buracos, eles vão espreitar e enfiam-se dentro deles, num abrir e fechar de olhos. A casa tem que ser revista para acolher um furão. Há que nos primeiros tempos vigiar os hábitos e manias, para depois ficarmos mais tranquilos. Colocar-lhes um guizo é uma maneira de os podermos localizar, enquanto nos não habituamos aos seus hábitos. Cuidado ao fechar as portas, para não os entalarmos. Cuidado com as plantas, cavar a terra é um gozo para eles. Alguns gostam de morder os fios eléctricos. Tomar cuidado com o que está no chão e eles possam engolir pois pode causar-lhes obstrução intestinal. Quando estão à solta em casa, há que ter também em atenção os pequenos objectos que eles possam pegar e esconder (é também um instinto natural deles, daí o nome de "furo").
É preciso muita atenção onde pisamos, pois como são muito irrequietos e têm um "fetiche" pelos nossos pés, sem querer estamos a pisá-los e é frequente uma pata partida, no mínimo. Além de que também adoram dormir debaixo dos tapetes...
VACINAS:
A esgana é fatal para eles, pelo que devem ser vacinados contra ela.
A primeira vacina é dada por volta das 7 a 8 semanas, o 1º reforço passadas 3 semanas e o 2º e último reforço passadas outras 3 semanas. Depois é anual.
Actualmente, muitos veterinários estão a optar só pelas duas primeiras aplicações, achando desnecessário o terceiro reforço. A revacinação é anual.
O risco das vacinas é que podem causar reacções alérgicas, choques anafilacticos e mesmo a própria doença para qual é a respectiva vacina. Por isso para quanto menos doenças seja a vacina, menos riscos correm de as contrair.
Ou seja, doenças a que eles estão sujeitos, tais como a hepatite, leptoespirose, leishmaniose, o ser-lhes dada a vacina pode implicar que contraiam a doença
A melhor vacina para eles é a Purevax Ferret dos Laboratórios Merial e é uma vacina em que só utilizam parte do vírus e não correm o risco de contrair a doença da esgana, ao contrário das outras. Além de ser uma vacina própria de furões é só para a esgana.
Fervac D é uma vacina aprovada nos EU, para eles mas é uma vacina própria para cães, só para a esgana, quer dizer que os furanitos correm menos riscos de contrair hepatites, etc. provocadas pela vacinação, no entanto, quando há reacção, ela é devastadora, pelo que actualmente não a aconselham.
Galaxy-D também é outra opção razoável.
Mas neste momento em Portugal ainda não existe a vacina própria para eles. Actualmente a mais aconselhada é a da Intervet para cachorrinhos.
Este é o calendário aconselhado pela Intervet:
7/8 semanas-------Nobivac PuppyDP+diluente (0,7 ou dose normal) Esta 1ª é a vacina mais forte.
10/11 semanas----Nobivac DHPPi+diluente que se chama Nobivac Leptospirose
13/14 semanas---- Nobivac DHPPi+ diluente que se chama Nobivac Leptospirose
Um ano depois e seguintes deve dar-se a DHPPI+ diluente.
As iniciais querem dizer o seguinte: D-distemper (esgana) H- hepatite PP-parvovirose i- influenza (gripe)
Há quem aconselhe a vacinar SEMPRE com a que é aplicada às 7/8 semanas, ou seja a Nobivac Puppy DP, por ser a que menos reacções lhes poderá causar devido a vacinar só contra a Distemper e a Parvovirose, enquanto a DHPPi inclui mais a Hepatite e Influenza.
O Dr. Bruce Williams (um "expert" em furões), aconselha uma pequena dose de vitamina E (não mais de 100 IU) uns dias antes da vacina. Pode evitar respostas inflamatórias antes da vacinação.
Outra que pode ser utilisada é Caniffa dos Laboratorios Merial (recomienda Merial que quando se vacinem os furões com esta vacina, se encha o resto da seringa con soro salino para evitar reacções).
A vacina da raiva, enquanto não forem legalizados é facultativa, já que está praticamente erradicada do nosso país.
Não é aconselhada a da Intervet para os furões.
A vacina da raiva só deve ser dada depois dos 8 meses, segundo li neste site http://www.todohurones.com/salud.html
E deve ser de vírus morto (ao contrário da da esgana que deve ser de vírus vivo modificado)
Uma aconselhada é -IMRAB3 e deve ser dada uma vez por ano.
Para prevenir reacções alérgicas às vacinas, também se pode administrar 10 a 30 minutos antes da vacina –“Benadryl” e a dose será 0.2 ml por kg de peso. É um antihistamínico e pode prevenir reacções à vacina.
A vacina da raiva não deve ser dada antes dos 4 meses, de preferência aos 8 meses.
Muitos desses problemas que surgem, são por incorrecta aplicação, pois a vacina deve ser subcutânea, ou seja, dada entre a pele e o músculo e não no músculo.
COMIDA
O ideal é comida própria para eles que seja seca, pois evita futuros problemas dentários além de ser mais difícil de se adulterar. Totally Ferret, Mazuri, são consideradas das melhores, só que para já ainda não existem em Portugal. Dar-lhes alimentação adequada é importante, pois pode ajudar a prevenir doenças futuras tais como o cancro a que eles são muito sujeitos. Comida de gatinhos bebés de alta qualidade, também lhes pode ser dada, tais como Genesis Kitten, Royal Canin Baby Cat 34, Eukanuba Kitten ou Hill's Kitten.
Convém escolher uma marca que como 1º ingrediente tenha carne (frango, vitela, etc.), não uma que contenha subprodutos de carne ou farinhas como primeiro ingrediente. O nível de proteínas deve ser no mínimo de 34% (38% seria o ideal) e deve conter também Taurina, que é um elemento muito importante para o metabolismo deles.
E como segundo ingrediente deve ter uma elevada percentagem de gordura, cerca de 22%.
Deve ter valores baixos de fibra e não deve conter milho, sobretudo nos primeiros ingredientes.
Leite, devido à lactose, costuma fazer-lhes diarreia e portanto não é aconselhável dar-lhes, apesar de eles gostarem. Mas pode dar-se-lhes leite de soja, de gatinhos bébés, ou de amêndoas.
Peixe deixa-os com um cheiro mais acentuado.
Água e comida devem ser colocadas diariamente e ficar sempre à disposição deles.
Não lhes dar NUNCA chocolate, coisas doces ou sal.
Cebola, alho e frutas ácidas, podem causar-lhes úlceras e anemia.
Carne crua ou semi crua não é conveniente porque pode originar parasitas.
SUPLEMENTOS ALIMENTARES:
Ferretone", "Linatone e Ferretvite, ainda não existentes em Portugal, são suplementos vitamínicos com vitamina A . Podem ser dados como “prémio”, assim como os remédios para as bolas de pelo. Mas não devem ser dados em excesso. Com uma boa alimentação também não serão necessários. E a vitamina A em excesso, pode ser nociva, senão mesmo fatal.
O Ferretvite tem uma dosagem de 1/4 de colher de cha por cada 250 gr de peso do animal... e o Ferretone 3/4 de uma colher de chá por dia...
Poderá ser dada 2 a 3 vezes por semana.
SINAIS DE AVISO QUE ACONSELHAM UMA VISITA AO VET. :
Como têm um metabolismo alto, qualquer doença também evolui rápido, pelo que é preciso estarmos atentos. Tomar especial atenção a se não comerem há mais de 24 horas, se os intestinos não funcionarem há 24 horas (vulgarmente defecam 3 ou mais vezes por dia), se têm diarreia há mais de 48 horas ou se as fezes aparecem com coloração muito diferente, esverdeada ou com sangue, se não querem beber, se tossem, se a urina tem cor vermelha, se apresentam os olhos vidrados, se vomitam muito (correm perigo de desidratação, o que neles é deveras perigoso), se estão muito parados, perda excessiva de pêlo, olhos baços e nariz pingão (podem ser infectados, ou infectarem-nos com o vírus da gripe humana). Febre, espirros, lacrimejar, secreção nasal, fotofobia (aversão à luz), conjuntivite, podem ser sinais de gripe neles.
Não esquecer nunca que, perante qualquer modificação ou dúvida, uma consulta a tempo pode salvar a vida dos nossos bichinhos.
CRUZAMENTOS:
Podem ter duas ninhadas por ano e em cada ninhada podem nascer até 14 furões.
O cruzamento entre eles é violento, podendo mesmo a fêmea ficar com feridas profundas. O aconselhável é só cruzar a fêmea, a partir dos 8 meses e o macho depois dos 11.
Se fôr nova demais pode recusar os filhos, comê-los ou não alimentá-los.
Se a fêmea estiver mesmo no auge do cio e receptiva, ela não se opõe. Só começa a recusar os "avanços" do macho depois de estar já coberta, e nessa altura é conveniente separá-los de vez.
Convém ter em conta que quando se cruzam 2 com a mesma cor a ninhada será mais pequena, que não deve haver consanguinidade e não cruzar animais doentes. O melhor momento é ao 10º dia de cio. Se ela resiste ao macho e liberta secreções das glândulas, é porque ainda não está preparada e há que retirar o macho. Se tudo correr bem, devem ficar juntos um par de dias. Se a vulva recupera o seu aspecto normal em 48h, 42 dias depois teremos meninos. Uma semana antes do parto pode ocorrer uma perda de pêlo, a vulva ficará púrpura e as tetas aumentam de volume. Nesta altura devemos proporcionar-lhe um ninho. O parto dura cerca de 2 horas, podendo ser um pouco mais no 1ºcruzamento. Se decorrer mais tempo ou se os olhos ficarem vidrados, ou sem forças, devemos recorrer logo a um vet.
Durante 48 h. não devemos mexer nas crias, nem no ninho, só vigiar se tudo corre bem. O ideal é começarmos a pegar nas crias só depois da 3º semana para as habituarmos ao contacto humano.
CASTRAÇÃO:
Machos - A castração faz com que os machos, que também têm períodos de cio, fiquem mais calmos e deixem de ter o cheiro forte que lhes é característico e que aumenta na altura do cio. Mas a castração não retira o cheiro, só atenua, pelo que fica ao critério de cada dono.
A castração nos machos só deverá ser feita depois dos 6 meses de idade e deve ser efectuada no período de cio, que é quando lhes baixam os testículos e será mais fácil a remoção total deles, pois, por vezes, não se conseguem retirar totalmente. Quando efectuada demasiado cedo pode provocar-lhes cancro. E é desnecessário retirar-lhes as glândulas anais, pois a sua ablação não contribui para a diminuição do cheiro e, além de que servem de lubrificante das fezes, essa ablação pode provocar em 30% dos casos, prolapso do recto.
Fêmeas - Se tiverem alguns cios sucessivos sem que se reproduzam, ficam anémicas e muitas vezes morrem, mesmo com transfusões de sangue. Não há maneira de contornar esse facto a não ser que sejam esterilizadas ou cruzadas.
A fêmea pode ficar em cio até Agosto e os elevados níveis de estrogéneo podem causar anemia e morte, além de que como a vulva está mais aberta, fica sujeita a mais infecções uterinas que podem ser mortais.
Se não se pensa em cruzá-la, é melhor castrá-la, antes de entrar no cio e a castração nas fêmeas não deve ser realizada depois de mais de 21 dias de entrarem em cio, pois correm risco de hemorragtia, devido a que há uma baixa de glóbulos vermelhos e de plaquetas (as plaqueas ajudam a controlar as hemorragias, é uma das análises que se fazem aquando de uma operação).
A anestesia deve ser inalada e sem pré anestésico. As injectadas são imprevisíveis nos furões. O Isoflurane com máscara é o mais seguro.
E devem estar sempre a soro durante a anestesia.
Quando são anestesiados/as, a temperatura do corpo baixa, é portanto aconselhável colocar-lhes por baixo um cobertor eléctrico para ajudar a manter os níveis de temperatura. E em casa colocar-lhes um saco da água quente, perto da cama e dar-lhes soro glucosado.
Não é aconselhada a epidural como anestesia, correm risco de ficar paralíticos, devido a problemas neurológicos.
Se quiserem fazer criação - sejam responsáveis e pensem o que vão fazer com as crias antes de os cruzar, já que eles não conseguem sobreviver sozinhos, se abandonados. Mesmo que num ou outro cio elas não fiquem grávidas, terão que ter uma ninhada de vez em quando para não haver problemas. Se tiverem vários cios sem nunca serem cobertas por um macho, como já disse, criam uma anemia, perdem o pêlo todo e muitas vezes morrem. A melhor opção é mesmo esterilizar.
Se não se quiser esterilizar a fêmea, pode-se lhe dar uma injecção de hormonas que deve ser dada ao 10º dia do começo do cio. Se dada antes, poderá não fazer efeito e muito tempo depois do começo do cio, poderá acontecer que uma só injecção não seja suficiente para fazer efeito. No entanto convém saber que o abuso destas injecções poderá originar-lhes tumores.
Convém fazer um hemograma caso estejam em cio muito tempo seguido e haja sintomas de anemia (perda de pêlo, por exemplo). E NÃO devem ser operadas. neste caso. Convém primeiro fazer tratamento, podendo haver necessidade de levar uma transfusão.
LIMPEZA
Banhos frequentes não são aconselhados já que fazem com que as glândulas trabalhem mais activamente tentando repor a gordura perdida, provocando em consequência o aumento do cheiro deles e também lhes resseca a pele. É suficiente um de 15 em 15 dias. Um amaciador de pêlo, também ajuda a não ressecar.
Convêm usar o shampoo próprio para furões, por exemplo-Ring 5 (ferret shampoo com óleo de coco), Shampoo seco em pó Men for San ou shampoo para gatinhos. Além destes, usar pó de talco para manutenção, e em dias especiais um pouco de colónia para bebé da Mustela, ou colónia específica de furões.
Entre banhos podemos limpá-los com as toalhinhas Dodots. As unhas devem ser cortadas frequentemente, com cuidado para não cortar a veia vermelha que se vê à transparência. Não devemos cortá-las com as patinhas ainda húmidas porque é mais fácil que se infectem ou que fiquem mal cortadas e lasquem.
Deve fazer-se um corte perpendicular (se não ficarem bem podem limar-se com uma lima) e pode-se untar a unha com vaselina antes de cortar para facilitar o corte.
As orelhas devem ser limpas com um cotonette embebido de óleo de amêndoas doces morno para evitar os ácaros, ou com produtos próprios. Não devem ser limpas com líquidos que possam escorrer para dentro dos ouvidos, a fim de evitar infecções, tais como otites.
Os dentes podem ser lavados com os produtos dos gatos.
INTERACÇÃO COM AS CRIANÇAS:
Segundo o Dr. Bruce Williams, (um “expert”em furões) não convém dá-los a crianças com menos de 6 a 8 anos. São animais frágeis que se não forem manipulados com cuidado, podem partir a coluna vertebral, ser pisados facilmente, etc.
Podem morder se magoados, ou arranhar, embora não sejam mais perigosos que um cão ou um gato.
Contudo, também depende do sentido de responsabilidade da criança.
INTERACÇÃO ENTRE ELES:
Costumam dar-se bem, sobretudo se criados de novinhos. Convém agarrá-los e deixar que se cheirem mutuamente. Gradualmente, vamos dando-lhes mais liberdade. Eles brincam mordendo-se e se quando os separamos o perdedor regressar, quer dizer que estavam só a jogar entre eles. Se brincam entre eles mordendo nas orelhas e pescoço, é um sinal de aceitação. Nos primeiros tempos convém vigiá-los já que um deles pode terminar com feridas. No período do cio e se houver uma fêmea pode haver luta territorial. Também se pode untá-los com Ferretone ou algo agradável, para que se lambam mutuamente e assim se habituem um ao outro.
CONVIVÊNCIA ENTRE ELES E OS OUTROS ANIMAIS:
A maioria dos furões não se dão bem com pássaros, peixes, coelhos, roedores, lagartos e outros animais desse estilo, embora possa haver excepções.
Com um cão ou um gato, se criados desde pequeninos, vulgarmente dão-se bem.
Se já adultos devemos introduzi-los lentamente, de preferência em território neutro, como um parque, por exemplo. Na 1ª semana deixar que se cheirem mutuamente, várias vezes ao dia. Nas semanas seguintes vai-se-lhes dando mais liberdade, vigiando-os sempre por precaução, até ter a certeza que se habituaram um ao outro.
GAIOLA:
É conveniente não os deixar à solta em casa se ficarem sós. Se vão ficar muitas horas sozinhos convém tê-los numa gaiola de malha apertada, com 2 a 3 pisos de altura (cerca de 60x100x60cm). Se só a usarem para dormir, poderá ser mais pequena (30x60x30cm). Se forem de vários andares, convém que cada plataforma seja inteira, só com abertura para as escadas. Assim evitam-se quedas, que, embora pequenas, os podem aleijar.