Não vou tão longe. O tipo de leitura que a Tassebem defende é uma necessidade cultural, sim, mas não uma obrigação. Por ser assim encarada pela generalidade é que surgem reacções como a da nandaalmeida e da Suesca, e por serem encarados como obrigações indiscutíveis da fé é que surgem os fundamentalismos: lidos por imposição religiosa e sem antes se ter adquirido gosto pela leitura em si mesma, o seu conteúdo é assumido como um mero conjunto de dogmas religiosos a seguir escrupulosamente e sem espírito crítico. Ora, os textos fundamentais das religiões são muito mais do que isso...Tassebem Escreveu:Ler a Bíblia não tem de ser por opção religiosa. Eu acho que é quase obrigatório (disse o "quase" só porque não gosto de ser muito peremptória) do ponto de vista da cultura geral. É um livro fundador da nossa cultura; como tal, é importante conhecê-lo.
Se tivesse tempo, acho que a releria agora com muito mais capacidade de entendimento e interpretação, e gosto, do que quando fui obrigada. Acho que é o que se passa com os clássicos... e, ocorreu-me a comparação assim de repente, com alguns pratos.
Também já li algumas passagens do Corão e pareceram-me muito bonitas. E também gostaria de ler textos fundadores de outras religiões.
E a (des)propósito: não é "Corão", mas sim "Alcorão".
