Adesão a nobres obras
Enviado: domingo set 13, 2009 5:17 pm
O titulo não reflecte bem o carácter do meu tema,
Vivemos a braços com carências de toda a ordem, mas as ocasiões em que gostariamos de colaborar activamente, por força de condições pessoais, temporáriamente não nos são permitidas...
Podermos tomar uma atitude agressiva, assertiva ou passiva perante as circustâncias que nos emergem por oportunas, resta-nos deixar um testemunho, uma palavra, mostrar que existimos e motivar aqueles que se encontram a trabalhar arduamente no campo de batalha por causa nobres, sendo nobres por terem que vir de fundos privados e voluntários para poderem sustentar sua obra.
Nisto partilho uma carta enviada para http://www.almargem.org/
"Boa tarde,
Sou o Miguel, tenho 38 anos, amo a natureza, a vida animal e vivo ciente das consequências que levam as utopias e construções irreversíveis do Homem contra o equilíbrio frágil dos ecossistemas num atentado assumido contra a sua própria existência.
Estou desempregado de longa duração, procuro e não encontro. Não disponho de meios, nem para pagar uns insignificantes 5 euros para aderir a vossa causa, no entanto, só se vive uma vez, não guardo para amanhã o que posso fazer hoje.
Hoje posso soltar a minha voz e dar meu testemunho e presença junto a vocês. Sou frontal e não gosto de injustiças ou de mentiras, encobrimentos e ocultismos.
Nada receio nem temo, penso e falo, depois actuo. Sou ponderado, mas observador e cirúrgico, aprendo com prazer e satisfação. Algo me chama a defender causas, a auxiliar e a tomar coragem para rejeitar o que não é correcto e adoptar o que seja aceitável social e colectivamente.
Cheiro à distância qualquer forma de "esquema" com propósitos meramente lucrativos contra aquilo pelo qual vocês lutam.
Ser em vão ou não, o que interessa é no mínimo fazer barulho, tudo tem um propósito e uma finalidade cujos resultados surtirão efeito, quando irão surtir, não interessa. Mas nada evolui se estivermos passivos.
Uma das maiores tretas que o Governo e suas politicas praticam pela falta de competência profissional a quem foram atribuídos os poderes de exercício e actuação, é esta. Dos grupos que aprovam e realizam os ditos estudos do impacto ambiental e assinam de cruz, aprovações convenientes a interesses meramente pessoais, com finalidades pontualmente lucrativas.
A história dos campos de Golfe, para meia dúzia de ricos baterem em bolinhas, é pura mentira a protecção dos ecossistemas e da vida animal, consequentemente.
Um animal cuja ciência nunca olhou, chegou aqui a 400 anos e alterou todo o seu ADN para adaptação ao micro clima Algarvio, habitat o qual estas obras eliminou de modo irreversível. Os que existem, estão a beira da morte por falta de tudo. Jamais serão os mesmos. Mesmo que colocados em reservas, ou criados em cativeiro. Os exemplares que ainda se encontram ao ar livre, são os últimos gritos da sua existência.
É um réptil único no mundo inteiro, não existe em qualquer outra parte, estou a falar do camaleão da meia-praia. Estou a fazer um estudo profundo da espécie. É o mesmo que estar a falar do berbigão que havia por todo o lado antes de fundearem todas as marinas, entradas de barra marítimas e ajuste dos despejos de esgotos pelas estações de tratamento. O mar não apresenta cheiro, nem cor, mas a poluição está lá, ora então o que aconteceu com a grande riqueza da vida animal para esta deixar de existir de um dia para o outro?! Quando se acabam com as fontes de alimento, zonas de nidificação, claro que as espécies migram, não quer dizer que se extinguiram, mas em grande parte dos casos quer dizer que sim, se extinguiram.
Todo o planeta está em transição climática, devido a acção do homem, aqui em Portugal, poderíamos conter as obras que realizamos e deixarmos de andar os socos com o sol e as chuvas, só porque elas ou vieram tarde, ou vieram cedo, mas vieram sem a nossa autorização e consentimento, só visto, ao que o macaco racional chega, argumentando contra a natureza que lhe deu a origem e lhe sustenta a existência!!
"Campos e mato, fora...obras e betão, dentro. Falta água, falta tudo...desertificação, extinção, mutações, terrenos áridos, estéreis." Ignorantes, incoerentes, irresponsáveis, peneirentos, egoístas, cidadãos exemplares!!
Eliminaram os ninhos das andorinhas porque dava muito prejuízo lavar as fezes destas das paredes!! Então temos paredes bonitas, mas andorinhas agora só em fotografias e livros!! Por outro lado, é melhor sermos mordidos pelos mosquitos a tomarmos café numa esplanada, porque afugentaram as aves que os comiam em pleno voo!!
Bem, só queria manifestar meus votos de força e coragem para vós. Transmitir-lhes meu apreço.
Um bem haja, com os melhores cumprimentos,
António Louro"
Vivemos a braços com carências de toda a ordem, mas as ocasiões em que gostariamos de colaborar activamente, por força de condições pessoais, temporáriamente não nos são permitidas...
Podermos tomar uma atitude agressiva, assertiva ou passiva perante as circustâncias que nos emergem por oportunas, resta-nos deixar um testemunho, uma palavra, mostrar que existimos e motivar aqueles que se encontram a trabalhar arduamente no campo de batalha por causa nobres, sendo nobres por terem que vir de fundos privados e voluntários para poderem sustentar sua obra.
Nisto partilho uma carta enviada para http://www.almargem.org/
"Boa tarde,
Sou o Miguel, tenho 38 anos, amo a natureza, a vida animal e vivo ciente das consequências que levam as utopias e construções irreversíveis do Homem contra o equilíbrio frágil dos ecossistemas num atentado assumido contra a sua própria existência.
Estou desempregado de longa duração, procuro e não encontro. Não disponho de meios, nem para pagar uns insignificantes 5 euros para aderir a vossa causa, no entanto, só se vive uma vez, não guardo para amanhã o que posso fazer hoje.
Hoje posso soltar a minha voz e dar meu testemunho e presença junto a vocês. Sou frontal e não gosto de injustiças ou de mentiras, encobrimentos e ocultismos.
Nada receio nem temo, penso e falo, depois actuo. Sou ponderado, mas observador e cirúrgico, aprendo com prazer e satisfação. Algo me chama a defender causas, a auxiliar e a tomar coragem para rejeitar o que não é correcto e adoptar o que seja aceitável social e colectivamente.
Cheiro à distância qualquer forma de "esquema" com propósitos meramente lucrativos contra aquilo pelo qual vocês lutam.
Ser em vão ou não, o que interessa é no mínimo fazer barulho, tudo tem um propósito e uma finalidade cujos resultados surtirão efeito, quando irão surtir, não interessa. Mas nada evolui se estivermos passivos.
Uma das maiores tretas que o Governo e suas politicas praticam pela falta de competência profissional a quem foram atribuídos os poderes de exercício e actuação, é esta. Dos grupos que aprovam e realizam os ditos estudos do impacto ambiental e assinam de cruz, aprovações convenientes a interesses meramente pessoais, com finalidades pontualmente lucrativas.
A história dos campos de Golfe, para meia dúzia de ricos baterem em bolinhas, é pura mentira a protecção dos ecossistemas e da vida animal, consequentemente.
Um animal cuja ciência nunca olhou, chegou aqui a 400 anos e alterou todo o seu ADN para adaptação ao micro clima Algarvio, habitat o qual estas obras eliminou de modo irreversível. Os que existem, estão a beira da morte por falta de tudo. Jamais serão os mesmos. Mesmo que colocados em reservas, ou criados em cativeiro. Os exemplares que ainda se encontram ao ar livre, são os últimos gritos da sua existência.
É um réptil único no mundo inteiro, não existe em qualquer outra parte, estou a falar do camaleão da meia-praia. Estou a fazer um estudo profundo da espécie. É o mesmo que estar a falar do berbigão que havia por todo o lado antes de fundearem todas as marinas, entradas de barra marítimas e ajuste dos despejos de esgotos pelas estações de tratamento. O mar não apresenta cheiro, nem cor, mas a poluição está lá, ora então o que aconteceu com a grande riqueza da vida animal para esta deixar de existir de um dia para o outro?! Quando se acabam com as fontes de alimento, zonas de nidificação, claro que as espécies migram, não quer dizer que se extinguiram, mas em grande parte dos casos quer dizer que sim, se extinguiram.
Todo o planeta está em transição climática, devido a acção do homem, aqui em Portugal, poderíamos conter as obras que realizamos e deixarmos de andar os socos com o sol e as chuvas, só porque elas ou vieram tarde, ou vieram cedo, mas vieram sem a nossa autorização e consentimento, só visto, ao que o macaco racional chega, argumentando contra a natureza que lhe deu a origem e lhe sustenta a existência!!
"Campos e mato, fora...obras e betão, dentro. Falta água, falta tudo...desertificação, extinção, mutações, terrenos áridos, estéreis." Ignorantes, incoerentes, irresponsáveis, peneirentos, egoístas, cidadãos exemplares!!
Eliminaram os ninhos das andorinhas porque dava muito prejuízo lavar as fezes destas das paredes!! Então temos paredes bonitas, mas andorinhas agora só em fotografias e livros!! Por outro lado, é melhor sermos mordidos pelos mosquitos a tomarmos café numa esplanada, porque afugentaram as aves que os comiam em pleno voo!!
Bem, só queria manifestar meus votos de força e coragem para vós. Transmitir-lhes meu apreço.
Um bem haja, com os melhores cumprimentos,
António Louro"