ATÉ JÁ QUERIDO PAI ...
Um grande abraço e muita força.
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A saudade e a dor são a prova do vazio que essa pessoa nos deixou, mas não podemos prender o coração num evento traumático. Devemos sim, recordar os bons momentos e viver segundo o que de bom nos deixou essa pessoa. E certamente que honraremos a pessoa se a relembrarmos positiva e construtivamente.
Nada no mundo substitui algumas pessoas,concordo, nada substitui aquelas pessoas de boa alma. Podemos apenas tentar continuar o seu trabalho neste mundo e tornarmos-nos melhores pessoas .
E se um dia ao fazermos ou mesmo vendo algo de bom nos lembrarmos daquela pessoa sabemos que o seu legado foi bom e merece ser mantido.
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A saudade e a dor são a prova do vazio que essa pessoa nos deixou, mas não podemos prender o coração num evento traumático. Devemos sim, recordar os bons momentos e viver segundo o que de bom nos deixou essa pessoa. E certamente que honraremos a pessoa se a relembrarmos positiva e construtivamente.
Nada no mundo substitui algumas pessoas,concordo, nada substitui aquelas pessoas de boa alma. Podemos apenas tentar continuar o seu trabalho neste mundo e tornarmos-nos melhores pessoas .
E se um dia ao fazermos ou mesmo vendo algo de bom nos lembrarmos daquela pessoa sabemos que o seu legado foi bom e merece ser mantido.
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A grandeza de uma nação e o seu progresso moral podem ser avaliados
pelo modo como os seus animais são tratados. Mahatma Gandhi
pelo modo como os seus animais são tratados. Mahatma Gandhi
Tão verdadeiro!carlaved Escreveu:Um grande abraço e muita força.
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A saudade e a dor são a prova do vazio que essa pessoa nos deixou, mas não podemos prender o coração num evento traumático. Devemos sim, recordar os bons momentos e viver segundo o que de bom nos deixou essa pessoa. E certamente que honraremos a pessoa se a relembrarmos positiva e construtivamente.
Nada no mundo substitui algumas pessoas,concordo, nada substitui aquelas pessoas de boa alma. Podemos apenas tentar continuar o seu trabalho neste mundo e tornarmos-nos melhores pessoas .
E se um dia ao fazermos ou mesmo vendo algo de bom nos lembrarmos daquela pessoa sabemos que o seu legado foi bom e merece ser mantido.
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Netherwing
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- Registado: terça fev 22, 2011 8:08 pm
Arguida e Dino muita força e tudo de bom.
Faço minhas as palavras da Tasse sempre assertivas, porque nestas coisas de lidar com grandes perdas de quem muito amamos, não digo nada de jeito.
Lamento tanto e muita força!!
Faço minhas as palavras da Tasse sempre assertivas, porque nestas coisas de lidar com grandes perdas de quem muito amamos, não digo nada de jeito.
Lamento tanto e muita força!!
An ye harm none, do what ye will
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Tassebem
- Membro Veterano
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- Registado: terça jul 01, 2008 4:01 pm
- Localização: Tassebem, Mantorras, Flea, Mimas, Naná, Sprite, Andrea, Butterfly, Cristas, Tugui, Juca
Dino, sinto muito também... Aquele abraço.
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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Tassebem
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Nether, «sôdadi». Fico contente por andar de novo por cá. 
A vida é assim... muitas partidas, alguns regressos. É preciso é que as presenças façam sentido, passadas e presentes e futuras (nenhumas delas se excluindo entre si).
A vida é assim... muitas partidas, alguns regressos. É preciso é que as presenças façam sentido, passadas e presentes e futuras (nenhumas delas se excluindo entre si).«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
Arguida, lamento imenso, e lamento só ter visto agora este tópico.
Linda a carta que escreveu , um bela homenagem sem dúvida!
Quando se sentir bem , regresse a este cantinho, ainda há por aqui boa gente e que se preocupa mesmo não conhecendo!!
Um beijinho grande e muita força!
Dinodane, força para si também.
Linda a carta que escreveu , um bela homenagem sem dúvida!
Quando se sentir bem , regresse a este cantinho, ainda há por aqui boa gente e que se preocupa mesmo não conhecendo!!
Um beijinho grande e muita força!
Dinodane, força para si também.
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Netherwing
- Membro Veterano
- Mensagens: 1695
- Registado: terça fev 22, 2011 8:08 pm
Tassebem Escreveu:Nether, «sôdadi». Fico contente por andar de novo por cá.
An ye harm none, do what ye will
Querido Pai,
Faz hoje um mês que "partiu" e, parece que já foi há séculos.
Não consigo de forma alguma aceitar a sua "partida". Não da forma que foi. Foi tudo tão "rápido", tantas contradições por parte dos médicos que, após falar com alguns, decidimos seguir em frente e solicitar ao hospital TODOS os exames que foram feitos no seu segundo internamento.
Sei que não lhe podemos devolver a vida mas, talvez consigamos que outras "partidas"não aconteçam por negligência ou deixar andar pois, afinal, o Pai para alguns, não era nada mais do que um velho Coronel de 83 anos anos. Mas, para mim, para nós, era o nosso querido Pai, o Marido, o Avô, aquele que amávamos e continuaremos a amar para sempre.
Não vou desistir de apurar a verdade pois devo-lhe isso mesmo: A VERDADE.
Sei que para alguns tal não é importante mas, para mim, faz toda a diferença saber que o meu "velho" e querido Pai não partiu vítima de cancro mas sim por negligência após aquele tenebroso fim-de-semana em que foi deixado à sua sorte, apesar dos nossos apelos, das nossas angústias e de a Mãe e eu termos ido "sacar" quase a reboque o médico das urgências para o ir ver.
Na 6ª a Mãe e eu fomos falar com o médico que lhe fez a ressonância no dia 17 de Maio e, ele próprio nos reafirmou de que era impossível uma pessoa com 83 anos e tendo feito um CPRE três semanas antes não podia no espaço dessas mesmas 3 semanas, aparecer cheio de metástases como nos quiseram fazer crer.
Querido Pai, vou até ao fim do mundo mas, não desisto.
Sinto uma tristeza como nunca senti na vida. Se me dissessem que ía ser assim tão difícil esta fase da minha vida, não iria acreditar. Sei que ultrapassámos momentos dramáticos com a sua saúde mas, talvez por sempre o termos visto a superar todas as expectativas, o Pai para nós, fosse como que uma espécie de super-homem. Aliás, tive oportunidade de lhe dizer isso mais do que uma vez.
Resta-me o consolo de ter sido a última pessoa a vê-lo antes do Pai entrar em coma e, de lhe ter dito que o amávamos e que estaríamos sempre, sempre ao seu lado.
Gostava que houvesse uma fórmula mágica que me ensinasse a ultrapassar esta dor ... infelizmente, parece que não existe.
Todos os seus velhos "rituais" alguns dos quais me "tiravam do sério", dou por mim a fazê-los como se o Pai ainda cá estivesse.
Estive a reler o livro que nos dedicou "Breve História de uma Vida" ao fim de andarmos anos e anos a "melgá-lo" para relatar a sua VIDA e, descobri lá um parágrafo em que o Pai relata o que sentiu após a morte do seu Pai.
"Nunca houvera grande abertura com meu Pai, mas nunca, nos momentos necessários, ele me faltara com o seu conselho. Agora o conselho deixara de existir e, por um lado, sentia que a minha responsabilidade aumentara e que, no futuro, não teria palavras que me guiassem mas, com o que conhecia do seu modo de ser, teria de adivinhar o que ele me diria cada situação"
É tal e qual o que eu sinto com a sua "partida". Sinto-me perdida, sinto-me sem "norte" pois sei que, nos momentos mais complicados da minha vida, o Pai sempre teve uma palavra acertada, sempre manteve a cabeça fria enquanto a minha "fervia". E agora Pai? Onde vou buscar os conselhos? Ou vou encontrar o meu "norte"? Tenho de me colocar no seu lugar, tal como o Pai fez e imaginar o que me diria.
Mais logo vamos à praia deitar ao mar umas pétalas das flores do nosso jardim ... aquele que o Pai tanto amava ... a sua última morada.
Finalmente é livre ... livre para pensar, livre como uma ave, sem amarras, sem cinismos, sem intolerâncias, sem falsidades.
Onde quer que esteja, seja feliz e até um dia destes. Preciso de acreditar que o vou reencontrar pois caso contrário, a sua ausência ainda se torna mais insuportável.
Até sempre meu querido Pai.
Um beijinho ENORME da sua filha que o AMA e que lhe deve tudo aquilo que hoje é.
Faz hoje um mês que "partiu" e, parece que já foi há séculos.
Não consigo de forma alguma aceitar a sua "partida". Não da forma que foi. Foi tudo tão "rápido", tantas contradições por parte dos médicos que, após falar com alguns, decidimos seguir em frente e solicitar ao hospital TODOS os exames que foram feitos no seu segundo internamento.
Sei que não lhe podemos devolver a vida mas, talvez consigamos que outras "partidas"não aconteçam por negligência ou deixar andar pois, afinal, o Pai para alguns, não era nada mais do que um velho Coronel de 83 anos anos. Mas, para mim, para nós, era o nosso querido Pai, o Marido, o Avô, aquele que amávamos e continuaremos a amar para sempre.
Não vou desistir de apurar a verdade pois devo-lhe isso mesmo: A VERDADE.
Sei que para alguns tal não é importante mas, para mim, faz toda a diferença saber que o meu "velho" e querido Pai não partiu vítima de cancro mas sim por negligência após aquele tenebroso fim-de-semana em que foi deixado à sua sorte, apesar dos nossos apelos, das nossas angústias e de a Mãe e eu termos ido "sacar" quase a reboque o médico das urgências para o ir ver.
Na 6ª a Mãe e eu fomos falar com o médico que lhe fez a ressonância no dia 17 de Maio e, ele próprio nos reafirmou de que era impossível uma pessoa com 83 anos e tendo feito um CPRE três semanas antes não podia no espaço dessas mesmas 3 semanas, aparecer cheio de metástases como nos quiseram fazer crer.
Querido Pai, vou até ao fim do mundo mas, não desisto.
Sinto uma tristeza como nunca senti na vida. Se me dissessem que ía ser assim tão difícil esta fase da minha vida, não iria acreditar. Sei que ultrapassámos momentos dramáticos com a sua saúde mas, talvez por sempre o termos visto a superar todas as expectativas, o Pai para nós, fosse como que uma espécie de super-homem. Aliás, tive oportunidade de lhe dizer isso mais do que uma vez.
Resta-me o consolo de ter sido a última pessoa a vê-lo antes do Pai entrar em coma e, de lhe ter dito que o amávamos e que estaríamos sempre, sempre ao seu lado.
Gostava que houvesse uma fórmula mágica que me ensinasse a ultrapassar esta dor ... infelizmente, parece que não existe.
Todos os seus velhos "rituais" alguns dos quais me "tiravam do sério", dou por mim a fazê-los como se o Pai ainda cá estivesse.
Estive a reler o livro que nos dedicou "Breve História de uma Vida" ao fim de andarmos anos e anos a "melgá-lo" para relatar a sua VIDA e, descobri lá um parágrafo em que o Pai relata o que sentiu após a morte do seu Pai.
"Nunca houvera grande abertura com meu Pai, mas nunca, nos momentos necessários, ele me faltara com o seu conselho. Agora o conselho deixara de existir e, por um lado, sentia que a minha responsabilidade aumentara e que, no futuro, não teria palavras que me guiassem mas, com o que conhecia do seu modo de ser, teria de adivinhar o que ele me diria cada situação"
É tal e qual o que eu sinto com a sua "partida". Sinto-me perdida, sinto-me sem "norte" pois sei que, nos momentos mais complicados da minha vida, o Pai sempre teve uma palavra acertada, sempre manteve a cabeça fria enquanto a minha "fervia". E agora Pai? Onde vou buscar os conselhos? Ou vou encontrar o meu "norte"? Tenho de me colocar no seu lugar, tal como o Pai fez e imaginar o que me diria.
Mais logo vamos à praia deitar ao mar umas pétalas das flores do nosso jardim ... aquele que o Pai tanto amava ... a sua última morada.
Finalmente é livre ... livre para pensar, livre como uma ave, sem amarras, sem cinismos, sem intolerâncias, sem falsidades.
Onde quer que esteja, seja feliz e até um dia destes. Preciso de acreditar que o vou reencontrar pois caso contrário, a sua ausência ainda se torna mais insuportável.
Até sempre meu querido Pai.
Um beijinho ENORME da sua filha que o AMA e que lhe deve tudo aquilo que hoje é.
Muito obrigada Joie2 pelas suas palavras.
Conseguirei ultrapassar mas, por enquanto, ainda não "descobri" a maneira de o conseguir fazer.
Penso que, se conseguirmos apurar a VERDADE, esta dor "acalmará, quanto mais não seja, um pouco.
É a dor da partida do meu Pai, é a dor da mentira que, como sabe, para mim é completamente intolerável.
Existiram falhas gravíssimas e, não vou permitir quem, quem as cometeu saia impune. Temos de ser responsáveis pelos nossos actos, foi uma das muitas coisas que o meu Pai me ensinou.
Por ele, por mim, por nós, queremos a verdade e nada mais pois infelizmente, já não o podemos ter de volta.
Conseguirei ultrapassar mas, por enquanto, ainda não "descobri" a maneira de o conseguir fazer.
Penso que, se conseguirmos apurar a VERDADE, esta dor "acalmará, quanto mais não seja, um pouco.
É a dor da partida do meu Pai, é a dor da mentira que, como sabe, para mim é completamente intolerável.
Existiram falhas gravíssimas e, não vou permitir quem, quem as cometeu saia impune. Temos de ser responsáveis pelos nossos actos, foi uma das muitas coisas que o meu Pai me ensinou.
Por ele, por mim, por nós, queremos a verdade e nada mais pois infelizmente, já não o podemos ter de volta.
Manuela,
Já tinha notado a sua falta aqui no Fórum, mas só agora vi o porque... Imagino bem o que sente e o que está a passar, passei e passo pelo mesmo. O meu Painho faleceu a 2 de Fevereiro de 2008 vitima de doença oportunista no meio de sessões de quimioterapia. Acompanhei de perto, muito de perto a sua última semana, numa sexta feira estava "bem" na sexta seguinte ... teve a sorte de poder estar acompanhado durante as noites (penso que com a união dos hospitais militares isso agora não seja possível) estava com ele na última noite estive com ele até ao fim... gostava de dizer a dor e a saudade vai passar, que melhora, mas não é assim, aprende-se a viver uns dias melhores outros piores.
Mas há sempre um vazio ... não vou escrever mais queria poder dar uma força e não o estou a conseguir fazer.
Painho "Tenho saudades de te ver
Vontade de te abraçar...
Recordo-me de ti"
Um beijinho muito grande força muita força e para si e para a Dinodane.
Já tinha notado a sua falta aqui no Fórum, mas só agora vi o porque... Imagino bem o que sente e o que está a passar, passei e passo pelo mesmo. O meu Painho faleceu a 2 de Fevereiro de 2008 vitima de doença oportunista no meio de sessões de quimioterapia. Acompanhei de perto, muito de perto a sua última semana, numa sexta feira estava "bem" na sexta seguinte ... teve a sorte de poder estar acompanhado durante as noites (penso que com a união dos hospitais militares isso agora não seja possível) estava com ele na última noite estive com ele até ao fim... gostava de dizer a dor e a saudade vai passar, que melhora, mas não é assim, aprende-se a viver uns dias melhores outros piores.
Mas há sempre um vazio ... não vou escrever mais queria poder dar uma força e não o estou a conseguir fazer.
Painho "Tenho saudades de te ver
Vontade de te abraçar...
Recordo-me de ti"
Um beijinho muito grande força muita força e para si e para a Dinodane.