“Parva da Geração Parva”

[xPauloSantos]

Mais recentemente optei por dar oportunidade àqueles que, vá-se lá perceber porquê, o mercado de trabalho entende que atingiram o "prazo máximo de validade"

Pois é nestes que tenho encontrado as mais valias.

O empenho, a dedicação, um esforço imenso que, mesmo sem conhecimentos técnicos, superam em muito, aqueles que, a coberto de uma licenciatura, nunca conseguiram atingir tal nível.

Nada cai do céu, nem hoje, nem ontem, nem cairá amanhã.

Enquanto as pessoas não entenderem isto, não há licenciatura que lhes valha.

é pá, posso enviar-te o meu cv???

Trocamos ?

[aisd]

Devo dizer que não censuro os jovens : foram-lhes criadas expectativas que não encontram eco na realidade.
Há milhentas situações de injustiça gritante, de quem se esforçou e nada conseguiu, senão uma baixa opinião de si próprio e das suas capacidades...
Em contrapartida, os mesmos do costume continuam na boa.

O ponto da minha intervenção é que precisamos de encarar a realidade, má como é.
E desconfiar de promessas.
Não há almoços grátis.

[Netherwing]

Polivalencia.... é mesmo essencial nestas coisas.

Uiiiiiiiiii, a Polivalência.

Sorry, mas a polivalência quase que deveria ser objecto de estudo profundo.

Uma coisa é estarmos sem emprego e deitar-mos mão a tudo aquilo que nos aparece para podermos pagar as contas.... isto não é polivalência, é puro desenrascanço.


Depois temos a Polivalência dentro das empresas e que é utilizada de forma grosseira e leviana.


Polivalência não é alguém que hoje está no secretariado e amanhã está a lavar o chão.

Infelizmente é este conceito aplicado, mas é, quanto a mim, um conceito errado.... apenas dá jeito, nada mais.


Polivalência é sobretudo, a capacidade de adaptação às diversas tarefas de um departamento, ainda que de forma pouco aprofundada, de modo a se poder agilizar/melhorar processos e procedimentos que requeiram a compreensão do que antecede e sucede uma determinada tarefa.

Infelizmente, utiliza-se a polivalência como arma de desmotivação para outros fins que não aqueles que ela pode melhor servir.

não me fiz entender Paulo.

falo em polivalencia mesmo.... em proactividade e iniciativa.

não em desenrascanço... isso conota sempre uma carga de "mal amanhado".

não é isso...

é qualquer coisa como:

eu sou muito competente na minha area.... mas de momento não consigo sobreviver só disto, não tenho trabalho suficiente ou sou mal pago.... ou whatever.

etnão... das duas uma:

ou passo fome e me desligam a agua a luz e o gas.

ou percebo que não sou limitado, nem "atado" e que posso fazer algo ( que tradicionalmente não seria a minha actividade ) duma forma digna e sem complexos.

isto é ser polivalente como ser humano, penso eu Paulo.

a polivalencia pedida pelas empresas como pre-requisito contratual .... essa é outra coisa. talvez mais assim:

você tem de ser polivalente amigo, desenrascar quando for preciso, fazer o trabalho de dois e receber o ordenado de meio...

isso é exploração

[nicasxi]

Vocês a pouco e pouco vão lá chegando...

( Faz falta aqui aquele bonequinho que assobia )

[TouAqui]

Em solidariedade com os membros novatos, editei o meu comentário.

Peço desculpa, não tinha reparado.

Tudo de bom e do melhor !

[marianamar]

Netherwing... enquanto estive a morar em Évora (um sítio tramado pra arranjar trabalho, é verdade) candidatei-me a todo o tipo de trabalhos possíveis, incluindo servir às mesas, limpezas, cuidar de idosos etc. Não tive UMA única resposta! Quem quer contratar uma recém licenciada de uma área com o nome esquisito, quando há tantas pessoas que desempenharam essas tarefas a vida toda e as fazem com certeza com muito mais eficiência?

Isto não tem nada a ver com polivalência... tem a ver com sobrevivência. E eu quero é viver.

[marianamar]

E obrigada nicasxi, ainda não tinha reparado bem na letra dessa canção (por não a achar genial em termos musicais, apesar de gostar muito de Xutos)

E já agora, AINDA actual:
http://www.youtube.com/watch?v=KpFEn24TyuA

[blue2]

Netherwing... enquanto estive a morar em Évora (um sítio tramado pra arranjar trabalho, é verdade) candidatei-me a todo o tipo de trabalhos possíveis, incluindo servir às mesas, limpezas, cuidar de idosos etc. Não tive UMA única resposta! Quem quer contratar uma recém licenciada de uma área com o nome esquisito, quando há tantas pessoas que desempenharam essas tarefas a vida toda e as fazem com certeza com muito mais eficiência?

Isto não tem nada a ver com polivalência... tem a ver com sobrevivência. E eu quero é viver.

Revejo-me nesta mensagem. Apesar de não ter acabado o curso por motivos de saúde é suficiente para já me terem dito na cara que tenho qualificações a mais e que nem valia a pena esperar resposta. Tendo em conta que era uma vaga de empregada de balcão e até tinha experiência na área, pois trabalho desde os meus 18 anos e até tenho categoria de empregada de restauração de 2ª, mas como sei mais que o normal dos candidatos põem-me de lado

Nem sempre é fácil conseguir um emprego, já pensei em mentir no meu CV e retirar parte dos meus conhecimentos e deixar apenas a experiência profissional, mas custa-me, investi muito de mim para ter os conhecimentos que tenho. Embora toda a minha carreira profissional seja em empregos que não necessitam de grandes mentes e, por vezes, fico frustada e sinto os neurónios a morrer aos bocadinhos, mas com eles consegui fazer a minha vida até agora e só espero conseguir voltar para a vida activa muito em breve, não será por falta de esforço

[xPauloSantos]

não me fiz entender Paulo.

falo em polivalencia mesmo.... em proactividade e iniciativa.

não em desenrascanço... isso conota sempre uma carga de "mal amanhado".

não é isso...

é qualquer coisa como:

eu sou muito competente na minha area.... mas de momento não consigo sobreviver só disto, não tenho trabalho suficiente ou sou mal pago.... ou whatever.

etnão... das duas uma:

ou passo fome e me desligam a agua a luz e o gas.

ou percebo que não sou limitado, nem "atado" e que posso fazer algo ( que tradicionalmente não seria a minha actividade ) duma forma digna e sem complexos.

isto é ser polivalente como ser humano, penso eu Paulo.

a polivalencia pedida pelas empresas como pre-requisito contratual .... essa é outra coisa. talvez mais assim:

você tem de ser polivalente amigo, desenrascar quando for preciso, fazer o trabalho de dois e receber o ordenado de meio...

isso é exploração

Pronto, só para ficares contente ( e eu também) é desenrascanço (para a primeira) e exploração (para a segunda)


chata

[ZeFe]

A mim já me disseram que era demasiado velho, precisavam de alguém mais novo, sem muitas expectativas e sem grande ambição.Foi à 2 anos, quando eu tinha 28.Sai da entrevista mal-disposto.Não almocei nesse dia e estive durante horas a pensar no que é que estava errado.

Comecei no mercado de trabalho com 16 anos, fiz de (quase) tudo o que há para fazer antes de ter formação especifica, passei por sitios onde o mais resistente desistiria, trabalhei horas a fio, dia e noite para no fim do mês não receber ou receber metade do que estava acordado, concordei com situações fiscalmente menos licitas, abdiquei de folgas e férias, trabalhei por exemplo durante 4 meses todos os dias sem folga das 08.00 ás 20.00, trabalhei noutros sitios, em sitios onde ganhava alguns milhares/mes e pouco fazia, em sitios onde me olhavam de lado por não sair 30 min antes da hora de saida, outros sitios onde bastava ligar o pc ás 09.00 e aguardar pelas 18.00 para receber 1000 euros.Tive discussões de faca e alguidar com colegas que queriam reivindicar mais uma hora de almoço ( quando todos os dias tinham 2,5h). e cheguei a uma conclusão que serve para quase tudo na vida. Nada é sempre branco e nada é sempre preto.
A culpa do tema em questão é dos 2 lados, é de verdades adquiridas por boatos, por falta de formação social, por comodismo, por overprotection, a culpa é nossa como povo, os patrões são trafulhas? alguns são, mas os empregados serão melhores? Não.Mais de metade deste país sonha em encontrar um trabalho onde não se faça nada e se ganhe muito, o que é nada mais do que uma fantasia.
Quero sempre acreditar que com as mangas arregaçadas se atinge o céu, mas ás vezes é tão dificil...

" When you are 16 you think you can change the world... well, sometimes you're right..."

[12horas]

http://www.youtube.com/watch?v=HQNn5ifc ... r_embedded

não sei se isto já foi aqui postado, se sim peço desculpa.

Tirando a pergunta sobre os oceanos ("Quantos oceanos existem?"), todas as perguntas são perguntas estúpidas e inúteis. "Tivestes" é uma palavra que não existe? Ela existe, sim. Uma OPA? A capital do Canadá? Mas as pessoas têm que ser enciclopédias ambulantes, caso contrário são consideradas burras? Esta peça devia chamar-se "Andamos a pagar impostos para isto..." (leia-se, para financiar programas idiotas de uma televisão pública).

[Netherwing]

Pronto, só para ficares contente ( e eu também) é desenrascanço (para a primeira) e exploração (para a segunda)


chata

muito mesmo...

[Charlie2]

http://www.youtube.com/watch?v=HQNn5ifc ... r_embedded

não sei se isto já foi aqui postado, se sim peço desculpa.

Tirando a pergunta sobre os oceanos ("Quantos oceanos existem?"), todas as perguntas são perguntas estúpidas e inúteis. "Tivestes" é uma palavra que não existe? Ela existe, sim. Uma OPA? A capital do Canadá? Mas as pessoas têm que ser enciclopédias ambulantes, caso contrário são consideradas burras? Esta peça devia chamar-se "Andamos a pagar impostos para isto..." (leia-se, para financiar programas idiotas de uma televisão pública).

sinceramente o que mais me chamou a atenção nesse vídeo não foram as questões nem as respostas dadas, afina muitas delas eu também não as saberia dar. O que me chamou a atenção aí foi a postura desses jovens.
E mais ainda, no ano passado frequentei uma universidade pública e a coisa não era muito diferente.
Saio quando me apetece para ir á casa-de-banho, volto se me der na bolha, os meus colegas assinam por mim a folha de presença, a prof diz que são 15 minuto demora meia hora...
Só tive um professor que conseguia manter ordem e disciplina na sala toda (com muito rigor), e esse era odiado pelo curso inteiro.
PS: em relação ao programa, não sei nem me interessa quem entretém ou ao que vem. Aliás por alguma razão pus apenas o excerto que me interessava destacar.
A única coisa que para mim é um facto é que a juventude está cada vez menos pró-activa, e já agora também gostava de saber o que fizeram os Deolinda para mudar esta situação, porque cantarolar e vitimizar também eu faço e é relativamente fácil.

[Patadas]

Ou se bebe para esquecer ou se casa com um velho rico!

[12horas]

http://www.youtube.com/watch?v=HQNn5ifc ... r_embedded

não sei se isto já foi aqui postado, se sim peço desculpa.

Tirando a pergunta sobre os oceanos ("Quantos oceanos existem?"), todas as perguntas são perguntas estúpidas e inúteis. "Tivestes" é uma palavra que não existe? Ela existe, sim. Uma OPA? A capital do Canadá? Mas as pessoas têm que ser enciclopédias ambulantes, caso contrário são consideradas burras? Esta peça devia chamar-se "Andamos a pagar impostos para isto..." (leia-se, para financiar programas idiotas de uma televisão pública).

sinceramente o que mais me chamou a atenção nesse vídeo não foram as questões nem as respostas dadas, afina muitas delas eu também não as saberia dar. O que me chamou a atenção aí foi a postura desses jovens.

Mas que postura? Alguns jovens são abordados à entrada/saída do estabelecimento de ensino onde estudam, são-lhes feitas perguntas parvas, respondem como sabem ou como não sabem.