Um casal vem do Alentejo e a meio caminho encontra um pato deitado na berma da estrada. Param a carripana e chegam-se ao pato que se mantem deitado. Fazer o quê? Ora agarram no pato e toca de o levar para casa. Já em casa detectam que o pato tem uma perna partida e no dia seguinte lá vai o pato à veterinária.
A pata foi tratada e o pato virou pato doméstico. Tornou-se assunto de conversa na Clinica, nos vizinhos e toda a gente falava no pato. É com orgulho que os donos dizem que o pato se entende na boa com a gata. Que a gata dorme com o pato. Mostram fotos à veterinária do pato deitado em cima da dona no sofá com a gata ao lado. Pato a utilizar o canto das necessidades, pato a dormir em cima da cama. Que pato com sorte e que donos encantados.
Ora em Março os donos do pato marcaram umas pequenas férias. Descobriram que o Hotel onde fica a gata não aceita patos. Não sei até que ponto procuraram solução para o pato mas encontraram uma que acentou na perfeição para não estragar as férias com problemas desnecessários. Fazer o quê a um belo de um pato de estimação que vive lá em casa como um gato? Ora, muito simples, chamar o pato, partir-lhe o pescoço e, não contentes, fazê-lo com arroz para o jantar!
Esta é a história de um pato Alentejano, que foi morar para a Amadora. Foi tratado pela minha veterinária que está verde de furia e, antes de ser papado, foi tratado como um gato!
Ainda bem que não é usual comer cães nem gatos!



