Tragedia no brasil

Conversas sobre outras temáticas e o que não se enquadrar em nenhuma outra secção.
jofelix
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terça abr 12, 2011 12:35 pm

Terugkeren Escreveu:
Acaldeira Escreveu: Nós só sabemos a nossa reacção quando passamos pelas situações. O resto é conversa.
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« Se ouvir, esqueço, mas se vir, nunca mais esqueço » (Confúcio) http://www.youtube.com/watch?v=8n2WKBoA9gY&aia=true
sylviaplath
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terça abr 12, 2011 2:20 pm

Netherwing Escreveu:
A imparcialidade de quem julga e atribui determinada punição é mera utopia.

Em crimes de sangue não há alma humana capaz de a atingir ... por muito que o queira.
E quer-se mas só não se consegue.

Quem julga sabe-o, quem defende sabe-o... quem acusa ... quem redige... quem assiste à sessão... ninguem está imparcial.

Mas sim tem razão existem regras e leis para se cumprir... e ainda bem.
Eu só tentaria antecipar-me a elas... tentaria muito.

Causa e efeito... crime e castigo... assim de simples.

A minha Liberdade termina onde começa a dos outros.... ou...
A minha vida termina quando quero brincar aos Deuses e dizimar um bando de crianças da escola.

Mas isto é tudo tão complexo e eu não consigo alcançar a elevação de pensamento, duma analise clinica isenta e bem elaborada.

Para mim seria básico... não menos triste nem menos sofrido... só muito mais básico na retribuição!


De qualquer forma... é bom que abordemos estes temas, coloca-nos em perspectiva sobre coisas desconfortáveis e também faz amadurecer... o simples facto de simular estas sensações e sentimentos faz reflectir ...
não faz?! :)

"Se a alma é mortal e Deus não existe, tudo é permitido?"
Dostoiévski
Irmãos Karamázov
A imparcialidade na justiça é um esforço necessário. E apesar de todos os que não estejam directamente afectados (“Quem julga sabe-o, quem defende sabe-o... quem acusa ... quem redige... quem assiste à sessão...”) desenvolverem seguramente emoções que lhes dificultarão um julgamento neutro, é essencial que esse esforço seja consciente e exista.

No entanto, não é por acaso que os familiares não têm papel activo em avaliar e determinar a punição, exactamente por serem directamente afectados. E, esse afastamento não é uma desvalorização dos seus sentimentos. É legítimo que eles existam. Que exista revolta, raiva, ódio, angústia, desejo de vingança, incompreensão. Todos estes sentimentos são mais que legítimos. E nenhum de nós consegue imaginar o que seria, ou mesmo que reacção teria (nesse ponto faço um x5 ao que disse Acaldeira) ante situação tão horrenda.

Claro que há uma distância a percorrer entre desejo de vingança e a passagem ao acto. Caberá a cada indíviduo gerir as suas emoções (por exemplo aquelas que referi acima) como conseguir. Não sei até que ponto praticar uma vingança seria também encarnar o papel de Deus, tentando desesperadamente reatribuir alguma ordem lógica e justa nos acontecimentos. Até que ponto é justo matar porque o outro matou? São questões a que não espero resposta, mas que aterram no pensamento.

Se a forista Netherwing se antecipasse de facto às leis, seria julgada por um crime de sangue, os motivos seriam (aí já não direi legítimos, mas) compreensíveis. Mas ainda assim, crime.

E é como refere, importante amadurecer estas questões, a troca de opiniões é sempre louvável. :wink:
Terugkeren
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terça abr 12, 2011 3:16 pm

Numa situação dessas não sei como reagiria, mas quase que aposto que não teria a capacidade para dissertações ou pensamentos filsóficos ou antropológicos. Nestas alturas, estou em crer que o lado animal e dos instintos básicos viria ao cimo e era esse que ditava as minhas acções.
Arguida
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terça abr 12, 2011 3:20 pm

Terugkeren Escreveu:Numa situação dessas não sei como reagiria, mas quase que aposto que não teria a capacidade para dissertações ou pensamentos filsóficos ou antropológicos. Nestas alturas, estou em crer que o lado animal e dos instintos básicos viria ao cimo e era esse que ditava as minhas acções.
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Ponky
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terça abr 12, 2011 3:44 pm

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conclusão = 48
<p><strong><a href="http://patasfelizes.blogs.sapo.pt"></a></strong><strong><u></u></strong></p>
<p>&nbsp;" Ai se eu pudesse..." by Sofiaabreulopes :P</p>
jofelix
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terça abr 12, 2011 5:09 pm

Arguida Escreveu:
Terugkeren Escreveu:Numa situação dessas não sei como reagiria, mas quase que aposto que não teria a capacidade para dissertações ou pensamentos filsóficos ou antropológicos. Nestas alturas, estou em crer que o lado animal e dos instintos básicos viria ao cimo e era esse que ditava as minhas acções.
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Este é o cerne da questão, para o qual, poucos de nós estão preparados.

Um juiz é um homem sabedor e consciente das leis, mas, nunca aconteceu um juiz matar? Porque terá sido? Passou-se ?!
&laquo; Se ouvir, esque&ccedil;o, mas se vir, nunca mais esque&ccedil;o &raquo; (Conf&uacute;cio) http://www.youtube.com/watch?v=8n2WKBoA9gY&aia=true
nicasxi
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terça abr 12, 2011 5:22 pm

Não tomando partidos , nem defendendo o indefensavel...
Mas porque parece tão normal qualquer atitude retaliatória em relação a este jovem e o contrário não? Ou seja : e se esta atitude , deste jovem tambem se deveu a ter-se passado com alguma coisa?
Responderão e pensarão" Nada justifica um acto destes. " É verdade! Então porque seria justificável fazer-lhe tudo e mais alguma coisa?
Eu não sei como reagiria perante uma situação destas. O mais provável seria reagir como reage toda a gente que se encontra nestas situações: Ficava paralisada. De medo, de revolta, de surpresa, sei lá....
Dedico esta assinatura a quem lhe "acentar" a carapuça :
"Quem nasce lagartixa, nunca chega a jacaré, por muito que se inche .... " By , um amigo muito querido ...



"Dogs are better than human beings because they know but do not tell."
— Emily Dickinson

À espera que os frangos que o Terug, o Paulo Santos e o Zefe andam a virar, fiquem prontos.
... e já agora tambem das courgettes da LuMaria!;)
Netherwing
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terça abr 12, 2011 9:22 pm

Ao que parece o homicida alegava ter sido vitima de bullying na infancia... naquela mesma escola, assim todas as crianças seriam más e... :o :o

enfim...


este tópico está a ter um decurso interessante, quem dera mais foristas dessem a sua opinião :)
An&nbsp;ye harm none, do what ye will
Netherwing
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terça abr 12, 2011 9:34 pm

sylviaplath Escreveu:
Claro que há uma distância a percorrer entre desejo de vingança e a passagem ao acto. Caberá a cada indíviduo gerir as suas emoções (por exemplo aquelas que referi acima) como conseguir. Não sei até que ponto praticar uma vingança seria também encarnar o papel de Deus, tentando desesperadamente reatribuir alguma ordem lógica e justa nos acontecimentos. Até que ponto é justo matar porque o outro matou? São questões a que não espero resposta, mas que aterram no pensamento.

Se a forista Netherwing se antecipasse de facto às leis, seria julgada por um crime de sangue, os motivos seriam (aí já não direi legítimos, mas) compreensíveis. Mas ainda assim, crime.

E é como refere, importante amadurecer estas questões, a troca de opiniões é sempre louvável. :wink:

Não sei...

mas é uma coisa primordial. Animal.

Obviamente, uma das maiores evoluções do Homem foi a criação de códigos de conduta... de regras. Leis, como se quisermos chamar.

Mas perante tamanho caos sei que não seria capaz de muito mais do que querer retribuir na mesma moeda.

Não me parece que enquadre o cenário de vingança... que se serve fria ( e entra no campo da premeditação também )... seria qualquer coisa a quente sem racionalidade nenhuma.

Depois era o martírio... uma dualidade terrivel.
Remorsos não, mas frustração por ter deixado sair cá de dentro, um bicho mau que a gente sabe que tem, mas que é suposto sabermos conter.

É quando estas cadenas se quebram ( com ou sem motivo válido ) que sabemos ter falhado também...
A violência é a derradeira fraqueza do Homem.
An&nbsp;ye harm none, do what ye will
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