PASTORDAGALA Escreveu:
Então o amigo aconselha o cruzamento das duas linhas, com o cruzamento das duas linhas iremos voltar a ter o PA tal e qual como ele foi criado, e não poderá originar alguns problemas com esse cruzamento.
Alto aí!! Eu não aconselho nada a ninguém! Aliás esse caminho é bastante arriscado e vai quase de certeza haver uma grande perda de homogeneidade nas primeiras gerações.
Há outros caminhos sem dúvida menos arriscados, pois, como disse antes, ainda há nas linhas de beleza cães com excelente carácter. No entanto, não acho que seja de desprezar a hipótese de utilizar progenitores de ambas as linhas - de trabalho, mas com Kkl 1, e de beleza mas com bom carácter. Possivelmente uma fêmea de trabalho e um macho de beleza, já que a fêmea desempenha um papel importante no imprinting dos cachorros.
É que quando se fala de carácter não é só a questão da mordida, mas a atitude perante o trabalho. E realmente uma ninhada de trabalho tem neste aspecto uma grande diferença em relação a uma de beleza...
Mas esta é apenas uma hipótese que eu considero neste momento... sei que há alguns criadores que já avançaram neste sentido. Possivelmente a primeira ninhada correrá certos riscos de heterogeneidade, mas numa selecção a longo prazo penso que há boas hipóteses de conseguir cães de boa estrutura com o tal "toque" para o trabalho.
De qualquer modo não acho que seja tarefa a empreender de ânimo leve, uma vez que os riscos são bastantes. Daí que não tenha dado nenhum conselho, e me tenha apenas limitado a dar uma opinião.
Abraço
José Carlos