Cruzamentos e cores a evitar
Enviado: quarta fev 23, 2005 7:53 pm
CRUZAMENTOS ENTRE FURANITOS
Introdução
Em traços largos, os animais podem ser divididos em duas classes: os que têm um alto grau de capacidade de se adaptarem imediatamente às suas condições e os que parecem ser automáticos, pois dependem de suas tendências instintivas mais que da sua adaptação rápida.
Alguns padrões de conduta são semelhantes em espécies distintas, outros só se encontram em uma só espécie. Alguns desses comportamentos inatos são muito rígidos e dificilmente serão modificados, outras condutas instintivas podem ser modificadas pela aprendizagem e experiência.
A novidade é sempre algo que é ao mesmo tempo, temido e procurado pelos animais, quer selvagens quer domésticos. No entanto será mais desejável se puder ser feito lentamente. Confrontados subitamente com uma novidade, ela produz-lhes medo.
Os factores genéticos influem sobre as diferenças de temperamento nos animais. A reacção ao medo é genética e o temperamento de cada animal está determinado em parte pela reacção do indivíduo perante o medo. Rogan e LeDoux sugerem que o medo é um sistema que o sistema nervoso encontrou para detectar o perigo e faz com que o animal gere uma resposta que o proteja. Plomin y Daniels encontraram também para a timidez uma influência genética.
A falta de estímulos sensoriais tem repercussões no desenvolvimento das crias, tenderão a ter problemas no sistema nervoso e poderá resultar num animal adulto hiperactivo e facilmente excitável. Já o manuseamento das futuras mães poderá fazer que as crias sejam mais nervosas e sensíveis devido à falta de tranquilidade que sofreu a mãe. Crê-se que esse manejo pode causar stress na fêmea e causar uma mudança no ambiente hormonal do feto, resultando numa descendência mais nervosa. Logo devemos deixar as futuras mamãs o mais possível tranquilas. Porém o manejo calmo das crias provocará animais de melhor temperamento, inclusive reduz a resposta da glândula adrenal ao stress podendo assim evitar futuros problemas.
Quem quiser criar animais deve ter em conta que o excesso de selecção em favor de uma só característica pode ser prejudicial e só deverá ser feito por um bom entendedor.
Fonte
http://www.grandin.com/spanish/genetica ... iento.html
SER CRIADOR CONSCIENTE
Primeiro convém saber se os animais que se querem cruzar não têm problemas de saúde, defeitos genéticos (como cataratas juvenis, surdez,) etc. Se não são parentes próximos, irmãos, primos, pais, filhos. Quanto menor for o grau de consanguinidade, menos probabilidades têm de virem a ter defeitos congénitos.
Se porventura algum furão desenvolver alguma doença, é sempre preferível esterilizá-lo para não procriar. Inclusive poderá ter de ser pensada a esterilização dos respectivos progenitores. Deste modo estamos a evitar futuros problemas com as novas crias.
Cruzar dois furões com a mesma cor, resulta em menor número de crias.
Cruzar albinos, ou brancos com olhos negros, com blaze (têm uma mancha branca que nasce na base do nariz e vai pelo meio das orelhas até aos ombros) ou com panda (têm uma mancha branca em toda a cabeça e pescoço que vai até aos ombros e não têm máscara) não será conveniente já que deverão ser portadores de genes recessivos como por ex. o gene Waardenburg (gene causador dos padrões de cor branco) e ao cruzá-los poderemos desencadear a Síndrome de Waardenburg à qual é atribuída vários problemas de saúde, sendo o menor, a surdez. Este é um exemplo de un gene mas há mais que provocam problemas como o cancro, neurológicos, cerebrais, etc. Ou seja, furões com as características anteriores, não devem cruzar e muito menos entre si.
Devemos portanto evitar cruzar furões com cores exóticas, sem sabermos mais sobre as gerações anteriores, para fazermos uma criação consciente.
Para saber mais: http://www.todohurones.com/sordera1.html
http://groups.yahoo.com/group/Ferret-Genetics
Depois há que estar preparado financeiramente para gastos veterinários que possam surgir como cesarianas, maior quantidade de alimento, etc.
Não menos importante, saber a quem entregar os novos bebés. Poderão nascer até 14 crias.
Têm donos conscientes para eles? Conseguem entregar todos? Estão preparados a ficar com os que não conseguirem colocar?
Convém sempre salvaguardar a hipótese de ficarem de novo com eles se os novos donos os não quiserem, com o fim de evitar a situação do que acontece actualmente com os gatos e cães. Ainda para mais, sabendo nós que é grande a possibilidade de morrerem se abandonados.
Depois há que pensar que algumas mamãs poderão rejeitar as suas crias (ou mesmo comê-las). Estão preparados para as alimentar, numa situação dessas? De arcar com as despesas que poderão surgir?
Caso as crias sejam muitas, a mãe só tem 8 tetas e poderá não conseguir alimentar as outras. Há que estar atento a todas estas situações. Têm tempo disponível para lhes dedicar?
Caso tudo corra bem, não esquecer que deverão ficar com a mãe cerca de 10 semanas, que deve haver um reforço na sua alimentação para que tenha sempre leite para as crias e todos os dias terão de tratar do bem-estar e limpeza da nova família.
Como foi explicado acima, na introdução, convém não esquecer a sua socialização. Devem começar a ser manipulados para não saírem uns ”malandretes” mordedores com o risco de serem devolvidos à precedência…
Lembrem-se que pode haver necessidade de os vacinar caso algum futuro dono tenha falhado.
Se virem que poderá ser demasiado trabalhoso, é preferível castrá-los logo que atinjam a maturidade. Deste modo estaremos a evitar muitos mais problemas.
Para mais informações:
http://www.ferret.org/pdfs/newsletter/A ... reeder.pdf
http://www.ferret.org/pdfs/newsletter/102genetics.pdf
MODO DE OS CRUZAR:
Só deve ser efectuado depois do 10º dia de cio da fêmea e depois da vulva estar bem inchada, (chegam a ultrapassar o tamanho de um grão de bico). Porém, temos que estar vigilantes porque os cruzamentos costumam ser violentos para ela e poderá haver necessidade de os apartar depois de umas horas juntos a fim de evitar feridas no pescoço da fêmea.
O macho tem que a morder no pescoço para induzir à ovulação, porém se demasiado prolongado, torna-se violento para a fêmea. Neste caso, é preferível juntá-los cerca de duas horas por dia e durante três dias, e com um intervalo de 48 horas. Este tempo é para dar tempo aos espermatozóides ficarem de novo activos.
Se a fêmea entra em cio ainda muito jovem (antes dos 10 meses) e se não o corta com injecções hormonais, um método que se pode experimentar é cruzá-la com um macho que previamente tenha cruzado com outra umas horas antes. Como os espermatozóides estão ainda pouco activos, é provável que a segunda fêmea fique grávida só de uma ou duas crias, sendo portanto, o parto menos violento.
Introdução
Em traços largos, os animais podem ser divididos em duas classes: os que têm um alto grau de capacidade de se adaptarem imediatamente às suas condições e os que parecem ser automáticos, pois dependem de suas tendências instintivas mais que da sua adaptação rápida.
Alguns padrões de conduta são semelhantes em espécies distintas, outros só se encontram em uma só espécie. Alguns desses comportamentos inatos são muito rígidos e dificilmente serão modificados, outras condutas instintivas podem ser modificadas pela aprendizagem e experiência.
A novidade é sempre algo que é ao mesmo tempo, temido e procurado pelos animais, quer selvagens quer domésticos. No entanto será mais desejável se puder ser feito lentamente. Confrontados subitamente com uma novidade, ela produz-lhes medo.
Os factores genéticos influem sobre as diferenças de temperamento nos animais. A reacção ao medo é genética e o temperamento de cada animal está determinado em parte pela reacção do indivíduo perante o medo. Rogan e LeDoux sugerem que o medo é um sistema que o sistema nervoso encontrou para detectar o perigo e faz com que o animal gere uma resposta que o proteja. Plomin y Daniels encontraram também para a timidez uma influência genética.
A falta de estímulos sensoriais tem repercussões no desenvolvimento das crias, tenderão a ter problemas no sistema nervoso e poderá resultar num animal adulto hiperactivo e facilmente excitável. Já o manuseamento das futuras mães poderá fazer que as crias sejam mais nervosas e sensíveis devido à falta de tranquilidade que sofreu a mãe. Crê-se que esse manejo pode causar stress na fêmea e causar uma mudança no ambiente hormonal do feto, resultando numa descendência mais nervosa. Logo devemos deixar as futuras mamãs o mais possível tranquilas. Porém o manejo calmo das crias provocará animais de melhor temperamento, inclusive reduz a resposta da glândula adrenal ao stress podendo assim evitar futuros problemas.
Quem quiser criar animais deve ter em conta que o excesso de selecção em favor de uma só característica pode ser prejudicial e só deverá ser feito por um bom entendedor.
Fonte
http://www.grandin.com/spanish/genetica ... iento.html
SER CRIADOR CONSCIENTE
Primeiro convém saber se os animais que se querem cruzar não têm problemas de saúde, defeitos genéticos (como cataratas juvenis, surdez,) etc. Se não são parentes próximos, irmãos, primos, pais, filhos. Quanto menor for o grau de consanguinidade, menos probabilidades têm de virem a ter defeitos congénitos.
Se porventura algum furão desenvolver alguma doença, é sempre preferível esterilizá-lo para não procriar. Inclusive poderá ter de ser pensada a esterilização dos respectivos progenitores. Deste modo estamos a evitar futuros problemas com as novas crias.
Cruzar dois furões com a mesma cor, resulta em menor número de crias.
Cruzar albinos, ou brancos com olhos negros, com blaze (têm uma mancha branca que nasce na base do nariz e vai pelo meio das orelhas até aos ombros) ou com panda (têm uma mancha branca em toda a cabeça e pescoço que vai até aos ombros e não têm máscara) não será conveniente já que deverão ser portadores de genes recessivos como por ex. o gene Waardenburg (gene causador dos padrões de cor branco) e ao cruzá-los poderemos desencadear a Síndrome de Waardenburg à qual é atribuída vários problemas de saúde, sendo o menor, a surdez. Este é um exemplo de un gene mas há mais que provocam problemas como o cancro, neurológicos, cerebrais, etc. Ou seja, furões com as características anteriores, não devem cruzar e muito menos entre si.
Devemos portanto evitar cruzar furões com cores exóticas, sem sabermos mais sobre as gerações anteriores, para fazermos uma criação consciente.
Para saber mais: http://www.todohurones.com/sordera1.html
http://groups.yahoo.com/group/Ferret-Genetics
Depois há que estar preparado financeiramente para gastos veterinários que possam surgir como cesarianas, maior quantidade de alimento, etc.
Não menos importante, saber a quem entregar os novos bebés. Poderão nascer até 14 crias.
Têm donos conscientes para eles? Conseguem entregar todos? Estão preparados a ficar com os que não conseguirem colocar?
Convém sempre salvaguardar a hipótese de ficarem de novo com eles se os novos donos os não quiserem, com o fim de evitar a situação do que acontece actualmente com os gatos e cães. Ainda para mais, sabendo nós que é grande a possibilidade de morrerem se abandonados.
Depois há que pensar que algumas mamãs poderão rejeitar as suas crias (ou mesmo comê-las). Estão preparados para as alimentar, numa situação dessas? De arcar com as despesas que poderão surgir?
Caso as crias sejam muitas, a mãe só tem 8 tetas e poderá não conseguir alimentar as outras. Há que estar atento a todas estas situações. Têm tempo disponível para lhes dedicar?
Caso tudo corra bem, não esquecer que deverão ficar com a mãe cerca de 10 semanas, que deve haver um reforço na sua alimentação para que tenha sempre leite para as crias e todos os dias terão de tratar do bem-estar e limpeza da nova família.
Como foi explicado acima, na introdução, convém não esquecer a sua socialização. Devem começar a ser manipulados para não saírem uns ”malandretes” mordedores com o risco de serem devolvidos à precedência…
Lembrem-se que pode haver necessidade de os vacinar caso algum futuro dono tenha falhado.
Se virem que poderá ser demasiado trabalhoso, é preferível castrá-los logo que atinjam a maturidade. Deste modo estaremos a evitar muitos mais problemas.
Para mais informações:
http://www.ferret.org/pdfs/newsletter/A ... reeder.pdf
http://www.ferret.org/pdfs/newsletter/102genetics.pdf
MODO DE OS CRUZAR:
Só deve ser efectuado depois do 10º dia de cio da fêmea e depois da vulva estar bem inchada, (chegam a ultrapassar o tamanho de um grão de bico). Porém, temos que estar vigilantes porque os cruzamentos costumam ser violentos para ela e poderá haver necessidade de os apartar depois de umas horas juntos a fim de evitar feridas no pescoço da fêmea.
O macho tem que a morder no pescoço para induzir à ovulação, porém se demasiado prolongado, torna-se violento para a fêmea. Neste caso, é preferível juntá-los cerca de duas horas por dia e durante três dias, e com um intervalo de 48 horas. Este tempo é para dar tempo aos espermatozóides ficarem de novo activos.
Se a fêmea entra em cio ainda muito jovem (antes dos 10 meses) e se não o corta com injecções hormonais, um método que se pode experimentar é cruzá-la com um macho que previamente tenha cruzado com outra umas horas antes. Como os espermatozóides estão ainda pouco activos, é provável que a segunda fêmea fique grávida só de uma ou duas crias, sendo portanto, o parto menos violento.