uma coisa que gostava de partilhar com voces
Enviado: domingo out 01, 2006 9:58 am
Este texto estava num quadro com mais de 60 anos, que se encontrava no consultorio de veterinaria do meu bisavô.. gostei tanto que achei por bem partilhar com voces.
"O melhor amigo de um homem poderá deixar de estimá-lo e converter-se em seu inimigo. Os filhos que ele carinhosamente criou poderão ser-lhe ingratos. Os entes a quem mais queremos no mundo, e aos quais confiamos a nossa felicidade e emprestamos nosso nome, poderão trair-nos e serem desleais. Um homem pode perder sua fortuna, que as mais das vezes lhe foge quando mais necessária ela é. A própria reputação pode abandoná-lo. As pessoas que nos bajulam e nos redem homenagens, hoje que o êxito nos acompanha, atirar-nos-ão amanhã as pedras da malignidade quando a densa nuvem do fracasso por ventura se abater sobre nós.
O único amigo, absolutamente desinteressado, que o Homem possui neste mundo egoísta, o único que jamais o abandonará, o único que nunca lhe será ingrato, traidor ou desleal, é o seu cão.
Ele permanecerá ao lado do amo na prosperidade como na pobreza, nos bons como nos maus dias. Dormirá ao relento, açoitado pelos ventos glaciais e pela neve que o penetrará até à medula, sempre que isso significar aproximar-se do seu dono. Beijará a mão que não tem alimento para lhe oferecer e lamberá as feridas e cicatrizes produzidas pelos embates da vida.
Velará o sono do seu amo miserável como o faria se fosse um príncipe. Quando as riquezas desaparecerem, e a reputação de seu senhor se estrelhaçar, o seu afecto continuará, constante como o curso do Sol através dos céus.
Se o destino obrigar seu senhor a lançar-se aventuradamente pelo mundo, sem amigos e sem pouso, tudo o que pedirá o cão fiel é a alegria de acompanhá-lo, de guardá-lo dos perigos, de bater-se por ele contra os seus inimigos.
E quando, chegada a derradeira etapa, a morte vier buscar o seu dono, quando o corpo deste jazer na terra húmida, quando todos os outros amigos se retirarem, indiferentes ou nao, ali, ao lado da sepultura, se achará o nobre cão, cabeça sobre as patas, olhos tristes e opacos, porém sempre vigilante e alerta, leal e sincero até mesmo na morte.
Estas palavras traduzem, na sua simplicidade, o mais eloquente elogio que já se fez ao animal em quem "Deus parece ter depositado uma parcela da sua infinita bondade"."
cumprimentos,
ahetal
"O melhor amigo de um homem poderá deixar de estimá-lo e converter-se em seu inimigo. Os filhos que ele carinhosamente criou poderão ser-lhe ingratos. Os entes a quem mais queremos no mundo, e aos quais confiamos a nossa felicidade e emprestamos nosso nome, poderão trair-nos e serem desleais. Um homem pode perder sua fortuna, que as mais das vezes lhe foge quando mais necessária ela é. A própria reputação pode abandoná-lo. As pessoas que nos bajulam e nos redem homenagens, hoje que o êxito nos acompanha, atirar-nos-ão amanhã as pedras da malignidade quando a densa nuvem do fracasso por ventura se abater sobre nós.
O único amigo, absolutamente desinteressado, que o Homem possui neste mundo egoísta, o único que jamais o abandonará, o único que nunca lhe será ingrato, traidor ou desleal, é o seu cão.
Ele permanecerá ao lado do amo na prosperidade como na pobreza, nos bons como nos maus dias. Dormirá ao relento, açoitado pelos ventos glaciais e pela neve que o penetrará até à medula, sempre que isso significar aproximar-se do seu dono. Beijará a mão que não tem alimento para lhe oferecer e lamberá as feridas e cicatrizes produzidas pelos embates da vida.
Velará o sono do seu amo miserável como o faria se fosse um príncipe. Quando as riquezas desaparecerem, e a reputação de seu senhor se estrelhaçar, o seu afecto continuará, constante como o curso do Sol através dos céus.
Se o destino obrigar seu senhor a lançar-se aventuradamente pelo mundo, sem amigos e sem pouso, tudo o que pedirá o cão fiel é a alegria de acompanhá-lo, de guardá-lo dos perigos, de bater-se por ele contra os seus inimigos.
E quando, chegada a derradeira etapa, a morte vier buscar o seu dono, quando o corpo deste jazer na terra húmida, quando todos os outros amigos se retirarem, indiferentes ou nao, ali, ao lado da sepultura, se achará o nobre cão, cabeça sobre as patas, olhos tristes e opacos, porém sempre vigilante e alerta, leal e sincero até mesmo na morte.
Estas palavras traduzem, na sua simplicidade, o mais eloquente elogio que já se fez ao animal em quem "Deus parece ter depositado uma parcela da sua infinita bondade"."
cumprimentos,
ahetal