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Partidos

Votação encerrada em segunda jun 06, 2011 10:52 am

PS
10
33%
PSD
6
20%
CDU
2
7%
CDS
7
23%
BE
1
3%
Minorias
4
13%
 
Total de votos: 30
citrex
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domingo jun 12, 2011 12:20 pm

xPauloSantos Escreveu:
citrex Escreveu: Quantas empresas oferecem essa possibilidade?

Acha que numa fábrica/empresa familiar/empresa de restauração/hotelaria uma pessoa tem hipóteses de subir na vida como, felizmente, lhe aconteceu? Acha que se fosse um recém licenciado tinha conseguido subir na hierarquia como conseguiu?
Não sei quantas oferecem essa oportunidade, mas sei que, infelizmente as oportunidades não são muitas, daí que, seja necessária alguma inteligência para as identificar e segurar no momento certo.

Durante o tempo em que estive desempregado, trabalhei, embora de forma muito esporádica, numa ou noutra empresa.

Sempre que me foi dada uma oportunidade, agarrei-a, mas consciente que, as perspectivas de futuro eram limitadas.

No entanto, quando entrei para a empresa onde estou actualmente, vi que havia algo mais, por isso, além de agarrar a oportunidade, dediquei-me de corpo e alma ao trabalho... construí eu próprio a oportunidade.

Quanto ao facto de ter a mesma oportunidade se fosse recém licenciado, sinceramente não lhe sei responder, não sou nem recém, nem licenciado.

Talvez pelo facto de não ser licenciado, encare que, tenho de me colocar em "bicos de pés", esforçar-me mais, empenhar-me ao máximo para conseguir chegar onde cheguei... e não parei, porque a minha ambição (saudável) não me permite olhar a vida de outra forma e o meu limite é céu ;)
era ai que queria chegar. As oportunidades existentes são poucas. Muito poucas. Menos ainda nestas alturas de crise.

Obviamente que temos de nos adaptar e dedicar-nos ao trabalho mas em empresas familiares/hotelaria/restauração/fabricas dedica-mo-nos a ser explorados. Trabalhar num hotel de 5* das 6h 30m (local sem transportes) às 15h, sem fins de semana, folgas rotativas, contrato a prazo, atender ricaços e levar para casa salário minimo não é animador.

Por alguma coisa vemos uma grande rotação de empregados em restauração. A receber 500€ quando podemos ir ganhar 550€ (mais 10%) trocamos sem pensar duas vezes porque já sabemos que as hipoteses de subir na carreira naquele local são nulas porque quando abrir uma vaga num local acima será para a filha ou para o filho do dono do estabelecimento.

Estou a tirar gestão hoteleira e tenho um colega que não faz nada, já chumbou o ano inclusive e porque? Porque o pai é dono de um hotel e ele sabe que assim que acabar o curso vai para director, demore 3, 5 ou 10 anos a acabar o curso. O resto vai andar a penar para subir na carreira, fazer muitas noites na recepção, muitos meses sem fins de semana e com poucas probabilidades de subir na carreira
Chamarrita
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domingo jun 12, 2011 1:08 pm

É importante compreender que os "topos da carreira" são para uma minoria e nem todos podemos (ou queremos) ascender. Acho preferível desempenhar bem uma função "básica" do que desempenhar mal um cargo superior. Não é ter uma profissão, um emprego ou um trabalho que faz de nós melhores pessoas; o que quer que se faça, deve ser feito com brio. Muita gente é desvalorizada pelo emprego que tem: varredores de ruas, funcionários da recolha de lixo, empregadas de limpeza, repositores, operários da construção civil (vulgo "trolhas"). Mais importante que a remuneração é a realização pessoal, a satisfação das necessidades pessoais. E também não vejo porque se há-de apontar quem se satisfa com pouco e não tem ambições profissionais. Parece que a velha máxima "Arbeit macht Frei" ("o trabalho liberta") ou "do trabalho nasce a honra" persistem mais do que seria desejável. Não compreendo que se sacrifique a vida em troca de dinheiro. E, se me falarem em preguiça, eu respondo com ganância, orgulho e vaidade, já que estamos a falar de pecados mortais. :P

A maioria da pessoas não procura apenas um emprego ou um trabalho; procura uma fonte de sustento e de reconhecimento. E não se valoriza enquanto pessoa apenas porque apenas é vista em função da sua "utilidade". Tenho imensa pena de ver gente reformada a entrar em depressão porque não sabem fazer mais nada a não ser trabalhar... e também muita pena dos milhares de jovens obrigados a ter uma "formação" que não desejam, apenas para conseguir um meio de sustento. E enquanto se desesperam para conseguir o que é suposto toda a gente ter (sei lá porquê, mas é suposto: casa, família, carro, emprego), desperdiçam os seus melhores anos. Não estudam, não tentam saber um pouco mais, não lêem, não aproveitam o ócio para crescimento pessoal e enriquecimento interior.

O grande problema é que há gente a mais e por muito democráticos que sejam os estados, não chega para todos. Vejo a nossa sociedade, especialmente a urbana, como um enorme formigueiro - pior até, pois as formigas não trabalham no inverno - , e tudo o que não seja relacionado com esta lufa lufa, com esta luta pela sobrevivência, é visto como fútil. Criámos as máquinas e trabalhamos cada vez mais. Faz sentido? para mim, não.

Não nascemos todos iguais. Para muitos, nunca haverá oportunidades. A maioria está condenada à escravidão desde que nasce. Pensamos que temos liberdade, mas ter de escolher aquilo que nos é apresentado não é liberdade nenhuma, é apenas escolha. A liberdade tem um preço que nenhum dinheiro paga.

É o Admirável Mundo Novo...
Acredito na Paciência, na Persistência, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!
marianamar
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domingo jun 12, 2011 2:09 pm

Chamarrita Escreveu:É importante compreender que os "topos da carreira" são para uma minoria e nem todos podemos (ou queremos) ascender. Acho preferível desempenhar bem uma função "básica" do que desempenhar mal um cargo superior. Não é ter uma profissão, um emprego ou um trabalho que faz de nós melhores pessoas; o que quer que se faça, deve ser feito com brio. Muita gente é desvalorizada pelo emprego que tem: varredores de ruas, funcionários da recolha de lixo, empregadas de limpeza, repositores, operários da construção civil (vulgo "trolhas"). Mais importante que a remuneração é a realização pessoal, a satisfação das necessidades pessoais. E também não vejo porque se há-de apontar quem se satisfa com pouco e não tem ambições profissionais. Parece que a velha máxima "Arbeit macht Frei" ("o trabalho liberta") ou "do trabalho nasce a honra" persistem mais do que seria desejável. Não compreendo que se sacrifique a vida em troca de dinheiro. E, se me falarem em preguiça, eu respondo com ganância, orgulho e vaidade, já que estamos a falar de pecados mortais. :P

A maioria da pessoas não procura apenas um emprego ou um trabalho; procura uma fonte de sustento e de reconhecimento. E não se valoriza enquanto pessoa apenas porque apenas é vista em função da sua "utilidade". Tenho imensa pena de ver gente reformada a entrar em depressão porque não sabem fazer mais nada a não ser trabalhar... e também muita pena dos milhares de jovens obrigados a ter uma "formação" que não desejam, apenas para conseguir um meio de sustento. E enquanto se desesperam para conseguir o que é suposto toda a gente ter (sei lá porquê, mas é suposto: casa, família, carro, emprego), desperdiçam os seus melhores anos. Não estudam, não tentam saber um pouco mais, não lêem, não aproveitam o ócio para crescimento pessoal e enriquecimento interior.

O grande problema é que há gente a mais e por muito democráticos que sejam os estados, não chega para todos. Vejo a nossa sociedade, especialmente a urbana, como um enorme formigueiro - pior até, pois as formigas não trabalham no inverno - , e tudo o que não seja relacionado com esta lufa lufa, com esta luta pela sobrevivência, é visto como fútil. Criámos as máquinas e trabalhamos cada vez mais. Faz sentido? para mim, não.

Não nascemos todos iguais. Para muitos, nunca haverá oportunidades. A maioria está condenada à escravidão desde que nasce. Pensamos que temos liberdade, mas ter de escolher aquilo que nos é apresentado não é liberdade nenhuma, é apenas escolha. A liberdade tem um preço que nenhum dinheiro paga.

É o Admirável Mundo Novo...

E aqui está uma vez mais, a resposta que eu não conseguia dar...
Li nos posts anteriores críticas a pessoas que trocaram de emprego porque trabalhavam demais... e que tem isso?

É preciso um equilíbrio na vida. É como na velha história da Cigarra e a Formiga. Se formos como a cigarra, somos realmente parasitas, a viver à custa dos grãos dos outros. Mas se formos como a formiga... também não é menos triste, andar a amealhar os grãos uma vida toda, para depois morrer sem nunca a ter aproveitado.

A minha ambição não é, nunca foi, ter dinheiro. A minha ambição é tornar-me naquilo que acredito, nasci para ser. Os topos de carreira podem não ser para todos... mas não desisto daquilo que escolhi como minha "carreira". Os caminhos que lá levam... ui, podiam ser bem mais simples, se tivesse pais ricos (ou simplesmente mais interessados). Mas lá levarão.

Isto para dizer que cada um escolhe os seus caminhos, e mais ainda, os "sítios" onde quer chegar. Não nos podemos indignar com o que parece falta de ambição das outras pessoas... quando elas podem simplesmente ambicionar algo diferente daquilo com que nós sonhamos.


P.S. Chama, estou a adorar o livro ;)
Chamarrita
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domingo jun 12, 2011 2:36 pm

Bem... eu não considero a cigarra da fábula como uma parasita. :twisted: Ela apenas escolheu a vida artística, cantava, animava os arraiais e participava nos festivais de verão... :lol: é o chamado "trabalho sazonal"! E, como cantava o Raúl Seixas, Maluco Beleza: "a formiga só trabalha porque não sabe cantar"! 8)

mas também gosto da frase atribuída a Confúcio: "escolhe um ofício que adores e não terás um único dia de trabalho na tua vida!"

É preciso ter cuidado. O trabalho, tal como o ócio, vicia... :wink:


e mais uma edição:
P.S. - Mariana, imaginei que ias adorar. :) Mas é assustador...! :o
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marianamar
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domingo jun 12, 2011 3:09 pm

Também está bem visto :lol:
Tendo amigos músicos, tenho de concordar eheh!


P.S. Acho que o final do Animal Farm já me tinha preparado para isso... mas ainda estou a meio. Vamos ver!
aisd
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periquito FALCANITO

domingo jun 12, 2011 3:35 pm

Bem, devo dizer,Marianamar e Chamarrita, que as vossas intervenções transmitem uma ideia que, eu acho, errada : que seguir uma vocação não implica trabalho.
Pode não ser "trabalho" na medida em que "quem corre por gosto não cansa", mas, na verdade, geralmente implica dedicação feroz.

Agora, voltando à vaca fria :
Aprecio imenso o espírito de luta que vejo aqui em muitas intervenções.
Pessoas que não se deixam vencer pelas dificuldades (que estão na ordem do dia) antes procuram um caminho, entre os espinhos que se apresentam.

É, de facto, necessário mudar as mentalidades, a maneira de estar na vida.
(por aqui se vê porque é que os tugas são tão bem sucedidos lá fora - porque têm as capacidades...).

Contudo, os problemas do país estão longe de se reduzirem à maneira de estar de cada um de nós.
Questões que só políticamente se podem resolver.

Dinheiros públicos são esbanjados.
Só a título de exemplo :
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/eco ... -1730.html
E, como este, dezenas de casos, em autarquias ou pelo governo central.
E já não falando dos fundos que se atribuem aos partidos...o que explica porque é que está tudo na mesma.

As pessoas estão longe do poder.
Pessoalmente, sou a favor da eleição por circulos uninominais, onde sabemos quem elegemos, em vez de votar num partido, que decide quem nos representa...
Haveria maior responsabilização dos eleitos perante os seus eleitores - acho eu que era bom.

Mais fiscalização e divulgação pública dos dinheiros distribuídos pelo estado.
Em último caso, o público tem o direito de saber para onde vão os seus impostos e onde são aplicados.

Não se trata de acaber com o RSI, o SNS, a SS.
Trata-se de fiscalizar a sua atribuição.
De forma transparente.
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>
Chamarrita
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domingo jun 12, 2011 4:30 pm

aisd Escreveu:Bem, devo dizer,Marianamar e Chamarrita, que as vossas intervenções transmitem uma ideia que, eu acho, errada : que seguir uma vocação não implica trabalho.
Pode não ser "trabalho" na medida em que "quem corre por gosto não cansa", mas, na verdade, geralmente implica dedicação feroz.

(...)

É, de facto, necessário mudar as mentalidades, a maneira de estar na vida.
(por aqui se vê porque é que os tugas são tão bem sucedidos lá fora - porque têm as capacidades...).

Contudo, os problemas do país estão longe de se reduzirem à maneira de estar de cada um de nós.
Questões que só políticamente se podem resolver.

(...)
As pessoas estão longe do poder.
Errada é a forma como se pode interpretar a ideia transmitida. :) Eu acho que uma vocação, um dom, uma competência, são como sementes frágeis, que exigem esforço e dedicação para germinarem e crescerem e poderem frutificar. Citando Picasso (embora já tenha visto esta citação atribuida a outros), "a arte é 10% de inspiração e 90% de transpiração". Não basta ter as capacidades, há que desenvolvê-las, exercitá-las, nutri-las. E isso exige sacrifício e disciplina, persistência e vontade inabalável. Exige que sejamos capazes de nos tornar "imunes" às circunstâncias, que estão sempre a mudar, e uma grande capacidade de adaptação. Muitas vezes o sucesso só é atingido porque não está lá ninguém para nos dizer que não somos capazes... ou porque conseguimos fazer ouvidos moucos. Mas não é fácil, dado que existimos e vivemos em relação aos outros.

As pessoas não estão longe do poder. O poder está dentro de cada um, mas teimamos em exteriorizá-lo, em colocá-lo fora de nós, porque o poder exige responsabilidade. Não podemos mudar o mundo, mas podemos mudar-nos e mudar a nossa visão do mundo; são questões que, antes de serem resolvidas politicamente, têm de ser resolvidas dentro de cada indivíduo. Todos queremos o mesmo: as nossas necessidades satisfeitas; por isso, cada um deve fazer a sua parte, descobrir e utilizar os seus talentos. Os talentos de nada servem se não forem postos ao serviço dos outros.

Somos nós, todos juntos e individualmente, que fazemos um país. As escolhas políticas e todas as outras são opções pessoais, resultam de cada indivíduo. Acho que os portugueses, enquanto povo, têm baixa-autoestima, fraca autoconfiança. Lá fora, longe do aconchego das saias da mãe (pátria), temos de nos desenrascar... mas não posso concordar com a generalização. A maioria não consegue. Distinguem-se aqueles que referi mais acima, os que lutam, os que têm vontade, os que se adaptam e colocam ao dispôr dos outros os seus dons, as suas vocações. Aqui, quem se destaca, "tem a mania que é melhor que os outros"; ficamos contentes porque "há quem esteja pior do que nós"; nivelamo-nos pela mediocridade e satisfazem-nos as glórias do passado, das conquistas que fizemos... e que não soubemos manter, porque a sombra das bananeiras é demasiado convidativa. A nossa alma é pequena, mirrou, como aconteceu, aliás, com grande parte dos outros países da cultura que partilhamos. Somos "lacaios", lambe-botas, e deixamo-nos espezinhar, para depois nos queixarmos, ai coitadinhos de nós que somos tão pobrezinhos e nos fizeram tanto mal. Somos mal educados e mal formados, resistimos ao conhecimento. E temos medo que nos "lixem", por isso tentamos enganar antes de sermos enganados.

Se formos ver bem, todos os países lusófonos têm problemas semelhantes. O problema deve estar na língua portuguesa, pois em nenhuma outra se conhecem expressões como "quem não chora não mama" ou "nunca peças a quem pediu, nunca sirvas a quem serviu". Utilizamos os nossos talentos egoisticamente, para proveito próprio, somos invejosos e é por isso que não saimos da cepa torta.Ao fim e ao cabo... prostituimo-nos.

"É preciso ter calma, não dar o corpo pela alma". "que força é essa amigo, que te põe de bem com os outros e de mal contigo". Mas isto são só canções, não é?...

:roll:
Acredito na Paci&ecirc;ncia, na Persist&ecirc;ncia, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!
aisd
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periquito FALCANITO

domingo jun 12, 2011 5:22 pm

100% de acordo, Chamarrita.
I stand corrected.
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>
marianamar
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domingo jun 12, 2011 9:42 pm

aisd Escreveu:Bem, devo dizer,Marianamar e Chamarrita, que as vossas intervenções transmitem uma ideia que, eu acho, errada : que seguir uma vocação não implica trabalho.
Pode não ser "trabalho" na medida em que "quem corre por gosto não cansa", mas, na verdade, geralmente implica dedicação feroz.
Então ou interpretaste mal ou eu fui eu que me exprimi mal ;)

É claro que seguir uma vocação dá trabalho! Diria até que dá MAIS trabalho, porque a pessoa não se conforma com um "tachinho" confortável para a vida, continua a tentar evoluir sempre, a tentar superar todos os obstáculos que vai encontrando pelo caminho, incluindo o pior de todos: superar-se a si própria.

Sendo uma artista tenho de dizer, por muitas dificuldades que me apareçam à frente, não há nada mais difícil que superar os meus próprios limites: o meu conhecimento e o meu talento, ou a falta deles.

No momento em que estás satisfeito com as tuas capacidades está tudo estragado... é preciso querer ser melhor, sempre!

*edit*
Depois de ler e concordar a 100% com a resposta da Chamarrita, tenho de acrescentar a citação que mais vezes repito para comigo :P
"A inspiração existe, mas tem de te encontrar a trabalhar."
Pablo Picasso

E essa canção do Sérgio Godinho... acho que a ouvi todos os dias esta semana. Dá-me força. E por alguma razão, lembra-me o cavalo Boxer, de Animal Farm.
Pequebrado
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domingo jun 12, 2011 10:14 pm

dinodane Escreveu:Pequebrado, é isso mesmo.
Hoje já é tarde, mas mais tarde vou fazer aqui copy paste de uma série de anúncios de emprego actuais, série essa dedicada a algumas pessoas que aqui escreveram de "papo cheio", como se costuma dizer... :roll:
só acrescento que fiquei desempregada a 7 dias de fazer 50 e já estou nos 51 - oxalá que o tal trabalho apareça porque não tenho qualquer problema de ir à luta...

já respondi a anúncios de:
lares 3ª idade
restaurante
bar
auxiliares
secretariado ( a minha área durante 28 anos)
jardinagem
recepcionista (diferentes sectores de actividade)
vendedora
call center
assistente de dentista
limpeza hóteis

tudo o que aparece sem limite de idade e que eu veja que consigo desempenhar as tarefas e que tenho as habilitações académicas - segue resposta com CV

como escrevi mais atrás: ao fim dum ano tive 0 respostas
<p><strong>Ajude A Ajudar </strong><a href="http://ospeludosdamelinha.blogspot.com/ ... ot.com/</a> </p>
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marianamar
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domingo jun 12, 2011 10:21 pm

E outra coisa a propósito do que disseste, Pequebrado...

Eu estou inscrita no Centro de Emprego há mais de um ano, enviaram-me informações para dois trabalhos: um, devem ter achado que eu tinha qualificações pelo "nome" do meu curso... mas não tinha mesmo. Perda de tempo. O outro... implicava recruta militar. Enfim.

A questão é... um ano de inscrição, dois anúncios inúteis.
É possível que tinha sido isto tudo o que lhes passou pelas mãos?
Mas não houveram mais trabalhos que eu pudesse fazer, num ano inteiro?
Como pode ser, se quando lá passo há anúncios na parede (mas não dá para os ir vendo regularmente porque o centro fica muito longe...)?

Já alguém passou por isto?
É suposto o Centro de Emprego funcionar decentemente?
Ou sempre funciona, mas de uma maneira que não se entende?
miguelabm
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domingo jun 12, 2011 10:36 pm

marianamar Escreveu:E outra coisa a propósito do que disseste, Pequebrado...

Eu estou inscrita no Centro de Emprego há mais de um ano, enviaram-me informações para dois trabalhos: um, devem ter achado que eu tinha qualificações pelo "nome" do meu curso... mas não tinha mesmo. Perda de tempo. O outro... implicava recruta militar. Enfim.

A questão é... um ano de inscrição, dois anúncios inúteis.
É possível que tinha sido isto tudo o que lhes passou pelas mãos?
Mas não houveram mais trabalhos que eu pudesse fazer, num ano inteiro?
Como pode ser, se quando lá passo há anúncios na parede (mas não dá para os ir vendo regularmente porque o centro fica muito longe...)?

Já alguém passou por isto?
É suposto o Centro de Emprego funcionar decentemente?
Ou sempre funciona, mas de uma maneira que não se entende?

Deixa la Mariana...eles acharam que eu era optimo para tecnico de plotters por ser arquitecto. :lol: :lol:
marianamar
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domingo jun 12, 2011 10:46 pm

miguelabm Escreveu:
marianamar Escreveu:E outra coisa a propósito do que disseste, Pequebrado...

Eu estou inscrita no Centro de Emprego há mais de um ano, enviaram-me informações para dois trabalhos: um, devem ter achado que eu tinha qualificações pelo "nome" do meu curso... mas não tinha mesmo. Perda de tempo. O outro... implicava recruta militar. Enfim.

A questão é... um ano de inscrição, dois anúncios inúteis.
É possível que tinha sido isto tudo o que lhes passou pelas mãos?
Mas não houveram mais trabalhos que eu pudesse fazer, num ano inteiro?
Como pode ser, se quando lá passo há anúncios na parede (mas não dá para os ir vendo regularmente porque o centro fica muito longe...)?

Já alguém passou por isto?
É suposto o Centro de Emprego funcionar decentemente?
Ou sempre funciona, mas de uma maneira que não se entende?

Deixa la Mariana...eles acharam que eu era optimo para tecnico de plotters por ser arquitecto. :lol: :lol:
LOLOLOL :lol:
Só rindo mesmo... os moços da intervenção de há uns tempos tinham razão. "Centro de emprego? Só para quem lá trabalha."
Pequebrado
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segunda jun 13, 2011 11:17 am

Um tema um pouco ao lado:
«Suicídio no Alentejo é consequência da falta de apoios à população idosa»

http://www.alert-online.com/pt/news/hea ... P_20110613

uma das notícias de:
Newsletter ALERT Saúde na Internet
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Acena
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segunda jun 13, 2011 3:02 pm

Uma boa notícia, isto não está assim tão mal como parece... mas só para alguns, claro! Subsídio de reintegração dos deputados:
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portuga ... id=1876768
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