CSofiaMelo Escreveu:Oh Cockinhas, a tua resposta fez-me perder um bocado a moral
A minha orelhuda é super calma, ainda que enérgica e maluca quando é hora da brincadeira, mas sabe estar. É raríssimo ladrar, coisa que sempre foi minha preocupação, uma vez que vivo num apartamento e sempre tentei controlar isso desde o início.
Em relação à "aquisição" ando em fase de sondagem de 1 ou 2 criadores, cujo trabalho venho a acompanhar há já uns mesitos, e como tal, nem ponho outra hipótese que não a de adquirir um cachorro de excelente temperamento.
Obviamente que se prevêm brincadeiras "briguentas" entre os orelhudos e claro que com o novo cachorro voltamos à fase do treino da higiene e da obediência básica. Mas (pensava eu) que o facto de a minha orelhuda já ter atingido uma determinada idade e o estar perfeitamente adaptada à nossa rotina diária e integrada na "matilha" seria uma mais valia no sentido de facilitar a integração e adaptação do novo membro...
Nada indica que as coisas não se passem como descreves neste último parágrafo. Repara que a minha experiência com cães se resume a 7 anos e três cães. E dois juntos, só tenho há 13 meses. Só pode contar como experiência pessoal e não como generalização.
Não quero que percas a moral, nada disso

. Mas arrelia-me um pouco, confesso, a conversa típica, um pouco cor de rosa, tipo “ai, são tão fofos que a gente até esquece”. Não é bem assim. Convém a gente saber com o que pode contar. Eu tento ver o lado pior para decidir se quero, mesmo assim. É preferível.
Mas sejamos realistas. Os cães (e os cachorros) são todos diferentes. Nada indica que venha a acontecer igual com os teus. As descrições da tua cachorra, ao longo dos meses, lembram-me o meu doce Kasbah, que em casa não parte um prato (na rua já é outra história mas acho que não entra neste balanço).
Certo é que eu digo muitas vezes, na brincadeira (mas com um fundo de verdade) que se o Kasbah tivesse o temperamento exuberante do pretinho Rapé eu continuava a ter só um cão até agora. Acho que punha de lado as boas intenções de lhe dar uma companhia. Mas olha que eu sempre soube que me ia arrepender, e arrependi-me de facto, mas agora já passou e lá estão os dois, já crescidos e tudo encaminhado. Mandei-me de cabeça tipo vacina. Se é pra ter dois, seja já. São os dois cachorros, é a desgraça toda de uma vez. O Kasbah tinha 9 meses quando o outro chegou.
Nem o Kasbah nem o rapé, em geral, são cães de ladrar, felizmente. Sempre me esforcei para que assim fosse. Não respondem aos outros cães quando estes lhes ladram nem tomam a iniciativa de ladrar a outros cães ou pessoas.
Às vezes excedem-se um pouco com rosnados e latidos entre ambos nas suas brincadeiras mas isso eu permito um pouco, tanto na rua como em casa, de dia. Tenho que os deixar ser cães, né? Quando acho que já chega mando-os calar e eles calam-se e aquietam-se. Tudo bem.
Só que, nas últimas semanas têm ladrado a dar sinal quando alguém entra ou sai do prédio, situação que de forma alguma me agrada e estou na disposição de não tolerar. Mando-os calar e obedecem imediatamente mas o que pretendo é que não dêem sinal, coisíssima nenhuma, que o meu prédio tem uma construção péssima e entre as casas e a escada parece que não há parede.
Não é para te animar, sério, mas agora que já tenho ambos, não era capaz de viver só com um deles. Claro: são os meus cães. Quando estou mais farta por serem dois olho para eles e arrependo-me logo dos maus pensamentos porque tenho a certeza que são muito mais felizes, por se terem um ao outro.
Gosto de saber que estás preocupada com a origem do teu cachorro. Procura criadores que façam o despiste das doenças genéticas mais comuns nos cockers. Não esquecer que o registo no LOP, por si só, não é suficiente. Um cachorro cocker saudável de "boas famílias" vale bem o esforço

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