Sim, a poupança de energia se uma enorme quantidade de pessoas desligasse tudo o que tem em casa (não contando com os hospitais, como o Native disse, porque isso seria inconcebível) provavelmente seria enorme, mas isso não teria impactos nenhuns no ambiente, porque cinco minutos não anulam os dois séculos de industrialização já decorridos, o único impacto que vejo em dar um repouso massivo e extensivo aos aparelhos que consomem energia nas nossas casas seria apenas de ordem económica, pois poria as companhias de electrecidade com os nervos à flor da pele, visto que não podiam sacar tanto papel aos consumidores como sacam. Talvez quem tenha posto este mail a circular fosse uma empresa que quer destruir as empresas adversárias.
Agora vou calar-me, porque isto que eu disse já cheira a conspiração malévola com tendências destrutivas e anárquicas, com o propósito de me apoderar do mundo, para depois o entregar nas mãos dos que desconhecem que escrever com "k " e pôr letras e palavras onde elas não se põem, destrói o vocabulário e a sintaxe impossibilitando-nos de escrever a língua que sabiamos falar quando tinhamos dois anos. Também pretendo entregar o mundo àqueles que detestam animais carnívoros, porque argumentam que eles não são dignos de viver porque comem outros animais presas. Eu próprio já comecei a ver as coisas deste modo, e por isso, todos os dias, vou ao campo à procura de raposas, genetas, saca-rabos, cobras, águias-de-asa-redonda e peneireiros, e dou acada um- para além da sacramental festinha na cabeça- uma alface, uma couve-lombarda e dois rabanetes, para começar já a convertê-los. Houve uma geneta que fingia já ser uma Herbívora-Nova, no entanto, um dia segui-a e vi-a a fazer a folha a um rato; esperei uns dias e quando ela veio ter comigo para receber a hortaliça habitual, apanhei-a, crucifiquei-a, e deixei-a a apodrecer na berma do IC-19, para que sirva de exemplo a outros. Agora basta ver um desses animais a catar as pulgas e carraças- podiam usar um produto próprio, né?- que considero isso como comer carne, e portanto têm o mesmo destino: pregados a uma cruz que é posta na vertical no mesmo sítio da primeira.
Seus animais hereges
