
Doce Pólo. No sábado passado estive com ele.
Entrou na UZ sem pêlo. Lembro-me de certo fim de tarde, quando o pêlo já lhe começava a crescer e já conseguia levantar-se, o Pólo ter sido acometido de uma hemorragia nasal. De como fui para casa com o coração apertado e a roupa de trabalho manchada do sangue dele na mochila.
Lembro-me de pensar que não ia vê-lo mais. Mas não foi assim. O Pólo resistiu. Ganhou pêlo e alegria. Só não engordava. Continuava magro. Mas alegre, brincalhão, sempre com as patas dianteiras na nossa cintura. Querido Pólo.
Neste momento difícil para todos os que conheceram, gostaram dele e contribuíram emocional e financeiramente para o tratamento e recuperação do Pólo, que não lhe fecharam a porta quando ele parecia mais morto do que vivo e diariamente continuaram a tratar dele com compaixão e afecto, parece-me de grande utilidade evitar especulações acerca da causa da morte do Pólo.