Amigo Vitor
A sua tradução da palavra neutral é correcta. A minha é a mesma... Mas Vitor quem anda no meio dos cachorros sabe perfeitamente que às sete semanas, os cachorros "já sabem quem é o criador". Conhecem aquela voz que os visita todos os dias, várias vezes, conhecem aquele vulto, etc.
Vitor esta questão de pessoa estranha ou não, não é importante, neste momento, o que é importante é que o nosso amigo já sabe que deve perguntar ao criador dos cachorros se fez o teste... Que se deve dirigir a um criador responsável, pois como disse no princípio, a compra de um cachorro que mais tarde será cão, "é pró resto da vida"... Um cachorro que mais tarde será uma "bomba" que poderá rebentar...
Se se começa mal ao princípio é mau para os dois, cão e homem.
antónio pato do canil fontedasbicas
Testes de Carácter
António Pato, dou como concluída a minha "teima".
Mas continuando na senda do teste de Campbell, o que é
na sua opinião um criador responsável deverá fazer, quando numa ninhada de 7 ou 8 cachorros, lhe aparecem 2 "bombas" e 2
"independentes com tendências anti-sociais" ?
Um bom fim de semana para todos.
Vitor Santos
Mas continuando na senda do teste de Campbell, o que é
na sua opinião um criador responsável deverá fazer, quando numa ninhada de 7 ou 8 cachorros, lhe aparecem 2 "bombas" e 2
"independentes com tendências anti-sociais" ?
Um bom fim de semana para todos.
Vitor Santos
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- Registado: sábado dez 10, 2005 11:27 pm
caros amigos
sou um ingenuo novato no assunto, vejam bem, que até no meu primeiro cão fui vigarizado e ainda por cima por uma pessoa da bairrada.
Como e possivel um criador não saber o que é o teste de CAmpbel??
Isso e para mim.
E ja agora, se voltasse a comprar outro cão PA, ligo primeiro pro CPC afim de não me voltarem a enganarem.
Foi graças ao CPC que a um treinador de coimbra, certamente um dos melhores em portugal tanto como treinador como pessoa, que viu os defeitos que o meu cão tinha. Um muito obrigado para esse grande senhor. Nem o veterinario deu por nada.
sou um ingenuo novato no assunto, vejam bem, que até no meu primeiro cão fui vigarizado e ainda por cima por uma pessoa da bairrada.
Como e possivel um criador não saber o que é o teste de CAmpbel??
Isso e para mim.
E ja agora, se voltasse a comprar outro cão PA, ligo primeiro pro CPC afim de não me voltarem a enganarem.
Foi graças ao CPC que a um treinador de coimbra, certamente um dos melhores em portugal tanto como treinador como pessoa, que viu os defeitos que o meu cão tinha. Um muito obrigado para esse grande senhor. Nem o veterinario deu por nada.
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- Membro Veterano
- Mensagens: 1323
- Registado: terça set 20, 2005 10:08 am
Amigo Vitor,
A sua questão é pertinente e tentarei responder, mesmo sem conhecer a pessoa que eventualmente estaria interessada em comprar o cachorro.
E digo isto, porque é bastante importante saber que tipo de dono haverá ali.
Partindo do princípio que as pessoas que se candidatam à aquisição de um PA, não possuindo grandes conhecimentos das características da raça, são pessoas que estão abertas aos conselhos que lhes dou, diria que:
As "bombas" seriam aconselhadas a pessoas tivessem predisposição para educar estes cachorros com firmeza, mas sem violência, nunca recuando na ordem transmitida. As ordens deveriam ser dadas de forma clara e correcta, "mas sem gritar"... Em casa só um "dono". Pouco ou nenhum contacto com crianças, sem o "dono" por perto... Sem episódios anormais, teríamos um adulto de carácter firme mas leal.
Os "independentes e anti-sociais", sinceramente só os aconselharia a pessoas muito experimentadas em PA's. Pessoas que com muita paciência fossem ao longo do tempo, moldando o temperamento do cachorro, de maneira a construir um adulto de bom carácter. Na minha opinião as fêmeas com este temperamento, são muito mais agressivas que os machos. Completamente desaconselhável o convívio com crianças, sempre!
Por tudo isto, é que na minha humilde opinião, é sempre bom "ver" os donos à nossa frente, falar com eles várias vezes, sendo às vezes muito difícil convencê-los a escolher o cão que nos parece indicado, porque entretanto já escolheram outro pela pelagem...etc.
Já me aconteceu, numa ninhada ter uma fêmea que quando em conjunto com os irmãos se encolhia a um canto, tímida, mas muito bonita e meiga. Ora toda a gente a escolhia... Resolvi ficar com ela e hoje é bastante calma, mas até eu estou sempre de pé atrás!!!
Espero ter respondido satisfatóriamente à sua questão.
Bom Vitor, também vou de fim de semana, que é como quem diz, VOU ATÉ AO PÉ DOS MEUS CÃES!!!
antónio pato do canil fontedasbicas
A sua questão é pertinente e tentarei responder, mesmo sem conhecer a pessoa que eventualmente estaria interessada em comprar o cachorro.
E digo isto, porque é bastante importante saber que tipo de dono haverá ali.
Partindo do princípio que as pessoas que se candidatam à aquisição de um PA, não possuindo grandes conhecimentos das características da raça, são pessoas que estão abertas aos conselhos que lhes dou, diria que:
As "bombas" seriam aconselhadas a pessoas tivessem predisposição para educar estes cachorros com firmeza, mas sem violência, nunca recuando na ordem transmitida. As ordens deveriam ser dadas de forma clara e correcta, "mas sem gritar"... Em casa só um "dono". Pouco ou nenhum contacto com crianças, sem o "dono" por perto... Sem episódios anormais, teríamos um adulto de carácter firme mas leal.
Os "independentes e anti-sociais", sinceramente só os aconselharia a pessoas muito experimentadas em PA's. Pessoas que com muita paciência fossem ao longo do tempo, moldando o temperamento do cachorro, de maneira a construir um adulto de bom carácter. Na minha opinião as fêmeas com este temperamento, são muito mais agressivas que os machos. Completamente desaconselhável o convívio com crianças, sempre!
Por tudo isto, é que na minha humilde opinião, é sempre bom "ver" os donos à nossa frente, falar com eles várias vezes, sendo às vezes muito difícil convencê-los a escolher o cão que nos parece indicado, porque entretanto já escolheram outro pela pelagem...etc.
Já me aconteceu, numa ninhada ter uma fêmea que quando em conjunto com os irmãos se encolhia a um canto, tímida, mas muito bonita e meiga. Ora toda a gente a escolhia... Resolvi ficar com ela e hoje é bastante calma, mas até eu estou sempre de pé atrás!!!
Espero ter respondido satisfatóriamente à sua questão.
Bom Vitor, também vou de fim de semana, que é como quem diz, VOU ATÉ AO PÉ DOS MEUS CÃES!!!
antónio pato do canil fontedasbicas
Meus caros amigos, este tópico tem-se revelado bastante interessante. Cada um tem expressado com cordialidade as suas discordâncias, e isso é sempre enriquecedor. Como a conversa se estendeu por vários temas, gostaria de fazer um pequeno ponto de situação e ao mesmo tempo colocar álgumas questões aos que comigo discordaram.
1. Sobre a realização do teste de Campbell - continuo na minha, de que deve ser realizado por alguém que o cachorro não conheça. Ao Vítor e aos que defenderam posição contrária, uma questão: acham que se fôr o criador a realizar o teste, mesmo que mantendo a tal posição de neutralidade, a resposta do cachorro será fiável? Eu defendo que não, uma vez que o animal vê no criador a pessoa que o acaricia, brinca com ele e lhe dá de comer desde que nasceu - logo estes factores influenciam a sua reacção. Que acham disto?
2. Sobre os cachorros "bomba" e os cachorros tímidos - concordo com a resposta do A. Pato, que me parece sensata, e gostaria de acrescentar que os primeiros dariam bons cães nas mãos de um desportista, e o treino seria indispensável nestes casos. Já os tímidos deveriam realmente ir parar às mãos de alguém experiente, que os sociabilizasse "por objectivos", e tivesse a arte e o engenho de minimizar as suas características naturais.
3. Sobre o "aconselhamento" ao comprador - devo dizer que nunca aconselho um cachorro a um comprador. Por várias razões - um cachorro muito prometedor pode tornar-se com o crescimento um cão de fraca qualidade morfológica, e o inverso também é verdadeiro. Também no aspecto psicológico a influência do novo dono é determinante.
O que costumo fazer é dar total liberdade de escolha, informar do que penso sobre cada cachorro, de forma também aqui absolutamente neutral e objectiva. Se vejo que o cachorro escolhido não é o indicado para o comprador, simplesmente não vendo.
4. Já agora, sobre selecção - o medo e as taras a ele associadas (nervosismo, timidez, agressividade, etc) são as características com maior grau de transmissibilidade à descendência ( à volta de um 40%). As grandes virtudes psicológicas têm uma transmissibilidade residual. O que se transmite genèticamente é a normalidade comportamental, e é essa normalidade que deve nortear o criador quando planifica uma ninhada. As grandes virtudes de carácter, apesar de pouco transmissíveis, são importantes no entanto na fêmea, que pode "educar" os seus filhos segundo as pautas do seu próprio comportamento - que não por transmissão genética. Daí a importância de que se reveste a existência de um excelente carácter nas progenitoras.
Cumprimentos e bom fim de semana.
José Carlos
1. Sobre a realização do teste de Campbell - continuo na minha, de que deve ser realizado por alguém que o cachorro não conheça. Ao Vítor e aos que defenderam posição contrária, uma questão: acham que se fôr o criador a realizar o teste, mesmo que mantendo a tal posição de neutralidade, a resposta do cachorro será fiável? Eu defendo que não, uma vez que o animal vê no criador a pessoa que o acaricia, brinca com ele e lhe dá de comer desde que nasceu - logo estes factores influenciam a sua reacção. Que acham disto?
2. Sobre os cachorros "bomba" e os cachorros tímidos - concordo com a resposta do A. Pato, que me parece sensata, e gostaria de acrescentar que os primeiros dariam bons cães nas mãos de um desportista, e o treino seria indispensável nestes casos. Já os tímidos deveriam realmente ir parar às mãos de alguém experiente, que os sociabilizasse "por objectivos", e tivesse a arte e o engenho de minimizar as suas características naturais.
3. Sobre o "aconselhamento" ao comprador - devo dizer que nunca aconselho um cachorro a um comprador. Por várias razões - um cachorro muito prometedor pode tornar-se com o crescimento um cão de fraca qualidade morfológica, e o inverso também é verdadeiro. Também no aspecto psicológico a influência do novo dono é determinante.
O que costumo fazer é dar total liberdade de escolha, informar do que penso sobre cada cachorro, de forma também aqui absolutamente neutral e objectiva. Se vejo que o cachorro escolhido não é o indicado para o comprador, simplesmente não vendo.
4. Já agora, sobre selecção - o medo e as taras a ele associadas (nervosismo, timidez, agressividade, etc) são as características com maior grau de transmissibilidade à descendência ( à volta de um 40%). As grandes virtudes psicológicas têm uma transmissibilidade residual. O que se transmite genèticamente é a normalidade comportamental, e é essa normalidade que deve nortear o criador quando planifica uma ninhada. As grandes virtudes de carácter, apesar de pouco transmissíveis, são importantes no entanto na fêmea, que pode "educar" os seus filhos segundo as pautas do seu próprio comportamento - que não por transmissão genética. Daí a importância de que se reveste a existência de um excelente carácter nas progenitoras.
Cumprimentos e bom fim de semana.
José Carlos
Duas explicações tremendamente honestas, as do António e as
do José Carlos.
Se todos os criadores seguissem estas "normas", certamente
que o PA, estaria muito mais "implantado" nos lares portugueses.
Mas no entanto não deixo de escrever que já em contactos anteriores com um criador de Fátima,fui pela primeira vez
alertado por este Senhor, do problema dos cães "anti-sociais" e a formula
que este usava e que achei honestíssima, era simples, dava-os a pessoas avisadas para tal problema.
Um abraço.
Vitor Santos
do José Carlos.
Se todos os criadores seguissem estas "normas", certamente
que o PA, estaria muito mais "implantado" nos lares portugueses.
Mas no entanto não deixo de escrever que já em contactos anteriores com um criador de Fátima,fui pela primeira vez
alertado por este Senhor, do problema dos cães "anti-sociais" e a formula
que este usava e que achei honestíssima, era simples, dava-os a pessoas avisadas para tal problema.
Um abraço.
Vitor Santos
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- Membro Veterano
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- Registado: sábado jun 19, 2004 9:52 am
- Localização: 4 P.A\'s; 1 Srd, 1 Gato
- Contacto:
Na minha opinião não será fiável, porque como foi dito o cachorro está super habituado ao criador, e pela lógica mal o criador faça o chamamento ele corresponde de imediato, só se o dono bater nos cachorros ou algo do género.a resposta do cachorro será fiável?
Não posso estar mais de acordo com as opiniões aqui expostas pelo FB e pelo JCS.
<p>Cumprimentos Caninos</p>
<p><strong>Do Pastor Dagala</strong></p>
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<p><strong>Do Pastor Dagala</strong></p>
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