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Por causa da crise deixei de...

Enviado: sábado nov 13, 2010 8:34 pm
por catrules
Na Sábado online questionaram 50 figuras públicas sobre o que deixaram de fazer por causa da crise, resolvi continuar com este assunto agora com os membros da Arca :wink:

Eu, deixei de ir ao cinema todas as semanas :(

Enviado: sábado nov 13, 2010 10:41 pm
por Bondage2010
Deixei de receber salario 8)

Enviado: sábado nov 13, 2010 11:35 pm
por LuluB
Eu não deixei nada porque já não posso cortar mais. :roll:

Enviado: sábado nov 13, 2010 11:35 pm
por marianamar
Deixei de viajar pelo país à aventura sempre que me apetecia.

Enviado: sábado nov 13, 2010 11:41 pm
por catrules
No supermercado, comecei a comprar mais produtos de marca branca.

Enviado: domingo nov 14, 2010 12:18 am
por Tassebem
Atenção que já vivemos em crise há algum tempo... Eu já deixei de fazer muita coisa há uns bons anos. Comer fora, por exemplo. Sempre que tenho de sair, como antes, como quando chego ou levo farnel. Nem que seja umas bolachas ou uma peça de fruta que se metem na mala.

Enviado: domingo nov 14, 2010 1:11 am
por Chamarrita
antes da crise financeira mundial, já eu tinha entrado em crise existencial... :lol: assim, já tinha deixado uma série de coisas, porque as prioridades eram outras. Mas, presentemente, com mais bocas para alimentar e cuidar, deixei de fazer coisas que realmente nunca precisei de fazer:

- corresponder a pedidos de ajuda financeira;
- fazer madeixas;
- manter a depilação "au point";
- ter uma mão cheia de amigos, fans e simpatizantes;
- ir com os animais ao vet a torto e a direito (aprendi a dar picas, por exemplo, e compro os medicamentos na farmácia, em vez de os adquirir na clínica ou numa petshop);
- comprar livros, cd's e revistas de decoração;
- ter hobbies;
- sair à noite;
- ter internet e tv por cabo;
- comprar "marcas" (sim, o cappucino do hipermercado afinal bebe-se bem! E o carro não se queixa do combustível mais barato...)
- viajar (também já fui onde queria ir!);
- ter marido/ amigado/ namorado/ amigo colorido (não há pachorra, e não compensa, além de obrigar a suprimir o 3º item desta lista :lol: );
- fazer 4 ou 5 refeições diárias: 1 ou 2 chegam perfeitamente para as minhas necessidades, o que leva ao item seguinte...
- comprar roupa, excepto o que é estritamente essencial substituir quando se estraga; o mesmo se aplica a sapatos;
- usar lentes de contacto anuais com correcção do pouco astigmatismo que tenho (as descartáveis semanais duram facilmente 3/4 semanas, o triplo ou o quádruplo do tempo de duração previsto);
- comprar tapetes... :oops:
- sofrer de depressão (ou esgotamento e melancolia sazonal com recurso a psiquiatra e medicação específica; cuidar de mais de duas dezenas de gatos e meia dúzia de cães é um excelente anti-depressivo);
- viver na cidade :D
- ter medo 8)

Enviado: domingo nov 14, 2010 1:31 pm
por omegaa
prefiro não dizer o que deixei de fazer mas sim o que passei a fazer:

-deixei de andar sempre de carro, ando muito mais a pé.
-em vez de irmos para uma esplanada gastar dinheiro vamos mais vezes para o jardim com os cães ou passear pela cidade
-deixei de beber o que bebia nos bares. prefiro comprar uma garrafa de uma bebida com amigos e beber pela rua, no meio de uma animada conversa
-passei a aproveitar os bilhetes grátis para o teatro (por pertencer a um grupo de teatro) em vez de ir ao cinema.
-faço download de filmes em vez de ir ao cineme
-troco filmes com amigos em vez de ir ao cinema
-(ok,, eu adorava cinema... :oops: )
-fazemos jantares em casa com amigos, em que cada um contribui com um ingrediente em vez de irmos jantar fora
-dou muito mais valor ao pouco dinheiro que tenho... :)

Enviado: domingo nov 14, 2010 1:51 pm
por LuMaria
A propósito da crise, diz dona Flôr, a padeira aqui da rua:
Quando me casei ninguém tinha casa própria. Ninguém tinha carro.
Havia um televisor em casa. Um rádio. Lavava a roupa à mão.
Comia-se carne ao Sábado. E era gorda e anafada.
Crise?
Crise de valores, de prioridades, de vista.
Hoje quere-se tudo. Fácil e depressa. Depois, não há como pagar, o que nunca deveria ter sido comprado.
Achei sábio.

Enviado: domingo nov 14, 2010 2:07 pm
por Chamarrita
Hoje há outras necessidades. O telemóvel tornou-se imprescindível. Fora de cidades como Lisboa ou Porto o sistema de transportes públicos é tão mau que temos mesmo de ter automóvel. A informatização de tudo, até de pagamento de impostos, obriga a que se tenha computador e internet. A velocidade da vida presente e a quantidade absurda de informação disponível, a pressão para a produção/ consumo leva a uma pressa histérica generalizada. O microondas tornou-se o rei da cozinha, e as refeições prontas abundam por toda a parte, não há tempo para comer, quanto mais para cozinhar... Quem não acompanha, fica para trás e é impiedosamente excluido.

Enviado: domingo nov 14, 2010 2:13 pm
por LuluB
LuMaria Escreveu:A propósito da crise, diz dona Flôr, a padeira aqui da rua:
Quando me casei ninguém tinha casa própria. Ninguém tinha carro.
Havia um televisor em casa. Um rádio. Lavava a roupa à mão.
Comia-se carne ao Sábado. E era gorda e anafada.
Crise?
Crise de valores, de prioridades, de vista.
Hoje quere-se tudo. Fácil e depressa. Depois, não há como pagar, o que nunca deveria ter sido comprado.
Achei sábio.
E é mesmo.

Enviado: domingo nov 14, 2010 2:21 pm
por LuluB
Chamarrita Escreveu:Hoje há outras necessidades. O telemóvel tornou-se imprescindível. Fora de cidades como Lisboa ou Porto o sistema de transportes públicos é tão mau que temos mesmo de ter automóvel. A informatização de tudo, até de pagamento de impostos, obriga a que se tenha computador e internet. A velocidade da vida presente e a quantidade absurda de informação disponível, a pressão para a produção/ consumo leva a uma pressa histérica generalizada. O microondas tornou-se o rei da cozinha, e as refeições prontas abundam por toda a parte, não há tempo para comer, quanto mais para cozinhar... Quem não acompanha, fica para trás e é impiedosamente excluido.
Tudo isso são necessidades artificiais, criadas para fomentar o consumo, que desemboca inexoravelmente em crises financeiras.

Antes de nos fazerem a cabeça com essas "pressas" e essas "faltas de tempo", todos sobrevivíamos muito bem com um posto fixo de telefone, com transportes públicos ao passo da tartaruga e sem microondas nem refeições pré-cozinhadas.

E não estou a ver os velhotes de reforma mínima e sem dinheiro para a farmácia a comprarem computador para entregarem as declarações de IRS. Isso são "vícios" de aculturados modernizados.

Hoje, quem não acompanha fica para trás porque não tem espinha dorsal bastante para dizer "não" ao supérfluo.

Enviado: domingo nov 14, 2010 2:23 pm
por mjoaocunha
LuMaria Escreveu:A propósito da crise, diz dona Flôr, a padeira aqui da rua:
Quando me casei ninguém tinha casa própria. Ninguém tinha carro.
Havia um televisor em casa. Um rádio. Lavava a roupa à mão.
Comia-se carne ao Sábado. E era gorda e anafada.
Crise?
Crise de valores, de prioridades, de vista.
Hoje quere-se tudo. Fácil e depressa. Depois, não há como pagar, o que nunca deveria ter sido comprado.
Achei sábio.
Agora é diferente, qdo querem casar, a 1ª coisa q pensam é q SÓ podem casar se comprarem casa. :o
Nunca percebi esta maneira de pensar , novos tempos, novas mentalidades. 8)

Enviado: domingo nov 14, 2010 2:30 pm
por mjoaocunha
Mm antes da crise nunca gostei de desperdiçar água. Então a água das botijas dos gatinhos bébés (qdo tenho ninhadas), vai para o balde de lavar o chão.
A água da máquina de secar ia tb para o balde para lavar o chão.
Lâmpadas mudei todas para económicas.
Tb deixei de comprar sumos pq qdo os tenho em casa à disposição...só descanso qdo acabam :oops: , por isso mais vale não ter.
A máquina de secar roupa deixei de usar por completo e compro muito mais marca Continente, enfim pequenos gestos q fui mudando destes meses.

O q lamento é ver q a crise é só para nós, pq para os governantes ainda não chegou. :?

Enviado: domingo nov 14, 2010 2:32 pm
por Chamarrita
mjoaocunha Escreveu:
Agora é diferente, qdo querem casar, a 1ª coisa q pensam é q SÓ podem casar se comprarem casa. :o
Nunca percebi esta maneira de pensar , novos tempos, novas mentalidades. 8)
os bancos dão mais facilmente crédito a casais legalmente constituídos, e as prestações são muito mais baixas que o preço de uma renda...

Entendo perfeitamente que estas novas necessidades são criadas para nos levar ao consumo, mas infelizmente não podemos dizer "não" tanto como gostaríamos.