Nasci numa geração que foi apelidada de muita coisa. O primeiro apelido que me lembro da minha geração ter, foi o de "geração iogurte", passados uns aninhos um Sr. Ministro apelidou-a de "Geração rasca".
Agora apresenta-se.nos uma nova geração: a "Geração comodismo".
Há uns anos atrás, e aqueles que têm mais ou menos a minha idade partilharão da minha opinião de certeza, não havia estas facilidades (sim, basta pensar que há 10 anos atrás não havia internet). Não havia este mundo de informação eno entanto, lá nos safámos a muito custo, a saber fazer pesquisas, a saber analisar cada situação, e fomos crescendo, amadurecendo e formando um carácter com base naquilo que lutámos.
Queríamos pesquisar, íamos tardes inteiras para uma biblioteca, devoravamos a enciclopédia lá de casa, mas encontravamos o que queríamos e sabíamos separar o "trigo do joio".
Claro que quando este novo mundo que é a Internet apareceu, estavamos preparados para ele e soubemos tirar partido dele.
No entanto hoje surge uma nova geração, em que a Internet é ponto de encontro com os amigos, serve para "sacar" uns jogos e umas musiquinhas, mas a componente educativa perde-se nos meandros das opções e das ofertas ilimitadas que a Internet tem.
Até que ponto está esta nova geração pronta para encontrar o qu quer que seja. Até que ponto têm de se preocupar.
Reparem num exemplo.
Como tem acontecido muito frequentemente neste e noutros fóruns, temos visto o aparecimento de users que chegam sem sequer se preocuparem em pesuisar. Compram o animal porque está na moda, ou porque o amigo tem sem sequer se preocuparem em saber nada dele. Depois chegam a casa vão ao fórum e vai de perguntar. Isto meus amigos é comodismo e irreponsabilidade.
A minha geração nunca teve à disposição a quantidade de informação que hoje têm e no entanto os nossos animais têm as condições necessárias. Pesquisamos se podemos satisfazer as necessidades dos nossos animais e ponderamos. Pesamos os PROS e os CONTRAS de ter o animal, e só depois partimos para a aquisição do mesmo.
Hoje em dia compra-se e depois pesquisa-se. Não estou a dizer que não haja casos em que esta tendencia esteja invertida, mas são cada vez mais raros. Inúmeras campanhas de adopção são feitas e no entanto continuam a abandonar-se animais por aí a fora.
O que é preciso é mudar as mentalidades, fazer entender ás pessoas que ter um animal não é um luxo, é uma responsabilidade. Orgulho-me de ter um leque de grandes amigos para quem os animais são tidos como família e alguns apesar de servirem só de alimento têm melhores condições do que outros da mesma espécie que são mantidos como animais de estimação.
