Lamento que a Nina não tivesse sobrevivido. Resta o consolo de saber que fez tudo o que pude por ela e que esteve com ela até ao fim.
E depois, para além de todos os problemas acima indicados, que se relacionam com a saúde e sobrevivência dum novo cachorro, acho que é também é importante que todos, na vossa casa, irmão mais novo incluído (ou, mais exactamente, acima de tudo pelos mais novos que habitem ai em casa) que haja um período de luto pela Nina, sendo aqui o luto como um período em que se chora os mortos e que em nos apercebemos que temos de continuar sem eles. É deveras importante para o crescimento das crianças que percebam o que é a morte e que aprendam a lidar com ela e com a ausência permanente dos animais/entes queridos. Se não fizerem este período de luto (e mais uma vez, pelas crianças da casa), a imagem que vai passar é que quem morre pode ser logo substituído. E todos sabemos que não é bem assim.
Por isso o meu conselho é que chorem a Nina, habituem-se a viver sem ela e percebam que se vão lembrar sempre dela. Expliquem aos mais novos que a morte faz parte da vida, que os animais vivem sempre menos tempo que nós, que não se substituem os falecidos, que eles vivem sempre no nosso coração, que é importante é amarmos e tratarmos bem as pessoas e os animais enquanto estão vivos e fazermos o melhor para eles.
E daqui a uns meses, quando estiverem mais calmos, quando a lembrança dela vos fizer sorrir em vez de fazer chorar, então sim, está na altura de terem novo cachorro. Terá então também passado o período de quarentena já aqui aconselhado para se evitar novo contágio e provavelmente estará também esclarecido se houve ou não envenenamento.
Desculpem a minha frieza e de agregar pessoas e animais na mesma teoria, mas é o que eu penso.