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O FMI e a crise nas nossas vidas
Enviado: quarta abr 27, 2011 8:02 am
por Pinfinhas
É mais uma medida. O Fundo Monetário Internacional está a pressionar para que seja retirado o subsídio de férias aos reformados.
Com esta medida haveria uma poupança de 1,6 mil milhões de euros na Segurança Social e na Caixa Geral de Aposentações.
Reformados e funcionários públicos mais uma vez na berlinda, é mais do mesmo, quem paga os disparates e os erros dos governantes são sempre os mesmos.
Re: O FMI e a crise nas nossas vidas
Enviado: quarta abr 27, 2011 8:12 am
por Terugkeren
Pinfinhas Escreveu:É mais uma medida. O Fundo Monetário Internacional está a pressionar para que seja retirado o subsídio de férias aos reformados.
Com esta medida haveria uma poupança de 1,6 mil milhões de euros na Segurança Social e na Caixa Geral de Aposentações.
Reformados e funcionários públicos mais uma vez na berlinda, é mais do mesmo, quem paga os disparates e os erros dos governantes são sempre os mesmos.
O Estado só pode cortar nas despesas do Estado, mas como sempre corta naquelas onde não devia e deixa intocáveis as mordomias e todo o despesismo da classe política e sua clientela.
Enviado: quarta abr 27, 2011 12:16 pm
por marianamar
Já se estava a ver não é? Estas medidas não são propriamente uma surpresa...
Enviado: quarta abr 27, 2011 12:29 pm
por Pinfinhas
O Governo espanhol pretende que as grandes empresas com mais de 500 trabalhadores, com lucros nos últimos dois anos e que, apesar disso, realizem despedimentos colectivos que afectem operários com mais de 50 anos compensem o Estado.
O objectivo - reflectido numa emenda ao projecto de lei da reforma das políticas activas de emprego - é que as empresas realizem um «contributo económico» ao Tesouro Público para compensar o impacto que as perdas de emprego terão no sistema da Segurança Social.
Em causa estão Expedientes de Regulação de Emprego (ERE) - usados em Espanha para despedimentos colectivos - que afectem trabalhadores com mais de 50 anos em grandes empresas com lucros.
O contributo financeiro das empresas seria destinado, segundo a proposta do PSOE - partido no Governo - a financiar «total ou parcialmente» políticas activas de emprego para os trabalhadores mais velhos.
Para calcular o montante em causa serão considerados factores como o valor dos subsídios de desemprego afectados pelos ERE.
Haverá uma escala determinada também em função do número de trabalhadores da empresa e do número de trabalhadores afectados pelo ERE.
Esta medida parece-me a mim ser para evitar que os empregadores se aproveitem da crise para despedir. Em Portugal tenta-se fomentar o despedimento baixando as indemnizações para o ridículo proposto de 21 dias de salário (não tenho bem a certeza) num tecto máximo de 12 meses.
Será que se consegue perceber alguma coisa desta politica portuguesa????
Enviado: quarta abr 27, 2011 1:39 pm
por nicasxi
Ora esse é precisamente um dos pontos que eu não entendo.
O FMI, a tal Troika ou lá como se chama isso, apresenta um pacote de medidas que Portugal terá de cumprir. Uma das medidas é o despedimento massivo na função publica ( embora isso seja negado pelo governo mas a história de outras intervenções dos tais FMIs assim o confirma, infelizmente).
Então, pergunto eu, em que é que isso vai diminuir a despesa publica? Estes funcionários deixam de receber de um lado, mas recebem na mesma noutro...
Não seria mais eficaz acabar com os carros topo de gama para o ministro, a esposa do ministro , a empregada do ministro que vai levar as criancinhas do ministro à escola ( perdão, ao colégio ), a redução em 50% dos salários dos gestores publicos ( que mesmo assim ficavam com um salário muito acima da média ), cortar definitivamente benesses tais como : cartões de crédito ilimitado, pagos pelo estado, contas telefónicas ( uso pessoal, lógico ), familiares de governantes com direito a casa, mesa e roupa lavada a expensas do estado,etc, etc...
Porque diabo é que se começa sempre ao contrário: de baixo para cima?

Enviado: quarta abr 27, 2011 10:56 pm
por jofelix
Enviado: quarta abr 27, 2011 11:01 pm
por jofelix
nicasxi Escreveu:Ora esse é precisamente um dos pontos que eu não entendo.
O FMI, a tal Troika ou lá como se chama isso, apresenta um pacote de medidas que Portugal terá de cumprir. Uma das medidas é o despedimento massivo na função publica ( embora isso seja negado pelo governo mas a história de outras intervenções dos tais FMIs assim o confirma, infelizmente).
Então, pergunto eu, em que é que isso vai diminuir a despesa publica? Estes funcionários deixam de receber de um lado, mas recebem na mesma noutro...
Não seria mais eficaz acabar com os carros topo de gama para o ministro, a esposa do ministro , a empregada do ministro que vai levar as criancinhas do ministro à escola ( perdão, ao colégio ), a redução em 50% dos salários dos gestores publicos ( que mesmo assim ficavam com um salário muito acima da média ), cortar definitivamente benesses tais como : cartões de crédito ilimitado, pagos pelo estado, contas telefónicas ( uso pessoal, lógico ), familiares de governantes com direito a casa, mesa e roupa lavada a expensas do estado,etc, etc...
Porque diabo é que se começa sempre ao contrário: de baixo para cima?

Há muitos licenciados, doutorados e outros, em situação de desemprego ou precários, que aceitariam de bom grado essas regalias... e capazes de fazer melhor, porque, pior e difícil...
Enviado: quarta abr 27, 2011 11:22 pm
por Chamarrita
nicasxi Escreveu:
Porque diabo é que se começa sempre ao contrário: de baixo para cima?

chama-se "democracia". "Demos", que significa o que está em baixo - e origina palavras como "demónio". Os representantes do povo são eleitos "de baixo para cima", ascendem ao poder vindos do nível mais baixo. É assim que funciona desde as revoluções liberais e a ascensão da burguesia...

Enviado: quarta abr 27, 2011 11:33 pm
por jofelix
Enviado: quarta abr 27, 2011 11:51 pm
por Chamarrita
sempre ouvi dizer "nunca peças a quem pediu, nunca sirvas a quem serviu"

Enviado: quinta abr 28, 2011 12:00 am
por jofelix
Chamarrita Escreveu:sempre ouvi dizer "nunca peças a quem pediu, nunca sirvas a quem serviu"

Muito menos "a quem se serve..."
Enviado: quinta abr 28, 2011 7:05 am
por Pinfinhas
"Uma das medidas é o despedimento massivo na função publica", e porquê??
Será porque os funcionários públicos não têm direito ao fundo de desemprego em caso de despedimento? E o que acontece a essas pessoas? Como vivem?
Enviado: quinta abr 28, 2011 10:31 am
por Charlie2
com a crise reduzi drasticamente o meu consumo (não que eu fosse consumista). E sinto-me muito melhor! Portanto com crise ou sem crise foi uma das melhores resoluções que tive até hoje.
Enviado: quinta abr 28, 2011 10:53 am
por marianamar
Eu nunca fui rica... mas agora ascendi a malabarista profissional
Falando em Estado, o Estado voltou a adiar, pela terceira vez, a colocação dos poucos estágios profissionais que prometeu. Vai-se a ver são cancelados...
Eu só queria um trabalhito

Enviado: quinta abr 28, 2011 11:04 am
por Charlie2
Eu nunca fui rica... mas agora ascendi a malabarista profissional
