Cães vivos usados como cobaias na Universidade de Évora?

Conversas sobre outras temáticas e o que não se enquadrar em nenhuma outra secção.
LuluB
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domingo nov 21, 2010 5:38 pm

Também posso acrescentar que o Dr. Sales faz uma escolha criteriosa dos estagiários, não é propriamente qualquer um que lá entra.

No entanto, parece-me que este tópico não foi aberto para tratar das normas do consultório do Dr. Sales, que nem em sonhos tem alguma coisa a ver com as práticas do canil e da universidade de Évora, e ainda menos com os pruridos racial-caninos da Drilldown.
<p>Ol&aacute;, eu sou a Bronkas de outros f&oacute;runs e aqui j&aacute; fui a LucNun. :mrgreen:</p>
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<p><strong>Cada vez me conven&ccedil;o mais que h&aacute; pessoas que t&ecirc;m o intestino ligado &agrave; testa.</strong> - "By" algu&eacute;m que tem ambas as coisas no seu devido lugar. :mrgreen:</p>
colette
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domingo nov 21, 2010 5:52 pm

Ora bem! Até me parece muito estranho que venham aqui mencionar nomes de veterinários.
Mas, convenhamos que aquele rapaz de Évora, que eu só entrevi na televisão, é muito, mas muito castiço.
No dia em que me divorciar do meu marido de há 46 anos, quero ver se lhe proponho casamento. Será que ele tem bons sentimentos bancários? Porque dos outros já sabemos que não tem. Em todo o caso, creio que conseguirei lidar com isso.
<p>Au d&eacute;but, Dieu cr&eacute;a l'homme. Mais en le voyant si faible, il lui fit don du chien. (Toussenel)</p>
LuluB
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domingo nov 21, 2010 6:22 pm

Pois olhe, Colette, eu creio que não conseguiria. Já se esqueceu que o senhor ia pôr em práttica tudo o que defende e que iria obrigá-la a açaimar os gatos e a dar o Sansão, o Dominó, a Laiza Manueli e a Vivi a operar na prestigiosa Faculdade de Veterinária da universidade de Évora? E que todos os seus outros lulus teriam obrigatoriamente de entrar para o canil para esperarem a sua vez de serem examinados pre morten?
<p>Ol&aacute;, eu sou a Bronkas de outros f&oacute;runs e aqui j&aacute; fui a LucNun. :mrgreen:</p>
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colette
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domingo nov 21, 2010 6:31 pm

Não me diga! Finalmente livre que nem uma passarinha. A gozar dos rendimentos na companhia da gentil criatura. Que maravilha, aquelas patilhas! Seria um prazer passar a mão sobre elas.

Mas olhe que o Frankenstein até era capaz de fazer um bom trabalho: a cabeçorra do Sansão, a dorso do Dominó, as patinhas fininhas da ViVi, a cauda da Laiza Manuelli e, finalmente, a cereja em cima do bolo: uns bigodes de gato (do Jardel) a enfeitar.
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drilldown1
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domingo nov 21, 2010 6:31 pm

LuMaria Escreveu:Drilldown1, lulu veio na sequência do que a luluB disse, que destrinçou entre os nossos lulus e os de ninguém. Lamento, mas não sei o que é um animal com garantia. Nem estou virada para aprender.
A clinica abre de manhã e todo o santo dia há turnos de 2/3 estagiários, excepto Sábado.
Mas isto não interessa para nada a bem da verdade. Vê o que quiser ver.
LuMaria Escreveu:Pois bom dia!

Estamos em plena era do afaga o ego.

Acho curioso, eu abro um tópico totalmente inutil do ponto de vista informativo, género, daqui a 3 mêses vou buscar o meu cachorro que ainda não nasceu. O que é isto senão, afaguem-me o ego? Qual a relevância de ter comprado um peludo que traz garantia, para o mundo em geral? Afaguem-me o ego pois então.

O meu cão ganhou x na expo de beleza, não é, afaga o ego? Náá que absurdo.

Quando postamos fotos da bicharada e babamos com os comentários, não é afaga o ego? Nááá até nem estamos na internet.

Mas se alguém disser que fez isto e aquilo por criaturas que ninguém quer, já é um afaga o ego pernicioso? Um pecado com direito a arremesso de salmos?

O exagero redunda em maldade e em vistas tapadas.

utilidade e contributo civico e humano.
:roll:
<p>&nbsp;Sou respons&aacute;vel pelo que digo, n&atilde;o pelo que os outros entendem - By Ziggyma</p>
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drilldown1
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domingo nov 21, 2010 6:41 pm

LuluB Escreveu:Também posso acrescentar que o Dr. Sales faz uma escolha criteriosa dos estagiários, não é propriamente qualquer um que lá entra.

No entanto, parece-me que este tópico não foi aberto para tratar das normas do consultório do Dr. Sales, que nem em sonhos tem alguma coisa a ver com as práticas do canil e da universidade de Évora, e ainda menos com os pruridos racial-caninos da Drilldown.
Quer explicar-se?
A 1ª vez que me respondeu num tópico da arca, foi para me mandar arranjar qualauer coisa para fazer...Se tem alguma coisa contra mim, esclareça.

Nunca fui indelicada consigo nem sequer lhe dei ou dou confiança para falar como fala.

Parafraseando, sua sumidade, veja se arranja algo que a distraia, pois o "cãobibio" faz-lhe mal.
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Tassebem
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domingo nov 21, 2010 6:42 pm

Se o dr. António Flor Ferreira levasse a cabo os seus intentos e deixasse de haver animais errantes no concelho, por todos serem encerrados no canil e os últimos que fossem restando aos abates fossem por fim entregues ao DMV da UE, teríamos aqui duas consequências:

-- O canil passaria a chamar-se ratil; ou encerraria, mais previsivelmente, o que deixaria o dr. AFF sem emprego.

-- O DMV da UE teria de fechar também. O estudo do cão e do gato faz parte dos conteúdos do curso, e não haveria animais nem vivos nem mortos para os alunos praticarem, dado que os cães e gatos do canil parecem ser uma fonte vital de fornecimento de matéria para a formação dos mesmos.


Edito para acrescentar: com um putativo noivo assim tão tristemente e por suas próprias mãos atirado para o desemprego, a linda cidade de Évora infestada de roedores e a oferta académica da mesma tão infaustamente reduzida, pronuncio-me de forma veemente contra o enlace de Colette com o suíçudo dr. AFF.
&laquo;Ningu&eacute;m cometeu maior erro do que aquele que nada fez, s&oacute; porque podia fazer muito pouco.&raquo; Edmund Burke
marijonscp
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domingo nov 21, 2010 7:38 pm

Tassebem Escreveu:http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/co ... id=1714329

Felizmente, a bastonária da OMV manifestou-se «chocada» e «profundamente abalada» contra esta prática defendida pelo veterinário municipal de Évora e pelo director do departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Évora – e, surpreendentemente, por supostos amigos dos animais que escreveram neste tópico.

Não só foi aberto inquérito contra o responsável pelo canil como criada uma comissão de trabalho para averiguar o que se passa a nível nacional. A julgar pela naturalidade com que muitos encaram este tipo de situações, incluindo testemunhos de alunos de MV que vi, ela é bem necessária.

Já agora, exorto todos os que aqui se manifestaram preocupados com a possibilidade de os alunos de MV não poderem aprender se não tiverem à sua disposição animais vivos e saudáveis provenientes dos canis a fornecer, «a bem da ciência», os seus próprios animais vivos às faculdades, quando esta prática for erradicada na sequência desta denúncia.
Fico bastante satisfeita com esta tomada de atitude por parte da bastonária. :wink:
<p>"Quanto mais conhe&ccedil;o os homens, mais estimo os animais" - Herculano</p>
<p><a href="http://www.youtube.com/watch?v=vCCa8GzQ ... VQg</a></p>
<p><a href="http://www.you"></a></p>
surceror
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domingo nov 21, 2010 8:10 pm

Bem isto desenvolveu bastante desde a última vez que li este tópico.Realmente é um assunto delicado mas deixo o meu ponto de vista que uns concordarão e outros provavelmente não ou não seríamos todos diferentes &#61514;
Os alunos de medicina, veterinária e humana, precisam de aprender é um facto. A aprendizagem prática, componente principal não é excepção e como tal os alunos aprendem observando, mexendo, tratando, etc. É assim que a medicina evolui e é assim que os alunos aprendem a exercer a profissão que ambicionam, tendo a possibilidade de exercitar as técnicas quer em cadáveres quer em pacientes vivos.
No entanto não me parece de todo descabido que estas aprendizagens sejam efectuadas em pacientes “reais” provenientes de associações por exemplo. Parece-me que até haveria um enriquecimento da aprendizagem se assim fosse, pois os alunos presenciariam e participariam em situações de doença, gravidez, amputação reais, observando pacientes que realmente sofreriam de tais enfermidades, para além de ser passível efectuarem o pós-operatório completo. Vejamos, ao serem efectuados em animais de abate, mesmo que estes tenham a sua sentença de morte dada e que não sofram, do ponto de vista do aluno a aprendizagem poderá se revelar menos enriquecedora, dado que se tratarão de “simulações”. Sim, treinariam OVH, cesarianas, e outras intervenções simples, mas isso também poderia ser efectuada em animais que realmente necessitassem e no caso da cesariana que realmente tivessem os fetos para aprenderem a retirá-los.
Não me parece que incorreria também custos superiores..afinal estes custos já são suportados em intervenções que são efectuadas em animais cujo destino posterior é tão somente a eutanásia..A Faculdade já suporta o material, o tempo, os alunos e o profissional para intervenções de aprendizagem, não seria diferente ao fazê-lo com outros animais. Mesmo que, colocando a hipótese, de que a operação fosse mais dispendiosa derivada da sua complexidade, não seria também uma experiência enriquecedora e um óptimo caso de estudo para os nossos futuros profissionais? Se houvesse acordos com associações ou outro tipo de entidades os professores, dentro da sua cadeira, até poderiam optar por diversos casos de estudo para apresentar, com base na complexidade, interesse e vantagem para a cadeira (é certo que não se poderiam tratar todos os animais acolhidos, mas muitos poderiam ser ajudados e ao mesmo tempo ajudar os alunos &#61514;). Além dos animais beneficiarem, penso que os alunos seriam amplamente beneficiados na sua experiência adquirida ;-).
"Primeiro foi necess&aacute;rio civilizar o homem em rela&ccedil;&atilde;o ao pr&oacute;prio homem. Agora &eacute; necess&aacute;rio civilizar o homem em rela&ccedil;&atilde;o a natureza e aos animais."&nbsp; (Victor Hugo) "N&atilde;o h&aacute; diferen&ccedil;as fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais...os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento" (Charles Darwin)
VascoDV
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domingo nov 21, 2010 8:16 pm

Para quem não saiba é ilegal um estagiário efectuar procedimentos como vacinas, consultas, cirurgias...
<strong>As verdadeiras conquistas, as &uacute;nicas de que nunca nos arrependemos, s&atilde;o aquelas que fazemos contra a ignor&acirc;ncia </strong>
drilldown1
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domingo nov 21, 2010 8:27 pm

VascoDV Escreveu:Para quem não saiba é ilegal um estagiário efectuar procedimentos como vacinas, consultas, cirurgias...
Como disse, nos meus, nunca aconteceu um estagiário ter esses procedimentos.
<p>&nbsp;Sou respons&aacute;vel pelo que digo, n&atilde;o pelo que os outros entendem - By Ziggyma</p>
<p>Quer lutar comigo pela Net? For&ccedil;a... ESCREVA TUDO EM MAI&Uacute;SCULAS AT&Eacute; QUE ME CONSIGA MATAR!!!</p>
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LuMaria
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domingo nov 21, 2010 8:27 pm

Drilldow1 folgo em sabê-la tão atenta e na rectaguarda.
Não tirou o importante da questão, o afaga o ego. Isso era o importante.

Estes animais não contribuiem para o avanço da ciência, são meros bonecos para os alunos treinarem. Acho vergonhoso.
<p> At&eacute; Sempre... A quest&atilde;o n&atilde;o &eacute;, eles pensam? Ou, eles falam? A quest&atilde;o &eacute;, eles sofrem!&nbsp;</p>
<p>Tourada n&atilde;o &eacute; tradi&ccedil;&atilde;o, &eacute; crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta viol&ecirc;ncia</p>
LuluB
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domingo nov 21, 2010 8:30 pm

surceror Escreveu:Bem isto desenvolveu bastante desde a última vez que li este tópico.Realmente é um assunto delicado mas deixo o meu ponto de vista que uns concordarão e outros provavelmente não ou não seríamos todos diferentes &#61514;
Os alunos de medicina, veterinária e humana, precisam de aprender é um facto. A aprendizagem prática, componente principal não é excepção e como tal os alunos aprendem observando, mexendo, tratando, etc. É assim que a medicina evolui e é assim que os alunos aprendem a exercer a profissão que ambicionam, tendo a possibilidade de exercitar as técnicas quer em cadáveres quer em pacientes vivos.
No entanto não me parece de todo descabido que estas aprendizagens sejam efectuadas em pacientes “reais” provenientes de associações por exemplo. Parece-me que até haveria um enriquecimento da aprendizagem se assim fosse, pois os alunos presenciariam e participariam em situações de doença, gravidez, amputação reais, observando pacientes que realmente sofreriam de tais enfermidades, para além de ser passível efectuarem o pós-operatório completo. Vejamos, ao serem efectuados em animais de abate, mesmo que estes tenham a sua sentença de morte dada e que não sofram, do ponto de vista do aluno a aprendizagem poderá se revelar menos enriquecedora, dado que se tratarão de “simulações”. Sim, treinariam OVH, cesarianas, e outras intervenções simples, mas isso também poderia ser efectuada em animais que realmente necessitassem e no caso da cesariana que realmente tivessem os fetos para aprenderem a retirá-los.
Não me parece que incorreria também custos superiores..afinal estes custos já são suportados em intervenções que são efectuadas em animais cujo destino posterior é tão somente a eutanásia..A Faculdade já suporta o material, o tempo, os alunos e o profissional para intervenções de aprendizagem, não seria diferente ao fazê-lo com outros animais. Mesmo que, colocando a hipótese, de que a operação fosse mais dispendiosa derivada da sua complexidade, não seria também uma experiência enriquecedora e um óptimo caso de estudo para os nossos futuros profissionais? Se houvesse acordos com associações ou outro tipo de entidades os professores, dentro da sua cadeira, até poderiam optar por diversos casos de estudo para apresentar, com base na complexidade, interesse e vantagem para a cadeira (é certo que não se poderiam tratar todos os animais acolhidos, mas muitos poderiam ser ajudados e ao mesmo tempo ajudar os alunos &#61514;). Além dos animais beneficiarem, penso que os alunos seriam amplamente beneficiados na sua experiência adquirida ;-).
Exactamente, Surceror, e era isso que se estava a discutir antes de entrarem na liça os egos inflamados.

E eu acrescentaria ainda que ao utilizar-se os animais marcados para abate daí a algum tempo se está a retirar-lhes a oportunidade de serem adoptados à última hora, para além de também se retirar a animais de donos de fracas posses a oportunidade de receberem os tratamentos ou cirurgias de que necessitem.

Que isto colida com os interesses pecuniários dos veterinários também não me oferece dúvida, e penso que será esse o principal motivo por que não "cola" a ideia de colaboração das escolas médicas com associações, que não é nova e até já se tentou pôr em prática, em vão.

Além disso, as escolas médicas também não assumem esse lado beneficiente. Em Lisboa, por exemplo, a Faculdade de Medicina Veterinária tem uma clínica onde os seus estudantes podem aprender na prática o que as aulas teóricas não lhes podem dar, mas os seus preços são os normais de qualquer clínica privada.

Ora, eu pergunto: se os alunos pagam propinas, se os aparelhos e outro material usado na actividade faz parte do material escolar (portanto, existiria sempre, houvesse actividade clínica ou não), por que razão se faz pagar aos utentes o recurso a esses serviços como se de uma clínica privada se tratasse? E porque se recusa liminarmente a atender animais que não sejam "pagantes"?

Julgo que a ética anda um bocadinho a leste de tudo isto, mas se calhar sou eu a julgar mal... :?
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domingo nov 21, 2010 8:43 pm

No presente caso - este de Évora - não só a Ética parece andar bem longe, como também a Lei...

Subscrevo inteiramente o comentário da forista surceror.
Acredito na Paci&ecirc;ncia, na Persist&ecirc;ncia, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!
Tassebem
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domingo nov 21, 2010 8:44 pm

VascoDV Escreveu:Para quem não saiba é ilegal um estagiário efectuar procedimentos como vacinas, consultas, cirurgias...
Eis o programa de estágio curricular disponibilizado por um hospital veterinário português (presumo que o programa seja legal):

«RESUMO DO PROGRAMA DO ESTÁGIO

(Para mais informação consultar o site hvalmada.com)

OS ALUNOS ESTAGIÁRIOS FAZEM ROTAÇÃO PELOS VÁRIOS SERVIÇOS: CONSULTA EXTERNA, INTERNAMENTO GERAL E CUIDADOS INTENSIVOS, CIRURGIA E URGÊNCIAS.

1 – TÉCNICA DE ANAMNESE. A anamnese é essencial para o correcto diagnóstico de qualquer patologia animal

2 – TÉCNICAS DE CONTENÇÃO. Forma correcta de sujeitar os paciente animais, sobretudo os mais problemáticos.

3 – TÉCNICA DE EXPLORAÇÃO GERAL. Aprende a colher os valores biométricos (peso, temperatura, frequência respiratória e cardiaca, etc) e coloca em prática os métodos da propedêutica clínica básica (pálpação, auscultação, percusão, etc).

4 – TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICAS ESSENCIAIS. O Médico Veterinário residente aprende ou assiste às seguintes técnicas:

– OFTALMOLOGIA: Sondagem dos condutos lacrimais, Teste de fluresceina, Teste de schirmer, Tonometria, exame do fundo do olho, exame da terceira pálpebra.
– NEUROLOGIA: Obtenção do liquido cefalorraquidiano, reflexos pupilares, exame neurológico, mielografia, neurocirurgia
– OTOLOGIA: otoscopia, flushing
– UROLOGIA: algaliação de machos (gato e cão), algaliação de fêmeas (gata e cadela), cistocentese, radiografia urológica de contraste
– DERMATOLOGIA: FNA, raspagens, culturas, diagnóstico e tratamento dos principais problemas dermatológicos no cão e no gato.
– REPRODUÇÃO: Esfregaços vaginais, obtenção de sémen fresco – espermograma, inseminação artificial, exame clínico da prostata, diagnóstico e tratamento dos principais problemas reprodutivos na prática clínica
– PEDIATRIA: Maneio do paciente pediatrico, doenças congénitas e herteditárias
– ODONTOLOGIA: Extração de dentes, destartarização, implantes e correções dentárias.
– APARELHO DIGESTIVO: Trânsitos baritados, Principais patologias gastrointestinais do cão e do gato.
– APARELHO LOCOMOTOR: Displasia da Anca e do Cotovelo, Doenças ósseas de crecimento, rotura do LCA, Coxeiras várias
– NEURLOGIA: Exame neurológico, convulsões, Hérnias diascais, mielografia e recolha de LCR
– ONCOLOGIA: Citologia oncológica, Protocolos de quimioterapia básios
– ENDOCRINOLOGIA: Diabetes, Cushing, Hipotiroidismo
– PERINEO: Sondagem das glândulas peri-anais, hérnias periniais.
– TORÁX: Avaliação de derrames pleurais, penumotoráx, pneumonia, hérnia diafragmática
– ABDOMÉN: Avaliação de ascite, diagnóstico da dôr abdominal, hérnias

5 – MEIOS DE DIAGNÓSTICO: Radiografia digital simples e com contraste, ecografia, ecocardiografia, electrocardiografia, video-endoscopia, artroscopia.

– Microscopia optica
– Manejo de aparelhos de análise de hematologia, bioquimica e coagulometria
– Captura digital e processamento informático de todas as imagens obtidas nos meios de diagnóstico utilizados.

6 – TÉCNICA DOS INTERNAMENTOS:

– Cateterização das veias safena, cefálica, jugular e outras
– entubação
– Fluidoterapia: cálculo e seleção de fluidos a utilizar
– Oxigenoterapia
– Monitorização do paciente internado
– Nutrição e nutrição parentral
– Aquecimento de fluidos e do paciente internado

7 – TÉCNICAS ANESTÉSICAS: de forma a aprender a anestesiar correctamente cada tipo de paciente, para cada tipo de patologia, aprendendo as correctas doses.

– Analgesia
– Tranquilização
– Anestesia Endovenosa
– Anestesia Gasosa
– Ventilação assistida
– Mmonitorização do paciente anestesiado

8 – TÉCNICAS CIRURGICAS BÁSICAS:

– Sutura da pele
– Sutura subcutânea
– Sutura muscular
– Cirurgias: castrações, abcessos e outras cirurgias menores

9 – TÉCNICAS CIRURGICAS AVANÇADAS: Pode assistir a cirurgias como laparotomias, toracotomias, osteosinteses, neurocirurgia, intervenções oftlmológicas, etc de casos clínicos que surgam durante o estágio.

10 – TÉCNICA TERAPÊUTICA BÁSICAS: Aprende a fazer:

– Cálculo de doses básicas e de quimioterapia
– Injeções intramusculares, subcutâneas, endovenosas

11 – MEDICINA E CIRURGIA DE ANIMAIS EXÓTICOS

– Maneio de animais exóticos
– Exploração clínica
– colheita de sangue
– Administração de medicações
– Anestesia

12 – MEDICINA PREVENTIVA: Aprende os protocolos de vacinação, dsparasitação interna e externa, assim como, protocolos geriatricos e outros por nós utilizados.

13 – URGÊNCIAS: O residente pode assistir a casos de urgência que podem apartecer a qualquer altura.

14 – BIBLIOGRAFIA: É atribuido um tema de desenvolvimento durante o estágio. Para a sua execução pode utilizar a internet disponivel no nosso hospital e toda a bibliografia. O trabalho será publicado no nosse site: www.hvalmada.com»
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