2 de março
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Alguém tem de fazer o tópico da praxe... cá vai.
Ir a uma manifestação não muda nada. É verdade. Nada muda.
Mas não fico de consciência tranquila se não for amanhã, como sempre tenho ido, tal como não ficaria de consciência tranquila faltando com o meu voto em ocasião de o exercer.
A participação numa manifestação é importante porque lembra-nos que temos voz. Mesmo que ninguém esteja a ouvir, ter voz é estar vivo.
Em cada manifestação em que participei houve um momento, pequeno que seja, que a fez valer a pena. Ainda que nada mude. Amanhã vou e levo a bicharada também (vou numa cidade pequenina). Considerem.
Lista das cidades onde amanhã acontecerá a manifestação:
http://www.precariosinflexiveis.org/?p=5591
E por favor, se forem cantar a Grândola Vila Morena, tenham a decência de o fazer com a letra sabida.
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Zeca Afonso
Ir a uma manifestação não muda nada. É verdade. Nada muda.
Mas não fico de consciência tranquila se não for amanhã, como sempre tenho ido, tal como não ficaria de consciência tranquila faltando com o meu voto em ocasião de o exercer.
A participação numa manifestação é importante porque lembra-nos que temos voz. Mesmo que ninguém esteja a ouvir, ter voz é estar vivo.
Em cada manifestação em que participei houve um momento, pequeno que seja, que a fez valer a pena. Ainda que nada mude. Amanhã vou e levo a bicharada também (vou numa cidade pequenina). Considerem.
Lista das cidades onde amanhã acontecerá a manifestação:
http://www.precariosinflexiveis.org/?p=5591
E por favor, se forem cantar a Grândola Vila Morena, tenham a decência de o fazer com a letra sabida.
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Zeca Afonso
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Lá nos encontraremos, marianamar, embora eu vá exercer o meu direito e a minha liberdade de expressão em Lisboa. 

Lá estarei, em Lisboa.
Manifestações pouco ou nada mudam (contudo a de 15 Set. teve peso na caída da TSU!) mas mostram o desagrado do povo em relação a este Governo e, em geral, em relação à classe politica (porque é uma manif apartidária, nunca iria a uma de sindicatos ou de partidos).
E isso tem peso, tira pouco-a-pouco legitimidade politica.
Manifestações pouco ou nada mudam (contudo a de 15 Set. teve peso na caída da TSU!) mas mostram o desagrado do povo em relação a este Governo e, em geral, em relação à classe politica (porque é uma manif apartidária, nunca iria a uma de sindicatos ou de partidos).
E isso tem peso, tira pouco-a-pouco legitimidade politica.
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Jacques (Bosques da Noruega)
Quatro ratazanas(Olie, Noo, Boogie, Djibouti)
Também vou estar em Lisboa
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Angra do Heroismo 50 | Barcelona 30 | Beja 1000 | Braga 7000 | Caldas da Rainha 3000 | Castelo Branco 1000 | Chaves 200 | Coimbra 20000 | Entroncamento 300 | Estocolmo 15 | Guarda 500 | Horta 160 | Lisboa 800000 | Londres 100 | Marinha Grande 3000 | Paris 100 | Portimão 5000 | Porto 400000 | Santarém 500 | Setúbal 7000 | Sines 120 | Tomar 200 | Torres Novas 250 | Viana do Castelo 1000 | Vila Real 1800
Faltam os dados de 14 cidades.
Faltam os dados de 14 cidades.
Pois é, eu lá fui com a minha "partenaire" de luta ... a Tassebem.
Apesar de achar que nada muda ... quem sabe se um dia tal não acontecerá. Tal como tu Marianamar, não iria ficar de consciência tranquila ao saber que iria desperdiçar uma oportunidade de mostrar o meu (nosso) descontentamento.
Por outro lado, sinto que o devo ao meu Pai. Quis participar nesta demonstração para que ele veja que, afinal, VALEU A PENA e que, o Povo não está adormecido.
Emocionei-me, tal como me emociono de cada vez que oiço a Grândola Vila Morena e, houve uma das vezes em que a cantámos, que as lágrimas me caíam pela cara abaixo.
Para a próxima lá estarei.

PS: Estiveram 800.000 pessoas em Lisboa??? BOA!! Granda Povo!!!
Tal como eu dizia à Tassebem, podemos estar na cauda da Europa em tudo mas, nalguma coisa temos de ser os 1ºs e, realmente, demos uma grande lição de civismo.




Apesar de achar que nada muda ... quem sabe se um dia tal não acontecerá. Tal como tu Marianamar, não iria ficar de consciência tranquila ao saber que iria desperdiçar uma oportunidade de mostrar o meu (nosso) descontentamento.
Por outro lado, sinto que o devo ao meu Pai. Quis participar nesta demonstração para que ele veja que, afinal, VALEU A PENA e que, o Povo não está adormecido.
Emocionei-me, tal como me emociono de cada vez que oiço a Grândola Vila Morena e, houve uma das vezes em que a cantámos, que as lágrimas me caíam pela cara abaixo.
Para a próxima lá estarei.


PS: Estiveram 800.000 pessoas em Lisboa??? BOA!! Granda Povo!!!




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- Registado: segunda abr 13, 2009 2:14 am
No momento de silêncio total que antecedeu a Grândola Vila Morena, o Vicente começou a uivar. Um uivo muito grave, muito longo, quase cantado. Só tinha ouvido este cão uivar uma outra vez no tempo que partilhamos juntos. Acho que também queria cantar 

Tens de lhe ensinar a letra.marianamar Escreveu:No momento de silêncio total que antecedeu a Grândola Vila Morena, o Vicente começou a uivar. Um uivo muito grave, muito longo, quase cantado. Só tinha ouvido este cão uivar uma outra vez no tempo que partilhamos juntos. Acho que também queria cantar


Que felicidade ter SÓ um terço dessa gente nas manifestações pelos animais 
A próxima manifestação nacional exigindo uma Nova Lei de Protecção, é no dia 13 de Abril (sábado às 15h, tendo início na "Catedral da Tortura/Campo Pequeno, seguindo para o Parlamento).

A próxima manifestação nacional exigindo uma Nova Lei de Protecção, é no dia 13 de Abril (sábado às 15h, tendo início na "Catedral da Tortura/Campo Pequeno, seguindo para o Parlamento).
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Mais uma, para além das milhentas existentes. Pelo menos, essa, ainda conseguiu ser entrevistada e falar do problema dela... e as outras milhentas
que nem com a família e amigos podem contar? Felizmente não é o meu caso, mas não vivo numa redoma imune aos problemas dos outros (jovens, velhos, menos velhos...), nem preciso de ler o que vejo aqui ao lado. Cada um tem de tentar sobreviver e se se tiver de ir plantar batatas, paciência, vai-se. É minha convicção que a "boa" vida e as facilidades de há uns anos, foram-se pra sempre, venha o PS o PCP, os anarcas...
que nem com a família e amigos podem contar? Felizmente não é o meu caso, mas não vivo numa redoma imune aos problemas dos outros (jovens, velhos, menos velhos...), nem preciso de ler o que vejo aqui ao lado. Cada um tem de tentar sobreviver e se se tiver de ir plantar batatas, paciência, vai-se. É minha convicção que a "boa" vida e as facilidades de há uns anos, foram-se pra sempre, venha o PS o PCP, os anarcas...

No pólo oposto, mas interessante na mesma:
Em http://expresso.sapo.pt/o-presidente-em ... z2MsfCT8kD, através do Facebook
O Presidente emitiu uns sons que não podem deixar de ser escutados
por Daniel Oliveira
Quinta feira, 7 de Março de 2013
O Presidente da República tem poucos poderes. O da palavra é um deles. E em momentos de crise deve usá-la com cautela mas eficácia. O Presidente saiu de casa ao fim de mais de um mês. Que se saiba, não estava de férias. Ia dizer que nós não lhe pagamos para viver num palácio. Pagamos-lhe para fazer política. Mas não é verdade, porque nós não pagamos ao Presidente da República. Num acto de enorme elevação institucional e respeito pelo cargo que ocupa, o Presidente preferiu ser pensionista, porque sempre recebia mais. Pouco, no entanto, já se sabe. Será que já aderiu aos "Indignados do Pinhal"?
Dizia eu que o principal poder do Presidente é a palavra. E Cavaco Silva foi finalmente à rua (o passe está pela hora da morte e, como se sabe, a reforma não é generosa). Na inauguração duma moagem e usou-a finalmente. Primeiro, explicou o seu silêncio. Não quer "protagonismos mediáticos" que, diz, são "inversamente proporcionais" à capacidade de um Presidente "influenciar as decisões tomadas por um País". Cavaco dá-nos sempre a entender que quando parece estar parado é porque está a fazer imensas coisas. Nós é que nunca percebemos o que faz exactamente. Até porque sempre que toma decisões elas são ou inconsequentes ou redundantes ou as duas coisas em simultâneo - como quando enviou para o Tribunal Constitucional o orçamento que já tinha sido enviado pela oposição com dúvidas que não tinha tido no orçamento anterior. Mas devemos ter confiança no seu mutismo. "Ninguém tem a experiência que eu tenho", explicou. Assim como nunca se engana e qualquer um tem de nascer duas vezes para ser mais sério do que ele. E, falta acrescentar, ainda está para vir alguém mais modesto do que Aníbal Cavaco Silva.
Falou para dizer coisas que marcam a vida política portuguesa e são um contributo fundamental para devolver confiança aos portugueses. Sobre a crise, disse que "só poderá ser vencida com a ajuda dos empresários". Uma afirmação que abala todas as falsas convicções que muitos têm em relação à nossa situação económica. Sobre o alargamento dos prazos de pagamento dos empréstimos disse que foi "um passo positivo ". Defendeu que a União Europeia deve "passar das palavras aos actos", o que fez tremer Bruxelas perante tanta ousadia política.
Mas foi sobre as manifestações que teve as palavras mais contundentes: "as vozes que se fazem ouvir não podem deixar de ser escutadas". É, diz-se, uma das principais características do que se faz ouvir: não poder deixar de ser escutado. Diria que acontece o mesmo ao que se faz ver. Não pode deixar de ser visto. O que se faz cheirar consta que também não pode deixar de ser cheirado. E, como dizia o saudoso César Monteiro, assim sucessivamente.
Das duas uma: ou o Presidenta fala muito e no meio vai dizendo umas coisas importantes ou fala pouco e quando fala marca a vida política. Cavaco fala pouco para, quando fala, percebermos porque estava calado: não tem rigorosamente nada para dizer. Na realidade, eu próprio tenho defendido que, perante a crise social profunda que vivemos, o presidente deveria falar. Depois ele fala e eu próprio me pergunto o que raio esperava que o campeão nacional da banalidade dissesse. Se não deveríamos tratar o Chefe de Estado como um mero pensionista de luxo, retirado da política e a viver num lar em Belém.
Nesta crise, o Presidente até poderia ter uma função fundamental para a credibilidade da política. Podia fazer presidências abertas, por exemplo. Ou ajudar a dirimir conflitos sociais. Ou falar em nome de um País desesperado, deprimido e revoltado. Ouvir as pessoas, dar voz e rosto aos seus problemas. Mas para isso era fundamental que tivéssemos mesmo um Presidente. Alguém que sabe escutar e ver o que não pode deixar de ser escutado e visto.
Se o actual Presidente tem experiência política - que lhe permite sempre sobreviver sem correr qualquer risco -, nós, ao longo de várias décadas de convivência, também a temos. E sabemos que o seu desígnio político se resume em três palavras: Aníbal Cavaco Silva. O resto vem sempre depois. E, por agora, caladinho é que se está bem. Se é para desconversar, também me parece.
Em http://expresso.sapo.pt/o-presidente-em ... z2MsfCT8kD, através do Facebook
<p>Olá, eu sou a... Floripes3 que já foi 2. :mrgreen:</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
<p>''Tome partido. A neutralidade ajuda o opressor, nunca a vítima. O silêncio encoraja o torturador, nunca o torturado'' - Elie Wiesel</p>
<p> "Nas costas dos outros vemos espelhadas as nossas." - Dito popular</p>
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- Registado: segunda jul 12, 2010 2:39 pm
Alguns apontamentos da manifestação de 2 de Março.
Os cartazes que uma conhecida forista aqui da Arca transportava, tipo sanduíche:


Um tacho que herdei da minha avó e que também já levei à manifestação de 15 de Setembro (é um bocadinho como se a levasse a ela, que não iria deixar de lá estar):


E outros cartazes e manifestantes:


Os cartazes que uma conhecida forista aqui da Arca transportava, tipo sanduíche:



Um tacho que herdei da minha avó e que também já levei à manifestação de 15 de Setembro (é um bocadinho como se a levasse a ela, que não iria deixar de lá estar):


E outros cartazes e manifestantes:


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- Registado: segunda jul 12, 2010 2:39 pm
Este indivíduo, desde a forma leviana como analisou o caso do Zico, perdeu muita da credibilidade que tinha para mim.Floripes3 Escreveu:No pólo oposto, mas interessante na mesma:
O Presidente emitiu uns sons que não podem deixar de ser escutados
por Daniel Oliveira
Quinta feira, 7 de Março de 2013
O Presidente da República tem poucos poderes. O da palavra é um deles. E em momentos de crise deve usá-la com cautela mas eficácia. O Presidente saiu de casa ao fim de mais de um mês. Que se saiba, não estava de férias. Ia dizer que nós não lhe pagamos para viver num palácio. Pagamos-lhe para fazer política. Mas não é verdade, porque nós não pagamos ao Presidente da República. Num acto de enorme elevação institucional e respeito pelo cargo que ocupa, o Presidente preferiu ser pensionista, porque sempre recebia mais. Pouco, no entanto, já se sabe. Será que já aderiu aos "Indignados do Pinhal"?
Dizia eu que o principal poder do Presidente é a palavra. E Cavaco Silva foi finalmente à rua (o passe está pela hora da morte e, como se sabe, a reforma não é generosa). Na inauguração duma moagem e usou-a finalmente. Primeiro, explicou o seu silêncio. Não quer "protagonismos mediáticos" que, diz, são "inversamente proporcionais" à capacidade de um Presidente "influenciar as decisões tomadas por um País". Cavaco dá-nos sempre a entender que quando parece estar parado é porque está a fazer imensas coisas. Nós é que nunca percebemos o que faz exactamente. Até porque sempre que toma decisões elas são ou inconsequentes ou redundantes ou as duas coisas em simultâneo - como quando enviou para o Tribunal Constitucional o orçamento que já tinha sido enviado pela oposição com dúvidas que não tinha tido no orçamento anterior. Mas devemos ter confiança no seu mutismo. "Ninguém tem a experiência que eu tenho", explicou. Assim como nunca se engana e qualquer um tem de nascer duas vezes para ser mais sério do que ele. E, falta acrescentar, ainda está para vir alguém mais modesto do que Aníbal Cavaco Silva.
Falou para dizer coisas que marcam a vida política portuguesa e são um contributo fundamental para devolver confiança aos portugueses. Sobre a crise, disse que "só poderá ser vencida com a ajuda dos empresários". Uma afirmação que abala todas as falsas convicções que muitos têm em relação à nossa situação económica. Sobre o alargamento dos prazos de pagamento dos empréstimos disse que foi "um passo positivo ". Defendeu que a União Europeia deve "passar das palavras aos actos", o que fez tremer Bruxelas perante tanta ousadia política.
Mas foi sobre as manifestações que teve as palavras mais contundentes: "as vozes que se fazem ouvir não podem deixar de ser escutadas". É, diz-se, uma das principais características do que se faz ouvir: não poder deixar de ser escutado. Diria que acontece o mesmo ao que se faz ver. Não pode deixar de ser visto. O que se faz cheirar consta que também não pode deixar de ser cheirado. E, como dizia o saudoso César Monteiro, assim sucessivamente.
Das duas uma: ou o Presidenta fala muito e no meio vai dizendo umas coisas importantes ou fala pouco e quando fala marca a vida política. Cavaco fala pouco para, quando fala, percebermos porque estava calado: não tem rigorosamente nada para dizer. Na realidade, eu próprio tenho defendido que, perante a crise social profunda que vivemos, o presidente deveria falar. Depois ele fala e eu próprio me pergunto o que raio esperava que o campeão nacional da banalidade dissesse. Se não deveríamos tratar o Chefe de Estado como um mero pensionista de luxo, retirado da política e a viver num lar em Belém.
Nesta crise, o Presidente até poderia ter uma função fundamental para a credibilidade da política. Podia fazer presidências abertas, por exemplo. Ou ajudar a dirimir conflitos sociais. Ou falar em nome de um País desesperado, deprimido e revoltado. Ouvir as pessoas, dar voz e rosto aos seus problemas. Mas para isso era fundamental que tivéssemos mesmo um Presidente. Alguém que sabe escutar e ver o que não pode deixar de ser escutado e visto.
Se o actual Presidente tem experiência política - que lhe permite sempre sobreviver sem correr qualquer risco -, nós, ao longo de várias décadas de convivência, também a temos. E sabemos que o seu desígnio político se resume em três palavras: Aníbal Cavaco Silva. O resto vem sempre depois. E, por agora, caladinho é que se está bem. Se é para desconversar, também me parece.
Em http://expresso.sapo.pt/o-presidente-em ... z2MsfCT8kD, através do Facebook
Pode até cantar muito bem, mas não me alegra.