MeninaPikena Escreveu:Que tal correu o dia do lobinho, hoje?

Normal, isto é, deu o seu passeio matinal supervisionado. Como não tinha muito tempo preferi fechar o serra da estrela para o lobo circular à vontade e depois regressou aos aposentos. Lá estivemos numa de convívio, eu sentada no sofá e ele deitadinho no colchão ao meu lado, numa de brincadeira. De cada vez que pegava na escova para o escovar, ele fazia-se de desentendido e tentava disfarçar. Levantava-se e dirigia-se à taça da comida como que a dizer que era aquilo que lhe interessava.
Já percebi que quando tem comida na taça a preocupação dele é tomar conta dela e como tal é perigoso aproximar-me dele. Por isso, se quero contacto físico, tem que ser antes da paparoca.
Cheguei tarde, já noite escura e fui logo verificar se se tinha soltado. Mas não. Quando ouviu a minha voz saiu logo do interior e veio a correr choramingar. Claro, não tinha comida!
Dado o adiantado da hora não o soltei, mas ele também não se importou. Com a taça cheia tinha que fazer vigília.
E para já foi este o único problema que lhe encontrei e que, com tempo e pacência tenho que trabalhar, embora ponha reticências no êxito de tal empreitada. Esta é uma tendência natural dos cães e quando está muito exacerbada dificilmente se altera. O melhor a fazer é respeitar a vontade do animal, embora se tenha que modificar a intolerância dele em relação a qualquer ser vivo quando próximo de comida. Quero ver se o levo a respeitar os outros cães desde que cada qual tenha a sua taça e não se aproxime da dele. Faz-me confusão que ele partilhasse o chalet com outros cães sem lhes rosnar....

Ou será que já era assim?

Só os animais conseguem conhecer o que o próprio Homem não consegue: o ser humano.