Bom dia,
Vou contar a minha história para alertar a todos...
No dia 21 de Novembro viagei de Lisboa para Oslo. Como iria viajar com meus três gatos ( dois no porão e um na cabine ), procedi com antecedência ao contato com a Ana aeroportos, com uma questão que tinha, sobre se os gatos deveriam ser retirados das transportadoras para serem as mesmas colocadas no raio-x, devido a meus gatos serem um pouco agressivos, e principalmente porque o que viajou em cabine não poder ser sedado em virtude de ser asmático.
A ANA Aeroportos respondeu-me para contactar a companhia aérea ou o INAC. Para estar com certeza na resposta entrei em contato com os dois, os quais me garantiram, por escrito que eles não sairiam das transportadoras em momento nenhum ( TAP ), e que deveria pedir aos vigilantes que esse procedimento fosse efetuado de outra maneira ( INAC ) de modo a não perturbar os gatos.
Com todas essas informações em meu poder, procedi ao check-in, e fui entregar os que viajaram em porão.
Chegando lá fui atendida por um senhor extremamente grosseiro da Prosegur, que disse que deveria tirá-los das transportadoras, ele as passaria pelo raio-x e eu teria de ir com o gato pelo corredor que havia ao lado ( aberto ao aeroporto ) para colocá-lo novamente na caixa. Argumentei que era muito perigoso isso ser feito, mas ele disse que todos fazem isso, por isso eu também teria de fazer. Peguei o primeiro gato pelo "cachaço" e o enrolei em dois cobertores que havia levado para eles. A transportadora demorou cerca de 10 minutos para ser entregue. Coloquei o gato lá dentro e fui buscar ao outro. Realizei exatamente o mesmo procedimento, e fui esperar a transportadora ser entregue. Este gato tem cerca de 6 kilos, e é extremamente assustado, e depois de já estar há mais de 10 minutos a espera, levou que de tanto ele se sacudir para que eu o soltasse ele arranhou-me nos dois braços e mordeu a minha mão direita, o que logo após conseguiu fugir para debaixo da máquina de raio-x existente no interior do aeroporto, ao lado da qual eu deveria esperar pela transportadora. Haviam dois vigilantes da Prosegur homens e uma mulher, aos quais pedi que me ajudasse a capturá-lo. Disseram que não podiam fazer nada. Um dos senhores, o de raça negra, teve a gentileza de dizer que fecharia a passagem do gato para o interior a seguir a este raio-x. Os outros dois fingiram que não havia problema nenhum ali. Já estava desesperada e fui até onde entreguei as transportadoras pedir a meu noivo que me fosse ajudar, já que nem uma vassoura para tirá-lo de lá os referidos vigilantes foram capazes de arrumar. Conseguimos tirar o gato de lá e i colocamos na transportadora. Fomos para o embarque visto já estarmos em cima da hora. Chegando na vistoria disse que tinha um gato, referi os e-mails, mostrei as mãos ainda a pingar sangue, pedi ainda que indicassem-me um local fechado, onde pudesse retirá-lo, poderiam levar a transportadora para o raio-x e poderiam revistá-lo também se quisessem,mesmo assim o vigilante da Prosegur que lá estava cruzou os braços a minha frente e disse a seguinte frase: " Nós não temos nenhum local assim, ou retira o gato da transportadora ou não passa daqui, você é quem decide". Além de estar sendo sem educação e grosseiro. Meu noivo revoltou-se com a situação e tentava convencê-lo de alguma maneira a encontrar um local seguro para isso ser feito. Visto o tumulto aproximou-se de mim um senhor, que pareceu-me ser chefe de equipe e uma vigilante, que foram extremamente educados comigo, este senhor disse para eu não me preocupar que tudo se iria resolver, e que tudo ia ficar bem. Entreguei a transportadora a senhora da Prosegur, que é foi muito amável, passei pelo detector, e a senhora acompanhou-me para uma sala localizada logo a seguir, do lado esquerdo. Fechou a porta, retirei o gato, entreguei a transportadora e ela passou-a pelo raio-x e veio entregá-la novamente.
Chegando ao avião fui atendida pelas comissárias de bordo que forneceram-me produtos para proceder a limpeza e curativos em meus braços e mãos.
Dia 22 de Novembro de 2012, um dia após a chegada, estava com a mão direita muito inchada
E com muitas dores.desloquei-me ao Hospital Universitário de Harstad, e após ser atendida fui informada de que seria operada de urgência, devido a mordida do gato, para ser drenaro o pus. Uma hora depois foi feita a cirurgia. Passei a noite no Hospital. A parte de cima de minha mão foi aberta ( e ficou assim por um mês e meio, devido a grande infecção.
Dia 24 de Novembro de 2012 tive de regressar ao Hospital, d ido a dores intenças. Passei a noite internada a tomar antibióticos intravenosos, e no dia 25 de Novembro de 2012 fui operada novamente de urgência, devido a infecção ter passadara a parte de baixo também. Tive de passar 6 dias internada, com morfina e antibióticos intravenosos. Dia 11 de Dezembro de 2012 fui a mais uma consulta pós cirurgica, na qual foi decidido que seria operada novamente de urgência, devido a infecção ter atingido o tendão. Passei a noite no Hospital para serem admnistrados morfina e antibióticos intravenosos também.
Passei por três cirurgias, todas realizadas, COM ANESTESIA GERAL, em 20 dias.
Ainda faço tratamento com fisioterapia, e a previsão dos médicos é de que nunca colte a ter os movimentos no dedo do meio da mão direita, devido a todas essas "agressões" pelas quais passei.
Ontem fui contactada pelo Hospital, porque a Segurança Social recusa-se a efectuar o pagamento, ao abrigo do cartão europeu de saúde, e terei de ser eu a pagar a mesma, a qual tem um valor de 136.000kr.
Obrigada pela paciência em lerem isso...
[/b]
Muito cuidado ao viajar com gatos a partir aeroporto Lx...
Lamento muito toda a situação. De facto, eu sabia que no aeroporto obrigam a tirar os animais das transportadoras para passarem estas pelo aparelho de RX.
Mas ocorre-me perguntar: porque não faz queixa às entidades com quem contactou e que ou lhe deram informações erradas, ou ignoram que a segurança do aeroporto não segue os procedimentos como elas julgam que deviam ser, ou serão, aplicados?
Será que não consegue ser ressarcida dessa despesa com os seus tratamentos a ferimentos causados pela exigência de retirar das transportadoras animais stressados pelo movimento, deslocações, etc.?
Mas ocorre-me perguntar: porque não faz queixa às entidades com quem contactou e que ou lhe deram informações erradas, ou ignoram que a segurança do aeroporto não segue os procedimentos como elas julgam que deviam ser, ou serão, aplicados?
Será que não consegue ser ressarcida dessa despesa com os seus tratamentos a ferimentos causados pela exigência de retirar das transportadoras animais stressados pelo movimento, deslocações, etc.?
<p>Olá, eu sou a... Floripes3 que já foi 2. :mrgreen:</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>

Vá dando notícias, sim?
<p>Olá, eu sou a... Floripes3 que já foi 2. :mrgreen:</p>
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<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
Faço votos para que consiga alguma coisa, porque a situação que descreveu é de todo lamentável e não devia ter acontecido.
Para mais trata-se de animais, que pela sua natureza são assustadiços quando sujeitos a grande stress como é flagrante neste caso, em que têm que viajar e se encontram num lugar estranho com pessoas estranhas que não conhecem. Deveria haver alguma sensibilidade para isso. E é lógico, que essa insensibilidade deu no que deu: uma lesão grave, que lhe causou em despesas e com sequelas para o resto da sua vida.
Alguém deve ser responsabilizado pelo que lhe aconteceu, uma vez que não foi por culpa sua que o seu gato fugiu e a feriu, mas por uma falha grosseira dos seguranças. Até poderia ter sido mais perigoso. E até para segurança dos outros passageiros e daqueles que trabalham no local.
Para mais trata-se de animais, que pela sua natureza são assustadiços quando sujeitos a grande stress como é flagrante neste caso, em que têm que viajar e se encontram num lugar estranho com pessoas estranhas que não conhecem. Deveria haver alguma sensibilidade para isso. E é lógico, que essa insensibilidade deu no que deu: uma lesão grave, que lhe causou em despesas e com sequelas para o resto da sua vida.
Alguém deve ser responsabilizado pelo que lhe aconteceu, uma vez que não foi por culpa sua que o seu gato fugiu e a feriu, mas por uma falha grosseira dos seguranças. Até poderia ter sido mais perigoso. E até para segurança dos outros passageiros e daqueles que trabalham no local.
Estive a reler o que escreveu sobre a situação no aeroporto, e cada vez me convenço que tem toda a razão para uma acção contra quem de direito, pois acho uma situação inqualificável que pôs em perigo não só a si, mas também o próprio segurança e outras pessoas que estariam no espaço. E que lhe causou os danos na mão, de que ainda está a sofrer as consequências dessa irresponsabilidade e falta de segurança, para não falar de uma falta de ética a toda a prova.