Encontrei numa pesquisa que fiz a um forum do PA espanhol este tema e achei giro traze-lo para aqui e por isso o traduzi! Leiam e digam-me o que acham do tema! Aqui vai:
O assunto do displasia é um assunto complicado, pois muitas vezes aparecem animais que se bem que vindos de pais com quadris perfeitos, são displasicos, sendo isto continuamente estudado para que se encontre respostas à resultados contraditórios como estes. Todos ou quase todos conhecem ou já ouviram falar do cão de pastor alemão Jeck von Noricum, sendo que este é um dos maiores reprodutores da história desta raça, menciono-o aqui pelo facto de que os seus resultados na transmissão da qualidade de quadris eram excelentes, algo ligeiramente contraditório se tivermos em conta que o diagnóstico que o seu era de: "noch zugelassen" ou “ainda tolerado” quando traduzido para Português, este diagnóstico produziu uma certa polémica, entre o seu criador e proprietário Theo Lugbauer e o doutor Brass, encarregado de efectuar o diagnóstico das radiografias, numa entrevista pessoal efectuada ao Sr. Theodor Lugbauer e por este concedida, este último disse: «”a única coisa que limita o cão é o diagnóstico dos quadris que lhe foi outorgado, se bem que eu esteja convencido do contrário por achar que o meu cão tem os quadris perfeitos acata e respeita a conclusão do clínico, e dai que haja a necessidade de se ter que levar em consideração a qualidade das fêmeas no momento de as cobrir”». É aqui e agora que entra a contradição, Jeck veio dar melhores e muitos bons resultados para a sua descendência, que muitos outros cães com um diagnóstico muito melhor duque o seu "a"normal, melhorando inclusive a qualidade dos quadris em cruzamentos arriscados, sem ir mais além cobriu a sigerina Ora von Batu "Noch Zugelassen" do qual cruzamento surgio o Phil de Valdovin "" Fast normal e importante reprodutor espanhol, o seu ZW apesar da infinidade de montas por ele efectuadas e visto o montão de descendentes ficou-se em ZW94 para além de ser um cão com uma vida muito alarga, pois morreu com 15 anos, tudo isto da que pensar " e na Alemanha contaram-se muitos casos como este, dai o aparecimento del ZW zuchtwert índice individual de cada cão. Este índice pode ser mais baixo num cão noch zugelassen duque num com "A" normal, além disso ultimamente e de acordo com estudos efectuados, a displasia é realmente um caso genético, mas não num grau tanto elevado como se pensava, uma má nutrição, um crescimento demasiado rápido, factores climáticos e ambientais, incluindo o tipo e o estado superfície onde o cão se encontra a viver são todos eles factores que ao que parece têm mais influencia duque a que se pensava.
É a displasia um assunto complicado?
Penso que sobre a displasia há acordo no campo científico em relação a dois factores:
1. É uma doença poligenética, na qual estão portanto envolvidos não um mas vários genes ainda não completamente identificados;
2. A sua manifestação fenotípica é influenciável por factores ambientais como a alimentação, o sobre-exercício ou o piso em que os animais se movimentam frequentemente; pode pois acontecer que um exemplar seja genéticamente propenso a displasia, mas, se disfrutar de condições ambientais óptimas, nunca chegue a manifestar sintomas da doença, ou os venha a manifestar apenas em idade avançada; já o contrário (não ser portador da combinação dos genes responsáveis pela displasia e desenvolver HD não parece possível, a não ser por causas traumáticas e repetidas);
Os alemães já se deram conta há bastantes anos de que animais com classificação A2 e A3 ( B e C pela OFA) mostram na prática um índice de transmissibilidade da doença inferior a outros com A1 (A pela OFA).
Dada a dificuldade de erradicação da doença foi introduzido o conceito de HD Zuchtwert ou índice de transmissibilidade, para cada exemplar. Este índice é reportado às classificações atribuidas ao exemplar, bem como aos seus filhos e, julgo, aos seus pais e avós. O Valor base é 100. Quer isto dizer que um cão com índice menor que 100 é potencialmente seguro em termos de transmissão. Outro com índice superior a 100 é tanto mais potencialmente transmissor quanto maior fôr o seu índice. Na prática o que se deve fazer é somar os índices do macho e da fêmea a cruzar e fazer com que essa soma seja inferior a 200.
O HD Zuchtwert é portanto mais uma ferramenta de trabalho útil no combate à displasia. Apresenta, no entanto, algumas limitações:
1. Poucos países da WUSV dispõem da base de dados necessárias ao cálculo. Para além da Alemanha, não sei se outro país disporá dessa possibilidade. O que quer dizer que, se levar uma cadela portuguesa cruzar com um macho alemão, apenas saberei o índice do macho...
2. Como é básicamente determinado estatísticamente, poderá haver manobras no sentido de influenciar o o índice de um exemplar: basta cruzá-lo apenas com fêmeas com índice muito baixo para potencialmente a descendência apresentar menos casos de HD e assim influenciar o índice dos progenitores. A propósito, consta-se que cães de topo com índice superior a 100 são cruzados com fêmeas de trabalho (linhas menos propensas à doença) e de este modo se reduz o índice do exemplar.
Postas todas estas questões, penso que a posição correcta ao planear uma monta deve ser a seguinte:
- em caso de se conhecer o HD-ZW dos dois exemplares, procurar que a sua soma seja inferior a 200;
- em caso de se conhecer o índice de apenas um deles, procurar que seja inferior a 100, e quanto mais inferior melhor;
- se houver desconhecimento do HD-ZW dos dois exemplares a cruzar, não haverá mais remédio que dar preferência a que sejam o mais isentos possível de displasia (A1 ou A2), como forma de reduzirmos ao máximo as possibilidades de que apareçam casos de HD na ninhada. Em minha opinião a utilização de exemplares A3 constitui à partida um risco acrescido, só devendo ser utilizada quando~as progénies desses exemplares nos derem garantias de que há poucos casos de HD.
Do mesmo modo se temos um semental A1 cuja progénie apresenta muitos casos de HD esse deve ser descartado.
Ao fim e ao cabo, dada a ausência de estatísticas no nosso país, trata-se de jogar com hipóteses.
Cumprimentos
José Carlos
PS - cabe referir aqui que Uran v. Wildsteiger Land foi o cão de topo mais reconhecido com transmissor de óptimas ancas, daí que a sua inclusão nos pedigrees de ninhadas a programar seja também de ter em linha de conta.
1. É uma doença poligenética, na qual estão portanto envolvidos não um mas vários genes ainda não completamente identificados;
2. A sua manifestação fenotípica é influenciável por factores ambientais como a alimentação, o sobre-exercício ou o piso em que os animais se movimentam frequentemente; pode pois acontecer que um exemplar seja genéticamente propenso a displasia, mas, se disfrutar de condições ambientais óptimas, nunca chegue a manifestar sintomas da doença, ou os venha a manifestar apenas em idade avançada; já o contrário (não ser portador da combinação dos genes responsáveis pela displasia e desenvolver HD não parece possível, a não ser por causas traumáticas e repetidas);
Os alemães já se deram conta há bastantes anos de que animais com classificação A2 e A3 ( B e C pela OFA) mostram na prática um índice de transmissibilidade da doença inferior a outros com A1 (A pela OFA).
Dada a dificuldade de erradicação da doença foi introduzido o conceito de HD Zuchtwert ou índice de transmissibilidade, para cada exemplar. Este índice é reportado às classificações atribuidas ao exemplar, bem como aos seus filhos e, julgo, aos seus pais e avós. O Valor base é 100. Quer isto dizer que um cão com índice menor que 100 é potencialmente seguro em termos de transmissão. Outro com índice superior a 100 é tanto mais potencialmente transmissor quanto maior fôr o seu índice. Na prática o que se deve fazer é somar os índices do macho e da fêmea a cruzar e fazer com que essa soma seja inferior a 200.
O HD Zuchtwert é portanto mais uma ferramenta de trabalho útil no combate à displasia. Apresenta, no entanto, algumas limitações:
1. Poucos países da WUSV dispõem da base de dados necessárias ao cálculo. Para além da Alemanha, não sei se outro país disporá dessa possibilidade. O que quer dizer que, se levar uma cadela portuguesa cruzar com um macho alemão, apenas saberei o índice do macho...
2. Como é básicamente determinado estatísticamente, poderá haver manobras no sentido de influenciar o o índice de um exemplar: basta cruzá-lo apenas com fêmeas com índice muito baixo para potencialmente a descendência apresentar menos casos de HD e assim influenciar o índice dos progenitores. A propósito, consta-se que cães de topo com índice superior a 100 são cruzados com fêmeas de trabalho (linhas menos propensas à doença) e de este modo se reduz o índice do exemplar.
Postas todas estas questões, penso que a posição correcta ao planear uma monta deve ser a seguinte:
- em caso de se conhecer o HD-ZW dos dois exemplares, procurar que a sua soma seja inferior a 200;
- em caso de se conhecer o índice de apenas um deles, procurar que seja inferior a 100, e quanto mais inferior melhor;
- se houver desconhecimento do HD-ZW dos dois exemplares a cruzar, não haverá mais remédio que dar preferência a que sejam o mais isentos possível de displasia (A1 ou A2), como forma de reduzirmos ao máximo as possibilidades de que apareçam casos de HD na ninhada. Em minha opinião a utilização de exemplares A3 constitui à partida um risco acrescido, só devendo ser utilizada quando~as progénies desses exemplares nos derem garantias de que há poucos casos de HD.
Do mesmo modo se temos um semental A1 cuja progénie apresenta muitos casos de HD esse deve ser descartado.
Ao fim e ao cabo, dada a ausência de estatísticas no nosso país, trata-se de jogar com hipóteses.
Cumprimentos
José Carlos
PS - cabe referir aqui que Uran v. Wildsteiger Land foi o cão de topo mais reconhecido com transmissor de óptimas ancas, daí que a sua inclusão nos pedigrees de ninhadas a programar seja também de ter em linha de conta.