Estalão da Raça

Este é o fórum dedicado exclusivamente à raça Cão de Água! Troque ideias e tire dúvidas sobre esta raça.

Moderador: IsabelNobre_

Responder
IsabelNobre_
Membro Veterano
Mensagens: 720
Registado: sexta set 17, 2004 9:44 pm
Localização:

terça dez 11, 2007 10:42 pm

ESTALÃO DA RAÇA

Em épocas muito remotas o Cão de Água teve o seu solar em todo o litoral português. Hoje, pela contínua modificação da arte da pesca, encontra-se principalmente no Algarve, região esta que é o seu solar. A sua presença nas costas de Portugal deve remontar a épocas muito idas, devendo o Cão de Água ser considerado como uma raça do país.



I - ASPECTO GERAL E APTIDÕES

Cão mesomorfo, sub-convexilíneo com tendências para rectilíneo; tipo bracóide.

Nadador e mergulhador exímio e resistente, é inseparável companheiro do pescador, a quem presta inúmeros serviços, tanto na pesca como na guarda e defesa do seu barco e propriedade. Durante a faina da pesca, atira-se voluntariamente ao mar para apanhar e trazer o peixe escapado, mergulhando se for necessário, e procedendo da mesma forma se alguma rede se parte ou algum cabo se solta. É empregado também como agente de ligação entre o barco e a terra, e vice-versa, mesmo quando a distância é apreciável.

Animal de inteligência invulgar, compreende e obedece facilmente com alegria a todas as ordens ao seu dono.

Cão de temperamento ardente, voluntarioso e altivo, sóbrio e resistente à fadiga. Tem a expressão dura e um olhar penetrante e atento. Possui grande poder visual e apreciável sensibilidade olfactiva.

Tipo mediolíneo, harmónico de formas, equilibrado, robusto e bem musculado. Apreciável desenvolvimento muscular devido ao constante exercício da natação.

II - CABEÇA

Bem proporcionada, forte e larga.

CRÂNIO - Visto de perfil o seu comprimento predomina levemente sobre o do chanfro. A sua curvatura é mais acentuada posteriormente e a crista occipital é pronunciada. Visto de frente os parietais têm a forma abobada com leve depressão central, a fronte é ligeiramente escavada, o sulco frontal prolonga-se até dois terços dos parietais e as arcadas supra-ciliares são proeminentes.

CHANFRO - Mais largo na base que na extremidade. A chanfradura nasal é bem definida e situada um pouco atrás do canto interno dos olhos.

NARINAS - Largas, abertas e de fina pigmentação. De cor preta nos exemplares de pelagem preta, branca e suas combinações. Nos acastanhados, a cor segue a tonalidade de pelagem, mas nunca deve ser almarada.

BEIÇOS - Fortes especialmente na parte da frente. Comissura não aparente. Mucosa bocal (céu da boca, debaixo da língua e gengivas) acentuadamente pigmentada de preto.

MAXILAS - Fortes e correctas.

DENTES - Bons e não aparentes. Caninos fortes e desenvolvidos.

OLHOS - Regulares, aflorados, arredondados, afastados e levemente oblíquos. A coloração da íris é preta ou castanha e as pálpebras, que são finas, orladas de preto. Conjuntiva não aparente.

ORELHAS - Inserção acima da linha dos olhos, colocadas contra a cabeça, levemente abertas para trás e cordiformes. Leves e a sua extremidade nunca ultrapassa a garganta.



III - TRONCO

PESCOÇO - Direito, curto, redondo, musculado, bem lançado e de porte alto, ligando-se ao tronco de uma forma harmoniosa. Sem colar nem barbela.

PEITO - Largo e profundo. O seu bordo inferior deve tocar o plano do codilho. As costelas são compridas e regularmente oblíquas, proporcionando grande capacidade respiratória.

GARROTE - largo e não saliente.

DORSO - Direito, curto, largo e bem musculado.

LOMBO - Curto e bem unido à garupa.

ABDÓMEN - Reduzido volume e elegante.

GARUPA - Bem conformada, levemente inclinada; ancas simétricas e pouco aparentes.

CAUDA - Inteira, grossa à nascença e de fina terminação. Inserção média. O seu comprimento não deve ultrapassar o curvilhão. Na atenção enrola-se em óculo, não indo além da linha média dos rins. É um precioso auxiliar na natação e mergulho.


IV - MEMBROS ANTERIORES

Fortes e direitos.

ESPÁDUA - Bem inclinada de perfil e transversalmente. Forte desenvolvimento muscular.

BRAÇO - Forte e de comprimento regular. Paralelo à linha média do corpo.

ANTEBRAÇO - Comprido e de forte musculatura.

CARPO - Forte ossatura, mais largo de frente que de lado.

METACARPO - Longo e forte.

MÃO - Arredondada e espalmada. Dedos pouco arqueados, de comprimento médio. A membrana digital, que acompanha o dedo em todo o seu comprimento, é constituída por tecidos flácidos e guarnecida por abundante e comprida pelagem. As unhas pretas são as preferidas, mas, segundo as pelagens, também são admitidas as brancas, raiadas ou castanhas. Unhas levemente afastadas do solo. Sola rija no tubérculo plantar e de espessura normal nos tubérculos digitais.



V - MEMBROS POSTERIORES

Bem musculados e direitos.

COXA - Forte e de regular comprimento. Muito bem musculada. A rótula não se afasta do plano médio do corpo.

PERNA - Comprida e muito bem musculada. Não se afasta do plano médio do corpo. Bem inclinada no sentido antero-posterior. Toda a estrutura ligamentosa é forte.

NÁDEGA - Comprida e de boa curvatura.

TARSO - Forte.

METATARSO - Comprido. Nunca há dedos suplementares.

PÉS - Em tudo idênticos às mãos.

APRUMOS - Os aprumos dos membros anteriores e posteriores são regulares. Admitem-se os membros anteriores levemente estacados e os posteriores um pouco acurvilhados.



VI - PELAGEM

Todo o corpo se encontra abundantemente revestido de resistente pêlo. Há duas variedades de pelagem: uma comprida e ondulada e outra mais curta e encarapinhada.

A primeira variedade é ligeiramente lustrada e fofa, a segunda atochada, baça e reunida em mechas cilindriformes. À excepção dos sovacos e virilhas os pêlos distribuem-se por igual em todo o tegumento. Na cabeça tomam o aspecto de trunfa, na pelagem ondulada e de carapinha na outra variedade. O pêlo das orelhas adquire maior comprimento na variedade de pelagem ondulada.

A coloração da pelagem é simples ou composta: naquela existe o branco, preto e castanho nas suas tonalidades; nesta, misturas de preto ou castanho com o branco.

A pelagem branca deve existir sem albinismo, pelo que as ventas, bordos palpebrais e interior da boca devem ser pigmentados de negro.

Nos exemplares onde entram as cores preta e branca a pele é ligeiramente azulada.

Pelugem não tem.

É característica nesta raça a tosquia parcial da pelagem, quando esta se torna muito comprida. A metade posterior do corpo, o focinho e a cauda são tosquiados, ficando todavia nesta uma pequena borla na ponta.


VI - ALTURA

Nos machos a altura típica é de 54 cm, admitindo-se à classificação um mínimo de 50 cm e um máximo de 57 cm.

Nas fêmeas a altura deve ser de 46 cm, com o mínimo e máximo respectivamente de 43 e 52 cm.


VII - ANDAMENTOS

Movimentos desembaraçados, passo curto, trote ligeiro e cadenciado, galope enérgico.

VIII - DEFEITOS

DESQUALIFICAÇÕES

CABEÇA - muito longa, estreita, chata e afilada;
CHANFRO - muito afunilado ou ponteagudo;
MAXILAS - prognatismo em qualquer das maxilas;
OLHOS - gázeos, claros, desiguais na forma ou no tamanho, muito salientes ou muito encovados;
ORELHAS - má inserção, muito grandes, muito curtas ou dobradas;
CAUDA - amputada, rudimentar ou não existente, pesada, caída na acção ou erecta perpendicularmente;
PÉS - existência de presunhos;
PELAGEM - albinismo, narinas almaradas no todo ou em parte, pêlo diferente dos tipos, descritos;
CORPULÊNCIA - gigantismo ou nanismo;
SURDEZ - congénita ou adquirida.





O ESTALÃO E A SUA INTERPRETAÇÃO

A COLORAÇÃO



Nas edições de 1938 e 1951 do Estalão oficial da raça publicadas pela Secção de Canicultura do Clube de Caçadores Portugueses, e versão que ainda hoje em dia é a oficialmente utilizada pelo Clube Português de Canicultura, podemos ler sob o capítulo referente à PELAGEM a seguinte descrição referente à coloração:

"A coloração da pelagem é simples ou composta: naquela existe o branco, preto e castanho nas suas tonalidades; nesta, misturas de preto ou castanho com branco."

Há alguns anos atrás, e com o aparecimento especialmente nos EUA de diversos exemplares altamente interpolados a comissão do C.P.C. então composta entre outros, da Dra. Maria Ana Marques, do Dr. João Paula Bessa e de João Vieira Lisboa, grandes conhecedores do Cão de Água, foi chamada a pronunciar-se sobre a descrição da coloração da pelagem do cão de água contida no estalão oficial do C.P.C..

O parecer da Comissão Técnica do C.P.C. foi então unânime. Sendo chamado a definir a percentagem de branco aceite na totalidade do manto do Cão de Água, indicou como percentagem máxima de branco a de 30%. Indicou também de que forma a interpolação poderia ocorrer, descrevendo a localização do branco como ficando circunscrita às seguintes áreas: focinho, pescoço, peitoral, ventre, parte inferior dos membros a partir do cotovelo e curvilhões e ponta da cauda.

Se tomarmos como referência os exemplares figurados nos croquis que a seguir se publicam, podem facilmente deduzir quais deles estão dentro dos parâmetros aceites pelo estalão oficial.

Imagem

Assim as figuras A, B, C e D não oferecem nenhuma dúvida quanto à correcção da sua coloração. Trata-se com efeito de 4 exemplares que vão do preto ou castanho unicolor (Figura A), até ao malhado de branco nos 4 membros, focinho, pescoço, ventre, peitoral e ponta da cauda (Figura D).

Imagem

Os exemplares representados pelas Figuras E e F são exemplares malhados nos locais característicos, mas já atingindo o limite de 30% (Figura E) ou ultrapassando-o ligeiramente (Figura F). O exemplar da Figura E pode concorrer em exposições, enquanto que o exemplar da Figura F já deverá ser penalizado pelo excesso de extensão de malha branca se concorrer em exposições da F.C.I..

Imagem

Os exemplares representados pelas Figuras G e H são exemplares brancos interpolados de castanho ou preto com predominância da cor branca já mostrando mancha que os considera "salgados".

Imagem

Estes dois exemplares estão fora do estalão oficial do C.P.C. e deverão ser severamente penalizados em todas as exposições caninas regidas sob a regulamentação da federação Cinológica Internacional (FCI), não sendo aconselhável a sua utilização na reprodução.

MARIA ANA MARQUES

Médica Veterinária

Professora da E.S.M.V.

Retirado de www.pedradaanixa.pt
Última edição por IsabelNobre_ em quarta dez 12, 2007 7:32 pm, editado 1 vez no total.
http://anothergroomingday.blogspot.com/
Workshops para donos
Isabel
dinodane
Membro Veterano
Mensagens: 18821
Registado: domingo set 03, 2006 6:36 pm

terça dez 11, 2007 10:54 pm

A good start. :wink:
Pedra
Membro Veterano
Mensagens: 2492
Registado: sexta set 20, 2002 9:41 pm

terça dez 11, 2007 11:49 pm

Neste momento o Estalão da raça apresentado na versão em português no site do CPC é o seguinte:


Muito embora tenha esta advertência

Os estalões das raças portuguesas reconhecidas pela FCI estão actualmente em processo de revisão, os links abaixo apresentam os estalões não revistos:



ESTALÃO DO CÃO DE ÁGUA

Em épocas muito remotas o Cão de Água teve o seu solar em todo o litoral português. Hoje, pela contínua

modificação da arte da pesca, encontra-se principalmente no Algarve, região esta que é o seu solar. A sua

presença nas costas de Portugal deve remontar a épocas muito idas, devendo o Cão de Água ser

considerado como uma raça do país.

I – ASPECTO GERAL E APTIDÕES

Cão mesomorfo, sub-convexilíneo com tendências para rectilíneo; tipo bracóide.

Nadador e mergulhador exímio e resistente, é inseparável companheiro do pescador, a quem presta

inúmeros serviços, tanto na pesca como na guarda e defesa do seu barco e propriedade. Durante a faina da

pesca, atira-se voluntariamente ao mar para apanhar e trazer o peixe escapado, mergulhando se for

necessário, e procedendo da mesma forma se alguma rede se parte ou algum cabo se solta. É empregado

também como agente de ligação entre o barco e a terra, e vice-versa, mesmo quando a distância é

apreciável.

Animal de inteligência invulgar, compreende e obedece facilmente com alegria a todas as ordens ao seu

dono.

Cão de temperamento ardente, voluntarioso e altivo, sóbrio e resistente à fadiga. Tem a expressão dura e

um olhar penetrante e atento. Possui grande poder visual e apreciável sensibilidade olfactiva.

Tipo mediolíneo, harmónico de formas, equilibrado, robusto e bem musculado. Apreciável

desenvolvimento muscular devido ao constante exercício da natação.

II – CABEÇA

Bem proporcionada, forte e larga.

CRÂNIO – Visto de perfil o seu comprimento predomina levemente sobre o do chanfro. A sua curvatura

é mais acentuada posteriormente e a crista occipital é pronunciada. Visto de frente os parietais têm a

forma abobada com leve depressão central, a fronte é ligeiramente escavada, o sulco frontal prolonga-se

até dois terços dos parietais e as arcadas supra-ciliares são proeminentes.

CHANFRO – Mais largo na base que na extremidade. A chanfradura nasal é bem definida e situada um

pouco atrás do canto interno dos olhos.

NARINAS – Largas, abertas e de fina pigmentação. De cor preta nos exemplares de pelagem preta,

branca e suas combinações. Nos acastanhados, a cor segue a tonalidade de pelagem, mas nunca deve ser

almarada.

BEIÇOS – Fortes especialmente na parte da frente. Comissura não aparente. Mucosa bocal ( céu da boca,

debaixo da língua e gengivas ) acentuadamente pigmentada de preto.

MAXILAS – Fortes e correctas.

DENTES – Bons e não aparentes. Caninos fortes e desenvolvidos.

OLHOS – Regulares, aflorados, arredondados, afastados e levemente oblíquos. A coloração da íris é preta

ou castanha e as pálpebras, que são finas, orladas de preto. Conjuntiva não aparente.

ORELHAS – Inserção acima da linha dos olhos, colocadas contra a cabeça, levemente abertas para trás e

cordiformes. Leves e a sua extremidade nunca ultrapassa a garganta.

III – TRONCO

PESCOÇO – Direito, curto, redondo, musculado, bem lançado e de porte alto, ligando-se ao tronco de

uma forma harmoniosa. Sem colar nem barbela.

PEITO – Largo e profundo. O seu bordo inferior deve tocar o plano do codilho. As costelas são

compridas e regularmente oblíquas, proporcionando grande capacidade respiratória.

GARROTE – largo e não saliente.

DORSO – Direito, curto, largo e bem musculado.

LOMBO – Curto e bem unido à garupa.

ABDÓMEN – Reduzido volume e elegante.

GARUPA – Bem conformada, levemente inclinada; ancas simétricas e pouco aparentes.

CAUDA – Inteira, grossa à nascença e de fina terminação. Inserção média. O seu comprimento não deve

ultrapassar o curvilhão. Na atenção enrola-se em óculo, não indo além da linha média dos rins. É um

precioso auxiliar na natação e mergulho.

IV – MEMBROS ANTERIORES

Fortes e direitos.

ESPÁDUA – Bem inclinada de perfil e transversalmente. Forte desenvolvimento muscular.

BRAÇO – Forte e de comprimento regular. Paralelo à linha média do corpo.

ANTEBRAÇO – Comprido e de forte musculatura.

CARPO – Forte ossatura, mais largo de frente que de lado.

METACARPO – Longo e forte.

MÃO – Arredondada e espalmada. Dedos pouco arqueados, de comprimento médio. A membrana digital,

que acompanha o dedo em todo o seu comprimento, é constituída por tecidos flácidos e guarnecida por

abundante e comprida pelagem. As unhas pretas são as preferidas, mas, segundo as pelagens, também são

admitidas as brancas, raiadas ou castanhas. Unhas levemente afastadas do solo. Sola rija no tubérculo

plantar e de espessura normal nos tubérculos digitais.

V – MEMBROS POSTERIORES

Bem musculados e direitos.

COXA – Forte e de regular comprimento. Muito bem musculada. A rótula não se afasta do plano médio

do corpo.

PERNA – Comprida e muito bem musculada. Não se afasta do plano médio do corpo. Bem inclinada no

sentido antero-posterior. Toda a estrutura ligamentosa é forte.

NÁDEGA – Comprida e de boa curvatura.

TARSO – Forte.

METATARSO – Comprido. Nunca há dedos suplementares.

PÉS – Em tudo idênticos às mãos.

APRUMOS – Os aprumos dos membros anteriores e posteriores são regulares. Admitem-se os membros

anteriores levemente estacados e os posteriores um pouco acurvilhados.

VI – PELAGEM

Todo o corpo se encontra abundantemente revestido de resistente pêlo. Há duas variedades de pelagem:

uma comprida e ondulada e outra mais curta e encarapinhada.

A primeira variedade é ligeiramente lustrada e fofa, a segunda atochada, baça e reunida em mechas

cilindriformes. À excepção dos sovacos e virilhas os pêlos distribuem-se por igual em todo o tegumento.

Na cabeça tomam o aspecto de trunfa, na pelagem ondulada e de carapinha na outra variedade. O pêlo das

orelhas adquire maior comprimento na variedade de pelagem ondulada.

A coloração da pelagem é simples ou composta: naquela existe o branco, preto e castanho nas suas

tonalidades; nesta, misturas de preto ou castanho com o branco.

A pelagem branca deve existir sem albinismo, pelo que as ventas, bordos palpebrais e interior da boca

devem ser pigmentados de negro.

Nos exemplares onde entram as cores preta e branca a pele é ligeiramente azulada.

Pelugem não tem.

É característica nesta raça a tosquia parcial da pelagem, quando esta se torna muito comprida. A metade

posterior do corpo, o focinho e a cauda são tosquiados, ficando todavia nesta uma pequena borla na ponta.

VI – ALTURA

Nos machos a altura típica é de 54 cm, admitindo-se à classificação um mínimo de 50 cm e um máximo

de 57 cm.

Nas fêmeas a altura deve ser de 46 cm, com o mínimo e máximo respectivamente de 43 e 52 cm.

VII – ANDAMENTOS

Movimentos desembaraçados, passo curto, trote ligeiro e cadenciado, galope enérgico.

VIII – DEFEITOS

DESQUALIFICAÇÕES

CABEÇA – muito longa, estreita, chata e afilada; CHANFRO – muito afunilado ou ponteagudo;

MAXILAS – prognatismo em qualquer das maxilas; OLHOS – gázeos, claros, desiguais na forma ou no

tamanho, muito salientes ou muito encovados; ORELHAS – má inserção, muito grandes, muito curtas ou

dobradas; CAUDA – amputada, rudimentar ou não existente, pesada, caída na acção ou erecta

perpendicularmente; PÉS – existência de presunhos; PELAGEM – albinismo, narinas almaradas no todo

ou em parte, pêlo diferente dos tipos, descritos; CORPULÊNCIA – gigantismo ou nanismo; SURDEZ –

congénita ou adquirida.



Fonte http://racas.cpc.pt/
Pedra
Membro Veterano
Mensagens: 2492
Registado: sexta set 20, 2002 9:41 pm

terça dez 11, 2007 11:55 pm

IsabelNobre_ Escreveu:O ESTALÃO E A SUA INTERPRETAÇÃO

A COLORAÇÃO



Esta adenda ao Estalão só é seguinda practicamente em Portugal e por juízes portugueses. Lá fora, na maioria dos casos não se aplica.
Pedra
Membro Veterano
Mensagens: 2492
Registado: sexta set 20, 2002 9:41 pm

quarta dez 12, 2007 12:24 am

O Estalão actualmente em vigor na FCI é este:

FCI-Standard N° 37 / 22. 01. 1999 / GB



PORTUGUESE WATER DOG

(Cão de agua português)





TRANSLATION : Portuguese Kennel Club, Mrs. R. Binder-Gresly.



ORIGIN : Portugal.



DATE OF PUBLICATION OF THE ORIGINAL VALID STANDARD : 09.12.1966.



UTILIZATION : A swimmer and diver of quite exceptional qualities and stamina, this dog is the inseparable companion of the fishermen to whom it is of great utility not only during fishing but also as a guard to defend their boats and property.

Whilst his master is fishing the dog is attentive and, should a fish escape (from hook or net), jumps, voluntarily, into the sea to retrieve it, diving under water if necessary.

It also swims out to retrieve any broken net or loose hawser.

These animals are also employed as liaison between boat and shore or vice-versa, even when the distance is considerable.



CLASSIFICATION F.C.I. : Group 8 Retrievers-Flushing Dogs- Water Dogs.

Section 3 Water Dogs.

Without working trial.



BRIEF HISTORICAL SUMMARY : In bygone times this breed existed everywhere along the coasts of Portugal. Today, owing to modifications in the fishing systems used, the breed has become restricted practically to the province of Algarve which should now be considered its home.

The presence of these dogs along the Portuguese coasts can be traced back to very remote times and entitles them to be regarded as a purely Portuguese breed.



GENERAL APPEARANCE : Dog of medium proportions, outline slightly convex with a tendency to rectilinear, braccoid type.

Mediolinear type, well balanced, robust and well muscled. The muscular development due to constant swimming is noticeable.





BEHAVIOUR / TEMPERAMENT : An animal with an impetuous disposition, self-willed, brave, quarrelsome, unassuming and very resistant to fatigue. It has a hard, penetrating and attentive expression, as well as splendid visual and remarkable olfactory faculties.

A dog of exceptional intelligence; docile and obedient with apparent pleasure to any order given by its master.



HEAD : Well proportioned, large and broad.



CRANIAL REGION :

Skull : Seen in profile it is slightly longer than the muzzle; its curvature is more accentuated at the back than in front and it possesses a well defined occiput. From the front the parietal bones are seen to be dome-shaped and to have a slight depression in the middle. The forehead has a central furrow for two thirds of the length of the parietals and the superciliary ridges are prominent.

Stop : Well defined, slightly further back than the inner corner of the eyes.



FACIAL REGION :

Nose : Wide. Nostrils well open and finely pigmented. Black, in animals with black, black and white or white coats. In browns the nose is the same colour as the coat. Never flesh-coloured.

Muzzle : Narrower at the nose than at its base.

Lips : Thick, especially in front. Inner corner of lips not apparent. Mucous membranes (roof of mouth, under the tongue and gums) with accentuated black pigmentation.

Jaws/Teeth : Jaws strong, neither over- nor undershot. Teeth good, not apparent. Canines strongly developed.

Eyes : Medium sized, set well apart and a bit obliquely, roundish and neither prominent nor sunken. Brown or black in colour. The eyelids, which are of fine texture, have black edges. No haw.

Ears : Leather heart-shaped, thin in texture and set well above the line of eyes. Except for the rear edge of the ear being slightly lifted off, the ears are held nicely against the head. The tips should not reach below the throat line.



NECK : Straight, short, nicely rounded, muscled, carried high and free; springing cleanly from the shoulders. No ruff, no dewlap.



BODY :

Withers : Wide and not prominent.

Back : Straight, short, broad, well muscled.

Loins : Short and nicely joined to the rump.

Croup : Well formed and only slightly inclined, with symmetrical hips hardly apparent.

Chest : Wide and deep, reaching down to the elbow. Ribs long and well sprung providing great respiratory capacity.

Belly : Drawn up in a graceful line, of reduced volume.



TAIL : Not docked, thick at the base and tapering; medium set-on. It should not reach down below the hock. When the dog is attentive the tail should be held in a ring, the front of which should not reach beyond the medium line of the loin region. The tail is of great help when swimming and diving.



LIMBS

Position of legs : Vertical. Slightly oblique pasterns and hocks are admissible.



FOREQUARTERS : Strong and straight.

Shoulders : Well inclined and very strongly muscled.

Upper arm : Strong and of medium length, parallel to the medial axis of the body.

Forearm : Long and strongly muscled.

Pastern joint (Carpus) : Heavy boned, broader seen from the front than from the side.

Pastern (Metacarpus) : Long and strong.

Forefeet : Round and flat. Toes not much knuckled up and of medium length. The interdigital membrane which extends over the whole length of the toes, is limp and well covered with long hair. Black nails are preferred but white, brown and striped nails are also allowed according to the colour of the coat. Nails do not quite touch the ground. Central pad very hard, the others normally thick.



HINDQUARTERS : Straight and very strongly muscled.

Buttocks : Long and well rounded.

Thigh : Strong and of regular length. Very strongly muscled.

Stifle : Parallel to the medial body plane.

Second thigh : Long and strongly muscled, parallel to the medial body plane. Well inclined from front to rear. All tendons and ligaments well developed.

Hock joint : Strong.

Hocks : Long. No dew-claws.

Hind feet : Similar, in all respects, to the forefeet.



GAIT / MOVEMENT : Free movement. Walking with short steps; a light rhythmical trot and an energetic gallop.



COAT



HAIR : The whole body is profusely covered with a resistant coat. There is no undercoat. There are two varieties of coat : wavy long hair and short curly hair. In the first variety the long hair is rather soft with a slight lustre; in the second the shorter hair is dense, lustreless and forms compact cylindrical curls. Except for the armpits and the groins, the hair covers the whole body evenly. On the top of the head there is a topknot of wavy hair in the long-haired variety and of curly hair in the short-haired. In the long-haired variety, the hair of the ears is decidedly longer.



COLOUR :Either self-colour or combinations. Self-colours are black, white or brown in various shades of brown; combinations are black or brown with white. A white coat does not imply albinism provided nose, mouth and eyelids are black. In animals with black, white, or black and white coats the skin is slightly bluish.

It is a specific feature for this breed that as soon as the coat grows very long, the middle part and hindquarters of these dogs, as well as the muzzle and the tail are clipped. At the end of the tail the hair is left at full length in the shape of a plume.





SIZE AND WEIGHT :

Height at the withers :

Males : between 50 - 57 cm the ideal size being 54 cm.

Females : between 43 - 52 cm, the ideal size being 46 cm.

Weight : For a male : 19 - 25 kg.

For a female : 16 - 22 kg.



MEASURMENTS

Males Females

Head Length of the skull 12, 5 cm 11 cm

Width of skull 11 cm 9,5 cm

Length of bridge of nose 9 cm 7 cm

Chest Circumference 61 cm 56 cm

Width of the chest 15 cm 13 cm

Depth of the chest 21 cm 18 cm

Topline Length of the trunk 45 cm 40 cm

Width of the trunk 11, 5 cm 10 cm

Length Of the body 51 cm 45 cm

Of the tail 32 cm 27 cm

Height At withers 54 cm 46 cm

From ground to elbow 29 cm 25 cm

At the rump 52 cm 46 cm





FAULTS : Any departure from the foregoing points should be considered a fault and the seriousness with which the fault should be regarded should be in exact proportion to its degree.



DISQUALIFYING FAULTS :

· Head : Very long, narrow, flat or pointed.

· Nose : Flesh-coloured or discoloured, totally or partially.

· Muzzle : Funnel-shaped or pointed.

· Jaws : Over-or undershot bite.

· Eyes : Wall eye, light coloured, different to each other in form or size, very sunken or very protruding.

· Ears : Wrong setting, very big, very short or folded.

· Tail : Docked, rudimentary or non-existent. Heavy, droopy in action or carried upright.

· Rear-pastern : Presence of dewclaws.

· Coat : Different from the types described. Albinism.

· Size : Over- or undersize.

· Deafness : Either inherited or acquired.



SCALE OF POINTS

Males Females

Head : Carriage, skull, muzzle, bridge of nose,

mouth, eyes, ears, nostrils. 20 20

Neck, withers, shoulders and forelegs 10 7

Brisket, loins, upper and lower line of body 15 15

Croup, pelvis, hind legs 10 13

Feet, toes, nails 10 10

Tail : Carriage, form and set-on 5 5

Coat and its texture, colour, density 5 5

General aspect, harmony of form, movement,

height, sex characteristics 25 25

-----------------

100 100



N.B. : Male animals should have two apparently normal testicles fully descended into the scrotum.



No site do CPC e na versão em inglês, o estalão é precisamente o mesmo que acima está descrito, e um pouco diferente da versão portuguesa

Tem a seguinte anotação:

The standards of the Portuguese Breeds recognized by the FCI are under review, the links published below (to the FCI website) present the unreviewed standards:


Fontes:

http://www.fci.be/uploaded_files/037GB99_en.doc

http://racas.cpc.pt/en/old/agua.pdf

http://racas.cpc.pt/
AnaS
Membro Veterano
Mensagens: 269
Registado: quinta fev 07, 2002 4:53 pm
Localização: Cães (3 Cães de Água Portugueses)
Contacto:

terça dez 18, 2007 3:11 pm

Espero bem k oficializem o novo estalão depressinha, para acabar com certos cães coloridos aos quais chamam Cão de Água Português... :D :wink:
Pedra
Membro Veterano
Mensagens: 2492
Registado: sexta set 20, 2002 9:41 pm

domingo mar 02, 2008 4:43 pm

AnaS Escreveu:Espero bem k oficializem o novo estalão depressinha, para acabar com certos cães coloridos aos quais chamam Cão de Água Português... :D :wink:
Ana, eles cão de água eventualmente serão, apenas com marcações erradas, segundo o "nosso" padrão.
Não duvido que talvez ainda hoje nasçam cães assim cá, e que não passem do 1º dia de vida. Tal como antigamente, estes cães, como tu sabes iam para o balde.

O que eu acho é que deveria haver apenas um estalão (e na realidade até há, na FCI), mas que pode eventualmente deixar duvidas. E também acho que os mesmo cães não devem "passar" aos olhos de um juiz e não passar aos olhos de outros (claro que neste caso estou a falar das cores e marcações).
Mas muito provavelmente nao iremos passar daqui.
Responder

Voltar para “Cão de Água”