Paciência, este não é o forum indicado para esse tipo de indignação.
Na minha opinião escusa de se queixar.
Aceito que lhe custe muito, mas a mim custa-me muito mais outras coisas, por exemplo a quantidade de animais abandonados
maldade de palavras
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- Registado: sábado jan 03, 2009 11:12 am
- Localização: Chamarrita, Kyikoo & outros nobres felinos, cadelas e o ouriço Eugénio.
quevergonha Escreveu:E se eu quisesse filhotes da minha gatinha?? Alguém tem alguma coisa haver com isso?
Sim. A começar pela pessoa que a entrega, a primeira responsável, que dá a gata mediante determinadas condições a serem cumpridas por ambas as partes.
Depois, há a responsabilidade social: os animais que vivem com as pessoas são da responsabilidade de todos nós. Pelo menos as pessoas que compreendem e tentam reduzir a natalidade, tendo em conta a absurda quantidade de animais errantes e em sofrimento, têm uma palavrinha a dizer....

Ainda o ano passado eu tinha uma opinião parecida com a sua... foi-me oferecida uma gatinha amarela, de uma gata de casa. Bem tratada, vivia com os donos, os cães e algumas filhas de ninhadas anteriores, NÃO esterilizadas. Claro que a lei lhe confere o direito de deixar a gata criar, e ele deixava; para garantir que os gatinhos seriam dados facilmente, "roubava" por uns dias o gato amarelo do vizinho e, com a sua gata amarela, faziam amarelinhos. Se, porventura, a gata se escapulia ou havia uns genes desobedientes e surgiam gatinhos de outra cor e não havia donos para eles, ou pedia a não sei quem para os matar logo que nasciam ou ficava com eles.
Independentemente de se tratar de uma boa ou má pessoa, a verdade é que a gata gerou muitos gatinhos amarelos, meigos, saudáveis, lindos, que, por sua vez, também se foram reproduzindo. A minha foi a última ninhada da gata mãe, que ele ia esterilizar... mas ficou com 3 filhas, condenadas a parir duas vezes por ano e a continuar a trazer amarelinhos ao mundo. A minha foi esterilizada aos 8 meses, antes de ter o primeiro cio; sempre defendi que cada um faz o que a consciência lhe manda, mas... por vezes é preciso saber um pouco mais para que a consciência seja sábia a mandar. É certo que na zona em que vivo os gatos ainda não são uma "praga". Ainda... é uma questão de tempo até aparecerem colónias de gatinhos que ninguém quer, gatinhos que fogem de casa, gatinhos INTEIROS, que passam os dias em merecida liberdade... e nalgumas épocas do ano, cada vez mais frequentemente, a reproduzirem-se. Lutas de machos, ferimentos graves, doenças como o FIV a alastrar, ninhadas grandes, para compensar as altas taxas de mortalidade, de criaturas fracas, doentes, que sobrevivem apenas alguns meses. Gatinhas famélicas e imensas de prenhez aos 4 meses de idade. A natureza arranja maneira de a vida continuar, se os indivíduos "morrem muito", então faz com que nasçam muitos mais.
Mas adiante... quando contei a história da Joaninha, noutro fórum, fui crucificada, empalada e morta umas 10 vezes. Defendi-me, pois nunca me passou pela cabeça não as esterilizar e achava que não tinha nada que me meter na vida da pessoa que ma entregou.
Mas tinha. E, alguns meses mais tarde, ainda antes de a minha Joaninha ser esterilizada, fui informada de que as mais irmãs iriam ser

até consigo colocar-me no lugar da potencial adoptante, mesmo não compreendendo o desejo que muitos humanos têm de gerar uma vida e deixar descendência, mas aceito; no entanto, muito mais facilmente me coloco no lugar de quem estava a dar para adopção. Com muita gente, falar de esterilização é apenas perda de tempo. Eu não entregaria uma gatinha a quem não estivesse devidamente informado ou sem vontade de se informar, e ainda menos a quem projecta de modo tão intenso as suas limitações e desejos noutro ser, seja gente ou seja gato. Mostra desequilíbrio, carência não mitigável. A gata não tem de carregar com o peso das aspirações e frustrações pessoais. Por muito que a gata parisse, a Susana nunca seria mãe. E, para além do mais, o que não falta são gatinhos siameses para dar e tantas vezes para despachar sem fazer perguntas. Daí a seis meses, andam a apanhar-se ninhadas da gatinha amorosa que cresceu, emprenhou e foi posta fora de casa, como quem expulsa a filha adolescente prenha que envergonha a família. Nem sempre fui assim, mas também não sabia que estava errada. Ou melhor, mal educada.
E casos como o seu ainda não são frequentes, não.


Acredito na Paciência, na Persistência, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!
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quevergonha Escreveu:E se eu quisesse filhotes da minha gatinha?? Alguém tem alguma coisa haver com isso?
Sim. A começar pela pessoa que a entrega, a primeira responsável, que dá a gata mediante determinadas condições a serem cumpridas por ambas as partes.
Depois, há a responsabilidade social: os animais que vivem com as pessoas são da responsabilidade de todos nós. Pelo menos as pessoas que compreendem e tentam reduzir a natalidade, tendo em conta a absurda quantidade de animais errantes e em sofrimento, têm uma palavrinha a dizer....

Ainda o ano passado eu tinha uma opinião parecida com a sua... foi-me oferecida uma gatinha amarela, de uma gata de casa. Bem tratada, vivia com os donos, os cães e algumas filhas de ninhadas anteriores, NÃO esterilizadas. Claro que a lei lhe confere o direito de deixar a gata criar, e ele deixava; para garantir que os gatinhos seriam dados facilmente, "roubava" por uns dias o gato amarelo do vizinho e, com a sua gata amarela, faziam amarelinhos. Se, porventura, a gata se escapulia ou havia uns genes desobedientes e surgiam gatinhos de outra cor e não havia donos para eles, ou pedia a não sei quem para os matar logo que nasciam ou ficava com eles.
Independentemente de se tratar de uma boa ou má pessoa, a verdade é que a gata gerou muitos gatinhos amarelos, meigos, saudáveis, lindos, que, por sua vez, também se foram reproduzindo. A minha foi a última ninhada da gata mãe, que ele ia esterilizar... mas ficou com 3 filhas, condenadas a parir duas vezes por ano e a continuar a trazer amarelinhos ao mundo. A minha foi esterilizada aos 8 meses, antes de ter o primeiro cio; sempre defendi que cada um faz o que a consciência lhe manda, mas... por vezes é preciso saber um pouco mais para que a consciência seja sábia a mandar. É certo que na zona em que vivo os gatos ainda não são uma "praga". Ainda... é uma questão de tempo até aparecerem colónias de gatinhos que ninguém quer, gatinhos que fogem de casa, gatinhos INTEIROS, que passam os dias em merecida liberdade... e nalgumas épocas do ano, cada vez mais frequentemente, a reproduzirem-se. Lutas de machos, ferimentos graves, doenças como o FIV a alastrar, ninhadas grandes, para compensar as altas taxas de mortalidade, de criaturas fracas, doentes, que sobrevivem apenas alguns meses. Gatinhas famélicas e imensas de prenhez aos 4 meses de idade. A natureza arranja maneira de a vida continuar, se os indivíduos "morrem muito", então faz com que nasçam muitos mais.
Mas adiante... quando contei a história da Joaninha, noutro fórum, fui crucificada, empalada e morta umas 10 vezes. Defendi-me, pois nunca me passou pela cabeça não as esterilizar e achava que não tinha nada que me meter na vida da pessoa que ma entregou.
Mas tinha. E, alguns meses mais tarde, ainda antes de a minha Joaninha ser esterilizada, fui informada de que as mais irmãs iriam ser

até consigo colocar-me no lugar da potencial adoptante, mesmo não compreendendo o desejo que muitos humanos têm de gerar uma vida e deixar descendência, mas aceito; no entanto, muito mais facilmente me coloco no lugar de quem estava a dar para adopção. Com muita gente, falar de esterilização é apenas perda de tempo. Eu não entregaria uma gatinha a quem não estivesse devidamente informado ou sem vontade de se informar, e ainda menos a quem projecta de modo tão intenso as suas limitações e desejos noutro ser, seja gente ou seja gato. Mostra desequilíbrio, carência não mitigável. A gata não tem de carregar com o peso das aspirações e frustrações pessoais. Por muito que a gata parisse, a Susana nunca seria mãe. E, para além do mais, o que não falta são gatinhos siameses para dar e tantas vezes para despachar sem fazer perguntas. Daí a seis meses, andam a apanhar-se ninhadas da gatinha amorosa que cresceu, emprenhou e foi posta fora de casa, como quem expulsa a filha adolescente prenha que envergonha a família. Nem sempre fui assim, mas também não sabia que estava errada. Ou melhor, mal educada.
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- Localização: Os da casa e todos os que vão aparecendo no meu caminho...
Vejam isto e acabem com esta treta toda !!
http://go2.wordpress.com/?id=725X1342&s ... atidos.JPG
"Os nossos esforços/sacrifícios são ínfimos quando comparados ao sofrimento destes animais".
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Abandonar um animal é um acto cruel e degradante!
Paula
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