Cursos de Medicina abertos a licenciados

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Butterfly_21
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quarta fev 17, 2010 1:11 am

Estou a divulgar esta notícia porque, apesar de já ser de 2006, parece-me que passou muito despercebida. Basicamente a notícia diz que é garantido o acesso ao curso de Medicina a qualquer licenciado, desde que seja garantido um «nível de conhecimento nas cadeiras nucleares que são condição de ingresso».

Como sempre, a Ordem dos Médicos parece tentar destruir todas as iniciativas que tenham como objectivo aumentar o número de médicos em Portugal, por isso não me admirava nada que tivessem abafado esta notícia nos meios de comunicação social.

Passem aos vossos amigos e conhecidos. Pode ser que seja uma forma eficaz de melhorar os cuidados de saúde em Portugal.

07/12/2006 - Cursos de Medicina abertos a licenciados

A partir do ano lectivo de 2008/2009, os licenciados vão poder frequentar cursos de Medicina, segundo o decreto-lei aprovado esta quarta-feira em Conselho de Ministros.

O ministério vai possibilitar a abertura de um concurso especial para licenciados em qualquer área, desde que seja garantido um «nível de conhecimento nas cadeiras nucleares que são condição de ingresso».

Esta medida pretende assim que os novos estudantes garantam «uma maior diversidade», uma vez que «os fundamentos científicos da prática clínica e da investigação biomédica se baseiam cada vez mais na interacção com áreas científicas como a Física, a Biologia, a Química ou a Matemática, mas também com outras áreas, como as Humanidades, o Direito ou a Economia».

Para além desta nova medida, o ministério vai permitir ainda a entrada dos alunos do secundário nos cursos de Medicina através da realização de três provas específicas. Assim, para além de terem de prestar provas a Biologia e a Química, os alunos poderão ainda fazer exames a Matemática ou a Física.

Esta decisão do ministério pretende que o ingresso nos cursos de Medicina seja mais completo.

07/12/2006 - ANEM contra alargamento do acesso a Medicina


A presidente da Associação Nacional de Estudantes de Medicina acha que “não faz sentido” a abertura do acesso aos cursos de Medicina a licenciados de outras áreas e não vê como o alargamento do número de provas de acesso ao curso possa beneficiar o aluno.


Rita Rapazote, presidente da Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM), não prevê que nenhuma “mais-valia em termos profissionais” surja, na sequência da abertura do curso de Medicina a licenciados em outras áreas, disse em declarações ao Canal UP.

Em comunicado do Conselho de Ministros, o Governo alega que “os fundamentos científicos da prática clínica e da investigação biomédica se baseiam cada vez mais na interacção com áreas científicas como a física, a biologia, a química ou a matemática, mas também com outras áreas, como as humanidades, o direito ou a economia”.

Para Rita Rapazote, que ainda não teve acesso ao decreto-lei, a interacção entre diversas áreas na Medicina “é muito importante” mas considera que “há maneiras mais ortodoxas de a promover”, nomeadamente através de “pós-graduações".

Entrada em vigor no próximo ano

O decreto-lei em causa alarga o acesso ao curso de Medicina aos licenciados “em qualquer área”, desde que “se garanta adequado nível de conhecimento nas cadeiras nucleares que são condição de ingresso”.

Segundo informações hoje avançadas pelo jornal Público, caberá às escolas, já a partir do próximo ano lectivo, abrir um concurso especial para candidatos já licenciados para os quais as faculdades deverão abrir, no mínimo, 5% das vagas.

Três específicas para entrar em Medicina

O diploma aprovado em Conselho de Ministros prevê também que, a partir de 2008/2009, os alunos possam realizar 3 provas específicas em vez das actuais duas, para ingressar em Medicina. Além de Química e Biologia, também a Matemática e a Física passam a ser específicas passíveis de serem exigidas pelas faculdades.

Sobre a mudança, Rita Rapazote considera que era indispensável “garantir uma uniformização” das específicas exigidas por todas as instituições. Por outra parte, a aluna do 5º ano de Medicina da Nova de Lisboa não percebe “como é que um exame de Física, e muito menos de Matemática, possa demonstrar especial conhecimento ou habilidade” para a formação em Medicina, declaro
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