quinta nov 19, 2009 11:57 pm
Sr Sergio verd
Como não me dirigi ao sr. agradeço que não mencione o meu nome também. Esta discussão é para conhecedores da raça, e não para amadores, e estava a dar os seus frutos até o Sr. aparecer.
Quanto aos cães do sr valpaço, penso que se os submeter ao teste de paternidade (ADN), Rx de displasias reconhecidos pela WUSV, progenitores reconhecidos e com aptos de criação, tudo se poderá resolver, mas só o clube lhe poderá responder com rigor. De qualquer maneira o importante é que se se filiar desde já no Clube poderá, iniciar desde já a sua criação certificada, e isso é o mais importante.
Quanto ao comentário do sr. Daktari sobre o Tox, gostava de lhe perguntar se já viu o cão morder ? È que parece que o cão morde muito bem, e portanto essa "apatia" que refere poderá ser momentânea. Os cães também têm dias ás vezes. Mas como disse que teve uma ninhada e está bastante satisfeito, lá vem a questão clássica que se impõe : O que deverá ser levado em conta nas escolha dos progenitores em 1º lugar ? Carácter ? Morfologia ? E que percentagem do carácter passa ? E passa que percentagem da mãe e do pai ?
Se isto fosse uma ciencia exacta, era fácil. Bastava juntar um progenitor com um caracter muito forte, com uma progenitora totalmente passiva, e tinhamos um cachorro a meio da tabela.
como sabe existem 2 tipos de selecção genética, na selecção fenotípica, é ignorada qualquer pesquisa genealógica, sendo que são escolhidos 2 reprodutores de qualidade , tendo em vista a obtenção de descendentes semelhantes. Mas o fenótipo nem sempre reflete o genótipo, e esta técnica é falível. Se um criador cruzar 2 cães de pelagem preta e curta, era de esperar que as crias fossem iguais aos pais. Mas se os progenitores forem do tipo BI/bL, mais de 40% dos cachorros não terá o aspecto previsto. Na selecção genealógica, a previsão é feita sobre o valor genético dos reprodutores, pela apreciação dos seua antepassados, descendentes e aparentados. A reprodução é por isso bastante complexa, e por vezes animais excepcionais dão cachorros mediocres, e vice versa.
Como tudo isto leva anos a estudar, e as experiencias custam dinheiro pois é necessário manter cachorros durante vários meses para avaliação, eu sou o maior adepto da endogamia, pois permite-me fixar as qualidades dos progenitores no estado homozigótico, com o cuidado claro está de partir de exemplares perfeitos, eliminando assim a fixação dos defeitos.
È certo que os rejeitados não podem ser lançados á reprodução, e isto põe ao criador o problema da colocação destes mesmos, de modo a que não sejam incluidos no circuito reprodutivo. Já sei que me vai dizer que esta técnica conduz a um empobrecimento genético, mas tudo tem de ser utilizado com moderação, para não chegarmos a um impasse evolutivo. O inconveniente é que temos de esperar por vezes até á 5ª geração, para se revelarem os sinais de alerta, e passarmos ao out-crossing.
Por isso quando dizemos que temos um cão de carácter fraco, e o cruzamos com uma cadela de carácter forte, estamos adizer exactamente o quê ?
Luisanto
Luisanto