Tassebem Escreveu:cpontos Escreveu:Já agora, também acrescento que prefiro pagar submarinos mas saber que o ingresso numa Universidade deste país, que é o meu, é sinónimo de inteligência, mérito e excelência.
O meu pai disse-me quando era pequenina que só os melhores dos melhores entravam na Universidade e eu cresci com essa ilusão, lutando, estudando, esforçando-me, não só por mim mas por ele, para lhe dar essa alegria... Hoje em dia penso que, na realidade, não é assim tão excepcional... Qualquer badameco entra, e nem sequer precisa de saber escrever como deve ser, quanto mais ter capacidades de interpretação e articulação superiores...
Estamos a criar gerações burras e ocas, que não sabem o que é o esforço, e são essas gerações que nos vão governar no futuro! Que medo!!
Por isso, que todos os problemas deste país fossem submarinos comprados para nada...

Nalgumas faculdades continua a ser assim. E nos casos em que a

inteligência, o mérito e a excelência não determinam quem entra, são certamente determinantes na procura de um emprego à saída. O esforço compensa sempre, ou quase sempre. E o conhecimento não deve ser visto como meramente utilitário, mas também como fonte de prazer e valorização pessoal.
Não devia ser em algumas, devia sem em TODAS sem excepção! Um aluno só devia transitar de ano se soubesse escrever perfeitamente a sua língua materna, no mínimo dos mínimos! Sou totalmente contra a 'lei do menos esforço' e o facilitismo de hoje em dia.
Relativamente à oportunidades de emprego... O informático da empresa onde trabalho não sabe escrever um e-mail em condições. Erros de ortografia, má utilização do léxico, má estruturação textual, enfim... Tem uma licenciatura e ganha quatro vezes mais que eu, que não tive oportunidade (ainda) de iniciar a minha mas que escrevo correctamente em todas as ocasiões, seja em resposta a clientes, fornecedores, solicitações ou mesmo e-mails internos. Uma conhecida minha, funcionária pública, concluiu o secundário através das Novas Oportunidades, não sabe apontar no mapa a maioria dos países da europa central e de leste, não sabe escrever, não fala inglês, nem espanhol, não se esforça... Progrediu na carreira e tem um ordenado desafogado graças a essa progressão. Um antiga chefe que tive há um par de anos, licenciada, burra que nem uma porta, completamente oca, escrita medíocre, está bem na vida... Como vê, o esforço não determina nada neste país, porque eu podia muito bem ter terminado o secundário a escrever uma auto-biografia e agora estava exactamente onde estou agora, ou melhor, e não me tinha esforçado metade do que me esforcei.
Mas concordo em absoluto com a sua última afirmação, e é por isso e nada mais que ainda acalento o sonho de me licenciar quando a vida estiver um pouco melhor
