“Parva da Geração Parva”

Conversas sobre outras temáticas e o que não se enquadrar em nenhuma outra secção.
VascoV2
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domingo fev 27, 2011 10:13 pm

Ia ainda mais longe...refere-se que os velhos tinham outra educação..curiosamente...a maioria das vezes os velhos são os mais mal educados...
<strong>As verdadeiras conquistas, as &uacute;nicas de que nunca nos arrependemos, s&atilde;o aquelas que fazemos contra a ignor&acirc;ncia </strong>
ana-carla
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domingo fev 27, 2011 10:14 pm

http://www.youtube.com/watch?v=_rgOFS7UZ2I

Esla letra diz tudo e é 100% correcta.
nicasxi
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domingo fev 27, 2011 10:16 pm

Ena!!!!!! Os advogados contra as generalizações hoje mudaram de lado.
Ora!!!!
É facil ir trabalhar todos os dias , para uma empresa, como estagiário, onde supostamente se deveria continuar a aprender e o serviço ser ir aos correios e servir cafés? E ainda ter que pagar do próprio bolso os transportes, as refeições e tudo mais?
Chama-se geração parva a pessoas que (como nós, os mais velhos, um dia tambem sonhámos),sonham uma vida inteira. porquê? Porque não têm direito os nossos jovens a construir aquilo que sonharam? Por serem a geração parva?
Paulo Santos e Terug, quando os vossos filhos se formarem e se depararem com esta mesma situação? Tambem vão ser parvos, como os outros?
Acho extremamente injusto classificarmos TODA uma geração e rotularmos todos por igual.... mas isso até nem é novidade para vocês. Afinal vocês insurgem-se sempre contra as generalizações. :roll:
Dedico esta assinatura a quem lhe "acentar" a carapuça :
"Quem nasce lagartixa, nunca chega a jacaré, por muito que se inche .... " By , um amigo muito querido ...



"Dogs are better than human beings because they know but do not tell."
— Emily Dickinson

À espera que os frangos que o Terug, o Paulo Santos e o Zefe andam a virar, fiquem prontos.
... e já agora tambem das courgettes da LuMaria!;)
rsccoutinho
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domingo fev 27, 2011 10:20 pm

Foi uma força de expressão... digamos que o que é realmente importante não aprendo em 3 anos de curso e só vou aprender (e se aprender) no último ano, que é considerado mestrado. Posso dizer-lhe que no meu curso, em 3 anos, temos 3 semanas de 'estágio'. Mas pronto isto sou eu que falo pelo meu curso, que está mal construido e com a carga horaria e os ects mal distribuidos, até professores estão a tentar fazer algo para mudar isso.

Mas pela minha pouca experiência, o que quis realmente dizer é que nada nos ensina mais e melhor que a prática. Venham todas as teorias, todas as concepções, todos os estudos. É na prática que tudo se revela...
nicasxi
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domingo fev 27, 2011 10:23 pm

rsccoutinho Escreveu:
Mas pela minha pouca experiência, o que quis realmente dizer é que nada nos ensina mais e melhor que a prática. Venham todas as teorias, todas as concepções, todos os estudos. É na prática que tudo se revela...
Se a/o rscoutinho tiver sorte igual a muitos outros vai adquirir prática em tirar cafés e esperar nas filas dos correios. E é aí que tudo se irá revelar.... concordo! :roll:
Dedico esta assinatura a quem lhe "acentar" a carapuça :
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rsccoutinho
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domingo fev 27, 2011 10:28 pm

nicasxi Escreveu:É facil ir trabalhar todos os dias , para uma empresa, como estagiário, onde supostamente se deveria continuar a aprender e o serviço ser ir aos correios e servir cafés? E ainda ter que pagar do próprio bolso os transportes, as refeições e tudo mais?
Chama-se geração parva a pessoas que (como nós, os mais velhos, um dia tambem sonhámos),sonham uma vida inteira. porquê? Porque não têm direito os nossos jovens a construir aquilo que sonharam? Por serem a geração parva?
nicasxi, todos temos o direito de sonhar. E de realizar os nossos sonhos e de facto é injusto e é triste que muitos jovens não tenham oportunidades de realizarem esses sonhos. Mas é verdade também que temos de lutar pelas coisas e principalmente lutar pelos sonhos. Infelizmente é o que temos, mas podiamos ter bem pior. Podiamos nunca ter a oportunidade sequer de estudar, o que por si só já é um grande sonho e já é bem mais do que os mais velhos conseguiram.

E que há muitos e muitos que não dão valor a isto e depois se desmotivam e andam por aí com manisfestações, quando nunca lutaram realmente por nada, isso sim, há!...
rsccoutinho
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domingo fev 27, 2011 10:33 pm

nicasxi Escreveu:
rsccoutinho Escreveu:
Mas pela minha pouca experiência, o que quis realmente dizer é que nada nos ensina mais e melhor que a prática. Venham todas as teorias, todas as concepções, todos os estudos. É na prática que tudo se revela...
Se a/o rscoutinho tiver sorte igual a muitos outros vai adquirir prática em tirar cafés e esperar nas filas dos correios. E é aí que tudo se irá revelar.... concordo! :roll:
Se for isso que me espera, então, é melhor que ficar em casa revoltada e sem fazer nada. E não tenho medo nenhum de ir fazer isso, não me vai cair nenhum braço. Aliás, já o fiz por muito tempo...e a minha oportunidade na minha área há de chegar pois não vou ficar de braços cruzados...enquanto tiro uns cafés:-P

Mas esse comentário foi para responder à forista Acena que perguntou porque é que eu disse que no meu curso não aprendia nada! Essa foi a minha resposta, que as teorias que aprendia no curso não chegavam ao que se aprendia na prática.
xPauloSantos
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domingo fev 27, 2011 10:42 pm

post editado





Nicas, desculpa lá ter apagado o post, mas foi apenas para contextualizar a minha opinião.

Apaguei porque, como sabes, esta coisa de ter a vida privada aqui escarrapachada não faz muito o meu feitio ;)
Última edição por xPauloSantos em domingo fev 27, 2011 11:37 pm, editado 1 vez no total.
<p>"Cortas as unhas e aguentas"&nbsp; by PauloC
</p>
<p>Eu vou j&aacute; ali flagelar-me - com um molho de agri&otilde;es - by Babaorum </p>
<p> </p>
nicasxi
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domingo fev 27, 2011 11:03 pm

Obrigado, Paulo! :D
Mas a questão aqui nem é bem " a cama que o teu filho fizer". A questão aqui, é que se está a generalizar e a colocar no mesmo saco toda uma geração. Estamos a criticar todos os jovens licenciados que não estão contentes por estarem a pagar ( porque é o que eles fazem ) para estagiar , supostamente para adquirirem mais prática na profissão e nesse estágio fazem tudo menos o que seria suposto.
E não são um, nem dois ou três casos.
E se muitos como o/a rscoutinho ficam contentes com esta situação e já se dão por felizes, outros há a quem isso sabe a pouco. E sentem-se defraudados. Sentem-se injustiçados.
Quando perguntei , se acontecer aos vossos filhos, foi mesmo para saber se tambem os considerariam parvos por não se ajustarem a uma situação destas.
Eu , como sabes, por enquanto, uma ainda não sabe o que quer ser , a outra ainda não se formou e a mais velha escolheu uma carreira a seu modo, sem este tipo de problemas. Mas conheço muitos e muitos, acabados de ser lançados em empresas onde não os respeitam , como eles merecem , vejo-lhes o desalento e a decepção a crescer nos olhos e compreendo. Compreendo que a situação, tal como está, tem que mudar. E não é com a demagogia do "fazer parte da solução!" que se resolve. Isso querem eles, fazer parte de alguma coisa...daquilo que estudaram e se prepararam durante os cursos.
Dedico esta assinatura a quem lhe "acentar" a carapuça :
"Quem nasce lagartixa, nunca chega a jacaré, por muito que se inche .... " By , um amigo muito querido ...



"Dogs are better than human beings because they know but do not tell."
— Emily Dickinson

À espera que os frangos que o Terug, o Paulo Santos e o Zefe andam a virar, fiquem prontos.
... e já agora tambem das courgettes da LuMaria!;)
xPauloSantos
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domingo fev 27, 2011 11:04 pm

nicasxi

Deixa-me apenas esclarecer uma coisa porque, ao que me parece, fizeste um má interpretação daquilo que eu disse.


Eu não estou de forma alguma de acordo com o artigo, e deixei isso bem claro quando referi que as generalizações são perigosas.

Claro que, compreendo a frustração de muitos jovens que investiram na sua formação e agora se vêm completamente desmotivados por não terem saídas profissionais.

Mas, como em tudo na vida, existe o outro lado... o lado daqueles que entendem que as coisas lhe têm de ser dadas de "mão beijada"

Tenho uma moça que é licenciada e os amigos lhe dizem que não entendem como é que ela aceita qualquer trabalho.

Ela aceita porque precisa, porque entende que, independentemente de não estar a desempenhar funções na sua área de formação, ainda assim, consegue destas experiências retirar mais-valias.

Os amigos dela, vivem na sombra dos Pais.

É esta a postura correcta ?
<p>"Cortas as unhas e aguentas"&nbsp; by PauloC
</p>
<p>Eu vou j&aacute; ali flagelar-me - com um molho de agri&otilde;es - by Babaorum </p>
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rsccoutinho
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domingo fev 27, 2011 11:08 pm

Eu não disse que me sentia feliz por isso, vamos lá a entender: eu disse que temos de lutar por situações melhores, temos de tentar subir na vida, não nos acomodarmos a situações precárias, e se estas forem as únicas a que temos direito, então que tentemos dar a volta, lutar, como fez o Paulo Santos. Com vontade, con força, com esperança, tudo é possível. Lamentações, essas não dão em nada.

Espero que tenha sido explicíta.
marianamar
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domingo fev 27, 2011 11:08 pm

Acena Escreveu:Todas as gerações têm os seus problemas e o mundo está (e sempre esteve) em mudança. Isso não quer dizer que não devam lutar por uma vida melhor.
Concordo plenamente!
Realmente, está nas nossas mãos criar essa mudança, lutar pelos nossos sonhos, por esse mundo que nos prometeram. Não sou adepta da inércia: apenas acho que protestar é mais um modo de acção, necessário.

Como fizeram os Deolinda com a canção (a canção ainda é uma arma!), como faz este rapaz ao fazer-se ouvir, como farei dia 12 na manifestação, e como faço todos os dias, tentando "criar" as minhas próprias soluções de trabalho apesar de estar desempregada.

E esses estágios vergonhosos em que é preciso pagar para trabalhar???
Isso é trabalho escravo sim, e recuso-me a fazê-lo, até porque no fim desse estágio raro é o jovem que é realmente recompensado pelo seu esforço... volta ao desemprego!

O meu problema com o discurso da senhora Isabel neste texto é o tom depreciativo com que fala da minha geração... uma geração, segundo ela, que estudou e viveu à sombrinha dos papás, que teve tudo de mão dada, e que agora que não tem o emprego que queria, se põe a choramingar.

Pois eu se concluí os meus estudos (até onde deu, que bem gostaria de continuar) foi à custa de muita lata de atum, quando havia... Vida de estudante, no geral, não é luxo!

E não tendo responsabilidades maiores, acho-me no direito de continuar a perseguir o meu sonho. Abdico de casar, abdico de casa própria, abdico de carro, abdico de férias, abdico de filhos... mas porra, tenho talento e quero usá-lo! Tenho o direito de tentar pelo menos, até onde der, como der.
rsccoutinho
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domingo fev 27, 2011 11:17 pm

O meu problema com o discurso da senhora Isabel neste texto é o tom depreciativo com que fala da minha geração... uma geração, segundo ela, que estudou e viveu à sombrinha dos papás, que teve tudo de mão dada, e que agora que não tem o emprego que queria, se põe a choramingar.
Isso também concordo, esse tom depreciativo da senhora Isabell não foi nada simpático. Mas olhe, em relação ao que citei, acredite que existem muitas pessoas assim, demais até. Existem muitas pessoas que nunca fizeram nada, nunca trabalharam, nunca deram valor a nada, vão estuda e depois quando se vêem a braços com as dificuldades da vida o que fazem é manifestar-se, conheço muita gente assim, e é triste!

Pois eu se concluí os meus estudos (até onde deu, que bem gostaria de continuar) foi à custa de muita lata de atum, quando havia... Vida de estudante, no geral, não é luxo!
Já somos duas!! Ai a minha amiga lata de atum, a minha amiga solidão que nas noites de estudo árduo longe de casa me visitava, apesar de estar rodeada por centenas de pessoas... Luxo!? Que é dele! :-P

Olha, independentemente de qualquer opinião, marianamar... Força, não desistas! Eu entendo essa situação, e ainda não acabei mas sei o que é. Não desistas, luta sempre por mais e melhor, tens valor e tu sabes disso! Seja por manisfestações, por alternativas laborais, enfim. A vida está à tua frente e não desistas. E parvos são os que eu referi acima, encostados durante anos à sombra de facilidades, e quando as coisas de avizinham negras... ui. (e por certo que era também a quem se referia a Isabell.)
marianamar
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domingo fev 27, 2011 11:29 pm

rsccoutinho, o problema parece-me estar, como disse o xPauloSantos, nas generalizações... e penso que é por isso que peca o artigo da Isabel Stilwell.

Sim, muitos jovens tiveram tudo, muito fácil. Outros não.
Como também já foi referido, muitos pais desses jovens abandonam os seus velhos... outros não.
Muitos jovens não fazem mais que reclamar entre dois jogos de playstation... mas outros fazem mais.
Não podemos generalizar.


E como há jovens arrogantes com o seu canudo, também há muitos "adultos" incompetentes a roubar-lhes emprego... No único trabalho que consegui desde a conclusão do meu curso (um estágio) tinha um colega que fazia das suas sestas regra, levava filmes para ver no computador, insultava-me e ameaçava-me... e é esse excelso trabalhador que a lei protege.

P.S. Acho que sei umas 20 receitas diferentes com atum :twisted:
xPauloSantos
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domingo fev 27, 2011 11:34 pm

marianamar Escreveu: O meu problema com o discurso da senhora Isabel neste texto é o tom depreciativo com que fala da minha geração... uma geração, segundo ela, que estudou e viveu à sombrinha dos papás, que teve tudo de mão dada, e que agora que não tem o emprego que queria, se põe a choramingar.
Mais do que depreciativo, sinceramente, acho-o insultuoso e não apenas para a sua geração.

As gerações são o que são, valem o que valem.

Sinceramente, este artigo não tem outro adjectivo que não seja... Parvo.

Começando logo pela comparação entre aquilo que é o tema em si, e a ida de uma geração para o Ultramar... ainda não consegui perceber muito bem o que tem o "dito CUjo a ver com as calças"... mas se calhar, sou eu que sou parvo
<p>"Cortas as unhas e aguentas"&nbsp; by PauloC
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