ADESTRAMENTO ONLININE
ADESTRAMENTO ONLININE
ABSOLUMENTE SEM CASTIGO
Instruções gerais:
1) Sempre que você desejar ensinar algo ao seu cão procure faze-lo entender o exercício completo, no mais curto prazo de tempo possível.
A maior dificuldade que um cão tem em aprender é o medo do desconhecido. Os cães gostam de sentar, mas quando você MANDA sentar, em princípio, ele entende que você está zangado e que vai ter que ficar sentado para o resto da vida. Desse modo, na apresentação do exercício senta, quanto mais rápido você permitir que ele se levante, tanto mais rápido ele desejará sentar novamente, porque assim que ele sentou ganhou um prémio. E o prémio pode ser qualquer coisa, desde que ele sinta o desejo de ganhar novamente.
2) Todos os seus movimentos devem que ser bem nítidos para o cão, até que ele consiga perceber o que você deseja. Depois, pode relaxar um pouco.
Imagine você explicar a um cão o que é esquerda, direita, em frente etc. A sua postura em relação ao cão é da maior importância para facilitar a compreensão de como ele deverá executar os exercícios.
3) Após CADA passo do exercício, é absolutamente necessário elogiá-lo SEM ECONOMIA. Faça com que ele perceba que você está feliz e que ele agradou em cheio!
Nós, humanos, estamos acostumados a valorizar o que está errado. Se o cão está certo, não faz mais que a obrigação. Se ele faz "coisa errada" nós começamos a perguntar como é que se corrige, ou seja, é o erro que merece a nossa preocupação.
Os cães, como todos os outro animais, não aprendem dessa forma. Eles não têm esse conceito de "coisa errada".
Para os animais, se a experiência for bem sucedida... repetem, caso contrário nunca mais repetem. Como todos os cães estão ávidos para agradar seus donos, se você ensinar só o que NÃO pode, ele aprenderá só o que não pode.
Para ensinar a um cão precisamos mudar esse conceito e começar a valorizar o que está certo e ignorar o que está errado.
4) Todos os exercícios começam e terminam na posição básica: o condutor em pé e o cão sentado ao lado da perna esquerda.
Para facilitar a nossa vida e a vida dos nossos cães, foi convencionado que a posição básica iniciará e finalizará todos os exercícios de adestramento. É assim que o cão é informado quando um exercício começa e, também, quando ele termina.
5) Os comandos devem ser emitidos de forma clara, para o cão não ficar em dúvida, mas sem a conotação de comando militar! Emita-o como se estivesse convidando seu cão para uma brincadeira divertida.
A audição canina é muito mais apurada que a nossa. Se o cão fingir que não escutou, entenda como uma dica para você saber que sua aula está muito chata e ele não está interessado. Os comandos devem ser emitidos de forma clara para não deixar dúvidas do que o cão terá que executar. Gritar com um cão é, no mínimo achar que ele é surdo.
6) Seu maior trabalho, durante o adestramento, será de conseguir a atenção do seu cão.
O interesse dos animais são muito diferentes dos nossos. Supondo que você consiga explicar a o seu cão que você e ele iriao apostar uma corrida e, quem chegasse primeiro, irá ganhar um Troféu de Ouro que estaria esperando na chegada. Ele jamais iria chegar na sua frente, achará mais divertido correr atrás de você.
Agora, se você lhe disser que quem chegar primeiro ganhará um suculento osso com uma bisteca, garanto que você jamais chegará primeiro.
Assim, para conseguir a atenção do seu cão, você pode usar um naco de fígado cozido, um pedacinho de salaminho, de salsicha, uma bolinha, um clicker, enfim, qualquer coisa desde que ele demonstre interesse. Na minha opinião, o que seu cão mais almeja é a sua atenção.
Ensinando a Andar Junto
Como já vimos, não se pode obrigar um cão, ou qualquer outro animal, a fazer o que ele não quer.
OBJETIVO:
Fazer com que o cão queira "Andar Junto".
Podemos escolher como prêmio ou pagamento pelo serviço de andar junto:
1) A isca
Como isca podemos usar qualquer coisa que o seu cão mais adora: pedacinhos de salaminho, mortadela, biscoito para cães etc. Eu, particularmente, gosto de usar a isca de fígado cozido e semi-desidratado.
2) O brinquedo
Escolhe-se sempre o objecto que o cão mais gosta: uma bolinha de ténis, de borracha, um bonequinho preferido ou até uma linguiça de pano (de uns 30 cm) dessas usadas para treinar ataque.
3) O Encanto pessoal
Aí, só podemos usar nós mesmos. Para usar o “encanto pessoal” temos que ser, para o cão, encantadores. Os cachorros (filhotes de cão) estabelecem uma relação através do “imprinting” e, como você deve saber, nossa voz tem um poder mágico de encantamento, exactamente, por não ser o meio que o cão utiliza para se comunicar.
Ele aprende rapidamente e com uma enorme facilidade, por ser, nossa voz, arauto do nosso estado de espírito. É através da voz que o cão sabe se estamos alegres, zangados, se vamos passear com ele ou sem, se ele vai ganhar um presente ou uma bronca etc.
Conversar com um cão é o meu prémio predilecto. Os outros, utilizo como recurso, quando não consigo a atenção do cão.
A Atenção do Cão
• Um aluno atento aprende, um desatento jamais;
• Todo o nosso trabalho inicial, durante e até o fim do adestramento, será o de conseguir a atenção do cão o tempo todo;
• Com a atenção do cão conseguiremos explicar-lhe tanto o que nós queremos quanto o que não queremos;
• Se ele andar junto, ganha nosso carinho e nossa atenção e um enorme elogio. Se não... nada!
• Cada vez que ele andar junto ganhará carinho e um papo gostoso. Se ele andar junto o tempo todo teremos que conversar com ele e fazer carinho o tempo todo;
• Aos poucos substituiremos o papo pela comunicação mental.
A importância do momento exacto para premiar
• O objectivo de uma premiação é conseguir que o cão consiga fazer a associação do que ele ganha com o seu ato.
• O momento de premiar o cão é crucial.
• O humano pode oferecer um presente no dia seguinte do aniversário e, ainda assim, dizer que esse presente refere-se àquela data.
• Para que um cão associe o prémio a seu ato é necessário que ele o receba imediatamente após concluída a acção que gostamos, preferencialmente, durante o momento final.
• Para que o cão entenda o que é "Andar Junto" é preciso ensinar, ao mesmo tempo, o comando “Senta”, transformando o conjunto “Andar Junto / Sentar” num só exercício.
Ensinando a Sentar
• Coloca-se a mão esquerda sob o queixo do cão e levanta-se-o gentilmente como se o fizesse olhar para cima, para nós e, ao mesmo tempo, conversamos com ele ou oferecemos um petisco.
• Para olhar para cima, a posição mais confortável para o cão é sentada e o cão senta-se quase que instintivamente. Assim que ele assumir a posição “sentado” deverá ser sobejamente premiado.
• Aos poucos diminuiremos essa ajuda, na medida em que formos percebendo que ele começa a sentar-se para receber o elogio ou o prémio.
• Bem rapidamente, e até por interesse, o cão verá essa relação como uma brincadeira e ficará olhando para você como se estivesse esperando o próximo passo.
• E a brincadeira é dar cinco ou seis passos e parar, olhando para o cão e esperando que ele se sente.
• Se você mentalizar: ..."como é, não vai sentar? ...o que você está esperando para sentar? ... senta vamos!"
• Ficará surpreso com a resposta.
Os cães têm uma percepção extra-sensorial tão intensa que fica um pouco difícil de acreditar e, aqueles que acreditam, não o revelam por não quererem se passar por loucos.
Entretanto, quando você está em casa e pensa em sair com seu cão, como que por encanto, ele chega antes no lugar onde você guarda a coleira.
Seu cão fará sempre exactamente o que você espera dele. Se você achar que ele não vai fazer... ele não o fará. Dessa forma nós induzimos, mentalmente, o cão ao erro por estarmos sempre pensando negativamente: ... "eu acho que ele não vai conseguir..."
Espantosamente, se começarmos a confiar mais em nosso cão ele corresponderá imediatamente.
Deitar-se sob Comando
A posição "deitado" é a mais confortável para o cão, mas, em compensação, é a posição na qual o cão se sente mais vulnerável. Dessa forma é, praticamente, impossível obrigar um cão a deitar-se sem utilizar a violência. Se o cão for forçado a deitar mediante violência, entretanto, ele ficará desconfiado para o resto do treinamento e você terá perdido seu cão para o adestramento.
Os cães conhecem muito bem a lei de Newton: "A toda acção corresponde... etc." Se você empurrá-lo para a frente ele forçará para trás... se empurrá-lo para trás ele forçará para a frente... se forçá-lo para baixo ele fará força para se levantar.
Precisamos ensinar o cão a deitar, convencendo-o que deitar é maravilhoso... que se ele deitar quando pedirmos receberá uma generosa compensação.
Temos diversas maneiras de ensinar o cão a deitar.
O mais importante, sendo o primeiro comando a ser aprendido, é fazer o cão associar a palavra "Deita!", "Platz!" ou "Down!" (tanto faz) à posição deitado.
1) colocar o cão na posição deitado - aí é que temos diversos métodos, dos quais, o que eu mais prefiro é deitar junto com ele. Dificilmente o cão, sendo nosso, vai recusar-se a deitar.
Quando temos que treinar um cão de outro dono, primeiro fazemos ele sentar (o que já aprendeu) e, depois, seguramos gentilmente as duas patas anteriores e, uma de cada vez, fazemos o cão andar para a frente até se esticar todo e ficar deitado.
Podemos, também, dar uns tapinhas no chão, convidando-o a deitar-se. Alguns cães conseguem deitar-se com, apenas, um ou dois toques na guia para baixo (toque de leve, jamais tranco).
Poderemos ainda utilizar a isca - oferecemos, mas não deixamos que ele a coma antes de deitar-se. Bem devagar vamos baixando a isca até ele deitar-se ocasião em que poderá come-la.
2) Premiar generosamente - assim que o cão se deitar, faça bastante festa e, o mais rapidamente possível, continue o treinamento com outro exercício (andar junto, por exemplo).
3) Introdução do comando "Deita!" - agora precisamos repetir os dois primeiros passos. A partir da primeira repetição, começaremos a introduzir o comando "Deita!", "Platz!" ou "Down!" (tanto faz). O mais importante será não variar. Depois de escolhermos a palavra de comando deveremos mante-la até o fim do treinamento.
4) No início poderemos dar "ajudas" ao cão para ele entender que queremos que ele deite ao ouvir o comando "Deita!" . Assim, apontar o chão para ele deitar, ajuda bastante. Devemos apontar o chão com a mão esquerda entre a nossa perna e a cabeça do cão. Podemos aumentar a ajuda com uma leve, bem leve pressão na guia para baixo.
5) Aos poucos começaremos a reduzir essa ajuda, apontando cada vez mais do alto até podermos dispensa-la.
6) O passo seguinte é aumentar o tempo de permanência do cão na posição deitado.
Fazemos isso brincando de levantar com o comando "Junto!"
Quando ele se levantar deveremos dar uma corridinha que funcionará como prémio por ele ter ficado quieto aqueles segundos.
7) Esse comando evolui bem rapidamente com o comando "Fica!"
Ensinando o Comando "Fica!"
1ª Fase - explicando o exercício:
1) Comece na posição básica.
2) Emita o comando "Deita!" (o cão já deve conhecer o comando "Deita!")
3) Emita o comando "Fica!" com a mão espalmada à frente do focinho do cão e dê um passo pequeno e lento à frente.
4) Volte em seguida. O cão precisa ter certeza que você vai voltar.
2ª Fase - ensinando a ficar: ( O comando ele irá aprender por repetição. Não force.)
5) Repita os passos de 1 a 4 demorando 3 segundos para voltar.
6) Repita os passos de 1 a 4 demorando 5 segundos para voltar.
7) Emita o comando "Fica!" e dê, lentamente, três passos à frente, parando de costas para o cão por 2 segundos, virando-se em seguida de frente para ele e voltando em seguida para o cão.
8 ) Repita o passo 7. e, ao voltar para o cão, passe por trás dele, até chegar junto para assumir a posição básica.
9) Repita o passo 7. e, ao voltar para o cão após 5 segundos, passe por trás dele até chegar junto para assumir a posição básica.
3ª Fase - fixando o exercício:
10) Aos poucos você irá aumentar a distância do cão em passos de 3 para 5, 8, 12, 24... e mantendo o tempo curto para voltar.
11) Agora está na hora de aumentar o tempo para voltar até 15 minutos, reduzindo, novamente, a distância para 5 passos.
12) O próximo passo é aumentar tempo e distância ao mesmo tempo partindo dos 5 passos e um minuto.
4ª Fase - aprimorando o exercício:
Agora é o momento de fazer o cão esperar até você voltar, desaparecendo do alcance de sua visão.
Consiga um biombo, um anteparo, onde você possa esconder-se.
13) Vamos voltar mais uma vez à distância de 5 passos e o tempo de um minuto. Repita o passo 9, escondendo-se atrás do biombo.
14) O próximo passo é aumentar tempo e distância.
15) O cão será considerado treinado quando ele puder se controlar, sem sair do seu lugar e vê-lo sair, afastar-se e sumir por uma hora.
Atender ao Comando de Chamada
O pré-requisito é o comando para deitar e o de ficar. Para aprender a atender o comando de chamada ele precisa já saber o comando anterior: deitar e ficar.
Neste exercício, vamos introduzir um equipamento novo do adestramento: a guia de 10 m.
• Depois de comandarmos o "deita/fica", caminharemos para a frente deixando a guia esticada no rastro permanecendo de costas por um segundo e, voltando de frente para ele, chamaremos pelo seu nome, caso ele não venha imediatamente daremos um leve toque na guia.
• Para chamar usamos o próprio nome do cão, sem um comando especial. É muito mais fácil, tanto para o cão quanto para nós, utilizarmos o nome dele, para chamar. Normalmente o cão, que já deverá estar ansioso para vir junto, entenderá imediatamente.
• No momento em que percebermos que ele começa a vir, daremos alguns passos rápidos para trás com a finalidade de fazê-lo vir mais rápido, agacharemos, e abriremos os braços para recebe-lo com muita festa.
Nesse momento importante do treinamento o cão aprendeu o primeiro comando que ele estava ansioso para aprender.
O exercício que é o mais fácil de todos para aprender, é também, o mais fácil de desaprender.
Se você chamá-lo por algo que acha que fez de errado, sem se dar conta, aplicar um estímulo negativo, como uma zanga, por exemplo, terá perdido, no mínimo uma semana de trabalho para faze-lo associar novamente seu nome a alguma coisa de prazer e satisfação.
Mesmo sendo um exercício fácil, devemos seguir o critério de fazer sempre pequenas alterações de cada vez para dar ao cão maior segurança.
Em determinado momento do aprendizado deste exercício alguns cães tentam ensaiar uma brincadeira e resolvem correr para outro lado em vez de chegar perto. Como ele está atrelado na guia de 10 metros não teremos dificuldade em traze-lo para junto.
IMPORTANTE - se isso acontecer, jamais deveremos zangar com ele. Lembre-se que a brincadeira de cães é um zangar com o outro. Se ele interpretar como uma brincadeira você terá muito trabalho para convencê-lo a não fazer mais isso.
Depois que o cão compreendeu o exercício, vamos repeti-lo com uma pequena alteração:
• desatrelar a guia da coleira, sem que ele perceba, e proceder com a mesma coreografia: deixaremos a guia para trás no nosso rastro, procurando realiza-lo da mesma maneira como se estivesse com a guia atrelada. Além de repetir todos os gestos, deveremos ter o cuidado de faze-lo no mesmo lugar.
• Quando chamarmos o cão, pelo nome, faremos o mesmo gesto, dando um leve puxão na guia. Surpreendentemente, ele virá sozinho.
Agora, é só repetirmos algumas vezes, sempre alternando o exercício com a guia e sem a guia. Desta vez, quando ele chegar, interromperemos o entusiasmo pela sua chegada, exigindo que ele pare sentado à nossa frente antes de receber o carinho. Assim que ele sentar voltamos a fazer festa com mais entusiasmo ainda.
A finalização do exercício é sentar-se à nossa frente assim que fizer a aproximação, para depois assumir a posição básica.
A posição básica ele poderá assumir de duas maneiras. Fazendo a volta por trás pela direita ou simplesmente rodopiando em torno do seu corpo pela esquerda.
Podemos ajudá-lo a entender que deve sentar-se à nossa frente, colocando a mão, com a palma voltada para cima, por baixo do queixo e fazendo uma leve pressão para cima, mas aumentando a força na medida que o cão não compreender que deve sentar-se. Poderemos, ainda, ajudar com um comando.
• Nesse momento é conveniente utilizar, como estímulo reforçador, uma isca de fígado, que será oferecida ao cão, assim que ele sentar.
Para ensinar a assumir a posição básica, poderemos dar um passo à frente, ajudando-o com a mão a posicionar-se. Ao mesmo tempo devemos dar um comando "Junto!"
Alguns cães, quando descobrem que estão soltos, ao serem chamados, resolvem passar directo e brincar um pouco. Não devemos nem podemos zangar. A única atitude sensata é ignorar e ficar parado até que ele resolva aproximar-se.
ATENÇÃO - no momento em que ele se aproximar devemos fazer a maior festa. Jamais zangar com ele.
Nunca devemos correr atrás de um cachorro fujão! Ele sempre será mais rápido que nós. Se ele foge, é porque esta com medo. Correr atrás dele será dar-lhe a certeza de que queremos pegá-lo.
Ensinando seu Cão a Buscar Objectos
Para se ensinar ao cão a pegar um objecto, começa-se sempre com algo que ele goste. Uma bolinha, um pedaço de pau, um pedaço de corda enrolada, um frisbee, qualquer coisa. E, depois transformamos a brincadeira em jogo sério.
Se o cão já é adulto ou se, simplesmente, ele não pega nada por já ter sido traumatizado, temos que tentar outro método.
Todas as vezes que se quer ensinar algo novo a um cão, temos que mostrar, o quanto antes, o final do exercício.
Quando você coloca algo na boca do seu cão ele logo irá pensar que terá que engolir aquilo, exactamente como você faz com os remédios.
Para que ele não se sinta desconfortável, tão logo você introduza o objecto em sua boca retire-o, acompanhado de um comando.
Usaremos o comando "Busca!" para o cão pegar o objecto e "Aus!" para o cão largar o objecto.
• Então, ao colocarmos o objecto na boca do cão daremos o comando "Busca!" e, em seguida "Aus!" para ele soltar o objecto nas suas mãos. Jogue o objecto no chão para mostrar-lhe que acabou o exercício e dê uma corridinha com ele para brincar, elogiando-o muito. Depois, repita a mesma coisa por umas três vezes e, aí, poderá começar a aumentar o tempo que ele deverá segurar o objecto, sempre mais um segundo cada aumento.
• Quando ele estiver segurando o objecto por um minuto aproximadamente, comece a ensiná-lo a andar com o objecto na boca. Na primeira vez ele irá tentar cuspir o objecto. Insista até que ele dê um passo e mande-o soltar o objecto. Faça bastante festa, dê uma corridinha e poderá voltar ao exercício novamente.
• Depois, dois passos, três, quatro, até ele sair andando com o objecto na boca. Daí para a frente é muito fácil.
A próxima etapa será fazê-lo pegar o objecto no chão.
Essa etapa só poderá ser iniciada quando o cão já estiver pegando o objecto sem problemas ao ouvir o comando "Busca!".
• Para iniciar essa etapa temos que fazê-lo pegar o objecto vindo de baixo e não mais colocá-lo em sua boca.
• Vamos abaixar cerca de um centímetro de cada vez até que ele pegue o objecto encostado no chão.
A próxima etapa será fazê-lo dar um passo para pegar o objecto no chão.
Depois dois passos até ele sair correndo para buscar o objecto e trazê-lo em suas mãos.
Dá trabalho, mas é muito fácil
Como ensinar meu cão a encontrar objectos pelo faro?
Dos treinamentos é o mais fácil.
Você deve fazer um programa de trabalho:
Os cães, assim que nascem, encontram as tetas da mãe em menos de um minuto, ainda com os olhos e os ouvidos fechados. O olfacto é o primeiro dos sentidos que se desenvolve e é o mais aguçado.
Querer ensinar um cão a farejar é uma pretensão igual a querer ensinar um pássaro a voar. O faro faz parte dos atributos naturais dos caninos.
O que você deve ensinar é encontrar o que você deseja.
Para percorrer uma trilha ele precisa querer...
Vamos lá:
O objectivo do treinamento do faro é fazer com que o cão associe o rastro deixado por uma pessoa àquilo que ele mais gosta.
Tipo: no fim, se ele achar ganha um prémio.
1) Descubra o petisco que o cão mais gosta: salaminho, salsicha, fígado cozido, biskrok etc.
2) Faça, na grama virgem (ainda não pisada), uma trilha com pequenos pedacinhos desse petisco (de 10 em 10 cm) de maneira que ao comer um ele já veja o outro e ao mesmo tempo associe com o cheiro da grama pisada. (Você já deve ter sentido o cheiro de grama recém-cortada, pois bem, o cão, que tem o olfacto mais apurado que o nosso, consegue sentir o cheiro de grama pisada).
3) Essa trilha deve ser feita de manhã cedo, antes dos cães terem se alimentado e pode, no início, ser de um metro recto, com uma esquina e, depois, mais um metro. Ele vai fazer a trilha na primeira tentativa.
4) Na sequência, você deve ir aumentando a distância dos petiscos, bem lentamente: de 10 para 15 cm, depois 20, 30, 50, 80, 120 e só passar para outra mudança quando o cão já estiver fazendo bem a anterior. Vai chegar a um ponto no qual o cão não consegue mais ver o próximo petisco e terá que acha-lo pelo faro. Essa sequência deverá ser estendida até o cão conseguir fazer uma trilha de 100 metros, cada recta, encontrando apenas um só petisco em cada uma.
5) A próxima etapa é esconder a isca numa bolsinha que o cão não consiga abrir.
Ele terá que achar a bolsinha, avisar e esperar até que você chegue para abrir a bolsinha e oferecer o petisco.
6) A etapa seguinte é encontrar a bolsinha vazia e receber o petisco por você depois de ter indicado a bolsinha.
Pronto, você ensinou ele a achar a bolsinha. Depois é só continuar o treinamento até que ele encontre qualquer coisa que você queira.