Num assunto anterior, sobre PA medroso, observei que não é consensual que a genética possa influenciar o carácter do cão neste aspecto.
Como adoptei um PA com esse problema, mas que lentamente, tem vindo a ultrapassar alguns medos, ainda o sinto muito medroso para PA, gostaria de saber mais.
Nesse artigo o JCALVES lançou o repto (deduzo eu) de que seria um bom assunto para debater.
Responda quem se sentir apto para tal.
Cumprimentos
O MEDO É GENÉTICO !?
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Rectificação; O seu a seu dono: JCSOUSA e não JCALVESjofelix Escreveu:Num assunto anterior, sobre PA medroso, observei que não é consensual que a genética possa influenciar o carácter do cão neste aspecto.
Como adoptei um PA com esse problema, mas que lentamente, tem vindo a ultrapassar alguns medos, ainda o sinto muito medroso para PA, gostaria de saber mais.
Nesse artigo o JCALVES lançou o repto (deduzo eu) de que seria um bom assunto para debater.
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No caso do medo por atavismo, o mesmo é congénito e hereditário e isto sem sombras de dúvidas possíveis, digam-lhe o que disserem! O medo por atavismo é um medo que existe desde o nascimento e como tal é dito do mesmo que ele é nato! Este medo geralmente e normalmente não tem remédio nem cura possível, faça você o que fizer ele mais tarde ou mais cedo volta sempre ao cimo!jofelix Escreveu:Rectificação; O seu a seu dono: JCSOUSA e não JCALVESjofelix Escreveu:Num assunto anterior, sobre PA medroso, observei que não é consensual que a genética possa influenciar o carácter do cão neste aspecto.
Como adoptei um PA com esse problema, mas que lentamente, tem vindo a ultrapassar alguns medos, ainda o sinto muito medroso para PA, gostaria de saber mais.
Nesse artigo o JCALVES lançou o repto (deduzo eu) de que seria um bom assunto para debater.
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O medo do cachorro dos cachorros para além do citado medo por atavismo que é nato, pode também ser adquirido por acidente ou por falta dos necessários cuidados relativos a uma boa sociabilização do animal enquanto ainda de tenra idade ou até mesmo em adulto. O medo acidental pode surgir a exemplo da seguinte forma: o cachorro ficar com a cauda entalada numa porta quando este tentava transpor esta e a mesma se ter fechado violentamente com uma corrente de ar. Neste caso o cachorro poderá ficar violentamente traumatizado para alem da dor sofrida e associar a mesma a deflagração por ele ouvida e pressentida e com isso passar a ter medo no caso de futuras deflagrações ruidosas ou fortes as quais ele possa vir a ser submetido no seu dia a dia ou no seu habita sem que para isso ele sinta de novo a dor experimentada e causada acidentalmente em tempos que já lá vão. Este tipo de medo pode ser remediado e é curável com tempo paciência e sabedoria, sendo que quando o animal o tiver superado e uma vez que você o consiga ele nunca mais o ira manifestar de novo quando ouvir semelhante deflagração a não ser que ele volte a ter outro acidente de percurso equivalente ao primeiro, e volte de novo a sentir o já citado desagrado associado a dor que possa acabar por repor de novo tudo em questão, sem isso o animal pode-se considerar curado para sempre.
A continuação do tipo de medos que possam invadir os cães temos os da má sociabilização que também esses são possíveis de serem recuperados se bem que por vezes e em alguns casos não totalmente dependendo do contexto, da altura e da idade do animal em que esses medos possam surgir. Pois o que peca na tenra idade do cachorro por falta de tempo, por desmazelo ou por falta de meios tarde ou nunca se ira recuperar!
E quando se recupera nunca é como quando as coisas ficam logo bem feitas de raiz.
Os erros cometidos e enraizados dependendo da duração desses e do tempo percorrido desde a existência dos mesmos ficam por vezes e a seu todo irremediavelmente e totalmente recuperáveis. Por isso a boa sociabilização do animal e isso logo desde a mais tenra idade deste é primordial no condicionamento e no que ira acontecer e advir para existência ou não dos medos visíveis e manifestados pelo animal aqui posto em causa. Dos ensinamentos e da educação que se lhes proporcionam dependera todo o futuro do animal. Sendo que este como é óbvio não nasce habituado e ensinado a todo o tipo de coisas e de situações e como tal a elas ele deva de ser preparado.
Quanto ao facto do seu cachorro enquanto cachorro demonstrar alguns receios ou medos em algumas situações ou fases da vida dele não tem nada de anormal com ele a partir do momento que com o tempo e a habituação, ele os perca, tal como parece ser o caso com o seu. O que não é normal é ele nunca se ambientar e se habituar ao que nele os desperta quando se procura que destes ele se habitue. Ter medo aquando de um barulho anormal ou duma situação desconhecida ou inesperada é perfeitamente normal, pois que não de nós não teria também medo se tal nos acontecesse!? Agora anormal seria se não o tivéssemos ou se mesmo passado algum tempo deste ter decorrido não conseguíssemos recompor-nos do susto e continuássemos assustados., isso sim seria anormal! Sendo que quando isso acontece com o animal e ele tarda a recompor-se ou até mesmo nunca chega a recompor-se do dito susto sempre que submetido as condições que lho despoletam e isto mesmo após varias tentativas da nossa parte para o habituar a este e sempre sem sucesso avista então ai sim podemos dizer que o animal é medroso e acredito que estejamos perante um medo por atavismo sem cura possível. Pois como eu já aqui frisei o medo por atavismo é congénito hereditário e transmissível, enquanto que todos os outros não o são para além de poderem ser remediados e curados em grande parte dos casos.
<p>Vindo do passado, galopando no presente a caminho do futuro. Criando Pastor Alemão - Fazendo Amigos. </p>
<p>Cumprimentos </p>
<p>Vitor Oliveira</p>
<p>Cumprimentos </p>
<p>Vitor Oliveira</p>
O medo é um elemento sempre existente em todas as espécies, perfeitamente natural como forma de resolver conflitos e assegurar a sobrevivência. Quando se fala em cães medrosos na verdade o que se quer dizer é que, face a conflitos de qualquer dimensão, escolhem sempre estratégias de evitação para resolver o problema, e este é um comportamento anormal em cães de trabalho como o PA, que devem optar, na maior parte dos casos, por estratégias de confrontação efectiva.
Assim, um cão medroso é o que evita qualquer tipo de enfrentamento a situações de stress, por muito pequenas que estas sejam.
A taxa de trasmissibilidade desta característica é, de entre os desvios à normalidade, a mais alta de todas - cerca de 40 a 50%. Há, portanto, nos cães medrosos, uma forte componente genética, praticamente impossível de resolver.
No entanto, no desenvolvimento de um carácter mais ou menos forte tem também importância a componente ambiental, isto é a série de experiências por que o animal passa no decorrer da sua vida:
- no período de imprinting (até às 12 semanas de vida) o cachorro deve ser sociabilizado correctamente, passando pelo máximo de experiências possível, com pessoas e outros animais. Tudo o que viver neste período, e a forma como lhe proporcionarmos resolver os conflitos que sentir, ficar-lhe-ão gravados e tornar-se-ão a matriz do seu comportamento futuro;
- após as 12 semanas é normal aparecerem situações de evitação face a estímulos diversos. Cabe ao dono , sem forçar o animal a enfrentamentos, proporcionar-lhe situações de enfrentamento natural das mesmas, reforçando positivamente os comportamentos adequados e ignorando os inadequados;
- durante a juventude e até depois de adulto, experiências traumáticas podem também sensibilizar negativamente o animal. Estas situações podem corrigir-se pela dessensibilização, sendo esta tãnto mais eficaz quanto menos traumática tiver sido a experiência sensibilizadora.
O Dono de um cão medroso deve antes do mais, pelo conhecimento dos pais, tentar determinar em que medida esse caracter é genético ou adquirido. No primeiro caso o problema será dificilmente resolvido. No segundo poderão esperar-se melhoras evidentes, podendo, em função da gravidade do incidente sensibilizador, conseguir-se ou não a recuperação completa do animal.
Seja qual fôr a origem (genética ou adquirida), toda a relação do~dono com o cão se deve pautar sempre por tentar reforçar a autoconfiança do animal, evitando toda a interacção negativa com o cão, manifestando sempre indiferença perante respostas de medo e recompensando respostas de ausência de medo.
Em caso de medo adquirido, importa determinar a situação causadora, e tentar uma habituação progressiva do animal a esse tipo de situação,podendo conseguir-se com esta atitude excelentes resultados.
Cumprimentos
José Carlos
Assim, um cão medroso é o que evita qualquer tipo de enfrentamento a situações de stress, por muito pequenas que estas sejam.
A taxa de trasmissibilidade desta característica é, de entre os desvios à normalidade, a mais alta de todas - cerca de 40 a 50%. Há, portanto, nos cães medrosos, uma forte componente genética, praticamente impossível de resolver.
No entanto, no desenvolvimento de um carácter mais ou menos forte tem também importância a componente ambiental, isto é a série de experiências por que o animal passa no decorrer da sua vida:
- no período de imprinting (até às 12 semanas de vida) o cachorro deve ser sociabilizado correctamente, passando pelo máximo de experiências possível, com pessoas e outros animais. Tudo o que viver neste período, e a forma como lhe proporcionarmos resolver os conflitos que sentir, ficar-lhe-ão gravados e tornar-se-ão a matriz do seu comportamento futuro;
- após as 12 semanas é normal aparecerem situações de evitação face a estímulos diversos. Cabe ao dono , sem forçar o animal a enfrentamentos, proporcionar-lhe situações de enfrentamento natural das mesmas, reforçando positivamente os comportamentos adequados e ignorando os inadequados;
- durante a juventude e até depois de adulto, experiências traumáticas podem também sensibilizar negativamente o animal. Estas situações podem corrigir-se pela dessensibilização, sendo esta tãnto mais eficaz quanto menos traumática tiver sido a experiência sensibilizadora.
O Dono de um cão medroso deve antes do mais, pelo conhecimento dos pais, tentar determinar em que medida esse caracter é genético ou adquirido. No primeiro caso o problema será dificilmente resolvido. No segundo poderão esperar-se melhoras evidentes, podendo, em função da gravidade do incidente sensibilizador, conseguir-se ou não a recuperação completa do animal.
Seja qual fôr a origem (genética ou adquirida), toda a relação do~dono com o cão se deve pautar sempre por tentar reforçar a autoconfiança do animal, evitando toda a interacção negativa com o cão, manifestando sempre indiferença perante respostas de medo e recompensando respostas de ausência de medo.
Em caso de medo adquirido, importa determinar a situação causadora, e tentar uma habituação progressiva do animal a esse tipo de situação,podendo conseguir-se com esta atitude excelentes resultados.
Cumprimentos
José Carlos