Dadores de Sangue Indignados
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E, volta e meia, há escasses de certos tipos de sangue. Eu não sou dadora, já tentei, mas não consegui e tenho um medo terrível de agulhas. Mas a minha irmã e o meu irmão são dadores assíduos e ainda na semana passada foram chamados para doar sangue porque havia escasses do tipo de sangue A-. E ninguém nunca pagou nada, o que eu concordo. É dar, não é vender.
Я ненавижу рыбой и ложных друзей животных. Ненавижу еще больше евангелистов ерунда.
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MariaChica Escreveu:E, volta e meia, há escasses de certos tipos de sangue. Eu não sou dadora, já tentei, mas não consegui e tenho um medo terrível de agulhas. Mas a minha irmã e o meu irmão são dadores assíduos e ainda na semana passada foram chamados para doar sangue porque havia escasses do tipo de sangue A-. E ninguém nunca pagou nada, o que eu concordo. É dar, não é vender.



A probabilidade de algum dia doar medula óssea é, infelizmente, extremamente baixa. O que se faz é retirar uma amostra de sangue, que vai para uma base de dados, e se algum dia algum doente for compatível consigo, o Omlet24 é contactado para realizar mais e exames e aí sim, há hipótese de lhe retirarem medula óssea. Como vê, não razão nenhuma para não contribuir para essa base de dados.Omlet24 Escreveu:já tenho sim, mas quero esperar um bocado, acho que os meus pais não são muito a favor de eu doar a medula óssea :steresa1978 Escreveu:se já tem 18, já pode dar
O grande problema é as pessoas estarem mal informadas, apesar de todas as campanhas para recrutar dadores de medula óssea. Acham que vão sofrer horrores, quando na verdade só se recolhe um pouco de sangue.
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Cantitb, de nada vale fazer parte da base de dados, se depois nao querem passar pelo processo de doação da medula, que, sim, é muito diferente de doar sangue, embora completamente normal.cantitb Escreveu:A probabilidade de algum dia doar medula óssea é, infelizmente, extremamente baixa. O que se faz é retirar uma amostra de sangue, que vai para uma base de dados, e se algum dia algum doente for compatível consigo, o Omlet24 é contactado para realizar mais e exames e aí sim, há hipótese de lhe retirarem medula óssea. Como vê, não razão nenhuma para não contribuir para essa base de dados.Omlet24 Escreveu:já tenho sim, mas quero esperar um bocado, acho que os meus pais não são muito a favor de eu doar a medula óssea :steresa1978 Escreveu:se já tem 18, já pode dar
O grande problema é as pessoas estarem mal informadas, apesar de todas as campanhas para recrutar dadores de medula óssea. Acham que vão sofrer horrores, quando na verdade só se recolhe um pouco de sangue.
A recolha de medula óssea é um pouco dolorosa, sim, e dela não se sai alegremente meia hora ou uma hora depois com um copinho de leite e bolachas, como quando se dá só sangue. Mas deve ser maravilhosa a sensação de que aquilo que produzimos tão naturalmente que nem damos por isso vai salvar uma vida.teresa1978 Escreveu:Cantitb, de nada vale fazer parte da base de dados, se depois nao querem passar pelo processo de doação da medula, que, sim, é muito diferente de doar sangue, embora completamente normal.
Tenho uma amiga cujo filho, de nove anos, fez uma leucemia linfoblástica aguda, com acrescento de mais outras duas ou três formas dessa doença, num cocktail que os médicos do IPO disseram ser raríssimo e muito grave. Foi um ano de luta em medicação e transfusões de sangue até se encontrar um dador compatível.
Tenho imensa pena que o blogue em que a minha amiga fez o diário daquele calvário tenha desaparecido devido a um problema qualquer do local de alojamento, porque o relato do dia e noite que durou o transplante foi qualquer coisa de emotivo, uma explosão de gratidão para com aquele alemão desconhecido que tão generosamente doou aquela medula que salvou o garoto.
Não há dinheiro que pague uma coisa destas.
<p>Olá, eu sou a... Floripes.
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<p><strong>É muito bom, mesmo na necessidade, manter a cabeça erguida.</strong> - "By" Sasquatch, acrescento de vírgulas meu.</p>

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<p><strong>É muito bom, mesmo na necessidade, manter a cabeça erguida.</strong> - "By" Sasquatch, acrescento de vírgulas meu.</p>
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Não há mesmo.Floripes2 Escreveu:A recolha de medula óssea é um pouco dolorosa, sim, e dela não se sai alegremente meia hora ou uma hora depois com um copinho de leite e bolachas, como quando se dá só sangue. Mas deve ser maravilhosa a sensação de que aquilo que produzimos tão naturalmente que nem damos por isso vai salvar uma vida.teresa1978 Escreveu:Cantitb, de nada vale fazer parte da base de dados, se depois nao querem passar pelo processo de doação da medula, que, sim, é muito diferente de doar sangue, embora completamente normal.
Tenho uma amiga cujo filho, de nove anos, fez uma leucemia linfoblástica aguda, com acrescento de mais outras duas ou três formas dessa doença, num cocktail que os médicos do IPO disseram ser raríssimo e muito grave. Foi um ano de luta em medicação e transfusões de sangue até se encontrar um dador compatível.
Tenho imensa pena que o blogue em que a minha amiga fez o diário daquele calvário tenha desaparecido devido a um problema qualquer do local de alojamento, porque o relato do dia e noite que durou o transplante foi qualquer coisa de emotivo, uma explosão de gratidão para com aquele alemão desconhecido que tão generosamente doou aquela medula que salvou o garoto.
Não há dinheiro que pague uma coisa destas.
Obrigada pela partilha Floripes2!
Claro que é doloroso, mas o que quero dizer é que, infelizmente, a probabilidade de algum dia sermos realmente dadores é muito baixa!
É totalmente diferente as pessoas serem chamadas porque são compatíveis com um receptor específico, que provavelmente está a morrer. Aí penso que ninguém olha à dor. O problema é que muita gente pensa que, para entrar na base de dados, tem de doar já MO.
Acreditem, que eu segui de perto um caso de leucemia, que quando se pede a alguém para ser dador (ou seja, inscrever-se na base de dados e retirar sangue), algumas pessoas torcem o nariz, porque acham que vão sofrer em vão só para retirar uma amostra, porque acham que é de MO. Mas essas mesmas pessoas já dizem que se fosse mesmo para salvar aquela vida em específico, não se importavam de sofrer o que fosse.
Outra coisa que está enraizada (atenção, falo pela minha experiência): muitas pessoas acham que a MO se recolhe por punção da coluna vertebral, o que lhes causa imensa confusão. Lá está, deve ser uma troca entre os conceitos Medula Óssea e Medula Espinhal.
É totalmente diferente as pessoas serem chamadas porque são compatíveis com um receptor específico, que provavelmente está a morrer. Aí penso que ninguém olha à dor. O problema é que muita gente pensa que, para entrar na base de dados, tem de doar já MO.
Acreditem, que eu segui de perto um caso de leucemia, que quando se pede a alguém para ser dador (ou seja, inscrever-se na base de dados e retirar sangue), algumas pessoas torcem o nariz, porque acham que vão sofrer em vão só para retirar uma amostra, porque acham que é de MO. Mas essas mesmas pessoas já dizem que se fosse mesmo para salvar aquela vida em específico, não se importavam de sofrer o que fosse.
Outra coisa que está enraizada (atenção, falo pela minha experiência): muitas pessoas acham que a MO se recolhe por punção da coluna vertebral, o que lhes causa imensa confusão. Lá está, deve ser uma troca entre os conceitos Medula Óssea e Medula Espinhal.
Cantib, o facto de não se ser chamado para doar medula a um português não significa que a nossa medula não possa servir para... um norueguês, por exemplo.
Sabia que a maior parte da medula compatível com doentes portugueses vem da Alemanha? Eu também não sabia, foi através desta minha amiga que referi que o soube.
Os bancos de sangue e medula estão em contacto uns com os outros e sempre que há necessidade de um transplante comunicam as características e valores em necessidade. Se mesmo assim, é díficil e pode ser demorado encontrar um dador compatível, imagine se ninguém se dispuser a ser doador...
E sim, há muitos mitos e falta de informação a respeito da doação de medula. Talvez se se fizesse campanhas de esclarecimento as coisas mudassem um pouco.
Sabia que a maior parte da medula compatível com doentes portugueses vem da Alemanha? Eu também não sabia, foi através desta minha amiga que referi que o soube.
Os bancos de sangue e medula estão em contacto uns com os outros e sempre que há necessidade de um transplante comunicam as características e valores em necessidade. Se mesmo assim, é díficil e pode ser demorado encontrar um dador compatível, imagine se ninguém se dispuser a ser doador...
E sim, há muitos mitos e falta de informação a respeito da doação de medula. Talvez se se fizesse campanhas de esclarecimento as coisas mudassem um pouco.
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<p><strong>É muito bom, mesmo na necessidade, manter a cabeça erguida.</strong> - "By" Sasquatch, acrescento de vírgulas meu.</p>

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cantitb Escreveu:Claro que é doloroso, mas o que quero dizer é que, infelizmente, a probabilidade de algum dia sermos realmente dadores é muito baixa!
É totalmente diferente as pessoas serem chamadas porque são compatíveis com um receptor específico, que provavelmente está a morrer. Aí penso que ninguém olha à dor. O problema é que muita gente pensa que, para entrar na base de dados, tem de doar já MO.
Acreditem, que eu segui de perto um caso de leucemia, que quando se pede a alguém para ser dador (ou seja, inscrever-se na base de dados e retirar sangue), algumas pessoas torcem o nariz, porque acham que vão sofrer em vão só para retirar uma amostra, porque acham que é de MO. Mas essas mesmas pessoas já dizem que se fosse mesmo para salvar aquela vida em específico, não se importavam de sofrer o que fosse.
Outra coisa que está enraizada (atenção, falo pela minha experiência): muitas pessoas acham que a MO se recolhe por punção da coluna vertebral, o que lhes causa imensa confusão. Lá está, deve ser uma troca entre os conceitos Medula Óssea e Medula Espinhal.
Entendo e concordo com o seu comentário. Felizmente, também acredito que muitas pessoas, se confrontadas com a situação de compatibilidade, iriam ser generosas. Tem toda a razão em chamar a atenção para isso.
Mas não vale a pena negar que em ambos os casos (MO ou ME), o processo de recolha não é igual a uma simples doação de sangue. O que se pretende é dadores informados e não cheios de tabus/mitos na cabeça.
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Espero que o texto ajude:
Como se processa, quem pode ser dador, quem paga a doação. Todas as respostas sobre o transplante de medula óssea.
Como posso ser dador de medula óssea?
Se tem entre 18 e 45 anos, 50 kg de peso (no mínimo), não é portador de doenças crónicas ou autoimunes e não recebeu uma transfusão de sangue desde 1980 e gostava de ser dador voluntário de medula, informe-se, junto do centro de dadores (Centros de Histocompatibilidade do Sul, do Centro e do Norte) da sua região, qual o hospital ou centro de saúde onde se pode dirigir.
Após manifestar intenção de ser dador, deverá preencher um pequeno questionário clínico que será avaliado por um médico. Caso não haja nenhuma contra-indicação, vai ser chamado para fazer alguns testes. Se tudo estiver bem, os seus dados serão guardados numa base informática nacional e internacional.
O anonimato e a confidencialidade são rigorosamente mantidos.
O que é o CEDACE?
CEDADE é a designação abreviada de Centro Nacional de Dadores de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão. Na prática, trata-se do Registo Nacional de Dadores Voluntários de Células de Medula Óssea, criado em 1995, com o objectivo de responder a doentes que necessitavam de um transplante mas não tinham dador familiar compatível.
O que é a medula óssea?
A medula óssea é um tecido de consistência mole que preenche o interior dos ossos longos e as cavidades esponjosas de ossos, como por exemplo os da bacia.
É nesse tecido que existem células progenitoras, ou seja, com capacidade para se diferenciarem e dar origem a qualquer célula do sangue periférico. São as chamadas stem cell ou células progenitoras/estaminais, em português. Estas células renovam-se frequentemente, mantendo um número relativamente constante.
Apesar de genericamente se falar de transplantação de medula óssea, de facto o que se faz é uma reinfusão ou transfusão no doente de células progenitoras retiradas da medula do dador. Estas células saudáveis vão substituir as células doentes e são responsáveis pela formação de novas células saudáveis. Mas para que o transplante tenha sucesso, as células saudáveis devem ser o mais possível compatíveis com as células do doente.
Como se processa a colheita de células de transplantação óssea?
Existem dois processos de colheita de células para transplantação de medula:
Colheita a partir da medula óssea - Células progenitoras colhidas do interior dos ossos pélvicos. Requer geralmente anestesia geral e uma breve hospitalização;
Colheita de células progenitoras periféricas - Colheita feita no sangue periférico, geralmente a partir de uma veia do braço, através de um processo chamado aférese, em que o dador tem de tomar previamente um medicamento que é um factor de crescimento que vai fazer aumentar a produção e circulação de células progenitoras no sangue periférico.
Além destes dois métodos, existe ainda outra fonte de células progenitoras que são as células do cordão umbilical. Neste caso, após consentimento prévio da mãe, as células são colhidas do cordão umbilical quando o bebé nasce. O cordão umbilical tem uma percentagem muito elevada de células progenitoras mas como a quantidade geralmente é pequena, são utilizadas, sobretudo, na transplantação de crianças.
Qual a probabilidade de encontrar um dador compatível?
Considerando todas estas abordagens, aproximadamente 80 por cento de todos os doentes têm, pelo menos, um potencial dador compatível. Esta percentagem subiu significativamente (em 1991 era 41 por cento) depois do esforço que foi feito mundialmente no recrutamento de dadores. Só que nem todos os doentes para os quais foi identificado um dador idêntico chegam à fase do transplante.
Pode um dador desistir do processo após saber que é compatível com um doente?
Como voluntário o dador não tem nenhuma obrigação legal. Um potencial dador com compatibilidade com um doente que necessite de transplante de medula pode, por diversas razões, retirar-se do processo. As decisões individuais serão sempre respeitadas.
Contudo, uma decisão tardia relativamente à desistência pode ter riscos muito graves para o doente. Uma mudança de atitude no final do processo pode ser fatal para um doente que está a fazer preparação para o transplante.
É perfeitamente natural que apareçam duvidas, hesitações ou mesmo recusas quando um dador é contactado. Mas depois de ponderados os prós e contras, o dador deverá tomar uma decisão e saber que, se for alterada tardiamente, irá afectar não só o próprio mas também o doente.
Quem paga o processo da doação?
Todos os procedimentos médicos que envolvem a doação são cobertos pelo subsistema de saúde do doente, bem como as viagens e outros custos não médicos. Os únicos custos que poderão vir a ser imputados ao dador são os referentes ao tempo que necessita despender no processo de doação.
Só se pode dar medula uma vez?
Não, a medula é um tecido que se regenera rapidamente, pelo que é possível fazer mais do que uma dádiva.
http://www.min-saude.pt/portal/conteudo ... aossea.htm
Como se processa, quem pode ser dador, quem paga a doação. Todas as respostas sobre o transplante de medula óssea.
Como posso ser dador de medula óssea?
Se tem entre 18 e 45 anos, 50 kg de peso (no mínimo), não é portador de doenças crónicas ou autoimunes e não recebeu uma transfusão de sangue desde 1980 e gostava de ser dador voluntário de medula, informe-se, junto do centro de dadores (Centros de Histocompatibilidade do Sul, do Centro e do Norte) da sua região, qual o hospital ou centro de saúde onde se pode dirigir.
Após manifestar intenção de ser dador, deverá preencher um pequeno questionário clínico que será avaliado por um médico. Caso não haja nenhuma contra-indicação, vai ser chamado para fazer alguns testes. Se tudo estiver bem, os seus dados serão guardados numa base informática nacional e internacional.
O anonimato e a confidencialidade são rigorosamente mantidos.
O que é o CEDACE?
CEDADE é a designação abreviada de Centro Nacional de Dadores de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão. Na prática, trata-se do Registo Nacional de Dadores Voluntários de Células de Medula Óssea, criado em 1995, com o objectivo de responder a doentes que necessitavam de um transplante mas não tinham dador familiar compatível.
O que é a medula óssea?
A medula óssea é um tecido de consistência mole que preenche o interior dos ossos longos e as cavidades esponjosas de ossos, como por exemplo os da bacia.
É nesse tecido que existem células progenitoras, ou seja, com capacidade para se diferenciarem e dar origem a qualquer célula do sangue periférico. São as chamadas stem cell ou células progenitoras/estaminais, em português. Estas células renovam-se frequentemente, mantendo um número relativamente constante.
Apesar de genericamente se falar de transplantação de medula óssea, de facto o que se faz é uma reinfusão ou transfusão no doente de células progenitoras retiradas da medula do dador. Estas células saudáveis vão substituir as células doentes e são responsáveis pela formação de novas células saudáveis. Mas para que o transplante tenha sucesso, as células saudáveis devem ser o mais possível compatíveis com as células do doente.
Como se processa a colheita de células de transplantação óssea?
Existem dois processos de colheita de células para transplantação de medula:
Colheita a partir da medula óssea - Células progenitoras colhidas do interior dos ossos pélvicos. Requer geralmente anestesia geral e uma breve hospitalização;
Colheita de células progenitoras periféricas - Colheita feita no sangue periférico, geralmente a partir de uma veia do braço, através de um processo chamado aférese, em que o dador tem de tomar previamente um medicamento que é um factor de crescimento que vai fazer aumentar a produção e circulação de células progenitoras no sangue periférico.
Além destes dois métodos, existe ainda outra fonte de células progenitoras que são as células do cordão umbilical. Neste caso, após consentimento prévio da mãe, as células são colhidas do cordão umbilical quando o bebé nasce. O cordão umbilical tem uma percentagem muito elevada de células progenitoras mas como a quantidade geralmente é pequena, são utilizadas, sobretudo, na transplantação de crianças.
Qual a probabilidade de encontrar um dador compatível?
Considerando todas estas abordagens, aproximadamente 80 por cento de todos os doentes têm, pelo menos, um potencial dador compatível. Esta percentagem subiu significativamente (em 1991 era 41 por cento) depois do esforço que foi feito mundialmente no recrutamento de dadores. Só que nem todos os doentes para os quais foi identificado um dador idêntico chegam à fase do transplante.
Pode um dador desistir do processo após saber que é compatível com um doente?
Como voluntário o dador não tem nenhuma obrigação legal. Um potencial dador com compatibilidade com um doente que necessite de transplante de medula pode, por diversas razões, retirar-se do processo. As decisões individuais serão sempre respeitadas.
Contudo, uma decisão tardia relativamente à desistência pode ter riscos muito graves para o doente. Uma mudança de atitude no final do processo pode ser fatal para um doente que está a fazer preparação para o transplante.
É perfeitamente natural que apareçam duvidas, hesitações ou mesmo recusas quando um dador é contactado. Mas depois de ponderados os prós e contras, o dador deverá tomar uma decisão e saber que, se for alterada tardiamente, irá afectar não só o próprio mas também o doente.
Quem paga o processo da doação?
Todos os procedimentos médicos que envolvem a doação são cobertos pelo subsistema de saúde do doente, bem como as viagens e outros custos não médicos. Os únicos custos que poderão vir a ser imputados ao dador são os referentes ao tempo que necessita despender no processo de doação.
Só se pode dar medula uma vez?
Não, a medula é um tecido que se regenera rapidamente, pelo que é possível fazer mais do que uma dádiva.
http://www.min-saude.pt/portal/conteudo ... aossea.htm
Claro que não estaríamos a ajudar só portugueses, mas não estou a ver o que possa ter escrito que lhe tenha suscitado essa dúvidaFloripes2 Escreveu:Cantib, o facto de não se ser chamado para doar medula a um português não significa que a nossa medula não possa servir para... um norueguês, por exemplo.
Sabia que a maior parte da medula compatível com doentes portugueses vem da Alemanha? Eu também não sabia, foi através desta minha amiga que referi que o soube.
Os bancos de sangue e medula estão em contacto uns com os outros e sempre que há necessidade de um transplante comunicam as características e valores em necessidade. Se mesmo assim, é díficil e pode ser demorado encontrar um dador compatível, imagine se ninguém se dispuser a ser doador...
E sim, há muitos mitos e falta de informação a respeito da doação de medula. Talvez se se fizesse campanhas de esclarecimento as coisas mudassem um pouco.

Acho que não percebeu a minha mensagem, o meu relato pretende transmitir que a doação de MO não é o bicho de 7 cabeças que as pessoas fazem, no início só recolhemos uma amostra de sangue e, posteriormente, se formos compatíveis, podemos partir para técnicas mais dolorosas.
Isto vem a propósito de os pais do forista não quererem que ele seja dador de MO. Não percebo que mal vem ao mundo se ele recolher um pouco de sangue para entrar na base de dados.
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cantitb Escreveu:Claro que não estaríamos a ajudar só portugueses, mas não estou a ver o que possa ter escrito que lhe tenha suscitado essa dúvidaFloripes2 Escreveu:Cantib, o facto de não se ser chamado para doar medula a um português não significa que a nossa medula não possa servir para... um norueguês, por exemplo.
Sabia que a maior parte da medula compatível com doentes portugueses vem da Alemanha? Eu também não sabia, foi através desta minha amiga que referi que o soube.
Os bancos de sangue e medula estão em contacto uns com os outros e sempre que há necessidade de um transplante comunicam as características e valores em necessidade. Se mesmo assim, é díficil e pode ser demorado encontrar um dador compatível, imagine se ninguém se dispuser a ser doador...
E sim, há muitos mitos e falta de informação a respeito da doação de medula. Talvez se se fizesse campanhas de esclarecimento as coisas mudassem um pouco.Para mim, uma pessoa é uma pessoa, independentemente da nacionalidade.
Acho que não percebeu a minha mensagem, o meu relato pretende transmitir que a doação de MO não é o bicho de 7 cabeças que as pessoas fazem, no início só recolhemos uma amostra de sangue e, posteriormente, se formos compatíveis, podemos partir para técnicas mais dolorosas.
Isto vem a propósito de os pais do forista não quererem que ele seja dador de MO. Não percebo que mal vem ao mundo se ele recolher um pouco de sangue para entrar na base de dados.
Cantitb, nao me leve a mal, mas diga-me, numa situação de compatibilidade, já é mau quando um dador pára o processo a meio, agora imagine o tempo que se perde (e o tempo é essencial neste processo) quando ainda é necessário tentar convencer aqueles que constam na base de dados mas não querem passar pelo processo.
O tempo é precioso.
Cantib, peço desculpa por uma aparente má interpretação do seu post. Ela, de facto, não existiu, o que eu quis vincar foram os argumentos esclarecedores de alguns dos temores generalizados por falta de informação. Não o fiz da melhor maneira, claro.
Mas continuo a dizer que há demasiada falta de informação a respeito das doações de medula. O Ministério da Saúde devia lançar uma campanha informativa mais pormenorizada do que o que consta no seu portal e que a Teresa1978 trouxe para aqui.
Mas continuo a dizer que há demasiada falta de informação a respeito das doações de medula. O Ministério da Saúde devia lançar uma campanha informativa mais pormenorizada do que o que consta no seu portal e que a Teresa1978 trouxe para aqui.
<p>Olá, eu sou a... Floripes.
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<p><strong>É muito bom, mesmo na necessidade, manter a cabeça erguida.</strong> - "By" Sasquatch, acrescento de vírgulas meu.</p>

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<p><strong>É muito bom, mesmo na necessidade, manter a cabeça erguida.</strong> - "By" Sasquatch, acrescento de vírgulas meu.</p>
E não é só o tempo, é toda a preparação que o receptor tem de fazer para poder receber o transplante. É um processo caro, dificultoso, demorado, que exige muito ao doente e aos familares, em todos os aspectos.teresa1978 Escreveu:Cantitb, nao me leve a mal, mas diga-me, numa situação de compatibilidade, já é mau quando um dador pára o processo a meio, agora imagine o tempo que se perde (e o tempo é essencial neste processo) quando ainda é necessário tentar convencer aqueles que constam na base de dados mas não querem passar pelo processo.
O tempo é precioso.
Receber uma transfusão de sangue é uma brincadeira de crianças quando comparada com um transplante de medula.
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Acho que os testemunhos são essenciais.
Tomei a liberdade de deixar aqui o link para um testemunho (tornado publico no fb) com final feliz.
http://www.facebook.com/notes/associa%C ... 697?ref=nf
Tomei a liberdade de deixar aqui o link para um testemunho (tornado publico no fb) com final feliz.

http://www.facebook.com/notes/associa%C ... 697?ref=nf