Arca de Noé

Olá,

Tenho algumas dúvidas relativamente a este tema e gostaria que me esclarecessem por favor.

Tenho lido em alguns locais que existem 5 graus de displasia A, B, C, D, E e noutros sitios encontro referencias a cães, PA, normalmente com designações do genero, 'a' fast normal, 'a' normal, o que me deixa baralhado. Existe correspondencia entre estas designações?
Quando fazemos um exame de dispiste da doença como virá o relatório ou certificado?

Por aquilo que tenho lido e ouvido, é frequente pedir segundas e por vezes terceiras opiniões relativamente a este assunto... e que por vezes as classificações são diferentes. A que se deve isto?
Quando se pedem estas diferentes opiniões, normalmente recorre-se ao RX inicial ou são tirados novos RX?

Desculpem a carrada de perguntas, mas tenho mesmo muitas duvidas.

Obrigado,
Um abraço,

Carlos

Classificações dos Rx:

OFA/WUSV:

A = A normal
B = A fast normal
C = A noch zugelassen (ainda permitido para criação)
D = B
E = C

São nomenclaturas diferentes para uma mesma situação. Se a radiografia for tramitada no âmbito de um clube de raça filiado na WUSV, os rx são enviados para a Alemanha e classificados pela equipa do dr. Brass e é adoptada a terminologia da WUSV. Há alguns clubes (Itália, por exemplo) que fazem essa tramitação a nível nacional, podendo ver nas referências de um cão, por exemplo: a fast normal (ITA). Em Portugal o clube ainda não rersolveu esse problema, penso que o tentará resolver por ocasião da sieger alemã.

Quanto à repetição de rx normalmente só acontece quando o primeiro aponta para níveis B e C (WUSV), para os quais está proibida a reprodução. Nesses casos há quem arrisque um segundo rx, na esperança de o primeiro ter sido efectuado, por exemplo, com um deficiente posicionamento do animal.

Evidente que se houver um rx que indique displasia e outro que não indique, o proprietário do cão envia sempre o segundo...

Pode haver também um rx que seja certificado pelo clube como displásico, e nestes casos creio que o proprietário pode requerer oficialmente um segundo rx, mas desconheço exactamente a parte burocrática desse recurso.

Cumprimentos

José Carlos

Olá

José Carlos, muito obrigado pela sua resposta.

Tenho outra questão, se fizermos um rx num qualquer veterinário habilitado para tal ele dar-nos-a uma qualquer classificação, ou não? Essa classificação será a mais correcta ou baseado num mesmo rx poderão duas pessoas a classificar de forma diferente?

Um abraço,
Carlos

Qualquer vet habilitado a fazer os rx de despiste da displasia lhe pode dizer se o cão é ou não displásico e qual o grau de displasia que ele nesse caso apresenta,mas apenas como informação particular.

Para validação e averbamento no pedigree apenas por intermédio do clube que ainda não tem esse problema resolvido, penso que o terá brevemente.

A partir dos 24 meses de idade do cão, pode fazer o rx e enviá-lo para a OFA, que lhe farão a classificação dando-lhe um documento comprovativo. Esta é, de momento, a solução que o clube da raça apresentou aos sócios na última AG.

Cumprimentos

José Carlos

Boas, hoje parece ser um bom dia para todos menos para mim!

Fui ao vet com a minha labradora de 14 meses, fazer um despiste da displasia!

Lá ficou em gejum levou um sedativo e tiraram dois Rx, qunado entrei na sala vi logo o resultado esposto no ecran! nem foi preciso dizer nada vi logo que já era elevado!

Foi-me explicado que ela já vinha assim desde pequena devido ao elevado estado que já se encontra a "anca", excluindo a hipotese de ter evoluido ou ter aparecido com o seu crescimento!

Lá mostraram imagens de cães sem displasia e compararam com a minha cadela!

A minha duvida é esta:
Tendo pago pela minha cadela, tendo o registo provisório do CCP, tenho direito a fazer o que para resoolver a situação?


ps:é obvio que irei informar o clube que a cadela tem displasia para eles não aceitarem mais ninhadas dos pais dela!

T_N_D Escreveu: A minha duvida é esta:
Tendo pago pela minha cadela, tendo o registo provisório do CCP, tenho direito a fazer o que para resoolver a situação?

Basicamente, tem direito a fazer aquilo que tiver acordado com o criador, para o caso de manifestação de doenças genéticas.

T_N_D Escreveu: ps:é obvio que irei informar o clube que a cadela tem displasia para eles não aceitarem mais ninhadas dos pais dela!

Boa sorte...

antes de comprar a cadela pediu para ver o certificado que assegurava que ambos os progenitores eram isentos de displasia da anca?

o que pode fazer agora será aquilo que tiver acordado com o criador. mas segundo sei (e corrijam-me se estiver errada) os animais são tratados como se fosse mercadoria, ou seja, se o cão está "estragado" vai ao criador e troca.

obvaimente que não é uma situação nada agradável, uma vez que já ganhou amizade pela cadela e ela por si...

é obvio que irei informar o clube que a cadela tem displasia para eles não aceitarem mais ninhadas dos pais dela!

Por muito que um progenitor seja isento de displasia, infelizmente nunca há garantias que não possa gerar um cão displásico. De modo que pode fazer queixa ao clube, mas este terá sempre de aceitar ninhadas dos mesmos pais, se estes estiverem classificados com o a1, a2 ou a3...

Mais eficaz seria entrar em contacto com o criador, expôr-lhe o problema e tentar resolver o assunto a bem - ou pela devolução do dinheiro que pagou pelo cachorro ou dando-lhe ele outro cachorro.

Este éum problema que convém esclarecer com o criador antes de efectuar a compra.

Cumprimentos

José Carlos