Imagino, Dianne, como se sente. O ano passado, mais ou menos por esta altura (8 de Dezembro, mais propriamente), encontrei uma mamã (graaande) com um cachorro (enoooorme, tinha 6 semanas e já pesava quase 8 quilos

), e ainda olhei em volta, a ver se podia "sacudir a água do capote" para cima de alguém... Depois de uma tentativa frustrada de pôr mãe e filho no canil das minhas cadelas (na altura "apenas" 3), acabei por os alojar no sótão (o apartamento estava cheio de gatos, um deles muito doente, n podia ser stressado). Como a mãe era bastante jovem e não tinha muito com que se entreter, pode imaginar o que sucedeu... obrigaram-me a desapegar-me materialmente e a dar graças por não ter tantos caixotes para carregar na nova mudança
Consegui dono para o bebezão porque tive muita sorte, foi apresentado pela APAMG a um senhor que tem uma quinta, que adora cães e, perante aquele olhar doce, não conseguiu dizer que não

Quando encontrei dono para a mãe... percebi que já fazia parte da minha vida, e fiquei com ela. Se, em vez de uma mãe com um cachorro, tivesse encontrado 8, acho que me dava o badagaio... possivelmente faria o mesmo, ou seja, não aparecendo ninguém, acolhia-os, não teria desistido de os colocar no canil das cadelas porque não teria mesmo outra hipótese, o meu senhorio já não achou graça a um, quanto mais meia dúzia. Deve ser horrível encontrar tantos e não ter ajuda, e não poder deixar de os proteger de alguma forma. Se fossem gatinhos, como acreditei que eram sei lá porquê, seria bem mais fácil, cabiam numa jaulinha, depois de desmamados seriam socializados, mas a parte de os ensinar com os xixis e cocós é muitíssimo mais cómoda do que com cachorros... enfim, com gatos, acho que tudo é muito mais fácil. Cães, só mesmo adultos - a disponibilidade e paciência que requerem é outra, além de que uma coisa é ficarem comigo, outra é educá-los para poderem viver com outras pessoas... é uma responsabilidade que não consigo assumir. A não ser que me calhassem na rifa, como a si.

Acredito na Paciência, na Persistência, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!