Tem tudo a ver com a intensidade do prazer e a estimulação do sistema límbico. Não é comparável o efeito de um cigarro ao de uma dose de heroína (ou crack, ainda mais aditivo). O tabaco não aliena nem anestesia; um tipo que acabou de dar um xuto pode ter uma perna amputada a frio, que pouco sentirá. Os efeitos de um são muito diferentes dos efeitos de outro. Já a cocaína, que não provoca dependência física, provoca uma imensa dependência pasicológica. Dizem os que a usam (ou usaram) que o problema é que é "demasiado bom". Já a heroína e o tabaco são consumidos não apenas pelo prazer, mas para evitar os sintomas de privação.Charlie2 Escreveu:eu nunca conheci ou soube de nenhum caso de alguém que consumisse heroína de forma compulsiva e conseguisse, sozinho e sem qualquer ajuda, largar o vício. Além segundo que sei, os efeitos da heroína são muito mais imediatos que os do tabaco, logo a dependência ocorre de fora muito mais rápida.Chamarrita Escreveu:Tal como há pessoas que não ficam "agarradas" à heroína ou a droga alguma, também há quem controle o consumo do tabaco sem chegar a criar grande dependência. Mas a maioria das pessoas que fumam sofre de elevada dependência, e esta torna-se mais forte do que a causada pela heroína pelos motivos que já expus. Acho que falamos da gravidade da dependência, não dos sintomas de privação...cockinhas Escreveu:Fumo porque gosto mas como consigo fumar o nº de cigarros que decido, sem entrar em stress por aí além, vou sempre adiando a decisão de deixar de vez. Tanto posso estar dois dias sem fumar como fumar um maço de seguida.
E não vos acontece o cigarro saber mal e, em vez de o apagarem, persistirem?
Ó Chimarrita, então o tabaco causa uma dependência mais forte que a heroína?
Por isso o nível de dependência física e psicológica é comparável. Já não sei quem foi que referiu acontecer o cigarro estar a saber mal e mesmo assim não ser apagado: é um caso em que se fuma pela dependência, e não pelo prazer. Aliás, quem não está fisicamente dependente do tabaco e fuma um cigarro de vez em quando, costuma até sentir-se um bocado mal.