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O meu outro avô era grande fã de policiais. Tinha quase toda a colecção Vampiro. Cheguei a ler vários, todos do Ellery Queen e um de (George?) Simenon.
Georges Simenon.
Há escritores policiais fantásticos. Há um fulano (William Irish/Cornell Woolrich), já há muito morto e enterrado e muito pouco conhecido em Portugal, que escreveu livros fantásticos, alguns deles adaptados ao cinema, como "A Noiva Vestia de Preto" por Truffaut.
Eu só tenho três livros dele," A Mulher Fantasma", com uma intriga alucinante, "A Intrusa" e o "Autocarro sai às 6", o primeiro da Vampiro, os dois últimos da XIS. Tinha mais, mas lá está, ficaram por outras paragens.
Há escritores policiais fantásticos. Há um fulano (William Irish/Cornell Woolrich), já há muito morto e enterrado e muito pouco conhecido em Portugal, que escreveu livros fantásticos, alguns deles adaptados ao cinema, como "A Noiva Vestia de Preto" por Truffaut.
Eu só tenho três livros dele," A Mulher Fantasma", com uma intriga alucinante, "A Intrusa" e o "Autocarro sai às 6", o primeiro da Vampiro, os dois últimos da XIS. Tinha mais, mas lá está, ficaram por outras paragens.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>
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A autora favorita do meu avô era Agatha Cristie. Acredito que os seus policiais sejam bons mas ainda não calhou ler. Li os seus Contos de Natal... sem dúvida uma das melhores obras que me passou pelas mãos. O conto Adam é simplesmente... perturbante de tão diferente, lindo e verdadeiro.
Gosta de contos?
Já leu W. Somerset Maugham? Tem contos (e livros) fascinantes.
Nas bibliotecas municipais deve encontrar.
Já leu W. Somerset Maugham? Tem contos (e livros) fascinantes.
Nas bibliotecas municipais deve encontrar.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>
Era para todos/as.
Dele (W. S. Maugham) tenho quase todas as obras, incluindo dezenas de contos. Acho que só me falta a colectânea 17 Histórias Perdidas, que algum dos meus filhos deve ter vendido em alguma feira.
Confesso que a poesia não me atrai, embora reconheça que há coisas muito belas nesse campo.
Mas a verdade é que sou pessoa muito terra-a-terra, pelo que as lucubrações dos poetas, quase sempre lamentosas, cheias de infelicidades, desgraças, amarguras, amores não correspondidos, etc., não me dizem grande coisa. Só se for de escárnio e maldizer.
Dele (W. S. Maugham) tenho quase todas as obras, incluindo dezenas de contos. Acho que só me falta a colectânea 17 Histórias Perdidas, que algum dos meus filhos deve ter vendido em alguma feira.
Confesso que a poesia não me atrai, embora reconheça que há coisas muito belas nesse campo.
Mas a verdade é que sou pessoa muito terra-a-terra, pelo que as lucubrações dos poetas, quase sempre lamentosas, cheias de infelicidades, desgraças, amarguras, amores não correspondidos, etc., não me dizem grande coisa. Só se for de escárnio e maldizer.
<p>Au début, Dieu créa l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>
Poesia? Sou fã, desde a poesia antiga, passando pela medieval, até Shakespeare (sim escreveu em poema aaté as peças de teatro) e aos modernos.
Os românicos aborrecem por vezes um pouco, de facto, mas nada que não se ultrapasse. Só é preciso gostar de poesia para retirar dela o que tem de bom. Alguns deles até nem escreveram (ou escrevem poesia), aquilo é mais música, pelo ritmo e pelos sons das palavras.
Voltando à literatura policial: nos chamados subgéneros literários, designação desdenhosa de quem só aprecia altos classicismos, encontram-se verdadeiras pérolas literárias. Recomendo Raymond Chandler, que na Vampiro teve a sorte de ser traduzido por um tradutor maravilhoso, Mário Henrique Leiria, também ele escritor de mérito. Ou S. S. Van Dine, ou Dashiell Hammett, ou... há tantos, leiam-nos com atenção. Alguns autores começaram mesmo por escrever livros policiais: sabiam que Dinis Machado, que escreveu "O que Diz Molero" de retumbante sucesso (e que é um livro bem giro), escreveu vários sob o pseudónimo de Denis Mac Shade?
Noutro género, o da espionagem, também podemos encontrar obras maiores. E na ficção científica, igualmente. Mesmo que não se goste destes géneros, há neles autores de uma qualidade incontornável, cujas obras acabaram metidas num género literário que nem era o objectivo inicial deles.
Enfim, podemos estar aqui a escrever até ao, próximo ano, que nunca acabaremos de defender as literaturas da nossa afeição. Tudo se resume a "leiam", mas leiam com critério, por favor.
Os românicos aborrecem por vezes um pouco, de facto, mas nada que não se ultrapasse. Só é preciso gostar de poesia para retirar dela o que tem de bom. Alguns deles até nem escreveram (ou escrevem poesia), aquilo é mais música, pelo ritmo e pelos sons das palavras.
Voltando à literatura policial: nos chamados subgéneros literários, designação desdenhosa de quem só aprecia altos classicismos, encontram-se verdadeiras pérolas literárias. Recomendo Raymond Chandler, que na Vampiro teve a sorte de ser traduzido por um tradutor maravilhoso, Mário Henrique Leiria, também ele escritor de mérito. Ou S. S. Van Dine, ou Dashiell Hammett, ou... há tantos, leiam-nos com atenção. Alguns autores começaram mesmo por escrever livros policiais: sabiam que Dinis Machado, que escreveu "O que Diz Molero" de retumbante sucesso (e que é um livro bem giro), escreveu vários sob o pseudónimo de Denis Mac Shade?
Noutro género, o da espionagem, também podemos encontrar obras maiores. E na ficção científica, igualmente. Mesmo que não se goste destes géneros, há neles autores de uma qualidade incontornável, cujas obras acabaram metidas num género literário que nem era o objectivo inicial deles.
Enfim, podemos estar aqui a escrever até ao, próximo ano, que nunca acabaremos de defender as literaturas da nossa afeição. Tudo se resume a "leiam", mas leiam com critério, por favor.
<p>Olá, eu sou a... Floripes3 que já foi 2. :mrgreen:</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
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- Registado: segunda abr 13, 2009 2:14 am
De W. S. Maugham li apenas um conto, mas disse-me tão pouco que não me recordo do nome. Tenho-o em casa, posso confirmar entretanto.
Adoro bons contos. Oscar Wilde, Miguel Torga, Sophia, Eça e novamente, Pearl Buck... Os contos são excelentes exercícios de narrativa. Acho que os adoro tanto por serem o género literário que mais se aproxima da ilustração.
A velha árvore, por Pearl Buck, O espelho, por Sophia e O Principe Feliz, por Oscar Wilde, continuam a ser os meus contos favoritos.
Alguém tem favoritos para partilhar?
Adoro bons contos. Oscar Wilde, Miguel Torga, Sophia, Eça e novamente, Pearl Buck... Os contos são excelentes exercícios de narrativa. Acho que os adoro tanto por serem o género literário que mais se aproxima da ilustração.
A velha árvore, por Pearl Buck, O espelho, por Sophia e O Principe Feliz, por Oscar Wilde, continuam a ser os meus contos favoritos.
Alguém tem favoritos para partilhar?



<p>Olá, eu sou a... Floripes3 que já foi 2. :mrgreen:</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
Obrigada pelo esforço, Floripes. Algum dia (é sempre assim), tropeço na resposta.
Também gosto muito de policiais e li muitos livros de Agatha Christie.
E de espionagem, também gosto, li alguns de John le Carré, e do meu sempre referido Lawrence Durrel as "White Eagles Over Serbia", que li em português, claro, mas cuja tradução não recordo.
Somerset Maugham? Acho que li praticamente tudo dele na adolescencia. Algumas das suas obras marcaram-me profundamente. Chorava e lia, lia e chorava
.
Não sou grande fã de contos, não sei porquê.
E "O Milagre segundo Salomé", de José Rodrigues Miguéis, quem leu? Livro fascinante. Lembrei-me de Miguéis por ter lido alguns contos dele.
Ai os livros! Que perdição.
Também gosto muito de policiais e li muitos livros de Agatha Christie.
E de espionagem, também gosto, li alguns de John le Carré, e do meu sempre referido Lawrence Durrel as "White Eagles Over Serbia", que li em português, claro, mas cuja tradução não recordo.
Somerset Maugham? Acho que li praticamente tudo dele na adolescencia. Algumas das suas obras marcaram-me profundamente. Chorava e lia, lia e chorava

Não sou grande fã de contos, não sei porquê.
E "O Milagre segundo Salomé", de José Rodrigues Miguéis, quem leu? Livro fascinante. Lembrei-me de Miguéis por ter lido alguns contos dele.
Ai os livros! Que perdição.
Adoro John Le Carré.cockinhas Escreveu:...John le Carré, ...

O excelente e tão esquecido JRM!......
E "O Milagre segundo Salomé", de José Rodrigues Miguéis, quem leu? Livro fascinante. Lembrei-me de Miguéis por ter lido alguns contos dele.
Devo ter lido "O Milagre", embora não me lembre, pois li todos o livros do Miguéis ainda muito jovem. A sua editora fechou há muitos anos e mais nenhuma reeditou os livros dele. O que mais me marcou foi "Saudades para D. Genciana", que é um retrato encantador da Avenida da Liberdade do princípio do século passado e dos seus habitantes.
Também digo!Ai os livros! Que perdição.

<p>Olá, eu sou a... Floripes3 que já foi 2. :mrgreen:</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
Também pode gostar do Mia Couto himself, que não é nada de deitar fora.sarina Escreveu:Por mim, pode ser. Afinal, eu tb gosto do (da prosa do, melhor dizendo) Mia Couto.Floripes3 Escreveu:Obrigada, Sarina, pela homenagem, que não mereço. Por isso, reendereço-a ao Mia Couto.



<p>Olá, eu sou a... Floripes3 que já foi 2. :mrgreen:</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
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<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
Nunca li esse livro de Miguéis. Quando tropeçar nele hei-de lembrar-me de o comprar.Floripes3 Escreveu:Adoro John Le Carré.cockinhas Escreveu:...John le Carré, ...
O excelente e tão esquecido JRM!......
E "O Milagre segundo Salomé", de José Rodrigues Miguéis, quem leu? Livro fascinante. Lembrei-me de Miguéis por ter lido alguns contos dele.
Devo ter lido "O Milagre", embora não me lembre, pois li todos o livros do Miguéis ainda muito jovem. A sua editora fechou há muitos anos e mais nenhuma reeditou os livros dele. O que mais me marcou foi "Saudades para D. Genciana", que é um retrato encantador da Avenida da Liberdade do princípio do século passado e dos seus habitantes.Também digo!Ai os livros! Que perdição.
Pois o Milagre é... o Milagre de "????" (deduz-se da leitura)... segundo... Salomé, uma jovem mesmo muito maltratada pela vida, que, resgatada da sua pobreza e desespero, num monte, numa noite de temporal com raios e trovões à mistura, se vê envolvida numa intensa trama. Pois a moça não tem coragem de desmentir nada. Pudera! Li há muitos anos e isto foi o que guardei na memória. (Re)leiam que não vão arrepender-se.
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Hoje iniciei um novo audiobook, é literatura infanto-juvenil mas estou a adorar! A história, as personagens e a presença do narrador são geniais 
Matilda por Roald Dahl. Penso que o Fantastic Mr.Fox é do mesmo autor.

Matilda por Roald Dahl. Penso que o Fantastic Mr.Fox é do mesmo autor.