Arca de Noé

Olá, bem-vindo ao fórum e parabéns por se preocupar com a sua furanita. Oxalá todos os donos sejam assim sempre conscientes das necessidades deles.

Como o outro tópico é a relativo à Yoko, preferi abrir um novo.

Não sei onde vive, mas primeiro deve procurar um veterinário em que tenha confiança. Assim ,se ele não perceber de furões, vai procurar informar-se.
Dependendo evidentemente da sua proveniência (se o antigo dono era ou não cuidadoso), deverá levá-la ao vet para despistar parasitas.
Ela tem as vacinas em dia?
Perguntou se já teve algum cio anterior?
Peça, se possível, informação sobre os progenitores, para no caso de a querer acasalar, não o fazer com familiares. Deve evitar-se esse tipo de cruzamento.
Um dos cuidados que deve ter é não a expor a mais de 8 horas de luz diária. Eles são foto-periódicos, o que quer dizer que o excesso de luz lhes provoca cios mais cedo. Se tiver o cuidado de ela dormir no escuro, sempre contrabalança as horas de luz eléctrica que têm em nossas casas.
A Marli tem no seu site informação sobre o foto-período:

http://groups.msn.com/FuraoFerretsBrasi ... web25.msnw

Se a quer cruzar, só precisa encontrar um macho adequado, quando ela entrar em cio. Caso contrário, é preferível esterilizá-la. Nem todas as fêmeas correm o perigo de anemia aplástica se não cruzarem (provocada pelo excesso de estrogéneos). No entanto a probabilidade é grande.
Há duas alternativas: esterilizar e o problema fica definitivamente resolvido, ou dar uma injecção de hormonas no 10º dia de cio. Mas esta injecção só resolve o problema durante uns tempos; ninguém lhe pode afirmar que passado um mês, dois ou mais, ela não entre de novo em cio. Inclusive há casos em que uma só injecção não consegue cortá-lo. E há estudos que afirmam que demasiadas injecções lhes podem provocar tumores.
Se preferir cruzar, deve primeiro ver se sabe onde entregar os 6, 8 ou 10 furanitos que por aí podem vir…Ou seja, procurar donos conscientes que os não usem para a caça e os tratem com o carinho que qualquer ser indefeso nos deve merecer.
Foi usado um processo para que venham menos bebés, que é cruzá-la com um macho que tenha nesse mesmo dia já cruzado. Alguns do fórum experimentaram e só nasceu um furanito.
Convém informar-se também sobre os cuidados a ter durante e pós parto. E estar preparado para os alimentar a biberão se alguma coisa correr mal.

Qualquer dúvida, coloque-a aqui.

Olá!
Uma das minhas furonas foi esterilizada com a idade de um ano. Ela é uma meia-leca de 600 gr (hmm, acho que estou a ser generosa) e correu tudo muito bem. A recuperação foi rápida e sem problemas.


Resolvi esterilizar por 3 razões:
1 - Por ela ter apresentado um quadro de "trouble breeder": facilidade em entrar em cio (teve o 1º aos 4 meses, em Dezembro, ainda ao cuidado do criador) e problema na gestação, com perda de sangue. Nasceu apenas uma cria.
2 - Por ser contra a administração constante de hormonas para acalmar o cio - é muito prejudicial e não resolve o problema, apenas o adia.
3 - Por não pretender cruzá-la mais, visto a posse de furões ser ainda ilegal.

Costuma ouvir-se dizer que a esterilização acalma as fêmeas (torna-as menos agressivas), mas eu não tenho evidências de uma mudança de carácter na minha Nina. Ela já estava mansinha antes de ter sido esterilizada.

Já agora - O processo que já aqui foi referido e que resultou no nascimento de apenas uma cria aconteceu com duas fêmeas diferentes, sendo a minha Nina uma delas. No entanto, não é possível apurar se essas "crias únicas" se deveram à técnica de cruzamento do macho com outras fêmeas antes de cruzar com estas, no mesmo dia, ou se devido a outros factores: a hemorragia durante a gravidez da Nina e consequente perda de embriões, ou o estado de fraqueza da outra fêmea, que tinha sido salva de um dono mais que irresponável e estava com o cio há meses e provavelmente anémica.

Finalmente, tenho de o felicitar por se preocupar com a saúde da sua menina. A esterilização, se feita depois dos 8 meses, é realmente benéfica para a saúde das fêmeas.