Quais os Problemas da Raça ?

Este é o fórum dedicado exclusivamente à raça Pastor Alemão! Troque ideias e tire dúvidas sobre esta raça.
jcsousa
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terça mai 24, 2005 11:16 pm

hirasclan Escreveu:
Concordo com o JCS quando diz que cruzar as duas linhas não pode ser feito de ânimo leve e que há que estudar muito bem o assunto e os progenitores, mas tb sou partidário de que esta poderá ser uma boa maneira para aperfeiçoar a linha mais virada para a morfologia.
Olá, Luis. Mas pelos vistos anda toda a genter enganada, parece q não há essas duas linhas... e isso é fácil de comprovar: se formos às classificações dos últimos 10 anos da BSZS verá que nos 50 primeiros encontra fácilmente afixos como v. Karthago... e se for às BSP ou aos mundiais de trabalho da WUSV vê facilmente afixos como v.Batu nos primeiros lugares...

Realmente, isto de dizermos que há duas linhas bem diferenciadas é pura demagogia... ainda por cima somos só nós e meia dúzia de fanáticos a dizê-lo, não é?

Qto ao resto da sua mensagem, absolutamente de acordo.

Cumprimentos

José Carlos
miguelgordage
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terça mai 24, 2005 11:37 pm

citando:
hirasclan Escreveu:
cordo com o JCS quando diz que cruzar as duas linhas não pode ser feito de ânimo leve e que há que estudar muito bem o assunto e os progenitores, mas tb sou partidário de que esta poderá ser uma boa maneira para aperfeiçoar a linha mais virada para a morfologia
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Comentario:
Como ja disse num topico anterior eu proprio não sou partidario desse tipo de cruzamentos ,primeiro de tudo pq considero a linhagem de trabalho muito mais problematica em termos de caracter do que a de beleza e depois por razoes pessoais,mas penso que estamos a entrar num assunto que a cada criador diz respeito e não será um tema fulcral para resolver os problemas do pastor alemão em Portugal,pois por muito que nos doia ,nem temos uma boa linha de caes de beleza nem uma boa linha de caes de trabalho,e ai sim está o problema.
Não existem receitas para criar senão seria tudo muito facil.
Pois estamos muito distante da realidade de outos paises.
Por isso deixo outro assunto para debater.
Na vossa opiniao qual é a qualidade no nosso plantel de exemplares de P.A?
Qual sera a evoluçao do P.A no nosso pais?
jcsousa
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quarta mai 25, 2005 10:06 am

Esta questão das linhas de trabalho e beleza, como o Miguel sabe, não é nova, e há sobre ela as posições mais variadas.As concepções que cada um tem sobre a raça variam de pessoa para pessoa e daí as várias opiniões, todas elas legítimas, é preciso sublinhar. Pessoalmente tenho uma opinião diferente da sua quanto ao temperamento nas linhas de trabalho, e penso que por isso mesmo cães dessas linhas são os que mais se veem no trabalho desportivo, que, como você sabe, não tem nada a ver com encomendar um RCI feito em 3 meses para poder optar ao Korung... Mas realmente isso são visões pessoais que cada um de nós tem e nada mais. De resto não é por acaso que os alemães, de há uns anos para cá, se vêm pronunciando com as debilidades de carácter que as linhas de beleza apresentam com demasiada frequência, e se o fazem não será por falta de trabalho com os cães, como já aqui foi dito.

Quanto à questão que pôs, eu francamente não sei bem qual o nível dos PAs existentes em Portugal, e se calhar até não me parece que seja muito ético estar a fazer apreciações desse tipo. Mas do que tenho a certeza é que, se quisermos melhorar esse nível, o caminho passa pela importação de bons reprodutores e por uma selecção mais cuidada dos que já existem por cá. Penso também que o recurso a sementais estrangeiros é também um caminho a que não podemos fugir, e aqui haverá que saber escolher não só estrutura mais também carácter.

Não devemos (na mnha opinião) deixar que aconteça o que aconteceu, por exemplo, na Galiza onde o semental com mais montas realizadas nem sequer tinha prova de travalho, e creio que isto aconteceu em 2003...

Agora estou de acordo em que a política de criação compete a cada criador exclusivamente, porque ao fim e ao cabo é ele que investe nessa política e mais ninguém. Mas o clube de raça pode perfeitamente estabelecer umas regras mínimas a cumprir por forma a garantir um mínimo de qualidade nas ninhadas, e penso que este é um argumento aceite por todos.

Cumprimentos

José Carlos
miguelgordage
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quarta mai 25, 2005 12:14 pm

citando:
jcsousa Escreveu: Esta questão das linhas de trabalho e beleza, como o Miguel sabe, não é nova, e há sobre ela as posições mais variadas.As concepções que cada um tem sobre a raça variam de pessoa para pessoa e daí as várias opiniões, todas elas legítimas, é preciso sublinhar. Pessoalmente tenho uma opinião diferente da sua quanto ao temperamento nas linhas de trabalho, e penso que por isso mesmo cães dessas linhas são os que mais se veem no trabalho desportivo, ...

Quanto à questão que pôs, eu francamente não sei bem qual o nível dos PAs existentes em Portugal, e se calhar até não me parece que seja muito ético estar a fazer apreciações desse tipo. Mas do que tenho a certeza é que, se quisermos melhorar esse nível, o caminho passa pela importação de bons reprodutores e por uma selecção mais cuidada dos que já existem por cá. Penso também que o recurso a sementais estrangeiros é também um caminho a que não podemos fugir, e aqui haverá que saber escolher não só estrutura mais também carácter.

....

José Carlos
Boas,tal como já se apercebeu sim a minha opiniao é totalmente diferente da sua nesse capitulo,mas isso é que difere os criadores por isso nem vou discutir a minha posiçao da sua, mas respeito a sua opiniao.
Quanto ao parecer etico ou nao estariamos a falhar se comentase-mos nomes de caes ou criadores o que tb acho que não temos esse direito,quando propus esse assunto não era essa a intençao mas sim debater no ambito geral,mas mais uma vez tudo vai deacordo com a minha teoria o nosso problema é nos achamos tao bons como os outros e realmente nao somos,pois a qualidade dos nossos pastores e media/fraca isto pondo o preto no branco.
Quanto a sua ideia de importar melhores exemplares sim seria um caminho mas agora pergunto-lhe ,voce tem um cao que importou e que eu considero bom e com uma carga genetica importante mas quantos foram os criadores que o procuraram para cruzar c/ele,....,e isto dá que pensar antes de investir num exemplar e digo c/bastante experiencia e voce sabe disso,o meu cão em espanha antes de ir p/alemanha cruzou varias cadelas aqui cruzou as minhas e pouco mais,ai e que esta a diferença entre os criadores de outros paizes e o nosso, a nossa mentalidade é bastante complicada.
Quanto a ideia de recorrer a outos exemplares extrangeiros tb concordo mas quando as regras mudarem....
Cumprimentos
Miguel
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jcsousa
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quarta mai 25, 2005 2:21 pm

Pois... realmente temos pontos de vistas diferentes em certos aspectos, e quanto a mim isso não tem nada de mal. Como você diz, cada criador é livre de ter os critérios que achar melhores, dentro de um enquadramento geral que esperemos o novo clube venha a implementar.

Sobre os cães portugueses, não sei se realmente o panorama é assim tão negro como o Miguel o pinta, admito que até possa ser. Mas acho que já teremos cá exemplares de qualidade.

Eu admito que investir em bons cães possa não compensar financeiramente, mas acho que se o novo clube promover a divulgação da raça como lhe competirá, o panorama pode melhorar. Dou um exemplo: se começar a haver 3 monográficas e algumas especializadas os expositores procurarão melhores padreadores para as suas fêmeas, no sentido de melhorarem as suas classificações. É quanto a mim um problema que se irá resolvendo se o novo clube conseguir dinamizar a actividade, designadamente em termos de exposições.

Já agora, gostaria de esclarecer melhor a minha posição quanto à criação, a fim de não se criarem confusões:

1. eu tive sempre PAs desde miudo (com pedigree, sem pedigree, etc.);

2. comecei a criar aos 49 anos de idade, mas sobretudo para meu prazer pessoal; ao ritmo a que crio (3 ninhadas em 5 anos...) posso considerar-me apenas um criador ocasional, o que não quer dizer que não tente criar o melhor possível;

3. portanto encaro isto como uma actividade para perder dinheiro... é o preço que pago por este hobby; por isso esperei tanto tempo até reunir condições de espaço, de tempo disponível e capacidade financeira para me poder dar a este luxo...

Isto para lhe dizer que quando adquiri o macho que tenho nem pensei em quanto dinheiro iria fazer com ele em montas. Simplesmente dá-me prazer pessoal ter bons exemplares e nada mais. Apesar disso já fiz algumas cruzas com ele, e as perspectivas futuras parecem boas, mas não estou nada preocupado com isso.

Esta é a minha forma de encarar a questão, mas admito e respeito que outros tenham opções diferentes, pois estão no seu legítimo direito e nada tenho contra elas.

Cumprimentos

José Carlos
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quarta mai 25, 2005 2:54 pm

miguelgordage Escreveu:
Na vossa opiniao qual é a qualidade no nosso plantel de exemplares de P.A?
Qual sera a evoluçao do P.A no nosso pais?
1 - A qualidade infelizmente não é das melhores, a aquisição de exemplares novos é uma das soluções, mas terá que ser feita pelos criadores, e depois fazer uma boa selecção nos progenitores que existem cá é cruza-los

2 - Penso que irá ter uma evolução muito positiva, se uma grande maioria daqueles criadores aderirem ao Pacp e regerem-se pelas suas normas assim com certeza terá um avanço muito significativo.
<p>Cumprimentos Caninos</p>
<p><strong>Do Pastor Dagala</strong></p>
<p>&nbsp;</p>
miguelgordage
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jcsousa Escreveu:

Sobre os cães portugueses, não sei se realmente o panorama é assim tão negro como o Miguel o pinta, admito que até possa ser. Mas acho que já teremos cá exemplares de qualidade.

Eu admito que investir em bons cães possa não compensar financeiramente, mas acho que se o novo clube promover a divulgação da raça como lhe competirá, o panorama pode melhorar. Dou um exemplo: se começar a haver 3 monográficas e algumas especializadas os expositores procurarão melhores padreadores para as suas fêmeas, no sentido de melhorarem as suas classificações.

3. portanto encaro isto como uma actividade para perder dinheiro... é o preço que pago por este hobby; por isso esperei tanto tempo até reunir condições de espaço, de tempo disponível e capacidade financeira para me poder dar a este luxo...



José Carlos

Quando exprimo a minha opiniao sobre a qualidade dos exemplares portugueses nao quero denegrir ninguem nem nenhum exemplar é apenas a minha visão do panorama geral e incluo-me dentro deste role.Isto talvez pq no ultimo ano ter visto muita coisa e a minha visao ter-se alterado bastante, e digo-lhe com toda a certeza nenhum exemplar que existe em Portugal fica nos 50 primeiros da Alemanha.
Voce que me conhece um pouco tb sabe que o que me leva ao Pastor Alemao tb não é o dinheiro mas sim o gosto pessoal,e é claro que é uma actividade que só serve para perder dinheiro.
E atençao que quando referir que a importaçao de exemplares não é reconhecida por outros isso não se passa apenas no Pastor Alemao mas na generalidade das raças,(so para dar um exemplo ainda a pouco tempo um amigo meu comprou um Sbernardo campeao da Alemanha e estava-me a contar precisamente essa dificuldade que está a ter para que o cao cruze aqui)por isso acho que tem mais a ver c/a nossa mentalidade.
Agora concordo perfeitamente quando fala na questao das exposiçoes e o esquema que falou talvez seja o mais interressante isto para tentar desenvolver o CULTO que eu falava noutro item e isso sim sera a melhor maneira de salvar o Pastor Alemao em portugal.Tal como voce disse tambem tenho essa esperança que as coisa mudem para bem da raça.
E quando propos isto foi mesmo para tentar arranjar soluçoes para tentar melhorar a nossa situaçao,e isso faz com ideiais como essa.

Cumprimentos
miguel
jcsousa
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quarta mai 25, 2005 3:43 pm

É evidente que compreendi os motivos por que levantou a questão.

Tirando a questão das linhas de trabalho e beleza (eheheheh!...) estou de acordo consigo.

Sobre o panorama nacional, eu pouco conheço e não me vou pronunciar, mas bom ou mau que ele seja, a única fdorma de melhorar é investir na compra de bons exemplares e recorrer a sementais estrangeiros, designadamente na Alemanha e em França, que me parece ter neste momento muito boa qualidade. Francamente não vejo outro caminho para melhorar a base genética da criação portuguesa.

Sobre a questão de nenhum cão de Portugal ficar nos 50 primeiros numa sieger alemã, o mais certo é ser verdade, mas também não vejo, por exemplo, muitos cães espanhois a conseguirem esse tipo de classificação, tirando 1 ou dois nascidos em Espanha e mais meia dúzia (ou nem tanto) importados. Aliás devo dizer que para mim um V50 numa sieger alemã é um bom resultado.

Mas tenhamos o nível que tivermos, mesmo face aos espanhois, não vejo outros caminhos para conseguirmos melhorar a não ser os que apontei. O Miguel tem alguma outra possível solução? Eu pessoalmente não estou a ver...

Cumprimentos

José Carlos
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quarta mai 25, 2005 3:57 pm

Se um determinado criador tiver um excelente macho, e se for um criador responsavel e que cumpra todos os parametros não vai cruzar o seu cão com qualquer cadela, se não for o chamado criador de varanda vai exigir que a femea tenha o despiste de displasia feito, vai escolher uma boa fêmea com um bom pedigree, porque até tem todo o interesse nestes aspectos e mais alguns devido em troca da cruza ficar com um macho ou uma femea da ninhada.
Eu tambem tenho essa experiencia, o criador que me vendeu as cadelas disse-me que ia a alemanha comprar um macho que se depois eu tivesse interessado em cruzar as minhas femeas com esse macho estava á vontade, mas já passaram 2 anos e sempre que lhe peço, (em troca de pagamento), ele tem sempre uma desculpa, não pode ser porque para a semana vou a uma exposição e o cão fica demasiado fraco, não posso porque vou cruza-lo com uma cadela minha, enfim, desculpas atrás de desculpas, nunca lhe dei motivos para não confiar em mim, se calhar estava com medo que eu lhe roube os clientes, e em todos os outros que tentei contactar, porque me ficava demasiado longe, já estava muito em cima da hora, os cães tinham consaguinidades muito próximas, etc.

Penso que o que se passou comigo se passa com mais pessoas, e depois acabam por cruzar com os machos que tem e esse não são os melhores.
Tenho um macho que adquiri através de uma pessoa que pensava ser da minha confiança, disse-lhe para fazer atenção que não queria um macho com muitas consaguinidades, etc, quando ele me vendeu o cão não me entregou os documentos, ai porque ainda não chegaram mas está descansado que é um excelente cão, quando me entregou o registo eu ia caindo de "cú", consaguinidades demasiadamente próximas, tem o Pai é Pai-Avô e Avó-Bisavó, o que até ao momento não o cruzei com nenhuma cadela nem o cruzarei por causa deste problema, já não ia delvover o cão visto já estar muito habituado a ele, um erro imperdoável da minha parte porque eu próprio digos aos potenciais criadores para visitarem o meu canil e se compram o animal dou-lhe os documentos todos e eu cometi esse erro. Mas como não quero enganar ninguem não faço cruzas com ele.
<p>Cumprimentos Caninos</p>
<p><strong>Do Pastor Dagala</strong></p>
<p>&nbsp;</p>
miguelgordage
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quarta mai 25, 2005 4:25 pm

jcsousa Escreveu: É evidente que compreendi os motivos por que levantou a questão.

Tirando a questão das linhas de trabalho e beleza (eheheheh!...) estou de acordo consigo.

Sobre o panorama nacional, eu pouco conheço e não me vou pronunciar, mas bom ou mau que ele seja, a única forma de melhorar é investir na compra de bons exemplares e recorrer a sementais estrangeiros, designadamente na Alemanha e em França, que me parece ter neste momento muito boa qualidade. Francamente não vejo outro caminho para melhorar a base genética da criação portuguesa.

Mas tenhamos o nível que tivermos, mesmo face aos espanhois, não vejo outros caminhos para conseguirmos melhorar a não ser os que apontei. O Miguel tem alguma outra possível solução? Eu pessoalmente não estou a ver...

Cumprimentos

José Carlos
A realidade é essa, soluçoes é o que precisamos tal como a ideia que deu isso é que fara a evolução do PA.E queria acrescentar algo a sua ideia ,ter em atenção os lugares que se escolhem para fazer as ditas monograficas pois no meu entender deviaram ser feitas em locais estrategicos mais perto das fronteiras ou em lugares de facil acesso isto para tentar-mos cativar alguns espanhois.
Isto tudo se a realidade do nosso clube mudar senão continuaremos no mesmo impasse de sempre.
Outra é que por muito que nos custe competir em ringues peq juizes desclassificados a melhor coisa era participar pois isso podia tb motivar novas pessoas a começar.
outra sera seguir o exemplo dos franceses que se mantiveram na sombra durante muitos anos e hoje estaram bastante proximos dos alemaes,que optaram nao por ter machos supriores mas começaram por tentar criar femeas devers exelentes e depois apareceram machos.
Claro que para nós tudo sera mais dificel primeiro pela nossa situaçao geografica e depois pela falta de conhecimentos,isso tambem seria uma questao importante ao convidarem juizes de fora aproveitarem para fazerem pequenas palestras com eles.
E outra sera uma maior cooperaçao entre criadores pois sempre se disse que a uniao faz a força,mas tal como voce deu ideias tb seria bom outos darem.
Cumprimentos
jcsousa
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quarta mai 25, 2005 4:45 pm

Eu acho que a verdadeira mola para o progresso do PA em Portugal será (ou não) a actuação do novo clube. Teremos que esperar para ver, como é evidente.

Mas penso que falou num aspecto extremamente importante quanto à formação: a organização de seminários sobre genética, linhas de sangue, trabalho desportivo, etc, penso que deveria merecer uma grande atenção do clube ao longo dos primeiros anos de actividade. Teria a vantagem de, dentro de um leque de opções variadas, nos permitir tomar opções correctas.

Outro aspecto que julgo de grande importância seria a criação de estruturas que permitissem a criadores e particulares trabalharem os seus cães, devidamente assessorados por pessoal técnico qualificado.

Enfim, como partimos do zero há muita coisa a fazer, e o melhor mesmo é não ter pressa e estabelecer prioridades.

Cumprimentos

José Carlos
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quarta mai 25, 2005 10:34 pm

jcsousa Escreveu: Eu acho que a verdadeira mola para o progresso do PA em Portugal será (ou não) a actuação do novo clube. Teremos que esperar para ver, como é evidente.

Mas penso que falou num aspecto extremamente importante quanto à formação: a organização de seminários sobre genética, linhas de sangue, trabalho desportivo, etc, penso que deveria merecer uma grande atenção do clube ao longo dos primeiros anos de actividade. Teria a vantagem de, dentro de um leque de opções variadas, nos permitir tomar opções correctas.

Outro aspecto que julgo de grande importância seria a criação de estruturas que permitissem a criadores e particulares trabalharem os seus cães, devidamente assessorados por pessoal técnico qualificado.

Enfim, como partimos do zero há muita coisa a fazer, e o melhor mesmo é não ter pressa e estabelecer prioridades.

Cumprimentos

José Carlos
Neste aspecto concordo plenamente consigo ;)
E é lógico que o clube precisa da ajuda de todos, porque só com o apoio de todos é que o clube terá pernas para avançar mais e mais.
<p>Cumprimentos Caninos</p>
<p><strong>Do Pastor Dagala</strong></p>
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hirasclan
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quinta mai 26, 2005 11:43 am

Boas, meus amigos acho que o problema em portugal não será tanto a falta de bons exemplares, com boa carga genética, mas talvez a falta de conhecimento da existencia desses exemplares e a inexistencia de meios que ajudem os proprietários a prepararem o seu cão, seja para o que fôr.
Só na zona de lisboa estão concentrados 70 % dos criadores de todas as raças, 20% está concentrada na zona do porto e os restantes 10% estão espalhados pelo país. Com os clubes de treino passa-se sensivelmente a mesma coisa, com uma distribuição assim não se consegue fazer muita coisa.
Mas mesmo nas zonas onde existem condições a aderencia é muito baixa, isto é, porque é que vou abrir uma escola se não tenho alunos?
Acho que primeiro há que fazer as pessoas juntarem-se e "brincarem " com os cães para começar a formar núcleos e depois apoiar esses núcleos e ajudá-los a crescer, assim penso que se conseguiria um desenvolvimento sustentado por um núcleo de meia dúzia de pessoas, que não terão de ser necessáriamente criadores, que iria permitir criar as condições para o desenvolvimento geral do trabalho e da raça em particular. Penso tb ser necessário fazer um levantamento dos exemplares existentes em portugal e a partir daí criar a informação da existencia dos mesmos, eu estou em lisboa e não sei que macho tem o Miguel ou o JCS ou o PDAGALA, nem vocês sabem o que tenho eu ou o pessoal aqui em baixo, não temos maneira de dizer que temos um F1 em casa a não ser aos amigos de mais perto.
Penso que esta informação toda deveria estar num lugar comum a todos que espero possa ser o Site do PACP.

Eu acho que temos bons exemplares em Portugal, provenientes de cães que foram ou o são ainda reproductores conceituados, não os trabalhamos mas que os temos ái isso temos.
Sou da opinião do JCS qd diz que a linha de trabalho tem um caracter muito mais fiável que a morfologia, talvez porque os cães da linha virada para a morfologia só fazem as provas de trabalho para picar o cartão e depois raramente voltam a trabalhar a sério, enquanto a linha de trabalho está constantemente a ser posta á prova nas três disciplinas.
Será portanto natural que as aptido~es se comecem a fixar naqueles que as praticam com frequência.
Só para acabar, chamen-lhes o que quiserem mas que existem actualmente duas vertentes de PA disso não tenho a menor dúvida, aliás atrevo-me a dizer que existem aqueles que trabalham e os outros.


Luis Carvalho

P.s. gostava que me enviassem os pedigrees dos vossos machos
[email protected]
miguelgordage
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sexta mai 27, 2005 12:00 am

hirasclan Escreveu: Boas, meus amigos acho que o problema em portugal não será tanto a falta de bons exemplares, com boa carga genética, mas talvez a falta de conhecimento da existencia desses exemplares e a inexistencia de meios que ajudem os proprietários a prepararem o seu cão, seja para o que fôr.


Penso tb ser necessário fazer um levantamento dos exemplares existentes em portugal e a partir daí criar a informação da existencia dos mesmos, eu estou em lisboa e não sei que macho tem o Miguel ou o JCS ou o PDAGALA, nem vocês sabem o que tenho eu ou o pessoal aqui em baixo, não temos maneira de dizer que temos um F1 em casa a não ser aos amigos de mais perto.
Penso que esta informação toda deveria estar num lugar comum a todos que espero possa ser o Site do PACP.

Eu acho que temos bons exemplares em Portugal, provenientes de cães que foram ou o são ainda reproductores conceituados, não os trabalhamos mas que os temos ái isso temos.

Sou da opinião do JCS qd diz que a linha de trabalho tem um caracter muito mais fiável que a morfologia, talvez porque os cães da linha virada para a morfologia só fazem as provas de trabalho para picar o cartão e depois raramente voltam a trabalhar a sério, enquanto a linha de trabalho está constantemente a ser posta á prova nas três disciplinas.
Será portanto natural que as aptido~es se comecem a fixar naqueles que as praticam com frequência.



Luis Carvalho

P.s. gostava que me enviassem os pedigrees dos vossos machos
[email protected]
Caro Luis penso eu que não sera assim tao boa como pensa mas esta no seu direito.Esse tb acho que sera um dos nossos erros pensarmos que temos ou serei eu na volta mais critico que os restantes.
Mas se eles existem porque não aparecem a dar cartas só seria bom para a nossa reputaçao.
Quanto ao desconhecimento dos exemplares podera acontecer em alguns casos o que não me parece é que nós os que andamos em exposições tenhamos esse desconhecimento mas lá esta existem coisas que não compreendo bem ,pois se for a Espanha e perguntar que macho tem o X ou Y ou Z encontro a resposta mas se perguntar a outro criador portugues nao sabe sequer que ele tinha um macho.
E se alguem tem um verdadeiro F1 em casa e nao o mostra é pena pois todos lucrava-mos com isso.
Quanto á sua ideia dos nucleos é uma boa ideia na alemanha é asssim que funciona quando lá estive fui visitar 2 e eram bem fixes.
Quanto a situçao dos caes da linha de trabalho terem mais caracter acho que se confunde um pouco o caracter com o fazer provas de trabalho,eu os que conheço e naõ são poucos pois costumo ir para um campo em espanha que ha alguns ,não terão assim tao bom caracter como se pensa apesar de a trabaharem serem maquinas,sera que é normal um cão quase nao ter dentes de tantas pedras roer ou sera normal roer o pelo todo ou sera normal tentar morder a tudo o que passa a frente deles isto sao algumas das situaçoes que os vejo fazer,por isso não concordo que serao caes de melhor caracter que os de beleza.

Adeus
Cumprimentos
Miguel
jcsousa
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sexta mai 27, 2005 9:24 am

Quanto a situçao dos caes da linha de trabalho terem mais caracter acho que se confunde um pouco o caracter com o fazer provas de trabalho,eu os que conheço e naõ são poucos pois costumo ir para um campo em espanha que ha alguns ,não terão assim tao bom caracter como se pensa apesar de a trabaharem serem maquinas,sera que é normal um cão quase nao ter dentes de tantas pedras roer ou sera normal roer o pelo todo ou sera normal tentar morder a tudo o que passa a frente deles isto sao algumas das situaçoes que os vejo fazer,por isso não concordo que serao caes de melhor caracter que os de beleza.
Ainda bem que o Miguel assume esta posição, uma vez que nos dá oportunidade de debater esta questão, que acho que é fundamental, e que é o afastamento cada vez maior entre as duas linhas.

Eu não nego que possa haver cães como os que o Miguel cita, no campo que frequenta e muito provavelmente noutros. Mas isso não justifica generalizações, e é necessário perguntarmo-nos por que é que tais casos acontecem.

Em minha opinião, a questão prende-se muitas vezes com o tipo de treino a que são submetidos, com o convívio diário com pessoas e outros cães e pessoas. Na minha opinião, um dos males de ambas as linhas é procurar-se a excelência competitiva.

Nas linhas de beleza isso levou a desvios, que agora vêm sendo corrigidos, como o exagero da inclinação da garupa e das angulações posteriores, tornando o cão capaz de realizar andamentos muito vistosos mas durante pouco tempo. Angulações exageradas criam tensões sobre as ancas que potenciam a falta de firmeza no trem posterior, aumentam as possibilidades de aparecimento da displasia, originam um passo em que os curvilhões se cruzam, entre outros. A inclinação excessiva da garupa está na base, segundo muitos observadores, do aparecimento da SCE. Tudo isto para conseguir mais uns furos acima nas classificações das monográficas, sem nos apercebermos que estamos a pôr em causa a funcionalidade do cão.

Nas linhas de trabalho, o que importa é conseguir uma pontuação o mais próxima possível dos 300 pontos, mesmo que isso signifique manter o cão fechado numa caixa só saindo para treinar e fazer as necessidades, potenciar ao máximo a instinto de defesa através de cargas excessivas, pressionar estupidamente o animal para conseguir um apport 2 segundos mais rápido... Um cão submetido a este tipo de treino não pode realmente ser um cão equilibrado, e as manias que observou devem-se normalmente a actuações deste tipo. Mas apesar de tudo, como o Miguel disse, eles continuam máquinas a trabalhar. Um cão de beleza o mais certo era partir-se...

Eu acho que a procura da excelência (e dos benefícios económicos que ela pressupõe...) faz os fanáticos de ambas as linhas incorrer com demasiada frequência neste tipo de erros, que só contribuem para afastar ainda mais os cães de trabalho dos de beleza.

Julgo que este é um problema deveras importante, e que valeria a pena que todos parássemos para pensar um pouco sobre ele e sobre as possíveis soluções. Se calhar, uma modificação da orgânica das competições... Se calhar, uma modificação dos critérios de criação em AMBAS as linhas... Se calhar, ponderando até que ponto, perdendo um pouco do que se conseguiu na estrutura ou no carácter, se conseguiria um PA mais equilibrado e duas linhas menos divergentes.

Para mim é claro que os critérios de selecção até agora seguidos estão na base do que temos no momento: cães seleccionados durante décadas pela dureza de temperamento têm logicamente que produzir cães com temperamentos fortes, embora com pobres estruturas, deixadas nesse tempo para um papel secundário; cães seleccionados no mesmo período prioritariamente pela anatomia, têm de dar, pela lógica, cães mais belos, mas em que ocorrem com demasiada frequência temperamentos débeis.

Esta discussão é complicada, e não espero que dela saiam soluções definitivas. Se servir para que se tome consciência de que o problema existe, já é muito bom. Ainda há, em ambas as linhas e apesar de tudo, cães equilibrados.

Cumprimentos

José Carlos
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