quarta nov 14, 2012 1:51 am
Também tenho as minhas histórias, desde encontrar latas de feijão e grão e de conservas de peixe ao lado dos contentores do lixo, todas ostentando rótulos com o tal "Venda Proibida" e a identificação da entidade caritativa que as tinha dado, em zonas em que não havia "pobrezinhos" a ajudar, até recusas em receber donativos que não fossem em dinheiro, de tudo já me calhou.
Como me aconteceu com uma instituição de ajuda a bebés, que recusou dois sacos dos grandes cheios de bonecos de peluche, argumentando que do que precisavam era mesmo de dinheiro. Ou outra que só a muito custo e de má vontade aceitou um bom lote de roupas de bebé, e mesmo assim tivemos de lhas enviar pelo correio porque o responsável que todas as semanas vinha a Lisboa não estava disponível para as levar para baixo. E depois de enviadas e recebidas, nem uma palavra a acusar a entrega, teve de se lhe telefonar semanas depois a perguntar se a encomenda já tinha chegado.
Para já não falar das associações de animais insistentemente contactadas para virem a minha casa (não tenho carro nem conduzo) buscar cobertores, edredões e mantas para os seus animais, disseram todas que sim, agradeceram muito, mas até hoje. Ou aquela outra que andava em campanha por doações de azulejos que depois de vários telefonemas acabou a discutir a cor dos ditos que iam ser oferecidos e a rejeitar a oferta por não serem antiderrapantes (não eram, eram azulejos de parede e eu tinha sido clara a esse respeito), nem da tal cor certa...
Enfim, histórias destas há-as aos milhares por esse país fora. A caridade é um grande negócio.
<p>Olá, eu sou a... Floripes3 que já foi 2. :mrgreen:</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>