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Inversão de papéis

Enviado: sexta abr 09, 2010 7:05 pm
por Charlie2
Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um telejornal da RTP1:

De mãe para mãe...

Cara Senhora, vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra a transferência do seu filho, presidiário, das dependências da prisão de Custóias para outra dependência prisional em Lisboa.

Vi-a a queixar-se da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que vai passar a ter para o visitar, bem como de outros inconvenientes decorrentes dessa mesma transferência.
Vi também toda a cobertura que os jornalistas e repórteres deram a este facto, assim como vi que não só você, mas também outras mães na mesma situação, contam com o apoio de Comissões, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, etc...

Eu também sou mãe e posso compreender o seu protesto. Quero com ele fazer coro, porque, como verá, também é enorme a distância que me separa do meu filho.
A trabalhar e a ganhar pouco, tenho as mesmas dificuldades e despesas para o visitar.
Com muito sacrifício, só o posso fazer aos domingos porque trabalho (inclusivé aos sábados) para auxiliar no sustento e educação do resto da família.

Se você ainda não percebeu, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou cruelmente num assalto a uma bomba de combustível, onde ele, meu filho, trabalhava durante a noite para pagar os estudos e ajudar a família.

No próximo domingo, enquando você estiver a abraçar e beijar o seu filho, eu estarei a visitar o meu e a depositar algumas flores na sua humilde campa, num cemitério dos arredores...

Ah! Já me ia esquecia: Pode ficar tranquila, que o Estado se encarregará de tirar parte do meu magro salário para custear o sustento do seu filho e, de novo, o colchão que ele queimou, pela segunda vez, na cadeia onde se encontrava a cumprir pena, por ser um criminoso.
No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante dessas "Entidades" que tanto a confortam, para me dar uma só palavra de conforto ou indicar-me quais "os meus direitos".

Para terminar, ainda como mãe, peço por favor:
Façam circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta (falta de vergonha) inversão de valores que assola Portugal e não só...

Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos" !!!

Enviado: sexta abr 09, 2010 7:11 pm
por Bondage2010
Uma Senhora de tomates...sim sim ;)

Enviado: sexta abr 09, 2010 7:38 pm
por fang
Os valores morais andam completamente às avessas na nossa sociedade.

Este caso passou-se aqui a 1km da minha casa. http://www.omirante.pt/omirantetv/index ... on=noticia

Ora toda a gente sabe o que se passou: Homicídio premeditado, já há muito anunciado!!
Mas infelizmente a acusação foi deixada com o Ministério Público, enquanto a defesa foi feita com 3 (três) advogados pagos a peso de ouro!!

Conclusão: Penas suspensas irrisórias e os criminosos andam a pavonear-se por entre toda a população da localidade, como que a dizer: Ganhámos!! Somos mais espertos que vocês!!

Isto revolta qualquer um e deixa de haver qualquer confiança na justiça...

Enviado: sexta abr 09, 2010 7:45 pm
por joaoplscosta
Isto aconteceu mesmo ao lado de minha casa:

http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?t= ... ut=10&tm=8

2 semanas depois já estava o assassino solto com pulseira electrónica, pelo que me contaram.

Enviado: domingo abr 11, 2010 12:17 am
por EgO24
fang Escreveu:Os valores morais andam completamente às avessas na nossa sociedade.

Este caso passou-se aqui a 1km da minha casa. http://www.omirante.pt/omirantetv/index ... on=noticia

Ora toda a gente sabe o que se passou: Homicídio premeditado, já há muito anunciado!!
Mas infelizmente a acusação foi deixada com o Ministério Público, enquanto a defesa foi feita com 3 (três) advogados pagos a peso de ouro!!

Conclusão: Penas suspensas irrisórias e os criminosos andam a pavonear-se por entre toda a população da localidade, como que a dizer: Ganhámos!! Somos mais espertos que vocês!!

Isto revolta qualquer um e deixa de haver qualquer confiança na justiça...
E depois admiram-se que alguém faça justiça pelas proprias mãos.